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Jhoniffer Matricardi EXAME FÍSICO – CABEÇA E PESCOÇO ANAMNESE Cefaleia: unilateral ou bilateral? Constante ou pulsátil? Contínua ou intermitente? Outros sintomas aparecem junto a cefaleia? Tossir, espirrar ou mudar a posição da cabeça modifica a dor? Olhos: questionar como avalia sua visão. Houve piora gradual ou súbita? Borramento da visão central ou periférico? Unilateral ou bilateral? Vê luzes piscando? Sente dor na região ocular? Eritema ou lacrimejamento excessivo? Diplopia? Orelhas: questionar como avalia a audição. Dificuldade em compreender o que as pessoas falam? Ambiente barulhentos dificultam a audição? Otalgia? Acompanhada de febre ou outros sintomas? Ouve um tinido? Sente vertigem? Nariz: Presença de rinorreia? Acompanhada de outros sintomas? Epistaxe? Proveniente do nariz ou quando tosse? Avaliar quantidade e intensidade; Boca, faringe e pescoço: Faringite? Acompanhada de outros sintomas? Rouquidão (questionar sobre alergias, tabagismo, uso de inalantes irritantes ou uso excessivo da voz)? Avaliar tireóide (questionar sobre bócio, intolerância a temperatura e sudorese); Questionar o paciente acerca de cirurgias anteriores na região da cabeça e pescoço, os motivos e se houve intercorrências. TÉCNICAS DE EXAME CABEÇA Cabelo: quantidade, distribuição, textura, higiene e presença de parasitos; Couro cabeludo: nódulos e lesões; Crânio: dimensões e contorno; Pele: coloração, textura, distribuição capilar e lesões. OLHOS Avaliar acuidade utilizando escala de Snellen, avaliando cada olho separadamente (ocluindo o oposto); Avaliar campo visual com o teste estático Inspecionar: Posição e alinhamento dos olhos; Sobrancelhas: presença de dermatite seborreica; Pálpebras (ptose, blefarite etc); Cílios: testar reflexo ciliar; Aparelho lacrimal (edemaciado ou excesso de lacrimejamento); Conjuntiva e esclerótica (hiperemia, icterícia etc); Córnea, íris e cristalino (catarata etc); Pupilas: Dimensões, formato e simetria (Isocóricas ou Anisocóricas?), reação a luz (fotorreagentes?), contração pupilar para objetos próximos; Realizar exame do fundo de olho a procura de reflexo vermelho, disco óptico, artérias, veias, cruzamentos arteriovenosos, retina adjacente e região macular. ORELHAS Inspecionar o pavilhão auricular; Se suspeita de otite: mover o pavilhão para cima e para baixo, e pressionar o trago (dor se otite externa); Jhoniffer Matricardi Pressionar atrás da orelha (dor se otite média e mastoidite); Meato acústico: Avaliar se há cerume ou eritema; Membrana acústica: Presença de tímpano protuso e eritematoso em caso de otite. NARIZ E SEIOS PARANASAIS Inspecionar forma e tamanho (causada por tumores, traumas e doenças endócrinas); Inspecionar lesões externas e internas; Com auxílio do espéculo: avaliar coloração e edema nas mucosas nasais; posição e integridade do septo nasal; Palpar seios frontais e maxilares: dor em caso de sinusite aguda. BOCA E FARINGE Inspecionar lábios, mucosa oral, gengivas e palatos quanto a lesões, machas e eritema; Observar características do hálito dos pacientes: cetônico, aldeído acético etc; Inspecionar dentes quanto a cáries, presença de próteses e ausência de dentes; Inspecionar a língua quanto a papilas, assimetria ou lesões; Inspecionar a faringe quanto a coloração, presença de exsudato, existência e tamanho das tonsilas e simetria do palato mole quando o paciente fala “ah”. PESCOÇO Inspecionar quanto a cicatrizes, massas e torcicolo; Palpar linfonodos superficiais, profundos anteriores, cervicais posteriores e supraclaviculares; Inspecionar e palpar a traqueia; Inspecionar a tireoide: em repouso e enquanto o paciente bebe água. Repetir a inspeção enquanto palpa a glândula tireoide, o istmo e o primeiro lobo, em seguida, o lobo oposto; Pedir que o paciente movimente cabeça e pescoço para cima, para baixo, ambos os lados e de forma oblíqua; Avaliar se há a presença de êxtase de jugular com o paciente posicionado a 45º (ligeiro ingurgitamento que some se o paciente ficar posicionado de 30º para cima é fisiológico); Palpar a artéria carótida avaliando a qualidade do pulso e observar se há pulsações visíveis. REFERÊNCIAS BARROS, A. L. B. L. Anamnese e exame físico. 3. ed. Porto Alegre, RS: ArtMed, 2016. p. 171-84. BICKLEY, L. S. BATES: Propedêutica médica essencial. 8ª ed. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2018. p. 121-33. SILVA, R. C. L.; SANTIAGO, L. C.; SILVA, C. R. L. Somatoscopia e Exame Físico em Condições Cirúrgicas. In: Ensinando a Cuidar de Clientes em Situações Clínicas e Cirúrgicas. São Caetano do Sul, SP: Difusão Enfermagem, 2003. p. 321-2.
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