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O CONCEITO DE MODERNIDADE E O EUROCENTRISMO

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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO - CRICIÚMA
PLANO DE AULA
UNIDADE DE ENSINO: 
COMPONENTE CURRICULAR: HISTÓRIA
ANO/SÉRIE: 8º
ESTUDANTE: 
SEMANA 2 (22 a 26 de fevereiro)
Identificar conexões e interações entre as sociedades do Novo Mundo, da Europa, da África e da Ásia no 
contexto das navegações e indicar a complexidade e as interações que ocorrem nos Oceanos Atlântico, 
Índico e Pacífico.
 Identificar aspectos e processos específicos das sociedades africanas e americanas antes da chegada dos 
europeus, com destaque para as formas de organização social e o desenvolvimento de saberes e 
técnicas.
OBJETOS DE CONHECIMENTO/CONTEÚDOS: A construção da ideia de modernidade e
seus impactos na concepção de História; A ideia de “Novo Mundo” ante o Mundo Antigo: permanências 
e rupturas de saberes e práticas na emergência do mundo moderno; Ideologias coloniais (catequização e
escravização). Eurocentrismo e etnocentrismo e implicações para os indígenas.
ORIENTAÇÕES AO ESTUDANTE
 Para realização da aula/atividade, evite lugares com muita distração, como televisores, celulares, 
etc.
 Tenha em mãos caneta, lápis e o caderno de História.
 Escreva em seu caderno de História a data que está realizando a atividade e o tema da aula
 na linha seguinte.
 Cada tópico e/ou informação deve ser lido com atenção.
O CONCEITO DE MODERNIDADE E O EUROCENTRISMO
A modernidade foi uma nomeação dada pelos historiadores renascentistas para o período 
histórico que estavam inaugurando, de forma a se distanciarem dos valores medievais, resgatando a 
cultura da antiguidade clássica. 
 LEIA O TEXTO A SEGUIR: 
IDADE MODERNA – Por Rainer Sousa. Adaptado por Júlio César da Rosa 
Ao pensar em modernidade, muitas pessoas logo imaginam que estamos fazendo referência aos 
acontecimentos, instituições e formas de agir presente, ou seja, na atualidade ou Mundo Contemporâneo. 
De fato, esse termo se transformou em palavra fácil para muitos daqueles que tentam definir em uma 
../dicionc3a1rio-de-conceitos-histc3b3ricos.pdf
única palavra o mundo que vivemos. Contudo, não podemos pensar que esse contexto mais ativo e 
mutante surgiu do nada, que não possua uma historicidade (História).
Entre os séculos XVI e XVIII, um volume extraordinário de transformações estabeleceu uma nova 
visão de mundo, que ainda agita em nossos tempos. Encurtar distâncias, desvendar a natureza, lançar em 
mares nunca antes navegados foram apenas uma das poucas realizações que definem esse período 
histórico. De fato, as percepções do tempo e do espaço, antes tão extensas e progressivas, ganharam uma 
sensação mais intensa.
O processo de formação das monarquias nacionais (os países que conhecemos hoje) pode ser um 
dos mais interessantes exemplos que nos revela estas mudanças. Nesse curto espaço de quase quatro 
séculos, os reis europeus assistiram ao término de seu poder, bem como experimentaram as várias 
revoluções liberais defensoras da divisão do poder político e da ampliação da participação nas decisões 
políticas. 
Além disso, se hoje tanto se fala em tecnologia e globalização, não podemos negar a ligação 
inseparável entre esses dois fenômenos e a Idade Moderna. O começo das Grandes Navegações, além de 
contribuir para o acúmulo de capitais na Europa, também foi importante para que a dinâmica de um 
comércio de natureza intercontinental viesse a acontecer. Com isso, as ações econômicas tomadas em um 
lugar passariam a repercutir em outras parcelas do planeta.
No século XVIII, o espírito investigativo dos cientistas e filósofos iluministas lançou a busca pelo 
conhecimento em patamares nunca antes observados. Não por acaso, o desenvolvimento de novas 
máquinas e instrumentos desenvolveram em território britânico o advento da Revolução Industrial. Em 
pouco tempo, a mentalidade econômica de empresários, consumidores, operários e patrões fixaram 
mudanças que são sentidas até nos dias de hoje.
 Em um primeiro olhar, a Idade Moderna pode parecer um tanto confusa por conta dos vários fatos 
históricos que ocorrem e, logo em seguida, se reconfiguram. Apesar disso, dialogando com eventos mais 
específicos, é possível demarcar as medidas que fazem essa ponte entre os tempos contemporâneo e 
moderno. 
Por que “moderno”?
A palavra “moderno” significa “novo”, “atual”. O surgimento das monarquias nacionais (atua 
países) a configuração dos Estados europeus fora interpretada por historiadores como uma ruptura com as 
estruturas e os valores típicos da Idade Média. Nascia, então, nesse contexto, o que se denominou 
“modernidade”, diretamente relacionada aos acontecimentos europeus e restrita à civilização ocidental. 
Resgatando os valores da Antiguidade Clássica, a construção da “modernidade” partiu de fundamentos 
como a valorização da razão e a afirmação de práticas de cidadania. O Estado típico da modernidade, 
chamado Estado moderno, seria, portanto, uma entidade política regida por leis e administrada por 
funcionários especializados. O debate em torno do assunto causa controvérsias entre historiadores. 
Enquanto uns apontam que há exemplos de estruturas políticas semelhantes aos Estados modernos em 
momentos anteriores, questionando assim o marco histórico convencionado, outros apontam que a 
“modernidade” é um engano, e o que aconteceu foi uma “longa Idade Média” até o século XVIII.
Características do Estado moderno
Do século XII ao século XV, formaram-se monarquias nacionais em Portugal, Espanha, França e 
Inglaterra, principais Estados europeus do período. Os monarcas eram soberanos sobre seu Estado, isto é, 
sua autoridade não dependia ou se submetia a nenhuma outra e se estendia a todos que nele viviam. 
Assim, uma das principais características do Estado moderno é a autonomia do governante perante as 
interferências externas, como as de lideranças religiosas e a influência papal. É possível caracterizar os 
Estados modernos, ainda, pela unificação do sistema monetário, pela instituição de leis nacionais, pela 
criação e manutenção de exércitos e pela organização da arrecadação de impostos.
História em construção
Apesar de se identificar com o “novo”, propondo uma ruptura com o passado medieval, a 
modernidade foi construída com base em elementos da Antiguidade Clássica, como a racionalidade, a 
valorização do indivíduo, o resgate da noção de cidadania, entre outros. Não há um debate aberto entre 
historiadores que defendem que as transformações na Europa causaram um rompimento com as 
estruturas feudais, enquanto outros afirmam que as permanências feudais provocaram uma “longa Idade 
Média”. Isso demonstra que a História está em construção e há interpretações diversas nem sempre 
consensuais. O conceito de modernidade foi construído em torno de processos ocorridos na Europa, 
portanto, não pode ser universalizável, permanecendo-se restrito à realidade dos povos europeus.
Ao falarmos sobre a expansão marítimo-comercial, costumamos salientar um amplo número de 
razões políticas e econômicas que possibilitaram a ocorrência de tal fato histórico. Sem dúvida, tais fatores 
são de fundamental compreensão para esse novo momento em que os homens saem de sua terra natal 
para “descobrirem” outras localidades e povos ao redor do mundo. Contudo, essa ambição material não 
encerra as possibilidades de explicação vinculadas às grandes navegações.
Partindo para um outro referencial interpretativo, devemos nos ater ao fato de que várias 
histórias sobre terras longínquas cercadas de maravilhas e criaturas terríveis circulavam entre os europeus 
mesmo antes da real “descoberta” de outros continentes. Entre outros documentos podemos salientar o 
“Livro das Maravilhas”, obra escrita pelo navegador italiano Marco Pólo, em que relata a exuberância e 
riqueza de distantes civilizações do Oriente.
Tendo forte traço medieval, esses relatos tinham base no pensamento religioso cristão ao 
alternarem relatos que faziam lembrar a busca do paraíso perdido ou a temível descoberta do inferno.Além disso, várias concepções científicas anteriores a esse período defendiam a compreensão da terra 
como um grande plano limitado por um grande abismo, onde se encontravam feras terríveis. Dessa forma, 
o desejo pelo novo e o temor do desconhecido traziam uma contradição à aventura pelo mar.
Essa visão maniqueísta (do bem e do mal; das trevas e da luz) de origem medieval não foi simplesmente 
abandonada a partir do momento em que os navegantes europeus criaram técnicas de navegação seguras 
e desmentiram vários dos mitos sobre as terras distantes. Ao chegarem à América, por exemplo, alguns 
viajantes costumavam falar sobre os costumes “demoníacos” das populações nativas e da “riqueza 
infindável” encontrada naquele novo ambiente que os cercava. 
Utilizando dos próprios registros cartográficos do século XVI temos uma série de imagens e 
gravuras que demonstravam essa concepção de maneira ainda mais clara. Em alguns mapas, cada 
continente era descrito por meio da representação de quatro diferentes mulheres, sendo a Europa o 
símbolo de altivez e soberania; a África, uma negra cercada por animais selvagens e com poucos 
ornamentos; a Ásia, uma princesa cercada de especiarias; e a América, uma jovem nua selvagem.
A partir disso, podemos compreender que as grandes navegações de fato assinalam um novo momento da 
História onde os homens europeus ampliavam sua visão de mundo. Contudo, esse momento ainda se 
mostrava impregnado de várias permanências em que os valores religiosos cristãos e a mitologia medieval 
se mostravam claramente vivos na mente daqueles homens que partiam para o mar.
A Europa majestosa e a América selvagem: um exemplo da visão de mundo do colonizador.
REFERÊNCIAS
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/as-visoes-novo-mundo.htm Acessado em 27/02/2021.
https://portal.educacao.go.gov.br/fundamental_dois/a-construcao-da-ideia-de-modernidade-e-seus-
impactos-na-concepcao-de-historia-7o-ano-atividade-1-1o-corte/
SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 
2010.
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/as-visoes-novo-mundo.htm Acessado em 27/02/2021
https://portal.educacao.go.gov.br/fundamental_dois/a-construcao-da-ideia-de-modernidade-e-seus-impactos-na-concepcao-de-historia-7o-ano-atividade-1-1o-corte/
https://portal.educacao.go.gov.br/fundamental_dois/a-construcao-da-ideia-de-modernidade-e-seus-impactos-na-concepcao-de-historia-7o-ano-atividade-1-1o-corte/

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