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1 CASAMENTO-E-UNIÃO-ESTÁVEL

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2 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4 
2 CONCEITO ................................................................................................. 5 
3 NATUREZA JURÍDICA .............................................................................. 9 
4 ESPONSAIS (NOIVADO) ......................................................................... 11 
5 ESPÉCIES ................................................................................................ 13 
5.1 Casamento civil .................................................................................. 13 
5.2 Casamento religioso com efeitos civis ................................................ 14 
5.3 Casamento por procuração ................................................................ 15 
5.4 Nuncupativo ou in articulo mortis ou in extremis ................................ 15 
5.5 Casamento putativo............................................................................ 16 
5.6 Casamento avuncular ......................................................................... 17 
5.7 Casamento homoafetivo ..................................................................... 19 
5.8 Casamento consular ........................................................................... 21 
5.9 Casamento de estrangeiros ............................................................... 22 
6 CAPACIDADE PARA CASAR ................................................................. 22 
7 IMPEDIMENTOS PARA O CASAMENTO, ABSOLUTOS E RELATIVOS
 25 
8 PROCESSO DE HABILITAÇÃO; OS PROCLAMAS E SEUS 
ELEMENTOS FICCIONAIS ...................................................................................... 28 
 
3 
 
9 CONCEITO E PRESSUPOSTOS PARA CARACTERIZAÇÃO DA UNIÃO 
ESTÁVEL .................................................................................................................. 31 
10 NAMORO, UNIÃO ESTÁVEL E CASAMENTO: CONTRATOS .............. 35 
11 UNIÃO ESTÁVEL E O PARADOXO DA SUA REGULAMENTAÇÃO ..... 37 
12 UNIÃO ESTÁVEL OU CONCUBINATO ................................................... 39 
13 UNIÃO ESTÁVEL PUTATIVA .................................................................. 40 
14 BIBLIOGRAFIA ........................................................................................ 42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Prezado aluno, 
 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um 
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é 
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que 
lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
 
Bons estudos! 
 
 
5 
 
2 CONCEITO 
O casamento é uma forma paradigmática de se constituir famílias, o que não 
significa ser superior às outras, apesar de até a Constituição de 1988 era sim 
considerado. Trata-se de um contrato que regula as relações patrimoniais entre os 
cônjuges, e estabelece regras pessoais de convivência, como a fidelidade e 
assistência mútua, em razão de seu conteúdo religioso, que um instrumento 
importante de controle da sexualidade, que por muitos séculos ele tentou aprisionar o 
desejo, e funcionou como o legitimador das relações sexuais. 
Toda sexualidade exercida fora do casamento era considerada ilegítima, era 
considerado pecado, e sanção moral que se misturava à jurídica. E com o Código Civil 
de 2002 revogou-se a possibilidade de anular o casamento em razão da não 
virgindade da mulher. A vinculação dos textos jurídicos e moral religiosa, eram 
determinantes no Direito de Família, e a sua infração significava total exclusão da 
cidadania, ou condenação à invisibilidade social, e foi dessa maneira por muitos anos, 
com os filhos e famílias havidos fora do casamento. 
 Com o pensamento psicanalítico, e o movimento feminista, esta moral sexual 
que se aplicava somente às mulheres teve que transitar para outro lugar, e assim, o 
casamento deixou de ser o legitimador das relações sexuais, e nem a única forma 
legítima de se constituir famílias. 
De fato, pode-se dizer, que o casamento é uma das instituições que mais tem 
regulamentação no sistema jurídico de todo o mundo. Tanto, que há inúmeras 
definições, mas não há uniformidade para conceituá-lo nos diversos sistemas 
jurídicos. 
No direito romano, pensava-se que ele tinha mais um sentido religioso, mas 
sua concepção era mais de relação jurídica do que propriamente de uma celebração. 
Com o cristianismo o casamento ganhou o “status de sacramento”, sendo que antes, 
os romanos usavam a expressão “matrimônio” como sinônimo de casamento. Que por 
sua vez se tornou um dos sete sacramentos da igreja católica. 
 
6 
 
Originalmente o matrimônio não tinha vínculo com sacramento, mas, com o 
passar do tempo e a fusão entre religião e casamento, a expressão matrimônio se 
vinculou a um significado religioso. Ainda assim, a maioria dos autores ainda usam 
matrimônio como sinônimo de casamento. Então, pode-se dizer que casamento é uma 
expressão que traduz o sentido laico do casamento, enquanto que matrimônio traduz 
o sentido religioso. Tanto é assim que podemos dizer que: o matrimônio enquanto 
sacramento é indissolúvel, e o casamento é dissolúvel. 
Sempre houve vários conceitos de casamento relacionado à religião, inclusive 
regulamentado pelo Direito Canônico. No Brasil, somente com a separação 
Igreja/Estado, através da Constituição de 1891, primeira da República, com o Decreto 
181 de 24/01/1890, que surgiu o casamento civil. 
Antes, era determinada e controlada pelos cânones da igreja católica, ou seja, 
eram uma coisa só. Já hoje, temos o casamento religioso e o casamento civil, que são 
duas coisas totalmente distintas, embora seja possível celebração religiosa para um 
casamento civil, conforme dispõe artigos 1.515 e 1.516 do Código Civil: 
Art. 1.515. O casamento religioso, que atender às exigências da lei para a 
validade do casamento civil, equipara-se a este, desde que registrado no 
registro próprio, produzindo efeitos a partir da data de sua celebração. 
 
Art. 1.516. O registro do casamento religioso submete-se aos mesmos 
requisitos exigidos para o casamento civil. 
 
§ 1o O registro civil do casamento religioso deverá ser promovido dentro de 
noventa dias de sua realização, mediante comunicação do celebrante ao 
ofício competente, ou por iniciativa de qualquer interessado, desde que haja 
sido homologada previamente a habilitação regulada neste Código. Após o 
referido prazo, o registro dependerá de nova habilitação. 
 
§ 2o O casamento religioso, celebrado sem as formalidades exigidas neste 
Código, terá efeitos civis se, a requerimento do casal, for registrado, a 
qualquer tempo, no registro civil, mediante prévia habilitação perante a 
autoridade competente e observado o prazo do art. 1.532. 
 
§ 3o Será nulo o registro civil do casamento religioso se, antes dele, qualquer 
dos consorciados houver contraído com outrem casamento civil. (BRASIL, 
2002) 
Os juristas clássicos, definiam o casamento como união indissolúvel, 
conceituando-o também como sinônimo de família, isso por causa da influência da 
 
7 
 
fusãoIgreja/Estado, mesmo que oficialmente separados. Foi a partir da Constituição 
de 1988, que de fato, a família e casamento deixaram de ser sinônimo, quando ficou 
estabelecido juridicamente que: 
 
 
O conceito de família também sofreu várias modificações ao longo do tempo, 
assim como o casamento, que hoje não é apenas entre homem e mulher, mas sim, 
entre duas pessoas, que podem ser ou não do mesmo sexo. Ou seja, o casamento é 
um ato jurídico negocial e solene, um ato público e complexo, que a partir da sua 
concretização, o casal constituirá a família por livre manifestação de vontade e terão 
o reconhecimento do Estado. 
O Código Civil que entrou em vigor dia 01 de janeiro de 2003, não inovou muito 
em relação ao casamento e no Direito de Família. Até mesmo a linguagem em desuso 
do artigo 194 do Código Civil de 1916, manteve reproduzida no artigo 1.535 
“Presentes os contraentes, em pessoa ou por procurador especial, juntamente com 
as testemunhas e o oficial do registro, o presidente do ato, ouvida aos nubentes a 
afirmação de que pretendem casar por livre e espontânea vontade, declarará efetuado 
o casamento, nestes termos: "De acordo com a vontade que ambos acabais de afirmar 
perante mim, de vos receberdes por marido e mulher, eu, em nome da lei, vos declaro 
casados".” (BRASIL, 2002) 
Como já mencionado, até a Constituição de 88, o casamento era a única forma 
legítima de família, fora daí, eram vistos como ilegítimos, de família “falsa”, que não 
merecia a proteção do Estado. Contemporâneo ou tradicional, tendo ritos religiosos 
ou não, o casamento está entrelaçado à valores históricos, sociais, morais, culturais, 
biológicos e simbólicos. De um ponto de vista jurídico, definimos o casamento como 
um contrato sui generis, solene e formal, entre pessoas que tenham interesses 
comuns e principalmente um vínculo de afeto, com a livre manifestação de vontades, 
 
8 
 
e com o reconhecimento do Estado, constituem assim, uma família conjugal, e na 
maioria das vezes também parental, instituindo regras patrimoniais e pessoais, em 
busca da felicidade. 
A lei, não define especificamente o que é casamento, mas, o artigo 1.511 do 
Código Civil define que “O casamento estabelece comunhão plena de vida, com base 
na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges”. (BRASIL, 2002) O termo “comunhão 
plena” é um propósito difícil de se alcançar, estando mais voltado ao plano de 
idealização, já que sabemos que na vida real a plenitude, assim como o par perfeito, 
é impossível. 
 
 
Assim sendo, não se trata de uma comunhão plena, mas, de uma comunhão 
de vidas, em que é necessário aprender a conviver com os defeitos do outro para que 
a conjugalidade seja possível. Sabemos que as pessoas se casam para serem felizes, 
elaboram projetos de vida em comum, com a intenção de que seja para sempre. Por 
mais que isto possa ficar apenas no plano do ideal, o fato é que, todos se casam com 
a intenção de ser para sempre, mesmo tendo consciência de que o para sempre, 
sempre acaba. 
Pode-se chamar também com o casamento, de sociedade conjugal, pois, a 
pessoa muda do estado civil de solteiro para casado, estabelecendo vínculo de 
parentesco por afinidade com os parentes do outro cônjuge, mesmo não tendo 
 
9 
 
nenhuma afinidade com eles. Os pais se tornam sogros e os irmãos cunhados, e com 
o fim do casamento, o parentesco em linha reta, que são: sogro, sogra, genro e nora, 
não se dissolve. Assim determina o art. 1.521: 
Art. 1.521. Não podem casar: 
 
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; 
 
II - os afins em linha reta; 
 
III - o adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem o foi 
do adotante; 
 
IV - os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais colaterais, até o terceiro grau 
inclusive; 
 
V - o adotado com o filho do adotante; 
 
VI - as pessoas casadas; 
 
VII - o cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de 
homicídio contra o seu consorte. (BRASIL, 2002) 
Com o casamento, altera-se o nome ao incorporar o sobrenome do outro 
cônjuge ao seu. Apenas a mulher fazia a alteração do nome, isso até o Código Civil 
de 2002. Até o Estatuto da Mulher Casada (Lei 4.121/62), a mesma era obrigada a 
incorporar o sobrenome do marido ao seu. Essa tradição incidiu do Direito Canônico, 
em que se deveriam fundir os nomes para unirem as almas, tornando-se um só corpo. 
Hoje, sabemos que para um casamento dar certo, deve-se preservar suas 
individualidades, ou seja, não misturar as identidades. Sendo o nome a maior 
representação da identidade de uma pessoa. Por isso, o costume da mudança de 
nome ao se casar tem diminuído consideravelmente, e cada vez mais tende a deixar 
de ser um costume. 
3 NATUREZA JURÍDICA 
Como já mencionado, acerca da natureza jurídica do casamento, houve muitas 
discussões entre os doutrinadores brasileiros e estrangeiros. O casamento é um ato 
 
10 
 
jurídico solene, constituído por duas pessoas que se unem sob as formalidades da lei, 
afim de criarem uma família e daí advindo os efeitos jurídicos pessoais e patrimoniais. 
O casamento na teoria institucionalista é visto como uma instituição, rejeitando 
assim sua natureza negocial, por residir forte carga moral e religiosa. O casamento é 
um sinônimo de matrimônio por estar vinculado a um ato sagrado. Para quem vê o 
casamento como uma instituição social, as regras são preestabelecidas pelo 
legislador com o propósito de uma organização social, inclusive de união de sexos. 
 
Para a teoria contratual, o casamento é considerado como um contrato de 
natureza especial, com regras próprias. Como o CC-2002 não estabeleceu a natureza 
jurídica do casamento, ficou certo apenas que ele “estabelece comunhão plena de 
vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges” (Art. 1.511). 
 
Finalmente, é possível dizer que a natureza jurídica do casamento é negocial 
(contratual), indo um pouco além disso também, pois no casamento há regras que não 
podem ser discutidas nem mudadas, podemos citar como exemplo a forma de 
celebração, e os requisitos da habilitação. 
 
11 
 
 
Independente da sua natureza jurídica, como já se disse, é estéril. O fato é que 
no Direito de Família Contemporâneo, o Estado é tendencioso a se afastar cada vez 
mais destas questões de foro íntimo, e principalmente da vida privada. E o casamento 
tende a realçar cada vez mais a sua natureza contratualista. 
4 ESPONSAIS (NOIVADO) 
Apesar de não ser um requisito obrigatório para que haja o casamento, acaba 
que faz parte de uma cultura ocidental, também por influência do Direito Canônico, 
em que as pessoas vivenciarem um período entre namoro e casamento, a que se 
chamou de “esponsais”, e na linguagem mais atual é o “noivado”. 
Essa expressão “esponsais” tem etimologia do latim sponsalis (esposo) que 
significa promessa ou contrato, pois, no direito romano era uma promessa solene de 
futuro casamento, e tem o mesmo sentido de noivado. E caso não fosse cumprida, 
eram devidas “arras esponsalícias”, ou seja, o noivo perderia o valor das arras, ou, á 
pagamento triplo ou até quádruplo, pelo rompimento do casamento. 
No § 2 do Cân. 1.062, o Código Canônico tratou desse assunto dispondo que 
“da promessa de matrimônio não cabe ação para exigir a celebração do matrimônio, 
mas cabe ação para reparação de danos, se for devida”. 
Por isso, esponsais ou noivado, é o período que antecede o casamento, tendo 
sentido de promessa de casamento, mas que envolve muito mais as leis morais do 
 
12 
 
que as leis jurídicas, levando-se em conta que não é possível obrigar ninguém a se 
casar. 
 
Vale lembrar que, não caberá indenização por dano moral decorrente do 
rompimento do noivado, pois não há direitos e deveres em um noivado. Se o amor e 
o afeto acabaram antes do casamento, seja qual for o motivo, o rompimento não tem 
consequências jurídicas. Porém, se o término for deforma vexatória, humilhante, ou 
afrontando a dignidade de um dos indivíduos, como pode ocorrer em qualquer outro 
tipo de relação, aí sim, será possível reivindicar danos morais, e a ilicitude existirá se 
a forma que essa quebra se der, for de forma abusiva ou desproporcional. 
 
 
13 
 
5 ESPÉCIES 
5.1 Casamento civil 
É aquele que, é celebrado de acordo com as leis civis, perante o oficial do 
cartório de registro civil, sendo um contrato sui generis. Iniciam-se esse processo com 
a habilitação, que se concretiza com a celebração perante o Juiz de Paz, e a partir daí 
se instituirá uma família. 
 
 
 
14 
 
5.2 Casamento religioso com efeitos civis 
É aquele que, a celebração se faz em cerimônia religiosa. O art. 26, § 2º da 
Constituição se refere ao casamento religioso “O casamento religioso tem efeito civil, 
nos termos da lei”. (BRASIL, 1988) E para validá-lo como casamento civil, é preciso 
que os nubentes tenham feito todo o procedimento para o casamento civil comum, 
que é: a habilitação, proclamas e o registrado o ato de celebração no Cartório de 
Registro Civil. 
 
Para que o casamento se torne válido, o registro deverá ser realizado dentro 
de noventa dias, a partir da comunicação do celebrante ao ofício competente, desde 
que tenha sido homologada previamente a habilitação regulada neste Código. Caso 
haja descumprimento desse prazo, deverá ser feita uma nova habilitação, assim 
determina o art. 1.516, caput e § 1º, do Código Civil. 
 
 
15 
 
5.3 Casamento por procuração 
Nesse caso, o casamento poderá ser realizado mediante uma procuração, de 
um ou ambos os cônjuges a terceiro, deve ser outorgada por instrumento público, com 
poderes especiais e com validade de 90 dias. Então, entende-se que não se trata de 
uma espécie de casamento, mas sim, um modo de se casar. 
Nessa situação, torna-se indispensável que cada nubente tenha o seu 
procurador (distinto do outro), por não se permitir a figura do mandatário único. Sendo 
o casamento celebrado por procuração sem que o outro cônjuge (ou o procurador) 
tenham conhecimento da revogação do mandato, o casamento será anulado, desde 
que não haja coabitação após a celebração, é o que determina o art. 1.542, Código 
Civil. 
 
 
Para que haja revogação do mandato outorgado, é necessário que seja por 
instrumento público. (Art. 1.542, § 4º, Código Civil) 
5.4 Nuncupativo ou in articulo mortis ou in extremis 
É o casamento que se realiza com circunstâncias excepcionais, sem a 
necessidade de cumprir as formalidades exigidas, que são: o processo de habilitação, 
a publicação dos proclamas e a presença da autoridade celebrante. 
 
16 
 
Para haver validade, esta modalidade de casamento necessita de: 
 
Todo esse processo será dispensável se os nubentes sobreviverem e 
ratificarem o ato na presença da autoridade competente. Ou seja, do oficial de registro 
civil. A partir daí os efeitos do casamento retroagem sempre à data de sua celebração. 
 
5.5 Casamento putativo 
Trata-se do casamento que, embora nulo ou anulável, produzirá todos efeitos 
jurídicos, como se fosse válido, da data da celebração ao trânsito em julgado da 
sentença que pronuncia a sua desconstituição, em razão de ter sido contraído por 
cônjuge de boa-fé. Ou melhor dizendo, que não conhecia nenhum impedimento para 
o casamento (art. 1.561 do Código Civil), ou também das hipóteses de anulabilidade 
 
17 
 
que se encontram previstas no art. 1.550 do Código Civil, ou, de qualquer enfermidade 
mental que cause a nulidade do casamento, aproveitando seus efeitos a ele e aos 
filhos havidos na constância do casamento. Desse modo, para o cônjuge de boa-fé a 
sentença terá efeito ex nunc (art. 1.563, Código Civil), e para o cônjuge que agiu de 
má-fé, o efeito será ex tunc. Isto é, retroage à data da celebração como se o 
casamento não tivesse acontecido (existido). 
 
 
5.6 Casamento avuncular 
As etimologias deste tipo de casamento vêm do latim avuncularis, avunculu, 
que são relativos a tio ou tia materna, ou seja, é o casamento entre tio e sobrinha, tia 
e sobrinho, sendo realizado entre pessoas que têm relação de parentesco entre si. 
Os ordenamentos jurídicos do mundo ocidental, traduzem o princípio 
organizador de toda cultura, o incesto, fizeram regras de proibição de casamento de 
determinados graus de parentesco. O Código Civil de 2002, repetiu o CCB 1916, 
estabeleceu algumas proibições. 
Observe o esquema abaixo, que irá citar quem não pode se casar: 
 
 
18 
 
 
Esta proibição, originou-se a partir do princípio universal de interdição do 
incesto, que sofreu várias variações de acordo com cada cultura. Levando-se em 
conta que uma das razões da proibição é de ordem biológica em nosso ordenamento 
jurídico. Se uma junta médica atentar que, em razão daquele parentesco não haverá 
risco de se gerar filhos com deficiências genéticas, nesse caso, torna-se possível o 
casamento entre os colaterais. 
 
 
19 
 
5.7 Casamento homoafetivo 
É o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, não tendo hoje em dia 
diferença do casamento heteroafetivas, ou seja, percebemos que o casamento deixou 
de ser monopólio da heteroafetividade. No Brasil, uma das dificuldades da 
implementação do casamento homoafetivo, assim como em todas os países que o 
implementaram, reside em razões religiosas e morais. 
Diferente de outros países, no Brasil, foi necessário que o Supremo Tribunal 
Federal – STF, fizesse uma interpretação do artigo 226 da Constituição Federal 1988 
e legitimasse as uniões, não foi instituído por lei. 
 
Abrindo a possibilidade de se converter a união estável entre pessoas do 
mesmo sexo em casamento (art. 226, § 3º, da CR 1988), bem como a sua 
regulamentação pelo CNJ por meio da Resolução 175 de 14/05/2013. Esses 
julgamentos, além de serem histórico e emblemático, explica-se que a Constituição 
de um país recebe também o nome de “Carta Política”. A Constituição de uma 
República, por ser democrática, faz necessário traduzir juridicamente os valores e as 
concepções de dignidade, de tolerância, de igualdade de direitos, de respeito às 
diferenças. A inclusão e a cidadania são a plataforma política e ideológica que dá o 
comando interpretativo constitucional. 
Os argumentos que são contrários, apesar de virem travestidos de jurídicos, 
são todos de ordem moral-religiosa, e alegam serem inconstitucionais as uniões 
estáveis homoafetivas, pelo fato de não estarem previstas expressamente como forma 
 
20 
 
de constituição de família, como é o caso do casamento, a união estável e as famílias 
monoparentais. Outro argumento que usam, é que o texto constitucional do art. 226 
diz que, união estável é apenas entre homem e mulher, sendo que muitas outras 
formas de família não estão previstas ali, mas nem por isso deixam de ser família. 
 
A psicanálise junto a antropologia já demonstrou ao mundo que, família não é 
um fato da natureza, mas sim, de cultura. O real motivo da homofobia, e esse desejo 
de que tais relacionamentos continuem sendo marginalizados, estão diretamente 
relacionados aos fantasmas da sexualidade que assombram a todos. Alguns ficam 
tão horrorizados que ao invés de enfrentá-los, ou passar por eles, preferem impor um 
discurso de exclusão da diferença. 
Deste modo, desde a Resolução do Conselho Nacional de Justiça – CNJ, o 
casamento pode ser feito entre pessoas do mesmo sexo: É vedada às autoridades 
competentes a recusa de habilitação, celebração de casamento civil ou de conversão 
de união estável em casamento entre pessoas de mesmo sexo (Art. 1º, Resolução nº 
175/2013). 
No Brasil, o casamento homoafetivo, situa em um contexto sociopolítico e de 
globalização, onde vários outros países antes e depois do Brasil, tiveram leis 
aprovadas e que autorizaram o casamento. O primeiro deles foi na Holanda, em 2001, 
sucedendo em 2004 – Bélgica, Massachusetts (Estados Unidos); 2005 – Espanha, 
Canadá;2006 – África do Sul; 2008 – Connecticut (Estados Unidos); 2009 – Noruega, 
 
21 
 
Suécia, Iowa (Estados Unidos), Vermont (Estados Unidos); 2010 – New Hampshire 
(Estados Unidos), Washington, D.C. (Estados Unidos), Portugal, Islândia; 2010 – 
Argentina; 2013 – Brasil (Resolução 175/2013 – CNJ); 2015 – Irlanda; 2016 – Itália; 
2017 – Alemanha; 2019 – Equador, Ilhas Cayman e Reino Unido. 
5.8 Casamento consular 
Brasileiros que moram no exterior e não desejam se casar de acordo com a 
legislação brasileira podem fazê-lo perante uma autoridade consular daquele país. 
Mesmo que não tenha sido registrado em Repartição consular brasileira e/ou em 
Cartório no Brasil, o casamento celebrado por autoridade estrangeira competente, é 
considerado válido para o ordenamento jurídico brasileiro, inclusive, representando 
impedimento à celebração de novo casamento, regras estas que, estão estabelecidas 
na Resolução CNJ 155/201217. 
Sendo assim, o casamento que celebrado por autoridade estrangeira é também 
válido no Brasil, mas, vale ressaltar que para produzir os efeitos jurídicos aqui, 
necessitará ser registrado em Repartição Consular brasileira e, logo após, transcrito 
em Cartório do 1º Ofício do Registro Civil do município correspondente ao seu 
domicílio no Brasil, ou, no Cartório do 1º Ofício do Distrito Federal. No que diz respeito 
a transcrição, a mesma deverá ser realizada na primeira oportunidade em que um dos 
cônjuges viajar ao Brasil, ou, no prazo de 180 dias a contar da data do retorno 
definitivo ao País. O artigo 13 da referida Resolução, lista toda documentação 
necessária e estabelece as regras e procedimentos para realização do casamento 
consular, e estas regras vêm ao encontro da Lei de Introdução às normas do direito 
brasileiro. 
 
 
22 
 
5.9 Casamento de estrangeiros 
Para que o casamento dos estrangeiros, ou até mesmo os brasileiros que não 
sejam casados no Brasil, tenha validade em solo nacional, estes, precisarão registrá-
lo no Brasil, no cartório de Registro Civil de pessoas naturais do 1º Ofício. 
A Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB), até 2010 
denominava-se Lei de Introdução ao Código Civil. Estabelece regras do Direito 
Internacional Privado, e seu artigo 7º define que é a legislação do país onde está 
domiciliada a pessoa, que regerá estas questões. Se o casal estrangeiro fixar 
residência no Brasil, deverão registrar seu casamento no cartório de registro civil da 
cidade onde estiverem domiciliados, com a devida tradução juramentada. 
6 CAPACIDADE PARA CASAR 
Como sabemos, não são todas as pessoas que têm capacidade para se casar, 
e outras sofrem restrições em sua capacidade para o enlace conjugal, podemos citar 
como exemplo, quem tem mais de 70 anos e menos de 18 anos, ou também, quem 
ainda não partilhou bens de casamento/união estável anterior, estes, só podem casar 
pelo regime da separação obrigatória de bens. 
Foi a partir de 2003, quando entrou em vigor o Código Civil de 2002, que ficou 
determinado em lei a capacidade para o casamento, sendo a regra geral para quem 
é maior de idade, ou seja, a partir dos 18 anos, alterando a maioridade de 21 anos 
para 18 anos. Havendo casos em que, se relativiza essa capacidade, ou seja, entre 
16 e 18 anos, o que a doutrina passou a chamar de idade núbil, que significa: 
 
 
23 
 
Sobre os que são relativamente incapazes, fica disposto no art. 4º do Código 
Civil, e determina que: 
Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: 
(Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) 
 
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; 
 
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; (Redação dada pela Lei nº 
13.146, de 2015) (Vigência) 
 
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir 
sua vontade; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) 
 
IV - os pródigos. 
 
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação 
especial. (BRASIL, 2002) 
Já o art. 1. 634, III do Código Civil refere-se aos que podem se casar com 
autorização dos pais: 
Art. 1.634. Compete a ambos os pais, qualquer que seja a sua situação 
conjugal, o pleno exercício do poder familiar, que consiste em, quanto aos 
filhos: 
 
III - conceder-lhes ou negar-lhes consentimento para casarem; (BRASIL, 
2002) 
Caso houver divergência entre um dos pais, será preciso pedir a autorização 
judicial para suprir a discordância (artigos 1.517, parágrafo único, 1.519 e 1.631 
parágrafo único). Nos casos de multiparentalidade (significa múltipla paternidade ou 
maternidade socioafetiva, onde há a possibilidade de mais de um pai ou mãe 
constarem na certidão de nascimento) se dois ou mais dos pais divergirem sobre o 
casamento, o Ministério Público deverá requerer o suprimento de consentimento - 
ECA, art. 201, VIII. 
Importante saber que, que em todos os casos de casamento com autorização 
judicial, o regime de bens sempre será o da separação obrigatória (art. 1.641, III). Tal 
autorização poderá ser revogada até a data do casamento (art. 1.518), pois a 
menoridade civil cessa com o casamento (art. 5º, parágrafo único, II). 
 
24 
 
Até o aparecimento da Lei 13.811/2019, que alterou o artigo 1.520 do Código 
Civil, admitia-se em caráter excepcional o casamento entre menores de 16 anos, e na 
maioria das vezes, em razão de gravidez. As razões eram todas de ordem moral da 
família patriarcal, para evitar imposição de pena criminal (art. 213 do Código Penal - 
estupro; art. 215 do Código Penal - violação sexual mediante fraude). 
A lei que instituiu o Estatuto da Pessoa com Deficiência – EPD (Lei nº 
13.146/2015) provocou uma revolução paradigmática e alterações na teoria das 
incapacidades prevista no Código Civil. Alterando a redação dos arts. 3º e 4º do 
Código Civil e, o capítulo que trata da curatela, constituído pelos arts. 1.767 e 
seguintes, e denominou como “ação de curatela” e não mais ação de interdição. 
 
 
Por essa razão, a partir da Lei 13.146/2015 apenas os menores de 16 anos são 
considerados diretamente incapazes para exercerem os atos da vida civil (art. 3º do 
código civil). 
 
25 
 
Houve mudanças também, na lei civil acerca da incapacidade relativa (art. 4º 
do Código Civil). As previsões de incapacidade relativa aos que tivessem 
discernimento reduzido (devido à deficiência mental) e excepcionais sem 
desenvolvimento mental completo foram retiradas. Sendo assim, percebe-se que a 
capacidade para o casamento foi expandida. 
7 IMPEDIMENTOS PARA O CASAMENTO, ABSOLUTOS E RELATIVOS 
Há casos quem que, a pessoas têm capacidade civil, mas, tem impedimentos 
para casar. Os impedimentos são proibições impostas ao casamento, que com 
inobservância acaba gerando a nulidade, ou até mesmo alguma penalidade. 
 
 
No Direito de Família ainda se vê a influência do Direito Canônico, que 
organizou os impedimentos matrimoniais em três classes: 
 
 
 
26 
 
 
 
 
A classificação dos impedimentos foi alterada pelo Código Civil de 2002, que 
restringiu duas dirimentes absolutos, agora conhecidos como dirimentes propriamente 
ditos. E de acordo com a lei não podem casar: 
 
 
 
27 
 
E os impedientes, conhecidos como causas suspensivas, que não devem 
casar: 
 
Em suma, os impedimentos para o casamento podem ser: absolutos ou 
relativos. 
 
 
28 
 
De modo diferente dos negócios jurídicos nulos, o casamento que é declarado 
nulo, tem eficácia jurídica para o cônjuge de boa-fé, o que gera todos os efeitos civis 
e patrimoniais, até o trânsito em julgado da sentença que o declara nulo. Sendo assim, 
mesmo nulo e dispondo a decretação da nulidade de efeito retroativo à data da 
celebração (Art. 1.563, Código Civil), o casamento produz efeitos até ser 
desconstituído. 
 
 
8 PROCESSO DE HABILITAÇÃO; OS PROCLAMAS E SEUS ELEMENTOS 
FICCIONAIS 
Este processo é uma das etapas do ritual preparatóriodo casamento. Que é 
formado por diversas formalidades, que consiste em um procedimento administrativo 
pelo qual, os nubentes apresentam as documentações ao cartório de registro civil do 
distrito de sua residência, para se habilitarem ao casamento. Os documentos não 
apresentando nenhuma forma de impedimento, o oficial “firma” o anúncio do 
casamento, isto significa, os proclamas em lugar visível de seu cartório, e também o 
publica na imprensa local, caso haja, (e em caso de urgência a publicação pode ser 
dispensada, assim dispõe o art. 1.527, parágrafo único do CC). 
O artigo 1.527, Código Civil, determina: 
Art. 1.527. Estando em ordem a documentação, o oficial extrairá o edital, que 
se afixará durante quinze dias nas circunscrições do Registro Civil de ambos 
os nubentes, e, obrigatoriamente, se publicará na imprensa local, se houver. 
 
29 
 
Parágrafo único. A autoridade competente, havendo urgência, poderá 
dispensar a publicação. (BRASIL, 2002) 
Ainda não se conhece ninguém que opôs impedimento a um casamento lendo 
algum edital em porta de cartório, mas, mesmo assim, ele se faz necessário. 
 
 
Esses são elementos ficcionais do direito, sendo impossível, mesmo aos 
profissionais do Direito, ter conhecimento de todas as leis. Não se pode alegar o seu 
desconhecimento para justificar o descumprimento dela. Com tal característica, os 
editais e proclamas do casamento não têm efeito prático, ou seja, eles não atingem 
nem chamam efetivamente ninguém (ou quase ninguém). Ainda assim, ele se faz 
necessário, por compor uma das formalidades do casamento para que este seja 
reconhecido pelo Estado. 
 
 
 
30 
 
Se não aparecer quem oponha impedimento, no prazo decorrido de quinze 
dias, o oficial do registro apresentará aos nubentes a certidão de que estão habilitados 
para se casarem (dentro do prazo previsto em lei). 
 
 
Desde o Código Civil de 2002, no processo de habilitação não há mais 
intervenção judicial, assim determina o artigo 1.526 do Código Civil com Redação 
dada pela Lei nº 12.133/2009 “A habilitação será feita pessoalmente perante o oficial 
do Registro Civil, com a audiência do Ministério Público". (BRASIL, 2002) 
Mesmo que a previsão legal diga que a habilitação deve ser feita pessoalmente, 
há possibilidade de o requerimento ser feito por procurador (com poderes especiais 
para isto). E a pessoa que se declare pobre (no sentido legal), a habilitação, o registro 
e a primeira certidão serão isentos de custos, assim prescreve o art. 1.512, parágrafo 
único, Código Civil: 
Art. 1.512. O casamento é civil e gratuita a sua celebração. 
 
Parágrafo único. A habilitação para o casamento, o registro e a primeira 
certidão serão isentos de selos, emolumentos e custas, para as pessoas cuja 
pobreza for declarada, sob as penas da lei. (BRASIL, 2002) 
 
31 
 
Na cidade de residência dos pretendentes a se casarem, ultrapassados o prazo 
de 15 dias, não havendo impedimentos, o casamento poderá ser marcado. Ou seja, 
já estarão habilitados a marcarem a próxima e a última etapa dos preparativos do 
casamento, que é a celebração. 
9 CONCEITO E PRESSUPOSTOS PARA CARACTERIZAÇÃO DA UNIÃO 
ESTÁVEL 
A união estável está profundamente ligada ao conceito de família, por ser uma 
das formas de constituição de família elencadas no art. 226, § 3º da Constituição 
Federal que diz: 
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. 
 
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre 
o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua 
conversão em casamento. (BRASIL, 1988) 
Assim como a definição de família continua sendo um dos desafios do direito 
contemporâneo, pelo fato de ter se tornado plural e o Estado reconheceu e legitimou 
todas as representações sociais de família. Para a sua compreensão é necessário 
buscar elementos em outros campos do conhecimento, para assim, podermos 
entender a família em qualquer tempo e em qualquer espaço cultural, acima de 
conceitos estigmatizantes. 
Um casal que vive junto e não são casados oficialmente, tem todos os direitos 
garantidos por lei, até mesmo na separação, como acontece com um casal que é 
casado no papel no cartório. O art. 1.723, do Código Civil prevê: 
Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o 
homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura 
e estabelecida com o objetivo de constituição de família. 
 
§ 1º A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 
1.521; não se aplicando a incidência do inciso VI no caso de a pessoa casada 
se achar separada de fato ou judicialmente. 
 
 
32 
 
§ 2º As causas suspensivas do art. 1.523 não impedirão a caracterização da 
união estável. (BRASIL, 2002) 
 
 
A coabitação, é uma dúvida frequente, sobre a possibilidade do casal que não 
mora na mesma residência configurar união estável, já que não é uma exigência legal, 
pois não consta no texto do art.1.723 do CC que disciplina sobre a matéria. Observe 
o quadro que mostrará os requisitos para que haja a caracterização da união estável: 
 
 
 
33 
 
A união estável teve o reconhecimento do direito brasileiro com a Constituição 
Federal em 1988, que passou a protegê-la como família. A Lei 9.278, de 10 de maio 
de 1996 define como característica da união estável a convivência duradoura, pública 
e contínua com o objetivo de constituição de família. A duração do relacionamento 
não é requisito indispensável para que haja tal caracterização da união estável, mas 
sim, a intenção bilateral, de constituição de núcleo familiar, ao qual implica cuidados, 
provisão e assistência mútua ou mantida por um dos parceiros. 
 
 
Para jurisprudência e a doutrina, não basta apenas querer, é essencial 
vivenciar a união estável. A existência de conta corrente conjunta por exemplo, é um 
forte indicativo de união estável, por demonstrar a intenção de assistência mútua, 
servindo assim como prova relevante no convencimento do julgador. E no caso de 
desejar constituir família, é preciso que esse desejo seja de ambas as partes, podendo 
se dar através de contrato, ou, simplesmente pelo estilo de vida do casal, da rotina, 
etc. 
 
 
34 
 
 
 
A união estável quando reconhecida pelo judiciário, gera expectativa de direito 
a comunhão parcial de bens caso haja a sua dissolução, mas, pode haver um contrato 
entre as partes sobre os bens do casal. Se for desejo do casal, este poderá solicitar 
uma certidão de união estável em um cartório, claro que, observando as restrições 
descritas no artigo 1.521 do Código Civil já citado acima. 
A certidão de união estável que é obtida em cartório, prevê os direitos do casal, 
como por exemplo a inclusão em planos de saúde. Porém, também necessita ser 
registrado em cartório. Os direitos que são adquiridos com a união estável, são os 
mesmos que os adquiridos em casamento no regime de comunhão parcial de bens. 
A vista disso, tudo o que o casal adquirir e construir após o início da união estável, 
será dividido caso haja separação. 
Vale lembrar que, o casal pode optar por outro regime de união estável, basta 
compor um contrato e determinar qual o regime será adotado. O estado civil não é 
alterado com a união estável, ou seja, o indivíduo continua a ser solteiro. 
 
 
 
35 
 
 
 
 
10 NAMORO, UNIÃO ESTÁVEL E CASAMENTO: CONTRATOS 
A linha divisória entre namoro e união estável tornou-se muito tênue, devido a 
evolução dos costumes e a maior liberdade sexual. Desta forma, a maior parte dos 
processos dos tribunais que envolvem união estável, está em torno da discussão pela 
dificuldade de diferenciar o namoro da união estável. 
 
 
36 
 
 
 
Por exemplo, conhecemos casais que namoram a anos e que nunca formaram 
uma entidade familiar, como há também os relacionamentos de curto prazo que logo 
se caracterizaram união estável. O mesmo aconteceem relação à filhos, que pode 
acontecer período de namoro ou mesmo na união estável. 
O namoro não tem consequências jurídicas, ou seja, não acarreta partilha de 
bens ou qualquer tipo de aplicação de regime de bens, de fixação de alimentos ou de 
direitos sucessórios. Vamos imaginar que, um casal de namorados compra um 
veículo, e com o fim do relacionamento este bem poderá ser dividido, caso não haja 
contrato escrito entre eles, de acordo com as regras do Direito Obrigacional, pode-se 
dizer, então, que será possível haver uma “sociedade de fato” dentro de um namoro, 
sem caracterizar uma entidade familiar. 
Por não se tratar de entidade familiar, essas questões jurídicas referentes ao 
namoro, como danos causados à pessoa, são discutidas no campo do obrigacional 
ou no direito comercial. 
O namoro pode apresentar indício de prova para algumas situações jurídicas, 
alguns exemplos são: na realização de exame em DNA pode acarretar a declaração 
de suposta paternidade; pode indicar o fumus boni iuris necessário à antecipação de 
tutela no pedido de alimentos gravídicos; a lei Maria da Penha, que também se aplica 
nos casos de namoro. 
 
37 
 
11 UNIÃO ESTÁVEL E O PARADOXO DA SUA REGULAMENTAÇÃO 
No que se refere acerca das uniões estáveis, esbarra em uma contradição. 
Afinal, se as pessoas não se casam oficialmente, entende-se não querem as regras e 
as formalidades impostas pelo Estado. E em geral, tendem sempre a se aproximarem 
do casamento, ainda que não se case, a pessoa estaria em um instituto idêntico ao 
do casamento, embora com outro nome. Neste raciocínio, a regulamentação da união 
estável, seria praticamente acabar com a sua essência, que é precisamente não estar 
preso às regras do casamento. 
 
 
Essa regulamentação é um paradoxo, pois, não o regulamentar pode-se estar 
protegendo a parte economicamente forte, e por outro lado, se regulamentá-lo poderá 
estar interferindo na liberdade dos sujeitos, de não se casarem oficialmente. Quanto 
mais se estabelece regras para a união estável, mais equiparada estará ao 
casamento. Mesmo que o casamento seja um paradigma de constituição de família, 
não quer dizer que seja superior ou inferior, ou melhor ou pior, é apenas diferente. 
Trata-se de diferentes possibilidades e formas de se constituir família. 
A essência da união estável é exatamente não querer a intervenção do Estado. 
Ou seja, o instituto da união estável escapa e escapará sempre às imposições e às 
tentativas de regramentos, é o espaço do “não institucionalizado” e, pela sua natureza, 
quer exatamente fugir de regras, dos limites e formalidades do casamento civil. 
Portanto, podemos entender que, escolher viver em união estável está diretamente 
 
38 
 
ligado à opção do desejo de um outro tipo de conjugalidade, fora do que é 
tradicionalmente estabelecido pelo Estado. 
Entretanto, não se deve confundir a não regulamentação com a não proteção 
do Estado, e seu reconhecimento enquanto forma de família. Que tem consequências 
jurídicas pessoais e patrimoniais. A União estável ou “união livre”, assim como o 
próprio nome sugere, é aquela livre de regulamentação, livre de registros e livre de 
controles oficiais, pois entende-se que regulamentá-la seria quase transformá-la em 
casamento, seguindo os moldes e os termos que o Estado determinar. 
Comparando a história e o Direito, compreendemos que os limites da proteção 
do Estado sobre este tipo de família, vêm se fazendo por meio da jurisprudência e 
doutrina que, mais próximos dos costumes e da evolução social podem ir demarcando 
contornos e limites dessas relações. 
 
 
Justamente, é essa diferenciação que possibilita ao casal a escolha de 
constituir uma família, sem que o cônjuge necessariamente seja herdeiro, e é essa 
dissemelhança que pode garantir a liberdade, sendo um dos pilares da sustentação 
do Direito Civil. 
 
39 
 
De fato, a regulamentação ou não das uniões estáveis, não é considerada 
simples, e vale ressaltar que é mesmo paradoxal, pois, de um lado significa a 
interferência excessiva no campo do privado, com risco até mesmo de acabar com 
ela; e por outro lado, a falta de regras jurídicas pode ocasionar injustiças. Uma vez 
que da comunhão de vida entre duas pessoas podem nascer efeitos e também 
consequências, que merecem de uma forma ou de outra proteção jurídica. 
12 UNIÃO ESTÁVEL OU CONCUBINATO 
A Lei 8.971, de 29 de dezembro de 1994 usou a palavra “companheiros” em 
vez de “concubinos” para designar os sujeitos de uma união estável. É como se essa 
nova expressão viesse para defender o preconceito e peso que a palavra “concubino” 
carregava. O Código Civil de 2002, em seus arts. 1.723 a 1.727, adotou a expressão 
“companheiro”, mas, mantendo a expressão concubina (ato) para diferenciar as 
uniões estáveis que acontecem paralelamente a outra relação conjugal. A expressão 
“companheiros” tem sido assimilada pelo nosso ordenamento jurídico desde a década 
de 1970, quando apareceu pela primeira vez na Lei nº 6.015/73, em seu art. 57, § 2º, 
que diz: 
Art. 57. A alteração posterior de nome, somente por exceção e 
motivadamente, após audiência do Ministério Público, será permitida por 
sentença do juiz a que estiver sujeito o registro, arquivando-se o mandado e 
publicando-se a alteração pela imprensa, ressalvada a hipótese do art. 110 
desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 12.100, de 2009). 
 
§ 2º A mulher solteira, desquitada ou viúva, que viva com homem 
solteiro, desquitado ou viúvo, excepcionalmente e havendo motivo 
ponderável, poderá requerer ao juiz competente que, no registro de 
nascimento, seja averbado o patronímico de seu companheiro, sem 
prejuízo dos apelidos próprios, de família, desde que haja impedimento 
legal para o casamento, decorrente do estado civil de qualquer das 
partes ou de ambas. (Incluído pela Lei nº 6.216, de 1975). (BRASIL, 1973) 
(Grifo nosso) 
A expressão “companheiro” foi substituída por “convivente” na Lei 9.278/96. 
Não há nenhuma fundamentação ou razão lógica para tal mudança, se tratando talvez 
de um simples capricho ou uma desatenção do legislador. O Código Civil fez uso da 
 
40 
 
expressão companheiro na parte que trata especialmente sobre a união estável, mas, 
também usou a expressão convivente na parte que trata os alimentos. Porém, no que 
se refere a nomeação e determinação dos sujeitos destas relações, serão aquelas 
que o costume consagrar, como já vinha acontecendo com a expressão companheiro, 
que foi adotada a partir do ano de 1975 em diversos textos normativos, e com a 
alteração da Lei nº 6.015 de 31 de dezembro 1973. 
13 UNIÃO ESTÁVEL PUTATIVA 
 
 
 
Sendo que, um dos princípios da organização jurídica das famílias é a 
monogamia. Mesmo que ele funcione como um ponto chave das conexões morais das 
relações amorosas e também conjugais, não trata simplesmente de uma norma moral 
ou moralizante. A sua existência no ordenamento jurídico que o adotam, tem a função 
 
41 
 
de um princípio organizador das relações jurídicas da família. Por essa razão, o 
ordenamento jurídico não prevê a constituição de duas uniões estáveis 
simultaneamente. Assim como também não prevê dois casamentos simultâneos. Mas, 
não é possível deixar de ponderar o princípio da monogamia com o da dignidade da 
pessoa humana, da solidariedade e da responsabilidade, sob pena de se repetir as 
históricas injustiças de condenação de ilegitimidade e invisibilidade jurídica e social, 
de quem de fato constitui famílias paralelas ou simultâneas. 
Sendo assim, a pessoa que manter duas relações simultâneas e ocultar essa 
realidade de seus parceiros, configurará o caso da putatividade, estabelecido no artigo 
1.561 do Código Civil. 
Art. 1.561. Embora anulável ou mesmo nulo, se contraído de boa-fé por 
ambos os cônjuges, o casamento, em relação a estes como aos filhos, produz 
todos os efeitos até o dia da sentença anulatória. 
 
§ 1º Se um dos cônjuges estava de boa-féao celebrar o casamento, os seus 
efeitos civis só a ele e aos filhos aproveitarão. 
 
§ 2º Se ambos os cônjuges estavam de má-fé ao celebrar o casamento, os 
seus efeitos civis só aos filhos aproveitarão. (BRASIL, 2002) 
Diante disso, deve-se proteger a parte que desconhecia tal situação, 
caracterizando-se como união estável putativa. Ou seja, aquele em que um dos 
sujeitos desconhecia a existência de outra união more uxório, que significa “aos 
costumes de casado”, devendo esta, produzir os mesmos efeitos previstos para uma 
união monogâmica. 
Levando em consideração que o casamento é um forte paradigma de 
constituição de família, deve-se neste caso, também ser invocado, para assim, ser 
aplicada analogicamente a putatividade. 
Se no casamento putativo se concede os efeitos para o contraente de boa-fé, 
aqui também, há possibilidade de invocar este princípio. Ou seja, se um dos 
companheiros, agindo de boa-fé na relação conjugal, e pelo menos por parte de um 
deles, estiver em uma relação monogâmica, não existem razões para negar a 
concessão de todos os efeitos da união estável. 
 
42 
 
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