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Seja bem Vindo! Curso Introdução ao Yoga WWW.CursosOnlineSP.com.br Carga horária: 50 horas http://www.cursosonlinesp.com.br/ Conteúdo programático: Introdução O que é História Tipos de Yoga A Importância da Respiração (Pranayamas) Benefícios do Yoga Meditação Asanas Mantras Mudras Mestres de Yoga Yoga e Alimentação Yoga e Ayurveda Livros, filmes Introdução O Yoga é uma filosofia que trabalha o corpo e a mente, através de disciplinas tradicionais. Muitos a consideram como a transformação da consciência humana em consciência divina. Com o significado de unir e integrar, os ensinamentos do yoga existem há mais de dois mil anos. A prática ensina a união do corpo, nas mais diversas partes da vida do ser humano, em equilíbrio com a mente. O Yoga surgiu na Índia e tem como base os princípios das disciplinas físicas e mentais indianas. As práticas foram bastante influenciadas pelas filosofias do budismo e do hinduísmo. A cada ano que se passa, a prática de Yoga ganha mais adeptos no Brasil e no mundo. Isso acontece porque cada vez mais pessoas estão obtendo os benefícios da prática, tanto para o corpo, quanto para a mente. Num mundo cada vez mais agitado, estressado, rápido e cheio de informações, o Yoga deveria fazer parte do universo de todas as pessoas. Em geral, a energia da consciência da maioria das pessoas é direcionada para o exterior. O Yoga nos ensina que a verdadeira felicidade está dentro de nós. E que não devemos procurar fora o que já temos em nosso interior. É necessário aprender a canalizar os níveis mais profundos e sutis da consciência para resolver os enigmas da vida. Pare para pensar na sua vida. Reflita sobre quem você é, por qual motivo está aqui, qual a sua função neste mundo. O que é Antes de tudo, devemos entender o significado da palavra YOGA. Yoga, ou Ioga, significa unir ou controlar. É um termo que tem origem sânscrita, uma língua presente na Índia, especialmente na religião hinduísta. Alguns definem o Yoga como uma filosofia prática que permite ao ser humano acordar de seu sono e vivenciar a felicidade permanente que ele é. Yoga é uma filosofia de vida que tem sua origem na Índia, há mais de 5000 anos. Atualmente é conhecido não apenas como uma filosofia de vida, mas também como sistema holístico que trabalha o corpo e a mente ao mesmo tempo. O yoga trabalha as emoções, ajuda a agir de acordo com seus pensamentos e sentimentos, além de trazer um profundo relaxamento, concentração, tranquilidade mental, fortalecimento do corpo físico e o desenvolvimento da flexibilidade. Ioga ou yoga? Yoga significa “unir” e é uma palavra sânscrita, ou seja, originária de uma língua da Índia. Assim como muitas palavras estrangeiras que são utilizadas em nosso cotidiano com frequência, essa passou a fazer parte do vocabulário. Porém, quando se tornou oficial, ganhou sua versão na língua portuguesa e foi escrita com “i”. A diferença não se restringe à grafia. “Yoga” fala-se com o “ô” mais fechado e “ioga” com o “ó” mais aberto. Por fim, não existe uma forma mais certa do que a outra. Ambas podem ser utilizadas. Uma de acordo com a origem da palavra, outra com a grafia adaptada para a língua nacional. Tipos de Yoga O Yoga possui diversos ramos especializados do mesmo sistema abrangente, conheça abaixo alguns: • Ashtanga Yoga • Vinyasa Yoga • Kundalini Yoga • Raja Yoga • Iyengar Yoga • Prakriti Yoga • Swásthya Yoga • Siddha Yoga • Jñana Yoga • Bhakti Yoga • Jñana Yoga • Karma Yoga • Raja Yoga • Mantra Yoga Você conhecerá cada ramo especializado da Yoga na lição “Tipos de Yoga”. Diferente do que muitos pensam, Yoga não é uma única “coisa” ou “atividade". Assim como seu significado, Yoga é união: • Exercício físico – Asanas • Exercício respiratório – Pranayama • Exercício mental – Concentração • Exercício emocional – Relaxamento • Exercício espiritual – Meditação / Contemplação Ou seja, Yoga é exercício físico através dos Asanas; é exercício respiratório através do Pranayama; é exercício mental através da concentração; é exercício emocional através do relaxamento; e é exercício espiritual através da meditação. A prática do Yoga pode trazer muitos benefícios. Ao praticar Yoga, você não apenas melhora o seu mundo, como o mundo ao seu redor. Se todas as pessoas praticassem Yoga, provavelmente o mundo estaria mais calmo e tranquilo. As pessoas não seriam tão agitadas, ansiosas e estressadas, e diversos problemas de saúde diminuíram, já que muitas doenças são causadas pelo estresse e ansiedade. História É árdua a tarefa de acompanhar o Yoga ao longo do tempo, já́ que é certamente muito mais antigo que todos os registros que dele se conhecem. Falar sobre as suas origens é tão difícil quanto tentar explicar a origem do próprio homem. Muitos são os obstáculos encontrados no caminho, considerando a escassez de recursos para a pesquisa: importantes textos foram perdidos para sempre, o perfil de algumas tradições orais é muito difuso e temos uma enorme dificuldade para localizar cronologicamente as grandes personalidades históricas vinculadas ao Yoga. Não sabemos quase nada, até́ mesmo do próprio Pátañjali, fora os escassos registros escritos, que beiram a mitificação, e o prestígio que lhe deu a sua obra. Mas isso não é tudo. A história do Yoga está indissoluvelmente ligada à história da Índia, que foi o berço da civilização urbana e é a mãe criadora de um vasto universo de ciências e elementos que integram a vida cotidiana de todos nós, humanos, às portas do III milênio. Para contar a história do Yoga, devemos considerar antes de mais nada que ele é praxis. E, se formos imaginar os sábios ascetas da antiguidade e sabemos que eles existem desde a mais profunda noite das idades forçosamente vamos pensar em algum tipo de tecnologia espiritual concreta. O Yoga é inerente ao ser humano e esteve sempre vivo na memória da Humanidade. Sabemos que as crianças fazem espontaneamente técnicas de Yoga, sempre de brincadeira, sempre de forma instintiva. Isto, porque ele faz parte da nossa essência. O Yoga nasce a partir da compreensão das manifestações externas da Natureza e suas influências subjetivas sobre a consciência humana. In illo tempore (naquela época), os primeiros yogis não fizeram mais do que escutar e conhecer a própria natureza. No momento em que surgem condições favoráveis, o indivíduo consegue desenvolver o Yoga de maneira sistemática. Podemos imaginar estes proto-yogis renunciando à segurança que oferecia a vida em aldeias e cidades, internando-se nas profundezas de florestas e montanhas, onde existiam perigos reais como o frio extremo das regiões setentrionais da Índia, avalanches de neve ou a presença de animais selvagens. A sede de conhecer-se, no mais profundo e absoluto sentido da palavra, transcendia qualquer perigo. A recompensa, o estado de não condicionamento (samádhi), bem valia o risco. Esta praxis nasce do inconformismo, da sede de transcender a miséria existencial inerente a todo ser humano, e de eliminar os intermediários entre si próprio e o sagrado. Se diz que o ócio é a mãe da filosofia. O Yoga pode ter surgido a partir de certas perguntas essenciais: é o homem quem determina seu próprio destino? Pode ele guiar ou transformar esse destino, tornando a própria existência um ato de criatividade? A introspeção decorrente destas reflexões levou os primeiros ascetas a descobrir as forças latentes em si próprios, Purusha e Prakriti, o Ser e a Natureza. Purusha representa a força cognitiva. Prakriti, a energia manifestada. Yoga, significa união, é a prática que nos permite desvendar o estado interior em que estas duas forças, também chamadas Shiva e Shaktí, se unificam. Como método, o Yoga se baseia no auto-descobrimento e na auto-superação, o que tem, por sua vez, repercussões sociais. Vemos surgir o Yoga bastante antes dasfilosofias especulativas que se utilizaram para fundamentá-lo. Primeiramente existiu o Yoga; depois, seus apoios filosóficos. Porque, quando o rishi parte para a floresta e renúncia à vida profana, faz uma série de descobertas sobre si próprio, mas o essencial continua sendo a prática. Houve no início, alguém que fez isto por intuição, karma ou simples necessidade. A filosofia especulativa surge quando este primeiro yogi precisa transmitir a sua experiência àqueles que vieram depois. A fundamentação do Yoga aparece junto com a necessidade que este macro-yogin teve de explicar a sua vivência ao seu primeiro discípulo. Nesse mesmo instante, surge também o sistema de transmissão do conhecimento ou sucessão discipular, chamado parámpará. E foi assim que o Yoga, originalmente uma técnica de ascese (tapas = ‘tornar-se irradiante’) e contemplação, que pode não ter incluído técnicas fisiológicas sofisticadas, começou a atravessar o tempo. Durante esse processo foram acrescentando-se novas técnicas, experiências e constatações das sucessivas gerações de rishis, que por momentos o enriquecem e refinam com novos achados, mas às vezes o rebaixam quando, por exemplo, passam a incorporar a pequena magia popular. Entretanto, por mais que mudem alguns dos seus conteúdos durante essa travessia, a essência do Yoga continua sempre a mesma: mágica, imutável e atemporal. A mensagem do primeiro yogin foi válida para seus discípulos e os discípulos dos seus discípulos e, atravessando as gerações, continua válida para nós, homens do século XXI. Devemos vincular os fios condutores tendidos ao longo do tempo dos quais falamos no início, com as correntes discipulares. Existe uma linha que se remonta a partir de qualquer praticante conectado com a tradição, ascendendo de discípulo a mestre e recuando no tempo diretamente até́ o primeiro yogi. Mesmo que desde a nossa perspectiva atual não consigamos ver claramente o início desta sucessão, podemos inferi-la. Olhando à distância, podemos distinguir algumas linhas bem definidas que nascem do Yoga pré-histórico dos tempos vêdicos (c. 6500 a.C.): um Yoga marcado pelas técnicas ascéticas, um Yoga devocional, uma forma de Yoga do conhecimento, e outro que se caracterizou pelo aspecto mágico. Veda significa aquilo que foi visto. Os Vedas são a forma de literatura mais antiga da Índia e da Humanidade: são textos sânscritos revelados que constituem o embasamento da tradição hindu. Os Vedas são quatro: Rig, Yajur, Sama e Atharva. Foram compostos mais de 4000 anos antes da nossa era. Estes mantras aparecem escritos na forma da mais fina poesia e mostram, entre outras coisas, as crenças, costumes e formas de vida deste povo, incluindo fórmulas mágicas, encantamentos e orações dirigidas às forças da Natureza. Constituem uma excepcional obra literária de inusitada profundidade, que contêm em forma embrionária todas as formas de pensamento que abalizaram a Índia ao longo da História, dando origem ao brahmanismo e, posteriormente, ao hinduísmo, incluindo o Yoga. Como todas as religiões, a do povo vêdico originou-se como um culto animista em que os fenômenos naturais adquiriam uma personalidade própria, a quem se podia invocar. Porém, os Vedas são muito mais do que isso: constituem uma impressionante estrutura cosmogônica que finca profundamente suas raízes na astronomia e no cálculo matemático. Referências às técnicas do Yoga são feitas ao longo do Rig Veda, obra que nos mostra uma refinada cultura que se remonta ao alvorecer da Humanidade. Nela, encontramos muitos níveis de correspondências, entre os quais achamos inclusive uma descrição cifrada do corpo sutil, kundaliní e os sete chakras, sobre a qual se baseiam os diferentes Yogas tântricos. O próprio sacrifício vêdico possui um nível simbólico sutil (adhyátmik) que reflete a prática do Yoga. O Rig Veda respira Yoga em toda sua extensão, sendo Agni a representação da kundaliní e Soma a personificação do licor sagrado, o néctar (amrita) do sahásrara chakra. Os quatro principais deuses vêdicos se identificam com diferentes tipos de Yoga: Agni, deus do fogo, relaciona-se ao Jñána Yoga, o Yoga do conhecimento. Soma vincula-se ao Bhakti Yoga, o Yoga devocional. Indra simboliza o prána, a força vital, relacionando-se, portanto, com todos os Yogas que se servem do pránáyáma e a respiração. Súrya, o sol, associa-se à realização por meio de auto-disciplina, estudo e sabedoria. No período das Upanishads (c. 1900 a.C.) começa a se perfilar a sistematização do Yoga. Upanishad significa sentar-se aos pés do mestre [para ouvir seus ensinamentos]. Porém, segundo Monier- Williams, o termo significa igualmente derrotar a ignorância através da revelação do conhecimento do Supremo Espírito, e define uma doutrina secreta que revela o mistério que jaz sob a aparência das coisas. As Upanishads analisam o aspecto hermético dos Vedas e constituem o embasamento teórico das escolas filosóficas Sámkhya e Vedánta. São umas coleção de estudos filosófico-religiosos de extensão variável, alguns dos quais falam sobre o Yoga, compostos pelos rishis, pensadores-poetas e filósofos, ao redor de 1900 a.C., mas que só foram fixados por escrito entre os séculos II a.C. e II d.C. As primeiras Upanishads formam parte do Shruti, a literatura revelada do hinduísmo. Novos textos são acrescentados tardiamente, aumentando o número das treze originais até́ cento e doze no século xv. As Upanishads mais recentes repetem as idéias das mais antigas, de acordo com as idéias de determinadas escolas de pensamento. As mais extensas e antigas são Isá, Kena, Brihad Áranyaka, Chandogya, Svetáshvatara, Maitrí, Yogatattwa e Katha, sendo que as quatro últimas tratam do Yoga. Eliminando as barreiras do ritualismo mecânico, os yogis upanishádicos mergulham dentro deles mesmos sem outras ferramentas que a concentração e a meditação. O que marca a diferença essencial entre o Yoga mágico dos Vedas e o Yoga especulativo das Upanishads é justamente o caráter prático que este assume desde então. A partir das Upanishads, o termo Yoga passa a ter a conotação técnica que o caracterizará no futuro. Essa ‘acepção técnica encontra-se por primeira vez na Taittriya, II:4 (Yoga átmá) e na Katha Upanishad, II:12 (adhyátmá Yoga), VI, II (o texto mais próximo do sentido clássico), mas revela-se a presença das práticas yogis nas Upanishads mais antigas. Assim, uma passagem da Chandogya Upanishad, VIII:15 (‘concentrando em si próprio todos os sentidos’), permite inferir a prática de pratyáhára; da mesma forma, achamos com freqüência alusões ao pránáyáma na Brihadáranyaka Upanishad (por exemplo, I:5,23). Nenhuma definição destas escrituras pode ser mais exata que a que se encontra nelas próprias: ‘Segure o arco das escrituras, coloque nele a grande flecha da devoção; tensione a corda da meditação e acerte o alvo, o Ser. O mantra é o arco, o aspirante a flecha, o Ser o objetivo. Estique agora a corda da meditação, e atingindo o alvo, seja uno com ele.’ A ‘grande flecha’, que é a nossa própria alma: assim estão concebidos estes textos, dentro de uma síntese simbólica em que cada elemento cumpre sua função alegórica. Todo o Yoga está contido nestes inspirados versos, muito felizes porque recolhem toda sua radicalidade: apontar ao mais alto objetivo e fazê-lo com entrega, para efetivar a união (Yoga) com o Purusha. Eis um exemplo da sutileza do estilo em que estes textos foram compostos, que combina doses equilibradas de sabedoria, lirismo e transmissão de conhecimento: ‘Há algo para além da consciência e que habita em silêncio nela. É o supremo mistério que ultrapassa o pensamento. Apoiai a vossa consciência e o vosso corpo sutil nesse algo e não o apoieis em nenhuma outra coisa.’ As Upanishads constituem interessantes testemunhos de sábios que preferiram manter-se à margem do brahmanismo ortodoxo e da própria existência profana para se recolher na vida contemplativa.Toda uma galeria de personagens adquire vida nestas páginas: no meio da jornada pela conquista da reintegração e da imortalidade surge quase inadvertidamente o cotidiando de seus protagonistas. O jovem Nachiketas, comovido pela modéstia das oferendas de seu pai, decide oferecer a sua própria vida. Seu pai destina-o a Yama, o deus da morte. ‘E Nachiketas aprendeu a suprema sabedoria ensinada pelo deus da vida do além, e aprendeu todos os ensinamentos da união interior, o Yoga. Então alcançou Brahman, o Eu Superior, e tornou-se imortal e puro.’ De berço muito mais humilde que Nachiketas, o jovem Satyakáma deseja conhecer a sua origem. A sinceridade da sua mãe, longe de desconcertá-lo, é assumida por ele ao responder ao seu mestre: ‘Não sei a que família pertenço. Perguntei à minha mãe e ela respondeu: não sei, meu filho, a que família pertences. Na minha juventude eu era pobre e servi, como serva, a muitos senhores, e foi então que nasceste: por isso não sei a que família pertences.’ Mas o que nos surpreende é ao final da história. ‘E o mestre Gautama disse-lhe: Tu és um brâhmane, pois não te afastaste da verdade. Vem, meu filho, tomar-te-ei como estudante.’ Junto a estes seres de carne e osso, as Upanishads revelam-se pertencentes à tradição vêdica nas abundantíssimas referências aos Vedas, dos qual citam-se estrofes inteiras. Consolida-se assim a urdidura sutil desta cultura, sempre presente em suas criações, ainda naquelas em que a inquietude metafísica e contemplativa pareceria poder prescindir da linguagem da poesia. Outro aspecto muito interessante destes textos é o de contemplar a atitude radical de quem busca o Absoluto para além do ritualismo ortodoxo. Porque planteia-se aqui a adoção de uma decisão extrema que estremece a vida civil e social: a instituição da renúncia (sannyasa), presente até́ hoje na Índia. Estes mestres afastam-se da sociedade e expõem seus achados numa linguagem às vezes, clara, às vezes, carregada de símbolos. Mas nem todos aqueles que possuem inquietudes desta ordem podem seguí-los: os que têm família ou responsabilidades, ou os que ainda se sentem vinculados ao ritualismo brahmânico ficam à margem desta experiência. Grande deve ter sido a pressão que estes ‘homens de ação’ fizeram, beirando a marginalidade do brahmanismo, pois a resposta às suas inquietudes é uma síntese de elementos quase antagônicos que se recolherão muito posteriormente, na Bhagavad Gítá (IV:20): a renúncia ao fruto dos seus próprios atos. As mais antigas Upanishads que mencionam o Yoga, Taittriya e Katha, apresentam uma linguagem metafórica densa, porém, permeável. Nesta última, que tem como protagonista ao já mencionado Nachiketas, o homem é visto como o cocheiro que precisa controlar uma carruagem puxada por cinco cavalos. Esta imagem aparece como um símbolo múltiplo: o corpo humano é a carruagem, a consciência é o condutor, a mente representa as rédeas, os cavalos os sentidos, e os caminhos que eles trilham, seus objetos. Se as rédeas estiverem frouxas ou o cocheiro desatento, não chegará a seu destino. Chama a atenção esta linguagem alegórica, se lembrarmos que a raíz da palavra Yoga é jug, que significa precisamente ungir, manter amarrado. Yoga é assumir o controle do seu próprio destino, ser senhor de si mesmo. Os textos da Katha Upanishad não revelam detalhes sobre as técnicas do Yoga mas a sua descrição, apesar disso, não deixa de ser completa, posto que indica que o Yoga ‘vêm e vai’ (VI): ‘Quando os cinco sentidos e a mente estão parados, e a própria razão descansa em silêncio, então começa o caminho supremo. Esta firmeza calma dos sentidos chama-se Yoga. Mas deve-se estar atento, pois o Yoga vêm e vai.’ A Svetáshvatara Upanishad menciona na parte I ‘o Yoga da meditação e da contemplação’ e também o Sámkhya: os ‘cinqüenta raios da Roda do Poder de Brahman’ são os cinqüenta estados de consciência ensinados. Um elemento que chama a atenção nesta Upanishad (III) é a substituição de Vishnu por Shiva como deus supremo. Este texto contém uma descrição completíssima dos benefícios que a prática de Yoga produz, tanto no corpo quanto na transformação da consciência: ‘Quando o praticante de Yoga tem completo domínio sobre o seu corpo, que é composto pelos elementos da terra, água, fogo, ar e espaço, obtém um novo corpo de fogo sutil, que é superior à doença, à velhice e à morte. Os primeiros frutos da prática do Yoga são: saúde, pouco desperdício e boa tez; leveza do corpo, cheiro agradável e voz suave, e ausência de desejos vorazes.’ O último texto deste grupo, Maitrí, possui apenas doze estrofes, mas se concentra na sílaba Om e descreve os quatro estados de consciência contidos em cada uma das letras do pranava: ‘Este átman é o mantra eterno Om, os seus três sons, a, u e m são os três primeiros estados de consciência, e estes três estados são os três sons.’ (VIII). O segundo grupo de Upanishads caracteriza-se por dar mais detalhes sobre as técnicas do Yoga. Muitas das Upanishads, como é o caso da Maitrí ou da Katha, remetem a um conhecimento seguramente muito anterior a elas mesmas, pois repete-se com freqüência o preceito ‘porque foi dito em outra parte…’ As instruções para praticar dháraná que encontramos na Maitrí Upanishad (VI: 20) possuem detalhes conhecidos por qualquer praticante de Yoga: ‘quem comprime a ponta da língua contra o palato e domina sua voz, sua consciência e sua respiração, vê o Brahman por meio do tarká.’ Apesar do seu quase explícito hermetismo, as sugestivas instruções para praticar dhyána estão formuladas com lirismo e precisão. Neste texto (VI:29), como em outros muito anteriores a ele, insiste-se no caracter iniciático do Yoga: Este conhecimento não deve comunicar-se aos filhos ou discípulos, a menos que estes estejam aptos para recebê-lo. Entre as Upanishads tardias, chama a atenção a Yogatattwa, por sua tendência para o concreto e o experimental. É um verdadeiro manual de instruções para yogis, descrevendo em detalhes diversas técnicas, como ásana, mudrá e pránáyáma, assim como quatro tipos de Yoga: Mantra, Láyá, Hatha e Rája. Fora estes shastras, há outros, posteriores, que também descrevem o Yoga: o Rámáyána e o Mahabhárata (2000-1500 a.C.), que falam basicamente de Bhakti, Jñána e Karma Yoga, o Yoga do conhecimento e o Yoga da ação, o Yoga Vashishta e o Yoga Sútra (200 a.C.), que recolhem e sistematizam as técnicas de concentração e meditação (Rája Yoga), e outros textos tântricos mais recentes, entre os quais se destacam o Hatha Yoga Pradípiká, o Gorakshashataka, o Shiva Samhitá e o Gheranda Samhitá (c. s. XII-XV), que descrevem as técnicas fisiológicas do Hatha Yoga. Este Yoga busca a realização através do esforço físico extremo. É um verdadeiro atalho através do mais violento esforço que o corpo possa suportar. Dá muita importância à prática de ásana, as posições físicas, ao pránáyáma, os respiratórios, e ao shat karma, as purificações corporais. A partir da ‘descoberta’ do corpo, elabora-se uma série de tecnologias que se apoiam nele para alcançar o estado de transcendência: O corpo construído pouco a pouco pelos hathayogis, os tântricos e os alquimistas correspondia, de certo modo, ao corpo de um ‘homem-deus’. (…) A teandria tântrica não era mais que uma variante nova da macrantropia vêdica. O ponto de partida de todas estas fórmulas era naturalmente a transformação do corpo humano em um microcosmos, teoria e prática arcaicas, que se observam aqui e acolá no mundo e que na Índia ariana achavam- se estruturadas desde os tempos vêdicos. Mircéa Éliade, El Yoga. Inmortalidad y Libertad, p. 175. O Yoga surge então paralelamente ao hinduísmo e se faz hoje dentro desse contexto, mas o que é exatamente hinduísmo? Hinduísmo é o termo usado para designar as instituições culturais, religiosas e sociais da grande maioria da população indiana. O hinduísmo faz a sua aparição durante o alvorecer da civilização vêdica.Embora não exista uma data precisa a partir da qual possa se dizer que surge a civilização hindu, poderíamos localizá-la entre o ocaso da civilização vêdico-harappiana (2200-1900 a.C.) e o século VI a.C., a partir do qual possuímos registros escritos. Não temos evidências históricas para o milênio anterior à época clássica na Índia, mas temos sim abundante material nos planos filosófico e religioso. As primeiras escrituras do hinduísmo não têm uma data precisa: foram compostas e transmitidas oralmente (parampará) durante um lapso de tempo incerto antes de serem transcritas. O termo hinduísmo não se restringe ao âmbito religioso, pois em verdade ele não seria unicamente uma religião tal como se concebe no Ocidente: não possui um fundador, nem profetas, nem hierarquia, liturgia, ou dogmas definidos. Aliás, nem sequer existe uma palavra para dizer religião em sânscrito. A que mais se aproximaria é dharma, que se traduz mais precisamente como justiça ou lei. Tipos de Yoga Yoga tem vários caminhos que levam ao objetivo – cada um é um ramo especializado do mesmo sistema abrangente: Hatha Yoga — O Yoga do Vigor Espiritual e Consciencial; sistema de asanas ou posturas físicas cujo propósito maior é purificar e preparar o corpo para a meditação, proporcionando consciência e controle sobre os estados internos. Dessa forma, tem como principal objetivo o desenvolvimento do potencial do corpo para alcançar a iluminação. Karma Yoga — O Yoga da Ação Auspiciosa; caminho do serviço altruísta sem apego a ações e resultados, considerando tudo e todos como parte do Eu maior e tendo a consciência de que Deus é o Autor. Mantra Yoga — interiorização da consciência com japa ou repetição dos sons básicos universais que representam determinado aspecto do Espírito. Bhakti Yoga — O Yoga da Devoção; devoção de total entrega; a pessoa se esforça por ver e amar a divindade em tudo e todos, assim mantendo um estado de permanente adoração. Gyana (Jnana/Jñana) Yoga — O Yoga da Sabedoria; caminho da sabedoria, enfatizando o uso da inteligência e do discernimento para alcançar libertação espiritual. Raja Yoga — O Yoga Real, é a junção de todos os anteriores; caminho régio ou mais elevado, imortalizado por Bhagavan Krishna no Bhagavad Gita e formalmente sistematizado no século 2 a.C. por Patânjali, sábio indiano, combina a essência de todos os outros caminhos. No centro do sistema de Raja Yoga, equilibrando e unificando as diversas abordagens, está a prática de métodos científicos e definidos de meditação que desde o início proporciona vislumbres do objetivo supremo – a união consciente com o Espírito inexaurível e bem-aventurado. A abordagem mais rápida e eficaz ao objetivo da Yoga emprega os métodos de meditação que lidam diretamente com energia e consciência. A abordagem direta caracteriza a Kriya Yoga, a forma específica de meditação da Raja Yoga ensinada por Paramahansa Yogananda. A partir da linha Hatha Yoga, surgiram muitas outras vertentes: Kryia Yoga: é um método revivido pelo Mestre Babaji, que consiste em cinco técnicas para purificar e controlar o corpo e a mente; Siddha Yoga: é o Yoga dos grandes mestres, da devoção através dos mantras e da meditação; Swásthya Yoga: é a sistematização do Yoga Antigo, realizado na década de 60. A prática foi feita pelo brasileiro DeRose, conhecido escritor e professor de Yoga; Kundalini Yoga: tem como foco o processo de despertar o poder máximo de energia do praticante – aquele que carrega todas as potencialidades e que dá vida a todos os organismos. Além disso, o objetivo dessa prática é controlar e unir esse poder com sua consciência suprema, para fundir corpo e espírito; Prakriti Yoga: ligada à natureza da vida, que se conecta com as forças e a energia; Ashtanga Vinyasa Yoga: consiste na sincronização de posturas, movimentos e técnicas de respiração, que surtem gradativos efeitos físicos, mentais e espirituais. No Brasil, geralmente ensina- se a primeira e a segunda série. Para realizar a primeira, estima- se que o praticante leve de um ano e meio a três anos para aprender, se houver disciplina; Iyengar Yoga: posturas com foco no alinhamento do corpo. A Importância da Respiração (Pranayamas) Uma tarefa tão simples, mas que, incrivelmente, muitas vezes esquecemos de fazer com a devida atenção: respirar. A prática do Yoga abrange diversas técnicas que têm como objetivo facilitar a prática da respiração para promover todos os seus benefícios. É por isso que Yoga e respiração caminham juntos. A respiração é fundamental, e é ela que conduz a prática do Yoga. O nome dado às técnicas de respiração praticadas no Yoga é PRANAYAMA. Essas técnicas servem para controlar e aumentar a energia vital, o PRANA. Além disso, são utilizadas para nos trazer ao momento presente, o memento atual, o AGORA. A respiração é profundamente ligada com a concentração. Quando estamos tranquilos, nossa respiração é calma, e, com isso, é possível observar a expansão do abdômen na respiração normal e completa. Já quando estamos ansiosos, agitados ou estressados, perdemos o controle da respiração automaticamente, e ela se torna curta e torácica. Quantas vezes você já ficou estressado e falou para si mesmo "respira fundo"? Isso acontece porque a respiração profunda realmente pode tranquilizar e acalmar um momento difícil e estressante. Respirar de forma consciente pode trazer diversos benefícios para o corpo e a mente. Quando fazemos isso, prestamos atenção no momento presente, valorizando cada segundo de existência. Sendo assim, a respiração consciente traz concentração na ação, clareia os pensamentos e deixa o dia mais leve e tranquilo. As posturas (asanas) praticadas no Yoga têm movimentos pontuados pela inspiração e exalação, e por isso, a respiração nasal é muito importante. É interessante saber que o sistema nasal é preparado para isso. Sendo o fluxo respiratório nasal, respiramos com mais tranquilidade, o ar que entra é ajustado em temperatura e umidade até chegar aos pulmões. Com isso, o ritmo cardíaco é controlado e as ondas cerebrais se acalmam. A respiração completa e profunda é feita através da respiração abdominal diafragmática. É de extrema importância para harmonizar o organismo. São muitas as maneiras de utilizar os pranayamas durante a prática do Yoga. Eles são usados geralmente no início de cada prática, pois como já explicamos, têm como objetivo aumentar a concentração. Dessa forma, os pranayamas podem ajudar a equalizar a respiração, deixando a pessoa preparada e consciente para realizar a prática. Nadi Shodhana (narinas alternadas) Coloque o dedão da mão direita na narina direita, inspirando apenas pela narina esquerda. Com os pulmões cheios, troque e coloque o dedo anelar, obstuindo a narina esquerda e expirando pela narina direita. Inspire pela mesma narina que você expirou (pela direita). Agora, com os pulmões cheios novamente, troque a narina em atividade e expire pela narina esquerda. Essa respiração é conhecida como Nadi Shodhana ou narinas alternadas. Conheça abaixo outras técnicas de respiração pranayamas para praticar: • Adhama kúmbhaka – respiração abdominal com ritmo (1-2-1). • Bandha pránáyáma – respiração completa, sem ritmo, com bandhas. • Antara kúmbhaka – respiração completa com ritmo (1-2-1 ou 1- 4-2). • Nádí shôdhana kúmbhaka – alternada com ritmo (1-2-1 ou 1-4- 2). • Bhastriká – respiração do sopro rápido. • Kapálabhati – respiração do sopro lento. • Sopro ha – expiração forte pela boca emitindo som alto e brusco. Características da respiração do Yoga Em praticamente todas as práticas, exceto alguns exercícios específicos, a respiração precisa de controle e qualidade. A respiração do Yoga deve ser completa, profunda, consciente e controlada. Além disso, precisa ser ritmada, silenciosa e calma. Veja abaixo cada característica da respiração do Yoga, outambém conhecida como respiração Yogi: Respiração Profunda A respiração utilizada nas práticas deve ser ampla, e para isso, é necessário utilizar a totalidade da capacidade pulmonar. Respirar de forma profunda é utilizar a estrutura óssea-muscular do tronco para potencializar a assimilação do ar. Durante a respiração, toda a musculatura do tronco é envolvida no processo, porém, nunca devemos elevar nem movimentar os ombros. Respiração Completa A respiração completa envolva utilizar as três fases da respiração em cada prática realizada: abdominal, intercostal e clavicular. Os pulmões devem encher-se na parte baixa primeiramente, depois na parte média e por fim na parte alta, esvaziando-se de forma inversa. Respiração Controlada Controlada. Precisamos evitar ficar sem fôlego. Caso sinta que está perdendo o domínio por não conseguir acompanhar a contagem dos tempos estabelecidos, opte por reduzir esses tempos, para conseguir manter o ritmo de acordo com a sua capacidade pulmonar individual. Respiração Lenta A respiração deve ser tão lenta quanto for possível. Considere que durante o pránáyámaela deve ser ainda mais lenta que a de uma pessoa que dorme. Trabalhe no sentido de torná-la cada vez mais pausada. Com a prática, você perceberá que poderá alterar não apenas o ritmo pulmonar, mas também o ritmo cardíaco à sua vontade. Respiração Nasal Os cílios das narinas filtram as impurezas que estão em suspensão no ar. Ao inspirar pela boca, você permite que elas entrem directamente nos pulmões, o que pode provocar diversos males. Esta é a pior maneira de respirar, evite-a a qualquer preço. São raros os pránáyámas que a utilizam: apenas shítalí e sítkárí, com o único objetivo de aliviar a sensação de calor, cansaço, fome ou sede. Respiração Uniforme Em nenhum momento devemos permitir que o fluxo de ar se interrompa ou que se altere a sua assimilação progressiva. Em outras palavras, devemos encher os pulmões de forma gradual e constante, sem dar arrancadas bruscas no início da inalação ou fazer força excessiva para expulsar o ar. Respiração Ritmada Tudo é ritmo na Natureza; nós não somos a excepção. A cadência é extremamente importante, pois é o que nos permite projetar o exercício no tempo. Existe uma estreita relação entre o ritmo e os estados profundos da consciência: mantendo um ritmo cadenciado conseguiremos tirar muito mais proveito dos exercícios. Respiração Consciente A respiração consciente é simplesmente prestar atenção no que está fazendo no momento presente. Ou seja, durante a respiração, é preciso se concentrar e manter-se totalmente presente no que estiver fazendo, observando cada movimento. Não há concentração sem consciência! Respiração Silenciosa Também devemos esforçar-nos por manter o ar fluindo da forma mais silenciosa possível. Para ter uma ideia disto, considere que ninguém além de você deve ouvir a sua respiração durante a prática. Atenção obviamente às excepções: bhastriká, bhrámarí e ujjayí. Respiração com a mínima projeção do ar A compreensão do conceito de comprimento do alento é fundamental para atingir a perfeição na respiração yogi. O comprimento do alento é aquela distância à qual podemos perceber o ar que sai pelas fossas nasais. Coloque a sua mão alguns palmos abaixo das narinas. Se você exalar com força sentirá o sopro chegando nela. Expirando com a mínima projeção do alento o fluxo do ar será imperceptível, mesmo mantendo a mão bem perto do nariz. Quanto menor for essa projeção, maior será o controle do prána. Para sentir mais facilmente o ar na palma da mão, sugerimos umedecê-la. É importante saber que a respiração deve ganhar mais importância não apenas na prática do Yoga, como também no dia a dia. É totalmente possível e importante manter a prática da respiração consciente no dia a dia, seja em casa, no trabalho, ou em qualquer outro lugar. No simples ato de prestar atenção na respiração, a mente se torna presente no aqui e no agora, ou seja, se torna consciente do momento presente. Respirar de forma consciente pode ajudar a manter o equilíbrio emocional. Benefícios do Yoga Se você faz Yoga há algum tempo, já deve ter notado alguns benefícios da prática – talvez esteja dormindo melhor, tenha ganhado flexibilidade, controlado seu peso e esteja menos estressado. Pesquisadores estão comprovando os benefícios do Yoga. A ciência está começando a dar pistas concretas de benefícios mais sérios do Yoga, como a melhora da saúde, a diminuição de dores em geral e até a prevenção de doenças. Autor de vários livros sobre Yoga, o médico e editor do Yoga Journal, Timothy McCall reuniu comprovações científicas mundo afora e testou ele mesmo os efeitos do Yoga para o corpo e para a mente. Previne dores nas articulações Toda vez que você prática Yoga, leva suas articulações ao máximo do movimento que elas podem fazer. Isso previne a artrite porque faz o líquido sinovial (que nutre a articulação) fluir, diminuindo o atrito entre cartilagens e ossos. A cartilagem é como uma esponja: recebe nutrientes novos quando é apertada, empurrada, usada. Sem esses nutrientes, o atrito aumenta podendo chegar até os ossos. Turbina a fertilidade Existem alguns estudos que indicam o Yoga como um possível elevador de fertilidade, graças a diminuição do estresse. O equilíbrio hormonal e a circulação de sangue nos órgãos gênitas seriam causas secundárias, mas também importantes para quem está tentando ter um filho. Ameniza o estresse pós-traumático Estresse pós traumático é uma doença de pessoas que passam por algum acontecimento marcante (e ruim) em suas vidas. Não tem cura, mas pode ser amenizado com sessões de Yoga. Uma pesquisa norte-americana dividiu 38 mulheres em dois grupos: um fez 12 aulas de Yoga, e o outro não fez nada. Adivinha o que aconteceu? Quem fez Yoga teve os sintomas da doença reduzidos drasticamente, o que torna essa prática um caminho para quem não tem sucesso com terapias convencionais e remédios. Respiração melhor Os suecos do Instituto Karolinska comprovaram que usar algum som na hora da meditação ajuda a limpar os seios nasais melhorando a respiração. Legal, não? Yoga = autoconhecimento do corpo Pare, respire, sinta: é o Yoga entrando em sua vida e te deixando mais consciente. Assim fica mais fácil desconstruir problemas e afastar emoções ruins como raiva e medo. Estudos sugerem que esses sentimentos estão ligados a distúrbios como diabetes, colesterol elevado e ataques cardíacos. O Yoga diminui essa raiva, despertando sentimentos como compaixão e acalmando a mente e o sistema nervoso. Também aumenta a capacidade de olhar para sua própria vida sem fazer drama, e assim você pode tomar decisões firmes ou até mesmo absorver más notícias e acontecimentos ruins com a cabeça erguida. Mais flexibilidade O aumento da flexibilidade é um dos benefícios mais óbvios do Yoga. Durante a sua primeira aula você provavelmente não vai conseguir tocar seus dedões, mas não se preocupe. Com o tempo você vai notar uma melhora gradual, e eventualmente, poses que eram impossíveis de fazer vão ser realidade na sua vida. Ao mesmo tempo, você também vai notar que algumas dores vão desaparecer. Não é coincidência. O Yoga tem o poder de ensinar à sua mente como conectar diferentes músculos, para que seu corpo trabalhe em sinergia. Quer um exemplo? Quadris travados podem exigir muito da articulação do joelho, levando ao desalinhamento dos músculos da coxa e dos ossos da perna. E daí esses problemas na coxa trazem dores na lombar, que causam dores nas costas. Está tudo conectado. Além disso, a falta de flexibilidade em outros tecidos, como ligamentos, pode causar uma postura ruim. Menos dores De acordo com vários estudos, a combinação de poses e meditação reduz dor em pessoas com artrite, problemas nas costas, fibromialgia, síndrome do túnel carpal (problema na mão) e outras doenças crônicas.Quando você alivia essas dores seu humor melhora e você está menos propenso a utilizar remédios. Mente mais calma Quer uma mente mais calma? Yoga é a solução. Frustrações, arrependimentos, raiva e medo estão associados ao estresse, assim como enxaquecas, insônia, lúpus, hipertensão e ataques cardíacos. Aprenda a combater isso com uma mente mais calma e viva mais e melhor. Mais controle do sistema nervoso Alguns iogues mais avançados conseguem controlar seus corpos de maneira extraordinária, o que acontece graças ao sistema nervoso. Cientistas monitoraram praticantes de Yoga que podem induzir sua própria frequência cardíaca ou até mesmo gerar atividade cerebral para aumentar a temperatura das mãos. Menos tensão nos membros Você já se pegou usando seu celular, dirigindo ou até mesmo olhando para a tela do computador com o corpo todo tenso? Esse hábito inconsciente pode levar a uma tensão crônica e um cansaço muscular de pulsos, braços, ombros, pescoço e até mesmo na face, o que gera um estresse muito grande. A prática de Yoga te mostra onde você segura essa tensão e te ajuda a dissipá-la. Para músculos maiores, como quadríceps e trapézio talvez leve mais algum tempo para isso acontecer. Melhora a postura Imagine sua cabeça como uma bola de boliche – redonda, grande e pesada. Quando ela está alinhada à coluna vertebral, seu pescoço e suas costas não vão ter problemas para suportá-la. No entanto, se você se mantiver alguns centímetros para frente vai tensionar esses músculos. 12 horas ao dia segurando essa bola de boliche e você ainda se pergunta o motivo de estar cansado e dolorido… E se isso piorar, seu corpo compensa desalinhando outros músculos e principalmente a coluna vertebral, o que pode causar mais dores e doenças incuráveis, como a artrite reumatoide. O Yoga ajuda te dando uma maior consciência corporal e melhorando sua postura no dia a dia. Mais qualidade do sono Você não quer sobrecarregar seu sistema nervoso com exercícios muito intensos, certo? O Yoga pode aliviar a correria da vida moderna. Um dos benefícios estudados do Yoga é a melhora na qualidade do sono, justamente por esse maior controle do sistema nervoso. Turbina seu sistema imunológico As poses e a respiração provavelmente também ajudam a aumentar a função imunológica, mas até agora a meditação é quem tem o maior efeito sobre ela, de acordo com a ciência. O corpo pode ou aumentar seus anticorpos, em doenças normais, ou os diminuir como em doenças autoimunes como a psoríase. Mais foco Um componente importante do Yoga é manter você focado no presente. Estudos descobriram que o Yoga pode melhorar a coordenação motora, o tempo de reação, a memória e até mesmo seu QI. Praticantes de meditação se mostraram excelentes solucionadores de problemas, além de reter mais informação. Provavelmente estavam menos distraídos por outros pensamentos e focados na tarefa que tinham pela frente. Mais relaxamento Diminua sua respiração, foque no presente e controle seu sistema nervoso de perto. O Yoga ativa o sistema nervoso parassimpático, o que causa uma queda na hipertensão e a melhora do fluxo sanguíneo em intestinos e órgãos genitais, o que o médico Herbert Benson denominou de resposta relaxante. Mais equilíbrio O Yoga é capaz de aumentar sua propriocepção, que nada mais é a consciência de sentir seu corpo em relação ao espaço. Pessoas com a postura torta e movimentos debilitados geralmente tem uma propriocepção ruim, o que pode estar atrelado a problemas no joelho e nas costas. Mais equilíbrio = menos quedas, o que para idosos se traduz em independência de cuidados de enfermeiras ou asilos. Para as outras pessoas, isso pode ser visto nas aulas, com uma facilidade para fazer poses mais desafiadores, como a da árvore. Mais imunidade Pesquisadores da Universidade de Oslo, na Noruega, descobriram que a prática do Yoga provoca alterações em genes relacionados a imunidade, a nível celular mesmo! E isso não demora a acontecer, já é visto durante a prática. Os 10 participantes fizeram Yoga por duas horas nos dois primeiros dias. Nos últimos dois dias, caminharam por uma hora e ouviram jazz e música clássica. Os resultados foram impressionantes! Enquanto a caminhada e a música mexeram com 38 genes presentes nas células imunes examinadas, o Yoga produziu quase 3x mais mudanças, em 111 genes! Mais saúde para os ossos É de senso comum que os exercícios com peso fortalecem os ossos e previnem a osteoporose. O Yoga também tem esse poder! Várias posições requerem que você levante seu próprio peso, algumas delas específicas para os ossos dos braços, os mais vulneráveis a fratura por osteoporose. Um estudo conduzido pela Universidade da Califórnia, descobriu que dá para melhorar a densidade óssea nas vértebras com algumas semanas de Yoga. Melhora a corrente sanguínea O Yoga faz seu sangue fluir através dos exercícios de relaxamento, principalmente a circulação nas extremidades – mãos e pés. Oxigenadas, as células funcionam melhor. As inversões, como paradas de mão e de ombro fazem o sangue venoso (não oxigenado) fluir das pernas e pélvis de volta ao coração mais rapidamente. Isso alivia inchaço nas pernas e pode ajudar a amenizar problemas renais. Além disso, o Yoga turbina os níveis de hemoglobina, célula que carrega oxigênio para outros tecidos. Mais fino, o sangue flui melhor, o que previne ataques cardíacos e derrames. Meditação A meditação pode ser definida como uma prática na qual o indivíduo utiliza técnicas para focar sua mente num objeto, pensamento ou atividade em particular, visando alcançar um estado de clareza mental e emocional. Sua origem é muito antiga, remontando as tradições orientais, especialmente o yoga, mas o termo também se refere a práticas adotadas por alguns caminhos espirituais ou religiões, como o budismo e cristianismo, entre outras. Textos orientais consideram a meditação como instrumento que leva em direção à libertação. História Os Vedas hinduístas estão entre as primeiras referências escritas sobre meditação. Outras formas surgiram associadas ao confucianismo e taoísmo na China, assim como no hinduísmo, jainismo e budismo no Nepal e Índia. No terceiro século depois de Cristo, Plotino havia estabelecido técnicas para a meditação. No ocidente, mesmo 20 anos a.C., dentro do Império Romano, Fílon de Alexandria nomeou práticas espirituais que envolviam atenção e concentração. Já no século XII, o sufismo utilizava de palavras sagradas e métodos específicos para meditação, como o controle da respiração. A existência de interação com indianos, nepaleses ou sufis pode ser uma indicação da abordagem cristã ortodoxa ao hesicasmo, desenvolvida principalmente na Grécia entre os séculos X e XIV, mas não foram encontradas provas concretas. A meditação cristã praticada desde o século sexto foram definidas pelo monge Guigo II século XII com os termos "leitura, reflexão, oração e contemplação," e teve seu desenvolvimento continuado no século XVI em diante por Inácio de Loyola e Teresa de Ávila Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Medita%C3%A7%C3%A3o Existem vários tipos de meditação, elas variam conforme a tradição e o motivo pelo qual são realizadas. A meditação profunda e praticada de forma correta pode trazer diversos benefícios para os adeptos, e para que haja essa sinergia é muito importante que se busque por aquela que respeite e siga suas crenças e cultura. Para explanar sobre os tipos, primeiro vamos entender o que é a meditação. Muitos livros e praticantes a definem como o despertar do homem para a conexão com o interior, o que traz autoconhecimento, paz, controle mental, espiritual e físico. Assim, é como se estivéssemos nos dispondo e mostrando o interesse de se encontrar com o nosso melhor e buscar a paz espiritual. Essa prática auxilia a encontrar o caminho e a motivação para seguir em frente. Isso é, a cada vez que entramos emum estado meditativo temos a oportunidade de agirmos em busca do nosso bem-estar, onde o silêncio nos proporciona o encontro das melhores respostas por meio de nosso espírito e mente. Por que e como meditar? Foi provado cientificamente que a prática da meditação é benéfica em diversos sentidos, trazendo um equilíbrio psicológico para os praticantes. Sendo assim existem várias vertentes: meditação para ansiedade, estresse, depressão, déficit de atenção, sabedoria, calma etc. Com ela, é possível discernir todos os sentimentos negativos e positivos e assim encontrar um equilíbrio ou sentido maior para tudo que acontece em nossas vidas. Por isso, são inúmeros os benefícios da meditação, como: • ajuda a conter a raiva e o estresse; • purifica as energias; • evolui a compreensão e acalma; • eleva a espiritualidade; • promove o bem-estar; • aumenta a produtividade, concentração e segurança; • ajuda a superar traumas; • “desperta” a mente; • traz motivação; • traz paz interior; • aumenta a produção de hormônios. Prática A prática de meditação pode ter inúmeras variantes quanto à postura do corpo, objeto de meditação. Postura A meditação pode ser realizada sentado, em pé ou andando variando pelo contexto onde é ensinada. A posição sentada é adotada normalmente por ser considerada a mais fácil, onde o corpo se encontra em repouso, mas ainda alerta. A famosa posição de lótus se difundiu muito como sinônimo de meditação por ser usada no ioga como uma posição ideal de meditação, onde mantém o corpo estável, mas pode ser difícil de alcançar e não é recomendada caso traga desconforto ou distraia o praticante do objeto da sua prática ou técnica. Inúmeras posições de meditação podem ser usadas como de pernas cruzadas, de joelhos (seiza), meio-lótus (com uma perna em cima da outra), birmanesa etc. Na tradição budista é comum se encontrar a prática da meditação andando, que é vista como uma postura onde se desenvolve concentração em movimento, energia para a mente e vitalidade para o corpo. Métodos Em linhas gerais, pode-se descrever dois grupos de técnicas de meditação. A "atenção focada" compreende a concentração voluntária num objeto, respiração, imagem ou palavras. O outro tipo, o "monitoramento aberto", envolve uma observação não- reativa do conteúdo da experiência que ocorre num dado momento. Duração Normalmente, não há um tempo mínimo preestabelecido. Pode-se iniciar com um período de poucos minutos e, conforme se aperfeiçoa, esse tempo pode aumentar até para horas, dias, ou em casos excepcionais, até 21 dias (o samadhi). É importante ressaltar que a frequência da prática também influencia muito os resultados. Aprendizado Nas tradições espirituais ou religiosas de meditação, o professor realizado é aquele que consegue ensinar o aprendiz em silêncio, através da sua própria consciência interior ou pelo olhar silencioso (iniciação). Ele não precisa explicar exteriormente como meditar ou ensinar uma técnica específica. Tipos de meditação Meditação Budista A descrevendo de maneira básica: busca a purificação, o foco na vida e a compreensão dos desejos humanos. Zazen: significa “meditação sentada”, como a tradução já diz, geralmente é feita na posição de lótus, isto é, sentado com as pernas cruzadas. E o foco é totalmente voltado na movimentação do ar. Vipassana: significa “visão clara”, visa sempre a concentração, tranquilidade e investigação, isto quer dizer, tomar atenção plena em absolutamente tudo do corpo. Consciência Plena: neste caso, é uma adaptação das principais e tradicionais práticas budistas e ela vem da concentração intencionalmente do momento presente. Metta ou Kindness: essa palavra significa bondade benevolência e boa vontade. Essa meditação se realiza sentado com os olhos fechados e visando os sentimentos citados. A sequência de evolução é a seguinte: 1. Você mesmo; 2. Um(a) amigo(a); 3. Uma pessoa “neutra”; 4. Uma pessoa difícil; 5. Quatro pessoas anteriores juntas; 6. Universo inteiro. Meditação Hindu Mantra (OM): se utiliza o mantra para que entre no estado meditativo com mais facilidade, pois devido a vibração transmitida ela induz ao estado de relaxamento. Existem alguns outros mantras famosos: om, so-ham, rama, yam, ham, om namah shivaya, om mani padme hum e nam myoho rengue kyo etc. Transcendental: Foi introduzido por Maharishi Mahesh Yogi, sendo uma forma mais ampla para meditação estabelecida através de diversos sons. Yoga: Não existe na verdade uma e única meditação com esse nome, mas diversos exercícios de Yoga que auxiliam para uma meditação. Podemos citar: • despertando o Terceiro Olho; • meditação dos chackras; • trataka – Fixação ocular; • meditação Kundalini; • Kriya Yoga; • Meditação do Som; • Tantra. Eu Sou: Essa é a tradução de “atma Vichara” que também pode significar “investigar”. Busca principalmente encontrar nossas raízes e o princípio, para que possamos desvendar a pergunta ”Quem sou eu?”. Meditação Chinesa Taoista: É uma tradição filosófica que visa e enfatiza a vida em harmonia. Esse termo significa: “princípio” ou ainda” caminho”. A principal característica é a transformação e geração de energia interna, além de existir outras diversas técnicas de meditação que partem da concentração e visualização. Como: Meditação Respiratória (Zhuanqi), Meditação Vazio (Emptiness), Nei Guan (Visualização Interna), Shouyi, Yuanyou, Zuobo e Zuowang. Chi Kung: Significa” cultivo de energia”, e parte de um exercício que fortalece corpo e mente para a busca da saúde pela meditação. Isto é, uma técnica um tanto quanto diferente porque mexe com movimentos corporais lentos, onde o foco continuará no interno e na respiração. Meditação Cristã Dentro dessa meditação existem outras 3 que completam: Oração contemplativa: repetição de frases sagradas. Leitura Contemplativa: ler e pensar os ensinamentos da Bíblia. Sentado com Deus: silenciosamente concentrar a mente na presença de Deus. Meditação Guiada É uma prática moderna que é baseada em todas as tradições anteriores. Isto é: dependerá somente de você criar uma fórmula para melhor se concentrar em uma meditação, geralmente ela é guiada de um som e até mesmo vídeos. Portanto existe diversos tipos de meditação, todos com sua particularidade e dirigidas por tradições distintas. Mas todas elas seguem a mesma linha de objetivo que é conectar o homem com sua verdadeira essência para assim encontrar o equilíbrio e paz interior. Asanas Ássana ou asana é uma palavra de origem sânscrita que nomeia as diferentes posturas utilizadas pela ioga para suprimir a atividade intelectual. São diversos os tipos de asanas: entre os principais, estão o padmasana, o bhadrasana, o vajrasana, o virasana e o svastikasana. Dentro da tradição indiana, a sua origem é atribuída a Shiva, que as teria ensinado a sua esposa Parvati. A ideia original de ásana se refere a uma contemplação (meditação) em posição sentada por longos períodos. Hoje em dia, é considerada uma posição psicofísica da yoga. Patañjali, nos Ioga Sutras, descreve asana como se sentar em posição firme e confortável para a contemplação (ou meditação), onde a contemplação é o sadhana (o caminho) para se compreender o si. A prática de asana desenvolve uma musculatura flexível, e ossos e tendões resistentes, bem como o massageamento de órgãos, e o equilíbrio das funções de diversas glândulas internas. A tradição indiana também enumera, como benefício, a melhoria do fluxo de prana (uma espécie de energia vital; qi em chinês; ki em Japonês (esta informação é apenas ilustrativa, pois trata-se de filosofias distintas) para permitir o equilíbrio dos kosha e o fluxo de energia pelas nadi (sistema circulatório energético). O aspecto físico das ássanas foi muito popularizado no ocidente por diversas celebridades como Madonna, Danielle Winits e Sting. Destituído da sua base filosófica, o yoga,o ásana se tornou parte das práticas de Hatha Yoga em diversas academias. Nos Ioga Sutras, Patañjali descreve asana como o terceiro dos 8 ramos do Raja Yoga Clássico. Ou outros oito ramos são yama (regras de conduta para lidar com o mundo exterior) e niyama (regras de conduta para lidar com seu íntimo), asana (posição), pranaiama (respiratório), pratyahara (estado distração ou sensação de recolhimento), dhárána (concentração), dhyána (meditação) e samadhi (autoconhecimento pleno, mega lucidez). Condições e orientações para praticar um bom ásana O ásana deve ser firme e confortável. Ele não deve ser a causa de nenhum tipo de desconforto. Qualquer retesamento ou tensão observada no corpo deve ser conscientemente relaxada. Esta posição deve ser tão confortável que você possa ficar na mesma por um longo período. O ásana deve ser um esforço de corpo e mente. A sensação de se estar absolutamente confortável é sinal de um asana perfeito. A respiração deve ser normal e ritmada, iniciada nas narinas, e terminada no abdômen. Pode-se utilizar respiração abdominal ou completa (baixa, média e alta). De acordo com os praticantes de Hatha Yoga, quando você consegue gerenciar o controle corporal, você se libera da chamada 'dualidade dos opostos', como o calor e o frio, a fome e a gula, alegria e a tristeza, assim por diante. Abaixo, estão relacionadas as orientações para realizar o Yogasana: • Um copo de água deve ser tomado antes da prática de asanas. • O estômago deve estar vazio. ásanas devem ser praticados 8 horas após o almoço, 2 horas após um copo de leite e uma hora após se comer uma fruta. • Sempre praticar asanas de manhã. Se isto não for possível, próximo ao entardecer. • Comidas gordurosas, muito secas, congeladas, muito quentes ou em excesso devem ser evitadas. • Não se deve forçar ou pressionar nada quando praticar ásanas. • Não se deve sair no frio após praticar asanas. • Mover a cabeça lentamente; se o asana afetar seu equilíbrio. • A respiração deve ser controlada e deve ser sempre pelas narinas. Os efeitos expressivos dos ásanas aumentam se for praticado o pránáyáma simultaneamente. • Se o corpo estiver estressado, praticar o Shavasana. • Ásanas devem ser praticados em uma sala limpa e bem ventilada. A atmosfera deve ser clean. Durante a gravidez, após o terceiro mês, exercícios que exigem que se deite sobre o estômago devem ser evitados (posições invertidas devem ser evitadas especialmente no terceiro semestre. Este site é recomendado para grávidas: [1]. Se não tiver certeza, peça orientação de seu médico.) Ássana (posições e posicionamento) "Há um infinito número de asanas." (Sri Dharma Mittra). Em 1975, como oferenda a seu guru (professor), Swami Kailashananda Maharaj, Sri Dharma Mittra fez um catálogo de um vasto número de asanas do Yôga. Pesquisando em antigos textos, livros, com estudantes, professores, e seu próprio vasto conhecimento, ele compilou 1 300 variações. Elas foram originalmente publicadas como "Guia gráfico do ioga clássico", e 608 destas posições foram recentemente disponibilizadas em um pequeno compêndio intitulado "Asanas: 608 posições de ioga". Embora não haja nenhum modo de estabelecer exatamente a quantidade de posições, este trabalho é considerado como a definitiva coleção para estudantes e iogues. Não existe uma codificação dos ásanas por enquanto e os nomes continuam diferentes em cada linhagem. Existiu uma idealização de codificação universal dos ásanas, inserindo os diversos nomes das técnicas. Entretanto, ainda não fora concluída. Boa parte dessa codificação, terminada em mais de 2000 ásanas, consta no livro Tratado de Yôga, do DeRose. Lá se encontram inúmeras variações em nomenclaturas tradicionalmente usadas nas Escolas que ele estudou na Índia (Shivánanda Ashram, Aurobindo Centre etc.). Permanência O período em que um praticante se mantém estável no ásana é denominado tempo de permanência, e é medido pela quantidade de respirações (inspiração, retenção e expiração) realizadas durante a realização do ásana. Depende muito dos objetivos do praticante e seu treino e afinco. É deveras importante que o praticante saiba elevar seu tempo de permanência sem agredir seu corpo, executando de forma metabolizável e incrementando a permanência com o tempo. Surya Namaskar Surya Namaskar, ou saudação ao Sol, é uma coreografia composta de 12 ásanas em sequência. Existem tradições que orientam para duas sequências, sendo a segunda compensando as asanas realizadas na primeira. Conheça algumas posturas do Yoga: Antes de praticar as postuas abaixo verifique sua aptidão física com um profissional da área de saúde. Padmasana (Lotus) O padmasana, ou lotus, também é conhecido como posição de meditação. Entre seus benefícios, ele ajuda na menstruação e no parto, estimula o sistema linfático, libera bloqueios emocionais nos quadris e conecta o indivíduo ao chacra raiz, também conhecido como muladhara. Como fazer: sente-se no seu tapete com as pernas estendidas para frente. Dobre seu joelho direito e coloque o calcanhar direito sobre a coxa esquerda. Em seguida, incline cuidadosamente o joelho esquerdo, puxe o calcanhar esquerdo sobre a canela direita e coloque-o sobre a coxa direita. Vrksasana (Árvore) A famosa posição da árvore ajuda a trabalhar a calma, o foco e a concentração. Como fazer: levante a perna esquerda e apoie a sola do pé na altura da coxa direita. Aviso: evite colocar o pé contra o joelho, já que isso torna o equilíbrio vulnerável. Estique os braços na altura da cabeça, juntando as palmas das mãos, em Namastê. Respire profundamente algumas vezes e inverta a posição das pernas. Paschimottanasana (Pinça) A postura da paschimottanasana é uma das mais comuns na prática do Yoga. Porém, mesmo parecendo simples ela desenvolve intensos acontecimentos para o corpo e para a mente. O nome pode ser complicado, por isso é popularmente chamada de postura da pinça. Aqueles que pretendem desenvolver mais a saúde da coluna vertebral investem nesta asana. Ela traz flexibilidade e força, e ainda é positiva para estimular os órgãos internos. É uma das posturas que trazem mais benefícios para as pessoas. Seus ganhos são tão importantes, que ela passou a ser relacionada como a fonte de energia vital, o despertamento da energia. A paschimottanasana abre os canais sutis do corpo. As primeiras menções da postura remontam mais de cinco séculos. Kumbhakasana (Prancha) Esta postura é essencial para construir força e estabilidade no núcleo do corpo. Como fazer: como se fosse fazer flexões de braço, espalhe os dedos e mantenha as mãos na direção dos ombros. Empurre os calcanhares para trás, e estique as pernas. Preste atenção para manter suas omoplatas e ombros bem longe das orelhas. Entretanto, diferente das flexões, seus braços devem ficar esticados em direção ao chão. Bhujangasana (Cobra) O bhujangasana alonga seu peito, estendendo o coração e os pulmões. Também alonga e fortalece a coluna e é terapêutica para o nervo ciático e asma. Ideal para quem precisa ganhar força e flexibilidade na parte superior das costas. Mantenha a respiração ritmada enquanto está nessa posição, assim seus pulmões não serão compactados. Como fazer: deite-se de barriga e coloque as mãos no chão ao lado do peito. Mantenha o peito dos pés, pernas, quadris e barriga ligados ao chão. Alongue as costas com cuidado e sinta a coluna se alongar por todo o caminho do cóccix à cabeça. Inspire profundamente e solte o ar pela boca. Marjaryásana (Gato) Essa sequência pequena de exercícios é a maneira perfeita para aquecer a coluna vertebral e o peito antes de você começar a praticar posições de Yoga mais complexas. Como fazer: fique de quatro, com os joelhos na direção do quadril, mãos e ombros distantes, bem abaixo dos ombros. Faça uma inalação, levantando o peito e olhando para o teto. Solte todo seu peso parao ventre e arqueie bem a coluna. Em seguida, expire e empurre as mãos e os joelhos em direção ao chão, curvando as costas, redirecionando os olhos para o umbigo. Repita a sequência algumas vezes. Dobra para frente Apesar de básica, essa pose é muito importante para estabelecer uma base forte. A posição ajuda ainda a trabalhar o equilíbrio do corpo e melhorar a concentração. Como fazer: com as pernas abertas e joelhos levemente flexionados, abaixe todo o tronco em direção ao chão. Certifique-se de manter a coluna reta e alinhada com o quadril. Dobre os cotovelos em 90 graus e envolva os calcanhares com as mãos. Respire profundamente enquanto se mantém nessa posição por 15 segundos. Adho Mukha Svanasana (Cachorro olhando para baixo) Uma das poses mais populares da Yoga, essa é uma ótima maneira de alongar e aquecer toda a parte posterior do corpo, além de trabalhar a flexibilidade dos ombros e peito. Como fazer: coloque pés e mãos no chão. Imagine que você está transformando seu corpo em um triângulo, onde as pernas são um dos lados do triângulo e as costas e os braços, as outras pontas. Dobre os joelhos e levante os calcanhares. Espalhe os dedos das mãos e empurre o chão para longe, empinando o bumbum. Guerreiro I Como todas as posições de guerreiro, o importante é trabalhar as áreas do corpo que precisam ser fortificadas e relaxar pontos do corpo que sofrem tensão diariamente. Como fazer: dê um passo para trás com o pé esquerdo. Certifique-se de manter seu pé para trás em um ângulo de 45 graus. Mantenha um pouco de espaço entre seus pés se você precisar de equilíbrio e estabilidade. Aponte seus quadris para frente e dobre o joelho para frente. Levante os braços acima da cabeça e dirija o olhar para cima. Respire profundamente e, em seguida, repita o movimento para o outro lado. Guerreiro II Essa pose trabalha principalmente o equilíbrio. Lembre-se de manter o olhar firme em um ponto para não cair. Erga sua perna até que comece a sentir um leve incômodo. Equilibrar-se em uma perna é perfeito para construir a estabilidade do centro do corpo, além de melhorar a força nos tornozelos. Como fazer: coloque todo o peso em seu pé direito, e veja se você consegue esticar a perna esquerda para trás, alinhando-a a altura do quadril. Estique a coluna para frente, com braços alinhados em direção a cabeça. Inspire e expire profundamente e inverta a posição das pernas. Balasana (Criança) A posição da criança é uma postura reparadora e relaxante e pode ser realizada sempre que você se sentir tensa, perder seu foco eu perceber que sua respiração está descompassada. Enquanto estiver nessa pose, apenas relaxe! Como fazer: coloque os joelhos não chão e sente-se sobre os calcanhares. Estique os braços para trás, alinhando-os ao corpo e posicionando a palma das mãos ao lado dos pés. Relaxe sua testa no chão e sinta o comprimento e peso do corpo. Fique nessa pose o tempo que achar necessário. Ataque baixo Essa pose trabalha principalmente a área das coxas, peito e virilha. Uma dica: mantenha as mãos no chão até que você tenha prática suficiente para fazer o “Namastê” em frente ao peito. Como fazer: dobre a perna direita para frente, fazendo um ângulo de 90 graus entre a coxa e panturrilha. Estique a perna esquerda para trás, apoiando joelhos e inferior de perna no chão, alongando todo a parte posterior da coxa. Empurre os quadris para baixo e levante os braços em direção à cabeça, mantendo os dedos sempre abertos e espaçados. Sinta o alongamento na parte da frente da coxa esquerda e sua virilha. Supta Matsyendrasana (torção da coluna deitada) Essa posição restaura a força e flexibilidade dos músculos. Assim como a pose do “bebê”, ela está liberada sempre que seu corpo pedir para relaxar e descarregar as energias. Como fazer: deite-se de costas. Levante os pés para cima e mantenha seus quadris e os joelhos em um ângulo de 90 graus para que suas pernas fiquem paralelas ao chão. Deixe os braços descansar no chão, alinhadas com os ombros. Expire e dobre seus joelhos para o lado direito. Se você sentir algum tipo de desconforto, coloque um cobertor ou travesseiro embaixo dos joelhos ou ombro esquerdo. Relaxe as costas, os quadris e os ombros. Respire fundo 20 vezes, dobre as pernas para o outro lado e retome o exercício. Navasana (Barco) A posição mais desafiadora para quem está começando, a “canoa” trabalha, principalmente, a força do abdômen, enrijecendo o músculo e tonificando a área. Como fazer: com a coluna esticada, apoie todo o peso do corpo nos ossos do bumbum. Mantenha a coluna reta em um ângulo de 45 graus e rosto sempre olhando para frente. Levante as pernas o máximo que conseguir, procurando sempre esticar os joelhos. Para ajudar no equilíbrio, estique os braços para frente, na direção dos joelhos. Não se esqueça de respirar e nada de curvar à coluna! Balanceamento de mesa Um pouco mais complicado, esse exercício é perfeito para quem precisa trabalhar a estabilidade e coordenação. O segredo? Concentrar toda a força no núcleo do corpo, ou seja, no abdômen. Como fazer: de quatro, levante o braço direito para frente e estique a perna esquerda para trás. Mantenha seus quadris e ombros nivelados. Para conseguir executar essa pode, tente imaginar uma linha reta entre sua mão levantada e seu pé. Concentre a força no abdômen e expire fundo algumas vezes. Depois, inverta a posição. Estrela A posição da estrela é um verdadeiro desafio para quem precisa trabalhar postura, concentração, equilíbrio e, principalmente, paciência. Como fazer: em pé, sobre o pé direito, coloque a mão esquerda no chão e estique o braço direito para cima, criando uma linha vertical pelos braços. Levante a perna esquerda o máximo que conseguir (no começo, recomenda-se alinhá-la com o tronco!) e flexione o pé que está fora do chão. Utthita Parsvakonasana (alongamento lateral estendido) Existem algumas variações para essa postura, mas, para começar, basta apenas manter seu peito erguido e respirar profundamente. Essa posição poderosa aquece todo o corpo ao trabalhar, principalmente, a caixa torácica. Como fazer: dê um grande passo para a esquerda, deixando o joelho flexionado. Alongue a perna direita, a coluna e o braço direito, criando uma linha diagonal imaginária. Levante o peito para cima, mas cuidado para não perder o equilíbrio! Purvottanasana (alongamento frontal) Purvottanasana significa alongamento intenso do “Leste”, associado à parte frontal do corpo em toda a sua extensão, dos dedos dos pés até o topo da cabeça. O foco desta postura é força e mobilidade, e envolve o tronco, pernas, ombros, pescoço, bumbum, braços e articulações. Parsvottanasana (Pirâmide) A Postura da Pirâmide também é conhecida como Parsvottanasana. Esta posição tonifica rins, fígado e baço e fortalece outros órgãos abdominais. Esta postura também reduz dores menstruais, ajuda na digestão e reduz os efeitos da artrose nos punhos, cotovelos, ombros e pescoço. Bakasana (corvo) Em todas as variações dessa postura, os joelhos repousam sobre o antebraço e as mãos ficam plantados no chão. Os dois nomes para esse Asana vêm das palavras em sânscrito baka ("guindaste") ou kak ("corvo") e asana que significa "postura" ou "sentar". A postura do corvo trabalha força, potência, equilíbrio e resistência musular. As partes do corpo envolvidas são: tronco, ombros, braços e articulações. Veja abaixo o passo a passo em fotos: Passo 1- Suba com os pés no bloco e localize a almofada logo abaixo na direção do rosto. É uma proteção em caso de queda. Passo 2- Flexione os cotovelos movendo o corpo ligeiramente a frente e, com o quadril elevado e o abdomen ativo, venha trazendo os joelhos na direção do triceps, formando com os braços um apoio para os joelhos. Passo 3- Eleve apenas um pé do bloco, depois troque e eleve o outro.Passo 4- Quando sentir-se mais seguro, eleve os dois pés do bloco. Passo 5- Para avançar a postura, eleve mais o quadril e estenda os braços. Sirshasana (Pouso sobre a cabeça) Algumas pessoas ficam apreensivas em realizar essa posição. No entanto, ela não é tão difícil, desde que as regras básicas sejam cuidadosamente seguidas. O sirshasana leva sangue oxigenado ao cérebro, melhorando o funcionamento do sistema nervoso. Além disso, auxilia na queda de cabelo, diabetes, varizes, problemas de pele e muitos outros. Como fazer: entrelace os dedos firmemente e posicione as palmas das mãos formando um copo. Mantendo o copo formado, ponha as mãos na cabeça e a cabeça no chão, de forma que a parte posterior dela seja apoiada pelos dedos entrelaçados. Com os joelhos dobrados, vá erguendo suas pernas lentamente para o alto. Depois que seu corpo se equilibrar adequadamente, alinhe suas pernas gradualmente e lentamente. Certifique-se de que sua coluna e coxas estejam retas e na vertical. Relaxe o corpo o máximo possível, feche os olhos, respire lenta e profundamente. Essa é a pose final do sirshasana. Permaneça nela por um período confortável. Volte, flexionando os joelhos e deslizando-os para o chão, na ordem inversa. Você também pode fazer esta posição com o apoio das duas mãos e da cabeça, além de ir tentado aos poucos com as pernas dobradas, por exemplo – até conseguir o resultado. Mantras Mantra (do sânscrito Man, mente e Tra, controle ou proteção, significando "instrumento para conduzir a mente") é uma sílaba ou poema, normalmente em sânscrito. Os mantras se originaram do hinduísmo, porém são utilizados também no budismo e jainismo, bem como notoriamente por práticas espirituais que não têm vínculo com religiões estabelecidas. No tantrismo, são usados para materializar as divindades. O mantra é uma fórmula mística e ritual recitada ou cantada repetidamente pelos fiéis de certas correntes budistas e hinduístas. O termo é uma palavra em sânscrito que significa 'controle da mente'. O mantra é repetido de forma a auxiliar a concentração durante a meditação. Alguns mantras famosos são 'Namo Amito' (glória a Buda) e 'Om Sri Shanaishwaraya Swaha' ('Om' e 'saudações a Saturno, o planeta dos ensinamentos'). Os mantras Tibetanos são entoados como orações repetidas. O budismo mahayana do Tibete usa mantras em tibetano, o zen- budismo do Japão os usa em japonês. John Blofeld encontrou, em Hong Kong, no começo do século XX, mantras cuja língua ninguém sabia identificar, e que pareciam uma alteração de um original sânscrito. Os mantras são como uma porta que nos conecta ao nosso espírito, a qual nos guiará ao estado de meditação. Por meio desse hino, conseguimos alcançar vibrações que nos levam à paz em todos os setores da vida, pois ele nos transmite autoconhecimento e equilíbrio. Por isso a prática e o aperfeiçoamento da concentração perante a um mantra, faz com que você purifique seus pensamentos e consiga lidar de forma eficiente e sábia com todos os problemas que lhe aparecem. Não é surpresa dizermos que a maioria das doenças que nos perseguem – até mesmo as consideradas “problemas do mundo moderno” – têm uma grande chance de surgirem quando nos encontramos fracos e vulneráveis espiritual e mentalmente. Há diversas pesquisas que mostram que males como o câncer e Alzheimer podem ser frutos de depressões ou grandes tristezas. Pensando nisso, uma forma de procurar por uma vida saudável não consiste somente em trabalhar o corpo e esquecer da mente. O mantra nos traz então, a possibilidade de nos concentrarmos ao máximo e tirarmos de nós mesmos as respostas que precisamos para nos permanecermos firmes, e adquirirmos sabedoria em todo nosso processo de vida. Significado de mantra O significado da palavra mantra provém do sânscrito, onde “Man” que significa mente e “Tra” que em contexto geral aborda proteção, controle ou ainda sabedoria. Assim obtemos: “instrumento para conduzir ou proteger a mente”. Definição de mantra Portanto podemos definir um mantra como hino, oração, canção sagrada, sílabas programadas e até mesmo um poema religioso. Algumas religiões o utilizam para saudar, ofertar boas vibrações e louvar os deuses ou datas comemorativas. Mas precisamos fortalecer o conceito de que embora a prática se destaque quando tratamos de cultura hindu, ele não está atrelado a uma religião, sendo assim não é necessário que se faça parte de uma para praticá-lo. O budismo espalhou a técnica de meditação pelo mundo, apresentando a sua prática como uma filosofia de vida, ou seja, uma forma de pensar e de encontrar o bem-estar total. Até mesmo as pessoas mais agitadas, podem encontrar seu ponto de calma no momento que aprenderem a meditar e a repetir um mantra. O conceito para o uso dessa técnica é o de poder imergir no som das palavras que nos levam diretamente à nossa própria fonte espiritual de paz. É um momento nosso, único onde procuraremos em nosso interior as orientações que nos levam ao caminho do que nos faz bem, da nossa felicidade. Um exemplo da eficácia de uma sílaba muito utilizada em mantras, é a repetição de “om “, que provavelmente é muito conhecido até para aqueles que não possuem experiência nessa área. Quando ele é entoado, causa correntes de energias purificadoras. O mais mágico nisso tudo é que não é necessário compreender o significado das palavras para encontrar o efeito, porque o seu verdadeiro poder encontra-se no som. Esse som é capaz de harmonizar os chakras, trazer leveza e obstruir canais energéticos. Alguns estudos também atribuem o poder dos mantras aos mudras, assim sendo, ao decorrer da humanidade a “oração” foi repetida tantas vezes com a mesma intenção de que ela adquiriu um poder energético gigantesco e que passa através do inconsciente coletivo. Surgimento do mantra Foi a partir dos livros sagrados indianos chamados de Vedas, que os mantras surgiram. Nestas escrituras pode-se encontrar mais de 4 mil sutras, que tinham como objetivo louvar aos deuses. E foi a partir dos sutras, considerados também como hinos que os mantras nasceram. Os sutras foram base para servir como inspiração no surgimento de milhares de mantras, cada um com seu objetivo: amor, bondade, paz interior, conexão com o Divino, calma e autoconhecimento. Para que servem os mantras? Sua principal função é no auxílio à meditação, pois quando se pronuncia um mantra, ele é capaz de acalmar os pensamentos e nossas ações, facilitando a concentração. Podemos concluir então que ele tem o intuito de relaxar extremamente, tirando a pessoa de toda a tensão e colocá-la em um estado meditativo. Os mantras podem nos influenciar positivamente em diversas áreas de nossas vidas, desde amor, relacionamentos familiares, finanças, na saúde e na busca de bem-estar e paz interior. Mecanismo de funcionamento Ao longo dos anos, os ocidentais que chegaram ao oriente tentaram explicar por que os mantras produzem os efeitos esperados. Blofeld, que estudou por dentro as culturas indiana e chinesa, notou que não é necessário saber o significado das palavras ditas. Alguns psicólogos ocidentais defendem que o mantra possui uma energia sonora que movimenta outras energias que envolvem quem o entoa. Blofeld observou que não importa a correção da pronúncia: encontrou o mesmo mantra entoado de forma muito diferente em países diversos, e sempre produzindo os efeitos esperados. Outra explicação seria a mesma usada para explicar o efeito dos mudras: um gesto repetido por tantas pessoas durante tantos séculos teria criado um tipo de "caminho energético" - que podemos chamar de marca no akasha, ou no inconsciente coletivo - que é rapidamente seguido pela psique da pessoa que o executa. Muito comum é o apoio do japamala, uma espécie de rosário utilizado para contar a repetição obrigatória de 108 vezes da entoação de um mantra. Os mantras fazem bem? São diversas
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