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RESUMO: NEOPLASIAS PANCREÁTICAS

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Lucas Melo – Medicina Ufes 103 
 
NEOPLASIAS PANCREÁTICAS 
Podem ser originadas dos 3 tipos de células (ductulares, acinares e endócrinas), eles podem ser benignos, malignos ou 
lesões pré-malignas, sendo que elas podem ser neoplasias sólidas, císticas ou sólido-císticas. 
O pseudocisto pancreático não é uma neoplasia, mas pode simular uma, geralmente aparece no corpo do pâncreas e 
é uma lesão cística que não tem revestimento epitelial, parede fibrosa resultante de um processo inflamatório, é 
doloroso, com coleção pancreática localizada, pode se desenvolver após pancreatite aguda ou crônica, cálculos biliares 
e pode complicar como abcesso, hemorragia, infecção, perfuração, etc. O tratamento desse pseudocisto é a retirada 
ou a drenagem do conteúdo. Normalmente é único, unilocular, no pâncreas ou ao redor do pâncreas. 
Lesão cística, uniloculada, com material no interior, típico aspecto ultrassonográfico de um pseudocisto. A tomografia 
mostra um grande cisto, de paredes espessas e de conteúdo homogêneo. Na terceira imagem, vemos um cisto com 
parede espessa, uniloculado e com material friável ocupando o seu interior. Na quarta imagem, vemos um cisto 
uniloculado com parede espessa e com aspecto seroso. O que vai confirmar se é um pseudocisto é o exame histológico 
comprovando que não tem nenhum revestimento epitelial na parede do cisto. 
As complicações do pseudocisto podem ser dor abdominal, 
obstrução duodenal, obstrução do colédoco, hemorragia, 
infecção, ascite, derrame pleural e ruptura. 
Neoplasias císticas mucinosas: Em sua maioria são benignas e relacionadas a células que contém mucina no seu 
citoplasma e normalmente são precursoras do adenocarcinoma pancreático. Acomete mais mulheres (5ª década), 
cauda do pâncreas e são pseudoencapsulados, uni ou multiloculada (como se tivessem vários lóbulos dentro do cisto) 
e não se comunicam com o sistema ductal do pâncreas. Na micro, vemos cistos revestidos de epitélio colunar produtor 
de mucina, pode ser classificada com displasia de baixo, médio, alto grau (carcinoma in situ) e com carcinoma invasivo 
(por ter a capacidade de gerar um carcinoma invasor, ela é considerada uma lesão pré-neoplásica também). Nesse 
caso, pode haver a elevação dos marcadores tumorais séricos (CA19.9 e CEA) e o prognóstico vai depender do grau de 
displasia e invasão. Geralmente, é uma lesão única, de crescimento lento e assintomática. 
OBS: Aqui podemos encontrar estroma ovariano ectópico, que é secundário a essa neoplasia. 
 
Lucas Melo – Medicina Ufes 103 
 
OBS: Quando vemos um cisto e constatamos que ele possui 
revestimento epitelial, temos que analisar essas 
características, por exemplo, na imagem vemos um epitélio 
com nucleo basal, citoplasma apical, mostrando um aspecto 
mucinoso, daí concluímos que ele é um cisto pancreático 
mucinoso, e a partir disso vamos ver se ele tem uma displasia 
de baixo, médio ou alto grau. 
Cistoadenoma seroso: É um diagnóstico diferencial 
importante, é benigno e raro, afeta mais mulheres idosas (58 
anos), mais comum na cauda pancreática e tem uma origem 
ductal e não possui um revestimento mucinoso, mas sim de 
células com armazenamento de glicogênio (células com 
núcleos redondo e uniformes e o citoplasma é denso e 
homogêneo), pode estar associado com sindrome de von hippel lindau e pode ter um aspecto microcístico. Como são 
neoplasias benignas, tem um bom prognóstico. Na macroscopia, vemos um cisto com bordas bem marcadas, área 
central de fibrose estrelada é um aspecto que facilita o diagnóstico dessa neoplasia, que é composta de microcistos 
com epitélio cuboide baixo, o prognostico é bom com cura após ressecção. 
OBS: Quando ele for sólido, pode simular uma neoplasia neuroendócrina. 
A primeira imagem mostra o cisto, a segunda imagem mostra a fibrose estrelada 
e a terceira imagem é a microscopia mostrando o epitélio do cisto, com 
microcistos distribuídos pelos septos fibrosos e células achatas. A quarta imagem 
mostra a proliferação capilar Ao redor das áreas císticas dilatadas. 
Neoplasias mucinosas papilíferas intraductais: Acometem mais homens e na 6ª 
década, eles se originam 
no epitelio colunar 
produtor de mucina dos 
ductos e crescem para 
dentro da luz dos grandes 
ductos, formando 
estruturas vegetantes e 
de aspecto papilífero e é 
precursora do 
adenocarcinoma 
pancreático (lesão pré-
neoplásica). O lugar mais 
comum de acometimento 
e na cabeça do pâncreas, 
 
Lucas Melo – Medicina Ufes 103 
 
50% dos casos tem associação com carcinoma invasivo, a mais comum é no ducto principal na cabeça do pâncreas 
(vemos o ducto dilatado, tortuoso e cheio de mucina). Na microscopia, vemos uma proliferação papilar dentro do 
ducto. 
Neoplasia sólida pseudopapilífera: 
Também conhecida como Tumor de 
Frantz, acomete mulheres 
adolescentes e jovens, são raras e de 
origem indeterminada e, 
normalmente, benignas. 
Morfologicamente, vamos ver uma 
grande massa bem delimitada com 
extensa necrose e hemorragia, 
encapsulada, no corpo e cauda do 
pâncreas podendo ter padrão cístico 
ou sólido, e na microscopia vamos 
ver padrões sólido e pseudopapilífero e a ressecção cirúrgica segue com cura na maioria dos casos. A imagem mostra 
uma lesão sólida, bem definida com superfície de corte homogênea, e a segunda imagem mostra o aspecto cístico. Na 
microscopia, há uma proliferação celular mais sólida , formando pseudopapilas com eixo conjuntivo vascular 
sutentando essa papila, outro achado importante são os cristais de colesterol circundados por células gigantes, que 
aparecem em meio a proliferação das células. 
Adenocarcinoma ductal: São os mais frequentes, acometem mais homens negros de 60 a 80 anos, em países 
desenvolvidos e áreas urbanas, como fatores de risco temos tabagismo, dieta rica em gordura e pobre em fibras. A 
maioria se localiza na cabeça do pâncreas, e como estão nessa região, a icterícia obstrutiva é vista anteriormente e 
são diagnosticados mais precocemente, se comparados com os tumores de corpo e cauda, por isso são lesões menores 
quando identificados. Neoplasia intraepitelial pancreática, neoplasia mucinosa papilar intraductal e neoplasia cística 
mucinosa são as lesões pré-neoplásicas para esse. 
Quando na cabeça, podem invadir papila 
duodenal e duodeno, e quando na cauda, 
normalmente são diagnosticados mais tardios e 
podem invadir baço, suprarrenal esquerda e 
estômago, tem consistência firma, coloração 
branco-amarelada e margens infiltrativas. Há uma 
intensa desmoplasia (produção de tecido fibroso 
que acompanha o tumor). Possuem o aspecto de 
ductos e glandulas revestidos por epitelio colunar 
ou cuboide, com atipia discreta ou moderada, e 
padrão infiltrativo evidente. Infiltração perineural 
é uma característica marcante do adenocarcinoma 
ductal pancreático, como mostra na microscopia ao lado. 
 
Lucas Melo – Medicina Ufes 103 
 
Na clínica, vamos ver dor abdominal, perda de peso e icterícia obstrutiva e DM pode ocorrer no início dessa neoplasia. 
Metástases em linfonodos por via hematogênica são comuns e podem acometer outros órgãos, como fígado, pulmões, 
suprarrenais, etc. O diagnóstico pode ser feito por exames de imagem e tem um prognóstico ruim, com uma sobrevida 
baixa de até 5 anos. 
Carcinoma de células acinares: Forma ácinos pancreáticos e produz enzimas pancreáticas, e acomete mais homens 
na 6ª década de vida, forma nódulos bem delimitados, alguns múltiplos, e pode formar cistos e o prognostico é bem 
ruim. 
Pancreatoblastoma: É bem rara e acomete crianças masculinas (4 anos em média). Tem diferenciação acinar e ninhos 
de células escamosas e pode ter grupos de células neuroendócrinas.

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