Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PURIFICAÇÃO DA ÁGUA Professor Edson Luiz de Oliveira, MSc Professor Edson Luiz de Oliveira Farmacêutico – UEL Especialização e Aperfeiçoamento – UFPR Mestrado – UFPR Faculdade Maurício de Nassau Curso de Farmácia Clinica e Prescrição Farmacêutica – FFB IOP – Cursos de Capacitação Farmacêutica Métodos de Purificação OPERAÇÕES UNITÁRIAS Adsorção em carvão ativado Deionização Osmose reversa Microfiltração em membrana Radiação Ultravioleta Destilação Ultrafiltração Absorção em carvão ativado OPERAÇÕES UNITÁRIAS Carvão Ativado é uma forma de carbono puro de grande porosidade, apresenta notáveis propriedades atribuídas à sua área superficial, entre elas, a remoção de impurezas dissolvidas em solução. Pode ser empregado em pó ou granulado, conforme a utilização. OPERAÇÕES UNITÁRIAS É usado como pré-tratamento Adsorve matérias orgânicas Reduz oxidantes: cloro livre OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS SAIBA QUE... O carvão ativado é obtido a partir da queima controlada de certos tipos de madeiras. Em sua constituição são utilizados elementos naturais como a dolomita e o quartzo que filtram as impurezas sólidas. O carvão ativado adsorve o cloro, retira efeitos como odores e sabores desagradáveis, além de reduzir a turbidez, substâncias químicas e orgânicas. O carvão ativado impregnado com prata coloidal inibe a reprodução de microorganismos. A dolomita libera cálcio e magnésio (combinados ou separados), benéficos ao organismo. Pré-Filtragem: Camadas de Dolomita II e I: A água passa por orifícios milimétricos de um disco e por duas camadas de dolomita, que além de auxiliar na retenção das impurezas sólidas, libera cálcio e magnésio (combinados ou separados). QUARTZO retem limo, lodo e outras impurezas. Depois passa por carvão ativado de diversas granulometrias... OPERAÇÕES UNITÁRIAS Filtragem: Camadas de Quartzo II e I: A filtragem é feita através de cristais de quartzo, que retêm o limo, lodo e outras impurezas em suspensão na água. Pré-Purificação: Camada de Carvão Ativado III impregnado com Prata Coloidal: Nessa fase, que contém carvão ativado granulometria III, inicia-se a adsorção do cloro e redução de substâncias orgânicas e químicas. Camadas de Carvão Ativado II e I impregnado com Prata Coloidal: O carvão ativado em granulometria III, torna-se ainda mais atuante na adsorção do cloro, odores e sabores desagradáveis. Aumenta a eficácia na redução das substâncias químicas, orgânicas e turbidez. Carvão Ativado Extra-Fino Impregnado com Prata Coloidal: Com o carvão ativado extra-fino fica concluído o processo de decloração. Neste estágio, como nos anteriores 3 e 4, o carvão ativado encarrega-se de inibir a reprodução de microorganismos. Disco Microtexturizado: O disco microtexturizado age como um retentor de eventuais resíduos. OPERAÇÕES UNITÁRIAS Retrolavagem: Sistema de limpeza interna dos elementos filtrantes por inversão do fluxo de água. A retrolavagem deve ser feita a cada 7 dias. Os elementos são distribuídos em câmaras verticais de filtragem e purificação, subdivididas em camadas com granulometrias decrescentes. Finalmente, um disco microtexturizado possibilita a saída de água cristalina, pura e saudável. OPERAÇÕES UNITÁRIAS Deionização OPERAÇÕES UNITÁRIAS Processo de troca iônica com os contaminantes inorgânicos da água (cátions e/ou ânions), através de resinas catiônicas e/ou aniônicas; Eficiente na remoção de sais inorgânicos; Não produz água com elevada pureza Facilidade de crescimento microbiológico OPERAÇÕES UNITÁRIAS As resinas catiônicas capturam os íons liberando o íon H+ na água e as aniônicas liberam OH-. São regeneráveis com ácidos e bases, respectivamente. Produz uma água com boas características químicas e baixa qualidade microbiológica Sistemas mantidos em temperatura ambiente, tais como deionizadores, osmose reversa e ultrafiltração são especialmente susceptíveis a contaminação microbiológica, particularmente quando o equipamento permanece estático durante algum tempo, devido à baixa ou a nenhuma demanda de utilização da água. OPERAÇÕES UNITÁRIAS Deionizadores OPERAÇÕES UNITÁRIAS Esse processo isolado não produz água de alta pureza, pois o processo libera pequenos fragmentos da resina, facilita o crescimento microbiano e promove baixa remoção de resíduos orgânicos. Deionização através de resinas é muito útil como pré-tratamento da água, pois é muito eficiente na remoção de íons. A técnica de deionização com resinas, quando utilizada como única etapa de purificação da AP não é adequada, pois não atende às BPF OPERAÇÕES UNITÁRIAS Osmose reversa OPERAÇÕES UNITÁRIAS Passagem da água com contaminantes através de uma membrana semipermeável sob pressurização, obtendo água pura do outro lado da membrana; Remoção de íons, microorganismos e endotoxinas bacterianas; Remove 90 a 99% da maioria dos contaminantes. OPERAÇÕES UNITÁRIAS A técnica mais empregada como etapa final de tratamento para a produção da AP é a osmose reversa, pois ela é capaz de reduzir consideravelmente o risco de contaminação microbiana da água, além de ser de fácil operação e manutenção. OPERAÇÕES UNITÁRIAS Se for aplicada uma pressão na região da solução mais concentrada, ou mais salina, será provocada uma inversão no fluxo natural, ou seja, a água da solução salina irá passar para a região de menor concentração de sais, retendo-se os íons na membrana que separa as duas soluções - esse é o princípio da osmose reversa. A pressão a ser aplicada deve ser maior que a pressão osmótica OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS FATORES QUE AFETAM O DESEMPENHO DA PURIFICAÇÃO pH Diferentes níveis pressóricos ao longo da membrana; Temperatura Tipo de membrana Construção dos cartuchos OPERAÇÕES UNITÁRIAS Devem ser devidamente controladas quanto à formação de incrustações provenientes de: sais de Ca2+, Mg2+ e outros biofilme (micro-organismos e endotoxinas) Instalação de sistema de pré-tratamento remoção de partículas e agentes oxidantes Sanitização do sistema OPERAÇÕES UNITÁRIAS Àgua a ser tratada passa por um pré-tratamento e é lançada contra as membranas com alta pressão onde são extraídos os sais presentes. Posteriormente a água passa por um pós-tratamento para finalmente ser distribuída ao consumo. O rejeito (salmoura) é coletado para que seja dado o fim apropriado. OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS Tecnicamente a tecnologia de osmose reversa é inferior à destilação, devido a um maior risco de contaminação físico química, biológica e microbiológica da água. Outro problema relacionado às membranas de osmose reversa está no processo de sanitização, que geralmente é realizado por agentes químicos. Para que seja executado esse tipo de sanitização, as membranas necessariamente devem ser retiradas para limpeza, o que favorece a possibilidade de contaminação do sistema. Há também de se considerar que os processos de sanitização químicos são menos eficazes que a sanitização térmica. OPERAÇÕES UNITÁRIAS Ultrafiltração OPERAÇÕES UNITÁRIAS Consegue remover minúsculas partículas através de filtros de membrana com diâmetros de poros de 1 a 10 nm, além de bactérias e endotoxinas Pode ser usada em uma etapa final ou intermediária do sistema de purificação Necessita pré-tratamento, controle adequado das condições operacionais e procedimentos apropriados de limpeza e sanitização OPERAÇÕES UNITÁRIAS São 2 membranas assimétricas, compostas de diferentes polímeros, com camada ativa muito fina (1 µm de espessura) na parte superior e uma camada de suporte mais espessa (100 µm) Operam sob pressão. É usada para remover pirogênio da água purificada, e na análise de biologia molecular OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS Microfiltração em Membrana OPERAÇÕES UNITÁRIAS Uso de membrana com porosidade de 0,22µm Evita a passagem de qualquer contaminante com diâmetro acima desse valor OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS Radiação Ultravioleta OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS A luz ultravioleta (UVC) germicida faz parte do espectro eletromagnético não visível, com comprimentos de onda entre 100 e 400 nanômetros. Focando-nos numa célula básica de bactéria, interessa-nos a parede da célula, a membrana citoplasmática e o ácido nucléico. O alvo principal da desinfecção por luz ultravioleta UVC é o material genético, também chamado ácido nucléico. Os micróbios são destruídos quando a luz penetra a célula e é absorvida pelo ácido nucléico. Esta absorção provoca um rearranjo da informação genética que interfere com a capacidade de reprodução da célula. Os microorganismos são inativados pela luz UV resultado de um dano fotoquímico ao ácido nucléico OPERAÇÕES UNITÁRIAS Uso de radiações com diferentes comprimentos de onda 254 nm: Ação germicida nos diversos pontos da sequência de purificação, onde é necessário reduzir a contagem microbiana. OPERAÇÕES UNITÁRIAS Uso de radiações com diferentes comprimentos de onda 185 nm + 254 nm: Oxidação de compostos orgânicos e consequente redução de sua concentração, para atender aos limites da AP, AUP e API; “Água deve estar no estágio final da purificação, e essa remoção será mais efetiva quanto menor a carga de contaminantes” OPERAÇÕES UNITÁRIAS Limitações • Deposição de partículas sobre a lâmpada • Profundidade/espessura do leito de água • Fluxo de água • Potência • Tempo de uso da fonte de radiação Destilação OPERAÇÕES UNITÁRIAS Líquida Vapor Líquida A destilação usualmente produz uma água com boas características microbiológicas e baixa qualidade química. Destilação laboratorial A destilação é um processo de purificação que parte do aquecimento da água em um compartimento até que ela evapore direcionando o vapor condensado para outro compartimento. • Vaporização da água e posterior condensação; • Retira íons, microorganismos, material orgânico, outras impurezas; • RETIRA SOLVENTES ORGANICOS OPERAÇÕES UNITÁRIAS Considerações finais OPERAÇÕES UNITÁRIAS Os materiais que entram em contato com a água para uso farmacêutico, incluindo a tubulação, as válvulas e armações, os lacres, os diafragmas e os instrumentos, devem ser selecionados para atender a requisitos básicos, dentre os quais podem ser citados: Compatibilidade: todos os materiais utilizados devem ser compatíveis com a temperatura e as substâncias químicas utilizadas pelo sistema ou dentro dele. Prevenção de vazamento: nenhum dos materiais que entram em contato com a água para uso farmacêutico pode apresentar vazamentos dentro da faixa de temperatura de trabalho. Resistência à corrosão: a água purificada e a água para injetáveis são altamente corrosivas. Para evitar falha do sistema e contaminação da água, os materiais selecionados devem ser apropriados, o processo de soldagem deve ser controlado cuidadosamente, e todos os vedantes e componentes devem ser compatíveis com a tubulação utilizada. O sistema deve ser submetido à passivação após a instalação inicial ou após modificações. Quando a passivação for realizada, o sistema deve ser totalmente limpo antes do uso. O processo de passivação deve ser realizado em consonância com um procedimento documentado claramente definido. Acabamento interno liso: devem ser utilizadas superfícies internas lisas que ajudem a evitar aspereza e fissuras no sistema de água. Soldagem: os materiais selecionados para o sistema devem ser facilmente soldáveis, de forma controlada Anestésicos Locais PURIFICAÇÃO DA ÁGUA Professor Edson Luiz de Oliveira, MSc Slide 1 Slide 2 Slide 3 OPERAÇÕES UNITÁRIAS Slide 5 OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS Slide 13 OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS Slide 19 OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS Slide 31 OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS Slide 36 OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS Slide 40 OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS Slide 46 Slide 47 OPERAÇÕES UNITÁRIAS OPERAÇÕES UNITÁRIAS Slide 50 OPERAÇÕES UNITÁRIAS Slide 52 Slide 53
Compartilhar