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Direito Financeiro e Orçamentário

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prévia autorização da Editora Saraiva.
A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na Lei n. 9.610/98 e punido pelo artigo 184
do Código Penal.
ISBN 9788553615889
Carneiro, Claudio Curso de Direito Tributário e Financeiro / Claudio Carneiro. – 9. ed. – São
Paulo : Saraiva Educação, 2020.
824 p.
Bibliografia 1. Direito tributário – Brasil. I. Título.
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20-0022
CDD 340
Índices para catálogo sistemático: 1. Direito tributário 34:336.2
Direção executiva Flávia Alves Bravin Direção editorial Renata Pascual Müller Gerência
editorial Roberto Navarro Gerência de produção e planejamento Ana Paula Santos Matos
Gerência de projetos e serviços editoriais Fernando Penteado Consultoria acadêmica
Murilo Angeli Dias dos Santos Planejamento Clarissa Boraschi Maria (coord.) Novos
projetos Melissa Rodriguez Arnal da Silva Leite Edição Iris Ferrão Produção editorial
Luciana Cordeiro Shirakawa | Rosana Peroni Fazolari Arte e digital Mônica Landi (coord.) |
Amanda Mota Loyola | Camilla Felix Cianelli Chaves | Claudirene de Moura Santos Silva |
Deborah Mattos | Fernanda Matajs | Guilherme H. M. Salvador | Tiago Dela Rosa | Verônica
Pivisan Reis Planejamento e processos Clarissa Boraschi Maria (coord.) | Juliana Bojczuk
Fermino | Kelli Priscila Pinto | Marília Cordeiro | Fernando Penteado | Mônica Gonçalves
Dias | Tatiana dos Santos Romão Projetos e serviços editoriais Juliana Bojczuk Fermino |
Kelli Priscila Pinto | Marília Cordeiro | Mônica Gonçalves Dias | Tatiana dos Santos Romão
Diagramação (Livro Físico) Edson Colobone Revisão Carmem Becker Capa Tiago Dela Rosa
Livro digital (E-pub) Produção do e-pub Guilherme Henrique Martins Salvador
Data de fechamento da edição: 1-10-2019
Dúvidas?
Acesse sac.sets@somoseducacao.com.br
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Sumário
Prefácio
Apresentação
Nota à 9ª Edição
Nota à 8ª Edição
1 - Direito Financeiro
1.1 Principais Aspectos sobre Finanças Públicas
1.1.1 A Ciência das Finanças e o Direito Financeiro
1.1.2 Autonomia e Codificação do Direito Financeiro
1.1.3 Finalidades da Atividade Financeira
1.1.4 Aspectos Constitucionais e Infraconstitucionais do Direito
Financeiro
1.2 Principais Aspectos sobre a Receita Pública
1.2.1 Distinção entre Ingresso e Receita
1.2.2 Classificação das Receitas
1.2.2.1 Receitas Ordinárias e Extraordinárias
1.2.2.2 Receitas Originárias e Derivadas
1.2.2.3 Receita Corrente e de Capital
1.2.3 Estágios da Receita Pública
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1.2.4 Renúncia de Receita
1.3 Principais Aspectos sobre a Despesa Pública
1.3.1 Classificação das Despesas Públicas24
1.3.1.1 Despesas Orçamentárias e Extraorçamentárias
1.3.1.2 Despesas Ordinárias e Extraordinárias
1.3.1.3 Despesas Correntes e Despesas de Capital
1.3.1.4 Despesas Produtivas, Reprodutivas e Improdutivas
1.3.2 Processamento das Despesas Públicas
1.3.3 Precatórios Judiciais27
1.3.3.1 Sentença e Fazenda Pública
1.3.3.2 Exceção ao Sistema do Precatório
1.3.3.3 Renúncia ao Valor Excedente
1.4 Principais Aspectos sobre o Orçamento Público
1.4.1 Plano Plurianual
1.4.2 Lei de Diretrizes Orçamentárias
1.4.3 Lei Orçamentária Anual
1.4.4 Evolução Constitucional
1.4.5 Tipos de Orçamento
1.4.6 Superávit e Déficit Financeiro
1.4.7 Conceito de Orçamento e sua Natureza Jurídica
1.4.8 Controle de Constitucionalidade da Lei Orçamentária
1.4.9 Elementos do Orçamento
1.4.10 Princípios Orçamentários
1.4.10.1 Anualidade Orçamentária
1.4.10.2 Unidade
1.4.10.3 Universalidade
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1.4.10.4 Legalidade
1.4.10.5 Publicidade Orçamentária
1.4.10.6 Proibição de Estorno
1.4.10.7 Equilíbrio Orçamentário-Financeiro
1.4.10.8 Clareza ou Transparência69
1.4.10.9 Exclusividade
1.4.10.10 Não Afetação
1.4.10.11 Racionalidade
1.4.10.12 Continuidade
1.4.10.13 Aderência
1.4.10.14 Especificação ou Discriminação ou Especialização
1.4.10.15 Exatidão
1.4.10.16 Programação
1.4.10.17 Orçamento Bruto
1.4.11 Ciclo Orçamentário
1.4.12 Controle Orçamentário – Tribunal de Contas e Vedações
Constitucionais
1.4.12.1 Origem dos Tribunais de Contas
1.4.12.2 Controle Orçamentário e Fiscalização
1.4.12.3 Atribuições dos Tribunais de Contas
1.4.12.4 Efeitos das Decisões dos Tribunais de Contas
1.4.12.5 Vedações
1.4.12.6 Operações de Crédito por Antecipação de Receita
1.4.12.7 Garantia e Contragarantia
1.4.13 Créditos Orçamentários Adicionais
1.5 Principais Aspectos sobre o Crédito Público
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1.5.1 Conceito e Natureza Jurídica
1.5.2 A Dívida Pública Brasileira e Títulos da Dívida Pública
1.5.3 Classificação
1.5.3.1 Compulsório ou Voluntário
1.5.3.2 Perpétuo ou Temporário
1.5.3.3 Flutuante e Fundado
1.6 Responsabilidade Fiscal
1.6.1 Introdução
1.6.2 Objetivos
1.6.3 Pilares da Lei de Responsabilidade Fiscal
1.6.4 Destinatários da LRF
1.6.5 Limitação de Despesas
1.6.6 Reserva de Contingência
1.6.7 Despesa Adequada, Compatível e Irrelevante
1.6.8 Sanções em Caso de Desrespeito à LRF
1.6.9 Restos a Pagar
1.6.10 Relatório Resumido da Execução Orçamentária
1.6.11 Operações de Crédito
1.6.12 Limitação de Empenho
1.7 Repartição Tributária de Receitas
1.7.1 Classificação das Repartições Tributárias Constitucionais102
1.7.1.1 Transferências Diretas
1.7.1.2 Transferências Indiretas
2 - Fontes do Direito Tributário
2.1 Introdução
2.2 Conceito de Direito Tributário
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2.3 Fontes do Direito Tributário
2.3.1 Distinção entre Lei e Legislação Tributária
2.3.2 Hierarquia entre Lei Federal, Estadual e Municipal
2.3.3 Norma Tributária em Sentido Estrito e em Sentido Amplo
2.3.4 Fontes Formais Principais
2.3.5 Fontes Formais Secundárias
3 - Hermenêutica do Direito Tributário
3.1 Legislação Tributária
3.2 Estrutura da Norma Tributária
3.3 Amplitude dos Institutos, Vigência, Aplicação, Interpretação e
Integração da Norma
3.4 Vigência da Legislação Tributária
3.4.1 Vigência da Lei no Tempo
3.4.2 Vigência da Lei no Espaço
3.4.3 Vigência da Lei Brasileira no Exterior
3.5 Tributação Internacional
3.6 Aplicação da Legislação Tributária
3.7 Interpretação da Legislação Tributária
3.7.1 Diferença entre Interpretação, Integração e Correção
3.7.2 Métodos de Interpretação
3.7.3 Controvérsia entre a Definição e os Efeitos dos Institutos – Arts.
109 e 110 do CTN
3.8 Integração da Legislação Tributária
4 - Tributos em Espécie
4.1 Noções Gerais
4.2 Comentários ao Art. 3º do CTN
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4.3 Classificação dos Tributos
4.3.1 Vinculadoe não Vinculado
4.3.2 Fiscais, Extrafiscais e Parafiscais
4.3.3 Federais, Estaduais e Municipais
4.4 Espécies de Tributos
4.4.1 Imposto
4.4.1.1 Inconstitucionalidade por Arrastamento
4.4.1.2 Classificação dos Impostos
4.4.2 Taxas
4.4.2.1 Noções Gerais
4.4.2.2 Competência para a Instituição das Taxas
4.4.2.3 Distinção quanto à Base de Cálculo dos Impostos e Taxas
4.4.2.4 Modalidade de Lançamento das Taxas
4.4.2.5 Finalidade das Taxas e a Justiça Retributiva
4.4.2.6 Fato Gerador das Taxas
4.4.3 Contribuição de Melhoria
4.4.3.1 Origem Histórica
4.4.3.2 Competência para a Instituição da Contribuição de Melhoria
4.4.3.3 Sujeito Passivo
4.4.3.4 Fato Gerador
4.4.3.5 Base de Cálculo e Limites
4.4.3.6 Requisitos Mínimos
4.4.3.7 Finalidade da Contribuição de Melhoria e a Justiça Retributiva
4.4.3.8 Contribuição de Melhoria e Reserva Legal
4.4.3.9 Contribuição de Melhoria: Imunidade e Isenção
4.4.4 Empréstimos Compulsórios
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4.4.4.1 Noções Gerais
4.4.4.2 Empréstimo Compulsório e Reserva de Lei Complementar
4.4.4.3 Causas de Legitimação Mediata e Imediata do Empréstimo
Compulsório e Fato Gerador
4.4.4.4 Sujeito Passivo
4.4.4.5 Discussão quanto à Natureza Jurídica
4.4.4.6 Âmbito de Incidência – Territorialidade
4.4.4.7 Restituição do Empréstimo Compulsório
4.4.5 Contribuições Especiais
4.4.5.1 Técnicas de Validação das Contribuições Especiais
4.4.5.2 Parafiscalidade e Extrafiscalidade nas Contribuições
4.4.5.3 Finalidades das Contribuições
4.4.5.4 A Referibilidade das Contribuições
4.4.5.5 O Fato Gerador das Contribuições
4.4.5.6 Competência para Instituição das Contribuições
4.4.5.7 Competência dos Estados para Instituir Contribuições Sociais
4.4.5.8 Espécies de Contribuições
5 - Sistema Tributário Nacional
5.1 Sistema Tributário Nacional
5.2 Evolução Constitucional
5.3 Globalização
6 - Competência Tributária
6.1 Conceito
6.2 O Exercício da Competência Tributária – Faculdade ou Dever
6.3 A Expressão Competência Legislativa Plena
6.4 Repartição de Receita e Competência
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6.5 Competência Positiva e Competência Negativa
6.6 Competência e Emenda Constitucional
6.7 Lei Complementar – Conflito de Competência e Competência
Concorrente
6.8 Reserva de Competência e Benefício Fiscal
6.9 Competência e Capacidade Tributária
6.10 Princípios Inerentes à Competência Tributária
6.11 Classificação da Competência Tributária
7 - Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar
7.1 Introdução
7.2 Limites ou Limitações
7.3 Natureza Jurídica
7.4 Imunidades e Princípios
7.5 Aspectos da não Incidência Tributária
7.5.1 Isenção
7.5.2 Alíquota Zero
7.5.3 Imunidades
7.5.4 Diferimento
7.6 Principais Aspectos sobre as Imunidades
7.6.1 Histórico
7.6.2 Classificação das Imunidades
7.6.2.1 Subjetivas e Objetivas
7.6.2.2 Expressas e Implícitas
7.6.2.3 Incondicionais e Condicionais
7.6.2.4 Genéricas e Específicas
7.6.2.5 Imunidade e Isenção
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7.6.3 Análise das Imunidades Genéricas
7.6.3.1 Imunidade Recíproca (CF, art. 150, VI, a)
7.6.3.1.1 Alcance Tributário da Imunidade Recíproca
7.6.3.1.2 Posição do Ente Federativo como Contribuinte de Fato e
de Direito
7.6.3.1.3 Imunidade e Locação
7.6.3.1.4 Autarquia, Fundação, Empresa Pública e Sociedade de
Economia Mista
7.6.3.1.5 Serviços Notariais
7.6.3.1.6 Taxa Judiciária e Custas Processuais
7.6.3.1.7 Outros Julgados Importantes sobre o Tema
7.6.3.2 Imunidade dos Templos de Qualquer Culto
7.6.3.3 Imunidade dos Partidos Políticos, Entidades Sindicais dos
Trabalhadores, Instituições de Educação e Assistência Social
7.6.3.3.1 Imunidade Tributária e Atividades de Lazer
7.6.3.3.2 Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos e
Gratuidade
7.6.3.3.3 Imunidade Tributária e Entidade Beneficente
7.6.3.3.4 Imunidade das Entidades Fechadas de Previdência Social
Privada
7.6.3.4 Imunidade dos Livros, Jornais e Periódicos e o Papel
Destinado à sua Impressão528
7.6.3.5 Imunidade dos Fonogramas e Videofonogramas Musicais538
7.6.4 Princípios Constitucionais Tributários
7.6.4.1 Princípios Relacionados ao Valor Segurança Jurídica
7.6.4.2 Princípios Relacionados ao Valor Justiça da Tributação
7.6.4.3 Princípios Relacionados ao Valor Liberdade Jurídica
7.6.4.4 Outros Princípios Tributários
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7.6.4.5 Princípios Tributários Implícitos
8 - Obrigação Tributária
8.1 Breves Considerações
8.2 Fato Gerador
8.2.1 Nomenclatura
8.2.2 Classificação do Fato Gerador
8.2.2.1 Simples e Complexo
8.2.2.2 Instantâneo e Complexivo
8.2.2.3 Condicional e Incondicional
8.2.2.4 Causal e Formal
8.2.2.5 Típico e Complementar
8.2.2.6 Genérico e Específico
8.2.3 Elementos do Fato Gerador Integral
8.3 Relação Jurídica Tributária
8.3.1 Natureza Jurídica da Relação Jurídico-Tributária
8.4 Tributo e Penalidade
8.5 Obrigação Tributária
8.5.1 Aspectos da Obrigação no Direito Civil e no Direito Tributário
8.5.2 Espécies
8.5.2.1 Obrigação Principal
8.5.2.2 Obrigação Acessória
8.5.3 Diferença entre Obrigação e Responsabilidade
8.6 Distinção entre Elisão, Evasão e Elusão Fiscal
8.6.1 Elisão Fiscal
8.6.2 Evasão Fiscal
8.6.3 Elusão Fiscal
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8.6.3.1 Abuso de Forma × Simulação × Abuso do Direito
8.6.3.2 Norma Antielisiva
8.7 Solidariedade Tributária
8.7.1 Benefício de Ordem
8.7.2 Efeitos da Solidariedade
8.8 Capacidade Tributária Passiva
8.9 Domicílio Tributário
9 - Responsabilidade Tributária
9.1 Persecução Tributária
9.2 Finalidades da Responsabilidade Tributária
9.3 Elementos Subjetivos da Obrigação Tributária
9.3.1 Sujeito Ativo
9.3.1.1 Sujeito Ativo Direto
9.3.1.2 Sujeito Ativo Indireto
9.3.2 Sujeito Passivo
9.4 Responsabilidade Tributária
9.4.1 Responsabilidade por Substituição
9.4.1.1 Responsabilidade por Substituição: Legitimidade, Imunidade e
Isenção
9.4.1.2 Modalidades de Substituição
9.4.2 Responsabilidade por Transferência
9.4.2.1 Distinção entre Substituição e Transferência
9.4.2.2 Modalidades de Responsabilidade por Transferência
9.5 Súmulas Importantes do STJ
10 - Crédito Tributário
10.1 Teorias Dualista e Monista
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10.2 Lançamento
10.2.1 Conceito
10.2.2 Competência para Efetuar o Lançamento
10.2.3 Natureza Jurídica (Teorias Declarativista e Constitutivista) e
Legislação Aplicável ao Lançamento
10.2.4 Características e Funções do Lançamento
10.2.5 Lançamento e Utilização de Câmbio
10.2.6 A Revisão do Lançamento e Princípios Inerentes
10.2.7 Efeitos do Lançamento
10.2.8 Modalidades de Lançamento
10.3 Crédito Tributário
10.3.1 Conceito
10.3.2 Espécies de Créditos161
10.4 Suspensão da Exigibilidade do Crédito Tributário
10.4.1 Introdução
10.4.2 Efeitos da Suspensão da Exigibilidade
10.4.3 Alcance da Expressão “Suspensão da Exigibilidade do Crédito”
10.4.4 Possibilidade de Suspensão antes do Lançamento
10.4.5 Taxatividade do Art. 151 do CTN
10.4.6 Modalidades
10.4.6.1 Moratória
10.4.6.1.1 Espécies de Moratória10.4.6.1.2 Moratória e Direito Adquirido
10.4.6.1.3 Requisitos e Condições
10.4.6.1.4 Alcance da Moratória
10.4.6.1.5 Moratória × Parcelamento
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10.4.6.2 Depósito do Montante Integral
10.4.6.2.1 Depósito e Conversão em Renda
10.4.6.2.2 Diferença entre Depósito do Montante Integral e
Consignação em Pagamento
10.4.6.2.3 Depósito do Montante Integral e Ação Anulatória de
Débito Fiscal
10.4.6.3 Reclamações e Recursos Administrativos191
10.4.6.3.1 Defesas Administrativas e Prescrição Intercorrente194
10.4.6.3.2 Competência para Regulamentação de Normas sobre o
PAF198
10.4.6.3.3 Constitucionalidade do Depósito Recursal e do
Arrolamento Administrativo
10.4.6.4 Concessão de Medida Liminar em Mandado de
Segurança206
10.4.6.4.1 A Discussão quanto ao Mandado de Segurança contra a
Lei em Tese
10.4.6.4.2 Efeitos da Cassação da Liminar
10.4.6.5 Concessão de Tutela Antecipada em Outras Ações Judiciais
10.4.6.5.1 A Exigência de Caução ou Depósito para a Concessão da
Tutela Antecipada
10.4.6.5.2 Oferecimento de Bens em Caução e Suspensão da
Exigibilidade
10.4.6.5.3 Possibilidade de Concessão de Tutela Antecipada antes
da Contestação
10.4.6.5.4 Comentários ao Art. 170-A do CTN
10.4.6.6 Parcelamento
10.4.6.6.1 Parcelamento228 e Denúncia Espontânea
10.4.6.6.2 Compensação e Denúncia Espontânea
10.5 Modalidades de Extinção do Crédito Tributário
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10.5.1 Pagamento
10.5.2 Compensação
10.5.3 Transação
10.5.4 Remissão
10.5.5 Prescrição e Decadência
10.5.6 Conversão do Depósito em Renda
10.5.7 Pagamento Antecipado e Homologação do Lançamento
10.5.8 Consignação em Pagamento294
10.5.9 Decisão Administrativa Irreformável300
10.5.10 Decisão Judicial Passada em Julgado
10.5.11 Dação em Pagamento de Bens Imóveis
10.6 Modalidades de Exclusão do Crédito Tributário
10.6.1 Anistia
10.6.1.1 Não Cabimento da Anistia
10.6.1.2 Classificação
10.6.1.3 Anistia e Direito Adquirido
10.6.1.4 Distinção entre Remissão e Anistia
10.6.2 Isenção
10.6.2.1 Natureza Jurídica
10.6.2.2 Previsão em Lei
10.6.2.3 Tributos que Alcança
10.6.2.4 Classificação das Isenções
10.6.2.5 Revogação da Isenção
10.6.2.6 Isenção e Obrigações Acessórias
10.6.2.7 Ministério Público e Legitimação para Questionar Benefícios
Fiscais
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11 - Garantias e Privilégios do Crédito Tributário
11.1 Breves Considerações
11.2 Garantias × Privilégios
11.3 Universalidade dos Bens e Impenhorabilidade
11.3.1 Penhora
11.3.2 Bem de Família e a Regra da Impenhorabilidade
11.3.3 A Ordem da Penhora Estabelecida no Art. 11 da LEF
11.3.4 Da Importância da Intimação da Penhora
11.4 Presunção de Fraude
11.4.1 Momento de Caracterização da Presunção de Fraude
11.4.2 Presunção Relativa × Presunção Absoluta
11.4.3 Fraude contra Credores × Fraude à Execução
11.5 Penhora On-Line
11.6 Análise do Art. 186 do CTN
11.6.1 Multas
11.6.2 Cessão de Créditos
11.7 Concurso de Preferências
11.7.1 Constitucionalidade do Art. 187 do CTN
11.7.2 Execução Fiscal e Falência
11.7.3 Interesse da Fazenda Pública para Requerer a Falência do
Devedor
11.8 Crédito Extraconcursal
11.9 Preferências dos Arts. 189 e 190 do CTN
11.9.1 Art. 189 do CTN
11.9.2 Art. 190 do CTN
11.10 Exigência da Prova de Quitação de Tributos
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11.10.1 Para Extinção das Obrigações do Falido
11.10.2 Para a Concessão da Recuperação Judicial
11.10.3 Para Julgamento de Partilha ou Adjudicação
11.11 Exigência de Certidão e Contratação com o Poder Público
12 - Administração Tributária: Fiscalização, Dívida Ativa e Certidão
12.1 Conceito
12.2 A Administração e o Princípio da Legalidade
12.3 Fiscalização
12.3.1 Sigilo Comercial
12.3.2 Dever de Informar e Sigilo Profissional
12.3.3 Sigilo Fiscal
12.3.4 Sigilo Bancário
12.3.4.1 Histórico do Sigilo Bancário no Brasil
12.3.4.2 O Sigilo Bancário e o Inventário Extrajudicial
12.3.5 Auxílio da Força Policial
12.3.6 Responsabilidade Pessoal do Agente Público
12.4 Dívida Ativa
12.4.1 Conceito
12.4.2 Créditos Tributários e não Tributários
12.4.3 A Inscrição em Dívida Ativa
12.4.3.1 Definição
12.4.3.2 Termo de Inscrição
12.4.3.3 Análise da Expressão “Regular Inscrição”
12.4.3.4 Presunção Relativa
12.4.4 Protesto da Certidão de Dívida Ativa
12.4.5 Averbação Pré-executória
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12.5 Suspensão da Prescrição
12.6 Certidão de Débito Fiscal
12.6.1 Efeitos da Certidão
12.6.2 Dispensa da Certidão
12.6.3 Certidão Expedida com Dolo ou Fraude
12.7 Substituição da CDA
Referências
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A Nilza, minha mãe, a quem juro amor por esta e por todas as
outras existências.
A minha irmã, Jurema, alicerce do meu ser, e a Milton,
sobrinho, afilhado e filho do coração.
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Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união.
É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a
barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes;
como o orvalho de Hermom, que desce sobre os montes de
Sião, porque ali o Senhor ordena a bênção e a vida para
sempre (Salmo 133).
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Agradeço, primeiramente, ao Grande Arquiteto do Universo,
por estar sempre presente em todos os momentos da minha
vida.
Ao Mestre Alexandre Freitas Câmara, pelo apoio e pela
confiança dedicados.
Às amigas Jane Costa Campos e Thereza Maria Fernandes de
Andrade, pela amizade e pelo carinho dedicados.
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Prefácio
Alguém já disse que prefácios são textos escritos depois dos livros,
publicados antes, e que não são lidos nem antes nem depois. Ciente disto, e
tendo sido convidado por Claudio Carneiro a prefaciar sua nova obra,
apresso-me em atender ao gentil convite com uma apresentação que não seja
um biombo a esconder o livro do leitor.
O Brasil sempre foi rico em obras de Direito Financeiro e Tributário.
Autores clássicos como Aliomar Baleeiro, Amílcar de Araújo Falcão se
juntam a juristas contemporâneos, como Ricardo Lobo Torres e Hugo de
Brito Machado, para formar uma verdadeira escola brasileira de pensamento.
Pois é neste cenário que se recebe a nova obra do eminente jurista Claudio
Carneiro. O autor, que alia sua experiência na advocacia pública (como
procurador municipal) à sua atividade docente e acadêmica (já que é
professor de diversas instituições e Mestre em Direito), traz no livro que ora
apresento seu pensamento acerca de todo o intrincado cipoal normativo
existente no Brasil nas áreas do conhecimentojurídico que escolheu estudar.
Professor consagrado e autor já bastante reconhecido, Claudio Carneiro
apresenta, agora, obra de fôlego, em que analisa os mais relevantes conceitos
de Direito Financeiro e Tributário. A obra será, certamente, de grande valia
para os profissionais do Direito e também para os estudantes, que poderão se
aprofundar em seus estudos.
No livro, um verdadeiro curso completo de Direito Financeiro e
Tributário, o autor se preocupou em apresentar não só seu pensamento, mas
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também em trazer à colação os mais relevantes julgados dos tribunais
brasileiros acerca de cada tema abordado. Esta opção revela-se importante,
ainda mais em uma área tão sensível para o jurisdicionado, em que a
previsibilidade é fator da maior relevância para a obtenção da segurança
jurídica necessária ao bom desenvolvimento dos negócios, e a força
persuasiva dos precedentes é da maior importância para a determinação das
condutas.
Estão de parabéns a editora e o autor por mais este lançamento, a que
desejo o merecido sucesso.
Alexandre Freitas Câmara
Professor de Direito Processual Civil.
Membro do Instituto Brasileiro de Direito Processual
e do Instituto Ibero-Americano de Direito Processual.
Desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
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Apresentação
Ao longo desses anos em que me dedico ao estudo do Direito Tributário,
bem como de vários anos trabalhando na área tributária como Procurador
Municipal, atuando na execução fiscal da dívida ativa e tendo ministrado
aulas de Direito Financeiro e Tributário em universidades e instituições em
vários estados brasileiros, na graduação em Direito e cursos preparatórios
para diversas carreiras e, da mesma forma, nas aulas ministradas em
especializações em MBA pela Fundação Getulio Vargas e demais cursos de
pós-graduação, percebi a necessidade de transformar o conteúdo de minhas
aulas em um livro didático, que fosse útil para o mundo jurídico. Mas, por
outro lado, achava que esse material deveria também ser uma obra que fosse
de aplicabilidade prática para os profissionais do Direito e áreas afins, e, para
tanto, seria necessário, além das discussões doutrinárias, ter uma profunda
análise jurisprudencial, levantando os aspectos polêmicos em nossos
tribunais. Os cursos de mestrado e doutorado me tornaram ainda mais crítico
quanto à qualidade da obra e essa tarefa foi ficando cada vez mais difícil, me
deixando com a responsabilidade ainda maior. Confesso que o pedido dos
alunos e amigos para que desse continuidade a essa obra foi um fator
preponderante e decisivo para pôr em prática essa difícil mas prazerosa
missão. Os meus mestres, ainda que não estejam mais conosco, apesar da
saudade, serão eterna fonte de inspiração. Os alunos, ao longo do tempo,
foram se tornando meus amigos e excelentes profissionais. Os amigos, esses
suspeitos, pelo carinho e bondade, incansáveis em me motivar, me
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estimularam a não desistir. Pois bem, eis então essa despretensiosa obra, de
cunho doutrinário e jurisprudencial, que visa a colaborar com o mundo
acadêmico e jurídico de um modo geral. A obra é composta, além de
doutrina, de julgados, em especial do STF e do STJ, que considero
fundamentais, pois trazem diversos entendimentos esposados pelos mais altos
tribunais do país. Contempla ainda, além da minha visão sobre determinados
assuntos, a posição da doutrina mais abalizada sobre os temas propostos.
Procurei, ainda, dar um enfoque interdisciplinar, abordando questões
relativas ao Direito Constitucional, Empresarial e Processual Civil, que se
entrelaçam com o Direito Tributário, contando com o apoio e a orientação de
autores expoentes nessas áreas.
Assim, diante dessa breve exposição, podemos dizer que a obra é
direcionada aos empresários, profissionais e estudantes que buscam a
atualização constante nesses ramos do Direito.
Claudio Carneiro
E-mail: professorclaudiocarneiro@gmail.com
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Nota à 9ª Edição
Ao longo de nossas jornadas em palestras, conferências e aulas por todo o
Brasil, ficamos gratamente surpresos em saber que nosso livro tem sido um
dos mais utilizados por estudantes (graduação e pós-graduação) e candidatos
a concursos públicos em todo o país. Juristas, professores, sites e blogs
especializados nessa área recomendam a obra que já foi citada em diversos
acórdãos de Tribunais brasileiros, em especial, os Tribunais Superiores.
A chegada da 9ª edição comprova que a obra se consolidou em todo o
Brasil. A alegria vem acompanhada do aumento da nossa responsabilidade
em cumprir o nosso objetivo inicial de mantê-la com o que há de mais novo
em relação ao direito tributário e financeiro sem que perca uma das suas
principais características: a didática na exposição dos temas.
Nesse sentido, a nova edição vem atualizada com a Emenda
Constitucional de n. 100, de 2019, que altera os arts. 165 e 166 da
Constituição Federal para tornar obrigatória a execução da programação
orçamentária proveniente de emendas de bancada de parlamentares de Estado
ou do Distrito Federal.
Em relação à legislação infraconstitucional, a nova edição levou em
consideração a publicação das Leis Complementares n. 169; n. 167 (dispõe
sobre a Empresa Simples de Crédito); n. 166 (altera a Lei Complementar n.
105/2001); n. 165 e n. 164, que acrescenta §§ 5º e 6º ao art. 23 da LC n.
101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), para vedar a aplicação de sanções
a Município que ultrapassem o limite para a despesa total com pessoal nos
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casos de queda de receita que especifica. Da mesma forma, observou a edição
de leis complementares, medidas provisórias e atos administrativos
normativos em matéria tributária.
No campo da jurisprudência, a edição ora apresentada vem atualizada com
as últimas súmulas do STF, STJ, bem como de precedentes jurisprudenciais
relevantes que mostrem mudança de entendimento ou precedentes
interessantes sobre temas polêmicos como a anterioridade tributária na
revogação de isenções tributárias, entre outras.
Externo minha gratidão a todos que, gentilmente, se disponibilizaram a
enviar e-mails com sugestões, elogios e críticas construtivas.
Por fim, àqueles que se interessarem em aprofundar ainda mais seus
estudos em Direito Tributário, recomendamos nossos dois livros da Editora
Saraiva que completam a nossa coleção: Processo Tributário (Administrativo
e Judicial) e Impostos Federais, Estaduais e Municipais.
Claudio Carneiro E-mail: professorclaudiocarneiro@gmail.com
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Nota à 8ª Edição
Costumo dizer que apresentar uma nova edição, além de ser um prazer, é
uma oportunidade de andar pari passu com a voracidade legislativa que o
Direito Tributário sofre no Brasil. A cada ano que passa, fazemos uma nova
edição de todas as nossas obras e, com isso, é possível observar a quantidade
significativa de modificações normativas e jurisprudenciais. Seguindo essa
linha de atualização, nesta edição incluímos as mais novas emendas
constitucionais e também leis ordinárias importantes, como, por exemplo, a
Lei n. 13.709/2018, que dispõe sobre a proteção de dados pessoais e altera a
Lei n. 12.965/2014 (Marco Civil da Internet). Abordamos, ainda que de
maneira superficial, a influência do Compliance e das normas anticorrupção e
antissuborno no Brasil, pois esta obra não tem como escopo tal temática.
Observamos a vigência de novas leis complementares, em especial a Lei
Complementar n. 162/2018, que instituiu o Programa Especial de
Regularização Tributária das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
optantes pelo Simples Nacional (Pert-SN). Fizemos uma verdadeira varredura
na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal
Federal e colacionamos no bojo da obra os julgados mais importantes, de
modo que o livro continue sendo didático e com a profundidade necessária
para o nosso público.
Agradeço a todos que, gentilmente, se disponibilizaram a enviar e-mails
com sugestões, elogios e críticas construtivas.
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Por fim, àqueles que se interessarem em aprofundar ainda mais seus
estudos em Direito Tributário, recomendamos nossos dois livros da Editora
Saraiva: Processo Tributário (Administrativo e Judicial) e Impostos
Federais, Estaduais e Municipais.
Claudio Carneiro
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Direito Financeiro
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1.1 Principais Aspectos sobre Finanças Públicas
Na análise do Direito Financeiro, pouco se discute sobre a atividade
financeira do Estado. Isto porque, embora exista uma relação direta entre
ambos, são institutos diversos, pois o exercício da atividade financeira estatal
pauta-se na normatização por este ramo do Direito, que em síntese
regulamenta os quatro elementos da atividade de cada ente federativo, quais
sejam – receita, despesa, orçamento e crédito. Nesse sentido, mister se faz
uma abordagem, ainda que breve, sobre a atividade financeira do Estado.
Aliomar Baleeiro1 já dizia que: A atividade financeira consiste, portanto,
em obter, criar, gerir e despender o dinheiro indispensável às necessidades,
cuja satisfação o Estado assumiu ou cometeu àqueloutras pessoas de direito
público. Embora expressa em algarismos de dinheiro, a atividade financeira,
do ponto de vista econômico, desloca, do setor privado para o setor público,
massa considerável de bens e serviços, retirando-os uns e outros ao consumo
e ao investimento dos particulares.
Podemos dizer que o Estado, no âmbito de suas finanças, atua de forma si-
milar ao particular; contudo, se a pessoa é poupadora nata ou gastadora
compulsiva, isso é um problema de cada uma, pois o poder público nada tem
a ver com o que o cidadão faz com o seu dinheiro. Ocorre que, com o Estado,
a situação é um pouco diferente, pois o equilíbrio das contas públicas impede
que o ente público seja poupador ou gastador. Afinal, a receita é usada para
pagamento das despesas e estas, por sua vez, para a realização do interesse
público primário e secundário. Daí a influência direta do Direito Financeiro
na normatização dos elementos da atividade financeira estatal, de modo que a
utilização do dinheiro público seja feita de forma transparente e, sobretudo,
regida pela legalidade, pois a lei nada mais é do que a participação do povo
em uma democracia.
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Assim, comparando-se as várias fases do Estado brasileiro ao longo do
tempo, percebe-se que há uma evolução gradativa, seja na prestação dos
serviços públicos, seja na modernização da máquina estatal e, principalmente,
na rigidez da legislação financeira, que em grande parte foi
constitucionalizada. É claro que ainda estamos muito longe do modelo ideal,
bem como dos modelos dos chamados países “desenvolvidos”, mas a
evolução econômica do Brasil no cenário internacional, com o passar dos
tempos, é inquestionável.
Desde a época mais remota da sociedade, em que a receita era proveniente
da requisição de bens e serviços dos súditos, da apreensão de bens daqueles
Estados derrotados na guerra e até mesmo de simples colaborações por parte
da sociedade, houve uma evolução do conceito de Estado, iniciada a partir do
Estado absolutista, passando pelo Estado liberal, pelo Estado social, até
chegarmos ao Estado neoliberal2. Nesse contexto evolutivo, constata-se que,
independentemente da espécie do Estado vigente, fez-se necessário o
aumento de sua receita (arrecadação) para que a máquina estatal pudesse
desempenhar satisfatoriamente suas atividades como, por exemplo, a
prestação dos serviços públicos e a realização de suas despesas correntes.
Com isso, o Estado passou a adentrar no patrimônio do particular, exercendo,
através do seu poder de império, o que se denominou tributação. Assim, em
uma definição bem simples, podemos dizer que a atividade financeira do
Estado é aquela que visa à realização do interesse público primário e
secundário, aplicando adequadamente a receita para a realização das
despesas.
Na visão de Harada3, é inegável que, durante a Idade Moderna, ligada ao
pensamento liberal que reinava nos séculos XVIII e XIX, a atividade do
Estado estava restrita ao campo de atuação do poder público. Isto porque a
burguesia dominante não aceitava a ideia de ver o Estado atuando em área
distinta de sua gênese, talvez por trauma do período em que se encontrava
submetida ao Absolutismo voraz da Idade Média. Assim, após o término da
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Segunda Guerra Mundial, no final do século XX, iniciou-se o fenômeno que
hoje é chamado de agigantamento do Estado, que passou a ser cada vez mais
intervencionista, na tentativa de reorganizar a economia, notadamente dos
países derrotados, já que o setor privado mostrava-se absolutamente
impotente para a retomada do desenvolvimento econômico. Entretanto este
modelo mostrou-se esgotado a partir da primeira crise internacional do
petróleo em 1973. Mesmo assim, em consequência do Estado-previdência, do
Estado-intervencionista, as finanças públicas atingiram dimensões
consideráveis a ponto de ensejar, a partir da década de 60, o aparecimento de
disciplina jurídica própria para seu estudo.
Diante desse contexto o Estado passou por diversas fases: a) O Estado
Fiscal minimalista, também chamado de Estado guarda-noturno, vigorando
no período compreendido entre o século XVIII ao início do século XX; b)O
Estado Social Fiscal, também chamado de Estado de Bem-estar Social, ou
Estado Pós-liberal, que vigorou entre 1919 a 1989; c) Estado Democrático; d)
Estado Neoliberal; e) Estado Neoconstitucionalista4.
1.1.1 A Ciência das Finanças e o Direito Financeiro
Inicialmente, cabe destacar que a Ciência das Finanças e o Direito
Financeiro possuem uma íntima relação, qual seja, a atividade financeira do
Estado. Assim temos que a atividade financeira em si é estudada pela Ciência
das Finanças, com o objetivo voltado para atender às necessidades públicas,
ou, num sentido mais amplo, o interesse público, analisando a atividade
financeira, sem adentrar no mérito da normatização de seus elementos. Nesse
sentido, quando tratamos de normas que regulam essa atividade, bem como
os seus elementos, estamos diante do Direito Financeiro. Podemos dizer que
a Ciência das Finanças, enquanto ciência econômica pura e especulativa,
estuda e confronta os vetores para a obtenção e o emprego dos meios
materiais e serviços utilizados pelo Estado para a realização de suas
finalidades, ou seja, a realização do interesse público através de uma política
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financeira. É a disciplina que, pela investigação dos fatos, procura explicar os
fenômenos ligados à obtenção e dispêndio do dinheiro necessário ao
funcionamento dos serviços a cargo do Estado, ou de outras pessoas de
direito público, assim como os efeitos resultantes dessa atividade
governamental5.
A atividade financeira exercida pelo Estado consiste em gerir e despender
o dinheiro indispensável às necessidades públicas. Tais necessidades, alvo da
Economia Política, só podem ser satisfeitas através da ação coordenada dos
membros estatais, pelo processo do serviço público6.
Destaque-se que a Ciência das Finanças, em razão de seu caráter não
normativo, não estabelece princípios ou normas disciplinadoras, tendo
evidente característica especulativa por ter como objeto a investigação dos
fatos econômicos, o que enseja discordância entre os intérpretes do Direito
Tributário, pois, para parte da doutrina, trata-se de um ramo da ciência
econômica, enquanto para outros é um ramo da ciência política. Por outro
lado, a Ciência das Finanças estuda as uniformidades da atividade financeira
do Estado, possuindo evidentes afinidades com vários outros ramos
científicos, às vezes estreitas, quando não íntimas, como na hipótese das
ciências morais ou ciências do homem.
A principal finalidade do Direito Financeiro é exatamente a normatização
da atividade financeira estatal, isto é, o estudo e a regulamentação das
diversas formas de que o Estado e seus organismos se valem para obter e
utilizar as riquezas necessárias para a consecução dos seus objetivos.
Preocupa-se, de uma forma mais abrangente, portanto, com o caráter
extrafiscal da obtenção destes recursos e em conhecer a atividade financeira
do Estado sob as mais variadas perspectivas, como a política, sociológica,
ética, administrativa, econômica e jurídica, fornecendo base para o legislador
quando da elaboração das normas do Direito Financeiro e Tributário.
Percebemos, então, que a relação entre eles é estreita, tanto que Baleeiro
adjetivou a vinculação do Direito Financeiro com a Ciência das Finanças
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como “umbilical”, ressalvando, entretanto, que cuidam dos mesmos
fenômenos, enfrentando-os de ângulos diferentes7.
Na visão de Torres8, o Direito Financeiro deve ser analisado sob dois
aspectos: o objetivo (ordenamento) e o científico, como qualquer outro ramo
do sistema jurídico (ciência). Sob o ponto de vista objetivo, é considerado
como o conjunto de normas e princípios que regulam a atividade financeira
do Estado, cabendo ao Direito Financeiro disciplinar a constituição e a gestão
da Fazenda Pública, estabelecendo as regras e os procedimentos para a
obtenção da receita pública e a realização dos gastos necessários à
consecução dos objetivos do Estado. Na Constituição de 1988 encontramos
as normas gerais sobre a matéria nos arts. 163 a 169, além do seu art. 192,
bem como na Lei n. 4.320/64 e na Lei Complementar n. 101/2000, que estatui
normas gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos
orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito
Federal.
O Direito Financeiro, analisado sob o ponto de vista científico, estuda as
normas e os princípios que regulam a atividade financeira do Estado,
elaborando o discurso sobre as regras da constituição e da gestão da Fazenda
Pública – Ciência das Finanças. Seu foco principal é conhecer, estudar e
justificar a realidade objetiva na qual se apresenta, em uma verdadeira síntese
hermenêutica. Nas lições de Baleeiro9, o Direito Financeiro é “o conjunto de
normas que regulam a atividade financeira”.
A Constituição da República de 1988 recepcionou a matéria na
modalidade de complementalização, quando, em seu art. 163, reservou à lei
complementar dispor sobre normas gerais das finanças públicas, dentre
outros temas, como a dívida pública externa e interna, incluídas as das
autarquias, fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público;
concessão de garantias pelas entidades públicas; emissão e resgate de títulos
da dívida pública; fiscalização financeira da Administração Pública direta e
indireta; operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União,
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dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; compatibilização das
funções das instituições oficiais de crédito da União, resguardadas as
características e condições operacionais plenas das voltadas ao
desenvolvimento regional.
1.1.2 Autonomia e Codificação do Direito Financeiro
É indiscutível que o Direito vem sofrendo evoluções constantes, passando
por questões de relevante interesse social, como, por exemplo, a discussão
enfrentada pelo STF sobre o uso de células-tronco em pesquisas científicas, a
pílula do combate ao câncer, bem como de outras questões que estão por vir,
que terão no futuro repercussão nacional, umas mais relevantes sob o ponto
de vista social, outras menos. Assim, da mesma forma, uma questão que
também suscitou controvérsia foi a que se refere à autonomia do Direito
Financeiro em face dos demais ramos do Direito.
Inicialmente é importante destacar que, para se considerar uma ciência
jurídica como autônoma, é necessário que ela possua unicidade, bem como
elementos e princípios próprios, enfim, que possua um conjunto de normas
que permitam um sistema normativo ordenado. Parte da doutrina, capitaneada
por Amílcar Araújo Falcão10, defendia que o Direito Financeiro não é um
ramo autônomo do Direito, mas sim, um sub-ramo do Direito Administrativo.
O posicionamento majoritário sustentado por Trotabas11 e Aliomar Baleeiro12
é o de defender sua autonomia como sendo ramo do Direito Público, ou seja,
a independência dogmática do Direito Financeiro, conferindo-lhe, porém,
status meramente formal, a ser complementado pela economia financeira e
política. Existe ainda a corrente pluralista, à qual nos filiamos, defendendo
ser o Direito Financeiro autônomo, mas intimamente relacionado com os
demais subsistemas jurídicos e extrajurídicos. Nesse sentido, é autônomo
porque possui institutos e princípios específicos, como a responsabilidade
fiscal, a economicidade e o equilíbrio orçamentário, que não encontram
similar em outros sistemas jurídicos. Por outro lado, também é considerado
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instrumental, por servir de suporte para a realização dos valores e princípios
informadores de outros ramos do Direito. A visão de autonomia se apoia no
fato de existirem princípios jurídicos não aplicáveis a outros ramos do
Direito. A especificidade dos princípios jurídicos que regem a atividade
financeira do Estado fez com que o Direito Financeiro se destacasse do
Direito Administrativo, ensejando a necessidade de ser autônomo13.
Sustentamos a autonomia desta ciência, pois, em razão da complexidade do
fenômeno financeiro, é fonte inspiradora das instituições políticas e jurídicas,
conferindo-lhes aplicação prática e conectando-as a diversos aspectos, como,
por exemplo, jurídicos, econômicos, sociais e políticos. Fato é que, nos
últimos anos, admite-se que o Direito Financeiro tem princípios e conceitos
próprios, distantes do Direito Comum e, principalmente, do Direito Privado.
Como se não bastasse, o Direito Financeiro tem um sistema próprio,
suscetível de ser estudado por métodos igualmente próprios, que ampliam o
seu caráter de multidisciplinaridade, entrelaçando-se com disciplinas afins,
derivadas e auxiliares. É cediço que o Direito Financeiro é um ramo
autônomo do Direito. Contudo, podemos dizer que está inserido na Ciência
das Finanças com o objetivo de estabelecer normas jurídicas que disciplinam
a atividade financeira do Estado, abordada pela Ciência das Finanças, ou seja,
despesa e receita pública, orçamento público e crédito público.
Assim, entendemos como fontes do Direito Financeiro o conjunto de
normas, preceitos e princípios que compõem o ordenamento positivo das
finanças públicas. Nesse sentido, como o Direito Financeiro não possui um
Código próprio, específico, as normas pertinentes aplicáveis a esse ramo do
Direito encontram amparo na Constituição da República, na Lei n. 4.320/64 e
na Lei Complementar n. 101/2000 (com suas alterações posteriores),
considerados os principais diplomas sobre a matéria. Abordaremos melhor o
tema mais adiante.
1.1.3 Finalidades da Atividade Financeira
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Inconteste que o Estado, para se manter, deva possuir seus próprios meios
financeiros, de modo a viabilizar a realização de suas despesas, sendo certo
que, para tanto, exerce a atividade financeira através de vários atos atinentes
ao controle, gestão e dispêndio dos recursos adquiridos. Assim, podemos
dizer que a atividade financeira estatal é o conjunto de ações do Estado para a
obtenção de receita e realização dos gastos para o atendimento das
necessidades públicas, em conformidade com o planejamento
consubstanciado no orçamento anual. Houve época em que os interesses do
Estado se confundiam com os do Rei, como ocorreu na França do século
XVII, onde o absolutismo atingiu seu ápice com a célebre frase de Luis XIV
(L’État c’est moi)14. Os recursos utilizados eram do próprio ente estatal,
época em que se confundia o Estado do Príncipe com o Estado propriamente
dito. Com o aumento das necessidades básicas, os cofres públicos não
suportaram tal demanda, sendo necessário avançar no patrimônio particular
através da cobrança de tributos e tarifas, e, até mesmo, do confisco de bens.
O chamado Estado Liberal tem como principal característica a de
favorecer o desenvolvimento da economia capitalista através de limitada
participação estatal e regulação própria da sociedade, quase que espontânea.
O cenário econômico mundial, modificado por diversas crises cíclicas no
capitalismo moderno, alterou este conceito. No Brasil, podemos ver o reflexo
deste fenômeno em vários momentos, ficando a Era Collor no pedestal do
período neoliberal, quando o Estado abarca para si uma função
desregulamentadora, através da redução da máquina estatal, da privatização
de companhias estatais e de concessionárias de serviços de utilidade pública e
da abertura aos mercados internacionais, visando à integração nacional ao
comércio exterior. Este fenômeno faz mudar a noção de setor público, pois a
teoria da Administração Pública estruturava-se em torno da diferenciação
entre administração e política. Neste modelo neoliberal, a finalidade precípua
do Estado é a de buscar dinheiro para atender às necessidades públicas, com a
finalidade de movimentar a máquina administrativa visando ao
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desenvolvimento do Estado. A Administração deve ser capaz de exercer,
antes de tudo, o poder de polícia sobre os serviços prestados à sociedade,
buscando dirimir conflitos, garantindo estabilidade de regulamentos e
prestando consultoria quanto ao entendimento das prescrições normativas
estabelecidas.
Ao nosso sentir, diante do fenômeno da Globalização e das crises
econômicas que atingem vários países em todo o mundo, defendemos a
existência de um novo momento que chamamos de Estado Liberal Realista
em que as Teorias Econômicas (Law and Economics) devem ser mescladas
com as Teorias Constitucionais. Isso porque, hodiernamente não há como,
simplesmente, se ignorar o déficit orçamentário e a sua relação com a
concretização dos direitos fundamentais previstos na Constituição de 1988.
A atividade do Estado é a exercida por entes15 públicos e suas respectivas
autarquias, excluindo-se deste conceito a atividade exercida pelos órgãos da
administração indireta dotados de personalidade jurídica de direito privado.
Ressalte-se que, embora o art. 70 da CRFB/88 estabeleça o controle dessas
entidades pelo Tribunal de Contas, além de ter o seu orçamento incluído na
Lei Orçamentária Anual, esse controle se faz de modo global e indireto. A
atividade do Estado-empresário não se subsume no conceito de atividade
financeira do Estado, no sentido rígido da expressão. A expressão “atividade
financeira estatal” tem a mesma extensão do termo “finanças”, que surgiu na
Idade Média por derivação da palavra latina finare, sinônimo de finanças
públicas.
Uma característica importantíssima da atividade financeira é a de ser
puramente instrumental, já que obter recursos e realizar gastos não é um fim
em si mesmo. O Estado não tem o objetivo de enriquecer ou aumentar o seu
patrimônio, e sim o de arrecadar para atingir certos objetivos de índole
pública, econômica ou administrativa, por exercer atividade-meio e não
atividade-fim.
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A intervenção do Estado na atividade econômica, seja como empresário
(de forma suplementar – art. 173 da CRFB/88), ou através da cobrança de
diversas exações, como, por exemplo, tributos e multas, tem por finalidade
básica a captação de recursos. A exploração direta de atividade econômica
não é função do Estado, sendo permitida excepcionalmente pela Constituição,
que prestigia a livre-iniciativa e a livre concorrência. Por isso, a regra do § 2º
do citado artigo não permite que as empresas públicas e sociedades de
economia mista tenham privilégios fiscais não extensivos ao setor privado.
Por fim, há que se distinguir o Direito Econômico do Direito Financeiro.
Enquanto o primeiro se refere às normas relacionadas com a intervenção do
Estado no domínio econômico, o Direito Financeiro se remete às regras
atinentes à arrecadação, gestão e aplicação dos recursos públicos.
Podemos dizer, em síntese, que cabe ao Direito Financeiro regulamentar a
atividade financeira do Estado. A Constituição fixou a competência
concorrente para legislar sobre Direito Financeiro em seu art. 24, I e II: Art.
24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre:
I – direito tributário,financeiro, penitenciário, econômico e
urbanístico;
II – orçamento;
(...)”.
Sustentamos que, apesar de o dispositivo constitucional em tela não citar
expressamente os Municípios, não nos parece razoável que a Carta Magna
tenha tido a intenção de retirar desses entes a competência para legislar sobre
Direito Financeiro, em razão do que dispõem os incisos I e II do art. 30 da
CRFB/88, que concede aos Municípios competência para legislar sobre
assuntos de interesse local e suplementar a legislação federal e estadual, no
que couber, bem como o disposto no art. 34, § 3º, do ADCT. Ademais, o
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princípio federativo insculpido no art. 18 da CRFB/88, associado ao princípio
da simetria constitucional, desenha o que sistematicamente encontramos na
Constituição de que tanto os Estados-membros quanto o Distrito Federal e os
Municípios são dotados de autonomia financeira, tendo, inclusive, previsão
específica para as suas receitas.
Em síntese, podemos dizer que a atividade financeira estatal brasileira se
pauta nas seguintes finalidades: a) prover meios que assegurem a satisfação
das necessidades da coletividade; b) instrumentalizar o planejamento da
arrecadação de recursos e sua aplicação; c) promover a redistribuição de
renda, principalmente através da prestação de serviços públicos.
1.1.4 Aspectos Constitucionais e Infraconstitucionais do Direito Financeiro
Nesse tópico analisaremos os aspectos constitucionais e
infraconstitucionais sobre o Sistema Financeiro do Estado. A Constituição
Federal de 1988 é fonte inquestionável de Direito Financeiro e tem como
características a rigidez, a abertura e o pluralismo. Entende-se rígida por
somente admitir alteração por emenda à Constituição, conforme o art. 60 da
CRFB/88. Considera-se aberta por apresentar um sistema incompleto,
“problemático” e lacunoso, que exige mecanismos adicionais para corrigir
qualquer falha na implementação desse sistema. O pluralismo refere-se à
variedade de subsistemas em que a Constituição se desdobra, como o
Tributário e o Orçamentário, entre outros, relacionando-se, ainda, com outras
“subconstituições”, como a Política, a Econômica e a Social. Assim, temos
que a Constituição Financeira se subdivide em três principais subsistemas: a
Constituição Tributária, a Constituição Financeira propriamente dita e a
Constituição Orçamentária. A Constituição Tributária insere-se entre os arts.
145 a 156, dividindo-se, por sua vez, em inúmeros outros subsistemas,
abordando temas como os princípios gerais, as limitações ao poder de tributar
e os impostos da União, Estados e Municípios. Por seu turno, a Constituição
Financeira propriamente dita disciplina o relacionamento financeiro
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governamental, a repartição de receita, o crédito público e a moeda nos seus
arts. 157 a 164. Os arts. 34 e 35 da Carta Magna estabelecem também
hipóteses de intervenção da União nos Estados e no Distrito Federal e dos
Estados nos Municípios, caso ocorra descumprimento de determinadas
obrigações financeiras. E, por fim, a Constituição Orçamentária, que regula o
planejamento financeiro do Estado e o controle de sua execução, conforme
expressamente previsto nos arts. 70 a 75 e 165 a 16916.
Após essa breve abordagem constitucional, passaremos ao aspecto
infraconstitucional. Nesse sentido, sob o prisma orçamentário, a
Constituição estabeleceu três leis que tratam do orçamento público e que são
de iniciativa do Poder Executivo de cada ente, ou seja, União, Estados e
Municípios. São as denominadas Espécies Orçamentárias, a saber: a) PPA –
Plano Plurianual (institui, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e
metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e outras
delas decorrentes – art. 165, § 1º, da Constituição Federal); b) LDO – Lei de
Diretrizes Orçamentárias (compreende as metas e prioridades da
Administração Pública Federal, incluindo as despesas de capital para o
exercício financeiro subsequente, orientando a elaboração da lei orçamentária
anual, dispondo, ainda, sobre as alterações na legislação tributária e
estabelecendo a política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento. Esta lei não se aplica antes de ser submetida à apreciação do
Congresso Nacional. Deve, ainda, preceder a elaboração do orçamento, por
estabelecer suas metas e prioridades – art. 165, § 2º, da Constituição Federal);
c) LOA – Lei Orçamentária Anual (compreende o orçamento fiscal referente
aos três Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da Administração
direta e indireta, fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, além
do orçamento de investimentos das empresas estatais, bem como o orçamento
da seguridade social – art. 165, § 5º, da Constituição Federal).
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A competência do Poder Executivo se justifica pelo fato de que a estima-
tiva das despesas se dá em função da estimativa de receita. E, nesse sentido,
quem estabelece a política arrecadatória é o próprio Poder Executivo17.
Embora haja posição contrária, prevalece o entendimento de que a Lei
Orçamentária é considerada Lei apenas no seu aspecto formal, por lhe faltar
juridicidade, figurando flagrante carência no que tange aos seus efeitos
jurídicos18. Apenas para exemplificar: não há que se falar em ato ilícito ou
violação normativa, caso não se configure a estimativa de receita previamente
planejada, hipótese em que ocorrerá descumprimento das normas contidas na
Lei Orçamentária – O Estado apenas não viveu no ritmo esperado19.
Vale lembrar que qualquer iniciativa do Legislativo quanto a essas leis
será contaminada pela inconstitucionalidade formal por vício de iniciativa,
conforme o disposto na Constituição Federal, art. 165: Leis de iniciativa do
Poder Executivo estabelecerão: I – o plano plurianual; II – as diretrizes
orçamentárias; III – os orçamentos anuais. A Constituição de 1988 também
trata sobre o tema nos arts. 84, XXIII, e 85, VI. Contudo, destacamos que o
Poder Legislativo poderá, durante a tramitação do projeto de lei orçamentária,
fazer emendas ao orçamento20.
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1.2 Principais Aspectos sobre a Receita Pública
1.2.1 Distinção entre Ingresso e Receita
Antes de adentrarmos no tema, faremos uma breve distinção entre
Ingresso e Receita. Considera-se ingresso toda quantia recebida pelos cofres
públicos, seja restituível ou não, daí também ser chamado simplesmente de
“entradas”. Assim, diz-se também que ingresso é toda e qualquer entrada de
dinheiro para o Estado, como, por exemplo, os empréstimos públicos.
Destaque-se que, pela definição dada, nem todo ingresso constitui receita,
pois não acresce o patrimônio estatal, como é o caso das indenizações
devidas por danos causados ao patrimônio público. Já a receita é considerada
a entrada ou o ingresso definitivo de dinheiro nos cofres públicos, de que o
Estado lança mão para fazer frente às suas despesas, com o intuito de realizar
o interesse público e movimentar a máquina administrativa. Por esse motivo,
em alguns países, as Secretarias respectivas são denominadas Secretaria de
Ingressos Públicos.
1.2.2 Classificação das Receitas
A receita pública possui várias classificações, inclusive previstas pela
própria legislação, como é o caso da Lei n. 4.320/64 e da Lei Complementar
n. 101/200021. Então vejamos.
1.2.2.1 Receitas Ordináriase Extraordinárias
Essa classificação leva em consideração a periodicidade com que a receita
adentra nos cofres públicos. Assim temos que as receitas ordinárias são de
entrada constante, periódica ou permanente, ou seja, aquelas anualmente
previstas, que ingressam com regularidade e com isso são usadas para atender
às despesas regulares do Estado, como é o caso dos impostos. Já as receitas
extraordinárias são aquelas cuja entrada é de caráter menos constante e, por
não estarem previstas no orçamento, surgem em caráter excepcional, por
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força de uma situação momentânea que exigirá a intervenção do Estado no
patrimônio do particular, como são os casos dos tributos contidos nos arts.
148, II, e 154, II, ambos da CRFB/88, que representam, respectivamente, os
empréstimos compulsórios em caso de guerra e calamidade pública e o
imposto extraordinário em caso de guerra.
1.2.2.2 Receitas Originárias e Derivadas
Essa classificação leva em consideração a origem da receita, ou seja, como
o Estado obtém essa receita. Assim temos como receita originária aquela
que tem origem no próprio patrimônio público imobiliário do Estado, daí
também ser chamada de receita de economia privada. Nesse caso, o ente
público atua como empresário através de um acordo de vontades, e não por
meio de seu poder de império, por isso não há coerção na sua instituição.
Temos como exemplo o concurso de prognóstico e a locação de um bem
público. Já a receita derivada é aquela arrecadada compulsoriamente,
derivando do patrimônio dos particulares. Nesse caso, em face do caráter
coercitivo da imposição, o Estado atua através do seu poder de império, daí
também ser chamada de receita de economia pública. Temos como exemplo
de receita derivada o tributo e as penalidades pecuniárias22 referentes ao
inadimplemento da obrigação tributária. Diz-se também que as reparações de
guerra também são consideradas como receita derivada, pois envolvem um
caráter coercitivo.
1.2.2.3 Receita Corrente e de Capital
Sabemos que não é função da lei trazer definições ou classificações,
contudo, a Lei n. 4.320/64 (alterada pela LC n. 101/2000), trouxe uma
classificação legal, subdividindo as receitas públicas em receitas correntes e
receitas de capital.
A receita corrente encontra-se prevista no art. 11, § 1º, do referido
diploma, e é considerada aquela decorrente de tributos, de execuções fiscais e
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da exploração dos bens estatais, entre outros. Essa receita é imprescindível
para o Estado e visa, em síntese, atender as despesas correntes, conforme
dispuser a lei orçamentária. Já a receita de capital encontra-se prevista no art.
11, § 2º, do referido diploma, e é aquela proveniente da conversão em espécie
de bens e direitos que visa, em síntese, atender as despesas de capital.
Destaque-se que o § 4º do referido dispositivo detalha as subespécies das
receitas correntes e das receitas de capital.
1.2.3 Estágios da Receita Pública
A Receita Pública, a partir da sua inclusão no projeto de Lei Orçamentária,
passa por algumas fases, que são: a) Previsão, que é a receita orçada (art. 51
da Lei n. 4.320/64); b) Lançamento (art. 53 da Lei n. 4.320/64); c)
Arrecadação, que é o objeto da receita (art. 56 da Lei n. 4.320/64); d)
Recolhimento, que é o repasse pelo agente arrecadador ou, ainda, o
pagamento direto pelo contribuinte.
1.2.4 Renúncia de Receita
Vimos que a receita é imprescindível para que o Estado possa movimentar
a máquina pública. Nesse sentido, prevalece no Direito brasileiro a regra da
renúncia indiscriminada de receita, conforme dispõe o art. 14 da Lei
Complementar n. 101/2000, que prevê, inclusive, o que vem a ser renúncia de
receita. Ademais, o administrador público, ainda que amparado por lei, não
poderia, livremente, dispor do dinheiro, que é do povo. Assim, o referido
dispositivo define como renúncia de receita a anistia, a remissão, o subsídio,
o crédito presumido, a concessão de isenção em caráter não geral, a alteração
de alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução
discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que
correspondam a tratamento diferenciado.
Vale frisar que a renúncia de receita é vedada, salvo se apresentada a
estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que se deve
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iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atendendo ao disposto na Lei de
Diretrizes Orçamentárias em pelo menos uma das seguintes condições: I –
demonstração, pelo proponente, de que a renúncia foi considerada na
estimativa de receita da Lei Orçamentária, na forma do art. 12, e de que não
afetará as metas de resultado fiscais previstas no anexo próprio da lei de
diretrizes orçamentárias; II – estar acompanhada de medidas de
compensação, no período mencionado no caput do art. 14, por meio do
aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base
de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.
Destaque-se que a receita pública (tax expenditure) é tão importante que,
além do dispositivo da LC n. 101/2000, existe um forte controle
constitucional sobre a hipótese de sua renúncia. Em diversos dispositivos a
Constituição expressamente exterioriza mecanismos de controle, que
podemos dizer que são internos, externos e privados.
Diante disso, temos os seguintes aspectos constitucionais: o primeiro diz
respeito ao art. 70 da CRFB/88 ao prever que a fiscalização contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das entidades
da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será
exercida pelo Congresso Nacional auxiliado pelo Tribunal de Contas,
mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
O parágrafo único do referido artigo dispõe que prestará contas qualquer
pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde,
gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a
União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza
pecuniária; o segundo diz respeito ao art. 150, § 6º: qualquer subsídio ou
isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia
ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser
concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule
exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou
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contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2º, XII, g23; o terceiro é
o controle feito pelo próprio povo.
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1.3 Principais Aspectos sobre a Despesa Pública
A despesa pública é a soma dos gastos em dinheiro feitos pelo Estado para
a realização do interesse público, incluindo o gasto com a máquina
administrativa, obras e serviços públicos. Vale ressaltar o que já dissemos
anteriormente: é através da receita pública que são angariados recursos para a
realização das despesas do Estado. Contudo, em diversos dispositivos
constitucionais as despesas devem ser previamente autorizadas pelo Poder
Legislativo, sejapelo orçamento ou pela abertura de créditos adicionais. A
violação dessa regra enseja a prática de crime e violação à Lei de
Responsabilidade Fiscal.
1.3.1 Classificação das Despesas Públicas24
A Despesa Pública possui várias classificações, inclusive previstas pela
própria legislação, como é o caso da Lei n. 4.320/64 e da LC n. 101/2000.
Então vejamos.
1.3.1.1 Despesas Orçamentárias e Extraorçamentárias
A análise dos arts. 103 e 104 da Lei n. 4.320/64 permite o entendimento
de que existem duas modalidades de despesas, quais sejam, a orçamentária e
a extraorçamentária. Nesse sentido a despesa orçamentária é aquela que está
incluída na lei orçamentária anual, bem como a proveniente dos créditos
adicionais (extraordinários, especiais e suplementares) que são abertos
durante o exercício financeiro. Contudo, ressalte-se que, se os créditos
adicionais forem abertos nos últimos quatro meses do exercício financeiro, e
caso haja saldos e estes não tenham sido utilizados até o dia 31 de dezembro,
poderão eles ser reabertos no exercício seguinte, mas passarão a ser
extraorçamentários. A despesa extraorçamentária compreende a saída de
numerários não previstos no orçamento, como, por exemplo, pagamento de
restos a pagar e resgate de operações de crédito por antecipação de receita.
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1.3.1.2 Despesas Ordinárias e Extraordinárias
As despesas consideradas ordinárias são aquelas renováveis anualmente
em razão de seu caráter regular. Já as despesas extraordinárias são aquelas
que, por surgirem de uma forma inesperada, não são previstas anualmente,
mas necessitam ser realizadas. Assim, podemos dizer que, conforme
Griziotti25, essa classificação leva em consideração a periodicidade com que a
despesa é efetuada ou pelo menos prevista. Além da classificação quanto à
periodicidade, temos também sua divisão pautada na esfera de governo que
as realiza, daí serem classificadas como despesas federais, estaduais ou
municipais. Ressalte-se que essas despesas levam em consideração
simplesmente o âmbito da Federação, ou seja, se as despesas são realizadas
pela União, pelos Estados ou pelos Municípios, integrando o orçamento
respectivo de cada ente federativo. Por isso, cada ente federativo elaborará
sua PPA, sua LDO e sua LOA, conforme veremos mais adiante.
1.3.1.3 Despesas Correntes e Despesas de Capital
Temos aqui uma classificação legal, pois a Lei n. 4.320/64, em seu art. 12,
classificou as despesas públicas como Despesas Correntes e de Capital. Nesse
sentido, podemos doutrinariamente conceituar as despesas correntes como os
gastos usuais para a manutenção da máquina administrativa, incluindo os da
Administração Indireta, que se subdividem em despesas de custeio (art. 12, §
1º, e art. 13) e despesas de transferências correntes (art. 12, § 2º, e art. 13). Já
as despesas de capital são aquelas que contribuem para a formação e
aquisição de um bem de capital, ou seja, que têm por finalidade o custo do
aumento do patrimônio público, incluindo o material permanente e a
aquisição e manutenção de bens imóveis. A despesa de capital é subdividida
em: investimentos (art. 12, § 4º, e art. 13), inversões financeiras (art. 12, § 5º,
e art. 13) e transferência de capital (art. 12, § 6º, e art. 13).
1.3.1.4 Despesas Produtivas, Reprodutivas e Improdutivas
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Além das classificações apresentadas, parte da doutrina26 classifica ainda
as despesas públicas em produtivas, reprodutivas e improdutivas. As
chamadas produtivas são as que se limitam a criar utilidades por meio da
atuação estatal, como, por exemplo, a atividade policial e a prestação
jurisdicional. As despesas reprodutivas são aquelas que representam o
aumento da capacidade produtora do País, como é o caso das construções em
geral. Por fim, as despesas improdutivas são as consideradas desnecessárias,
ou seja, aquelas despesas consideradas inúteis.
1.3.2 Processamento das Despesas Públicas
As despesas públicas sofrem um processamento formal em razão da
rigidez apresentada pela Constituição. Assim, o processamento das despesas
possui fases ou estágios, a saber: A primeira é a fixação da despesa. Essa
fase se constitui no valor total da despesa previsto na LOA, ou seja, é a
dotação orçamentária inicial. A segunda é a programação da despesa, que
está prevista pelo art. 8º da Lei de Responsabilidade Fiscal. A terceira é o
empenho da despesa, considerado o ato emanado da autoridade
administrativa que confirma a relação jurídica com o contratado, antecedendo
a despesa (art. 58 da Lei n. 4.320/64). Cria para o Estado a obrigação de
pagamento, com o objetivo de garantir seus diferentes credores, não podendo,
contudo, exceder o limite de créditos concedidos. A quarta fase é a
liquidação da despesa, considerada o procedimento através do qual se
verifica o implemento da obrigação. Nesta etapa se observa o direito
adquirido pelo credor, tomando por base os títulos comprobatórios do
referido crédito. Esta verificação do direito adquirido visa apurar a origem e o
objeto do que se deve pagar, identificando a quantia exata a ser paga, bem
como o seu beneficiário (art. 63 da Lei n. 4.320/64). A quinta etapa é a
emissão da ordem de pagamento. Nessa fase o ordenador de despesa autoriza
o pagamento, após a verificação da sua liquidação. É o despacho da
autoridade competente autorizando a quitação do débito. Por fim, há o
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pagamento, que é a finalização da obrigação de pagar, que implica a entrega
do valor mediante cheque nominal ou ordem bancária de pagamento,
conforme dispõe o art. 74 do Decreto-Lei n. 200/67.
1.3.3 Precatórios Judiciais27
Palavra que já povoou a mídia brasileira envolvendo grandes escândalos
políticos, o Precatório, em uma análise concisa, pode ser definido como o
documento (fruto de decisão judicial condenatória) expedido pelo Presidente
do Tribunal que proferiu a decisão judicial contra a Fazenda (da União, de
Estado, Distrito Federal ou Município), para que o pagamento de dívida seja
feito por meio de inclusão no orçamento seguinte pelo Poder Executivo, do
valor do débito que deverá ser atualizado até a data do seu pagamento,
através de uma ordem cronológica.
A instituição do precatório se deu exatamente para evitar os privilégios
ilegais, sobretudo o preterimento de ordem entre credores das Fazendas
Públicas, ou seja, para que os pagamentos fossem efetuados dentro dos
preceitos constitucionais, prestigiando a legalidade, a moralidade
administrativa, a impessoalidade e a eficiência, dentre outros.
Além da sistemática constitucional imposta pelo art. 100 da CRFB/8828, a
Lei n. 4.320/64, ao estatuir normas gerais de Direito Financeiro e Controle
Orçamentário, cuida (embora alterada pela LC n. 101/200029) da disciplina
geral do pagamento das despesas públicas em seu Capítulo III, nos arts. 58 a
64, logicamente naquilo que foi recepcionado pela Constituição de 1988.
(Ver o art. 67 da Lei n. 4.320/64). Da mesma forma, vale lembrar que a
Emenda Constitucional n. 99/2017 trouxe a alteração do art. 101 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias, para instituir novo regime especial
de pagamento de precatórios, e, ainda, os arts. 102, 103 e 105 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias.
A Emenda Constitucional n. 94, de 2016
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A Emenda Constitucional n. 94, de 2016 (originária

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