Buscar

105 Carta Saúde 105 O sistema de condução elétrica do coração

Prévia do material em texto

105 Carta Saúde 105: O sistema de condução elétrica do coração. 
Pedir as Cartas pelo Número e pelo Tema c/ a Patrícia no E-mail: cartasaude2020@gmail.com - 
Inf: 011 9.9943.2646. 
Esta Carta será estudada na DÉCIMA AULA DO CURSO DE NATUROPATIA no dia 19 de Junho de 2020. 
 
O sistema de condução elétrica do coração 
1. Como já vimos quando falamos sobre o sistema circulatório o coração é uma bomba contrátil-propulsora 
que impulsiona o sangue, por dois sistemas de bombeamento independentes, um do lado direito e outro 
do lado esquerdo, vimos também que os ventrículos são as principais “bombas” do coração. O coração 
fica apoiado sobre o diafragma, perto da linha média da cavidade torácica, no mediastino, a massa de 
tecido que se estende do esterno à coluna vertebral; e entre os revestimentos (pleuras) dos pulmões. 
Cerca de 2/3 de massa cárdica ficam à esquerda da linha média do corpo. A posição do coração, no 
mediastino, é a mais facilmente apreciada pelo exame de suas extremidades, superficiais e limites. 
 
2. Camadas da parede cardíaca – a superfície anterior fica logo abaixo do esterno e das costelas. A 
superfície inferior é a parte do coração que, em sua maior parte repousa sobre o diafragma 
correspondendo a região entre o ápice e a borda direita. A borda direita está voltada para o pulmão 
direito e se estende da superfície inferior a base, a borda esquerda estende-se da base ao ápice. Com 
limite superior encontra-se os grandes vasos do coração e posteriormente a traqueia, o esôfago e a artéria 
aorta descendente. 
 
3. Configuração interna – o coração possui quatro câmaras dois átrios e dois ventrículos. Os átrios (as 
câmaras superiores) recebem sangue; os ventrículos (câmaras inferiores) bombeiam o sangue para fora 
do coração. Na face anterior de cada átrio existe uma estrutura enrugada, em forma de saco, chamada 
aurícula (semelhante a orelha de cão). O átrio direito é separado do esquerdo por uma fina divisória 
chamada septo interatrial; o ventrículo direito é separado do esquerdo pelo septo interventricular. 
 
4. Pericárdio: a membrana que reveste e protege o coração. Ele restringe o coração a sua posição no 
mediastino, embora permita suficiente liberdade de movimentação para contrações vigorosas e rápidas. 
O pericárdio consiste em duas partes principais: pericárdio fibroso e pericárdio seroso. O pericárdio 
fibroso superficial é um tecido conjuntivo irregular, denso, resistente e inelástico. Assemelha-se a um 
saco, que repousa sobre o diafragma e se prende a ele. O pericárdio seroso, mas profundo, é uma 
membrana mais fina e mais externa, do pericárdio seroso esta fundida ao pericárdio fibroso. A camada 
visceral, mais externa, do pericárdio seroso, também chamada epicárdio, adere fortemente a superfície 
do coração. 
 
5. A contração ventricular é conhecida como sístole e nela ocorre o esvaziamento dos ventrículos. O 
relaxamento ventricular é conhecido como diástole e é nessa fase que os ventrículos recebem sangue dos 
átrios, A contração ventricular força, então, a passagem de sangue para as artérias pulmonar e aorta, 
cujas válvulas semilunares (três membranas em forma de meia lua) se abrem para permitir a passagem de 
sangue. Uma vez no interior desses vasos, o retorno do sangue (refluxo) para os ventrículos a partir das 
artérias aorta e pulmonar é evitado pelo súbito fechamento dessas mesmas válvulas. 
 
6. Sistema de condução elétrica do coração: A frequência dos batimentos cardíacos é controlada por este 
sistema. Dele depende que o coração se contraia entre 60 a 80 vezes por minuto no adulto e 130 no 
recém-nascido e que mantenha um ritmo. O sistema de condução elétrica do coração é constituído pelo 
nódulo sinusal ou nó sinoatrial que é composto por células peculiares de estriações longitudinais de 2 cm 
de comprimento e 2 mm de largura, situado entre o átrio e a VCS ao nível do sulco terminal, onde se 
iniciam os impulsos elétricos responsáveis pela contração cardíaca. Posteriormente, estimula-se o nódulo 
atrioventricular ou nó atrioventricular, seguindo-se o feixe de His e seus ramos direito e esquerdo. 
 
about:blank
7. O sistema cardiovascular como vimos gera seus próprios impulsos elétricos que cursam um trajeto 
próprio, especialmente desenhado para ajudar na distribuição de um potencial de ação do musculo 
cardíaco. Os nós e redes de células especializadas do coração constituem o sistema de condução 
cardíaca, os componentes deste sistema são: os nós sinoatrial e auriculoventricular, o feixe 
auriculoventricular, com os seus ramos esquerdo e direito e o plexo subendocárdico das células de 
condução ventricular (fibras de Purkinje). O ritmo do coração é gerado ao nível deste sistema, sendo 
influenciado por nervos e transmitido especificamente das aurículas até aos ventrículos e, a partir daí, a 
toda musculatura. 
 
8. O sistema de condução do coração é composto de cinco elementos: Nó sinoatrial - O nó sinoatrial é o 
marcapasso do coração, e está localizado superior ao sulco terminal do átrio (aurícula) direito, próximo à 
abertura da veia cava superior. Esse feixe de tecido nervoso propaga os impulsos elétricos e, portanto, 
governa o ritmo sinusal de minuto a minuto. Se esse nó falhar, o nó atrioventricular (auriculoventricular) 
possui a capacidade de assumir o papel de marcapasso. Na parede do átrio direito, próximo a 
desembocadura da veia cava superior, há uma pequena massa de células musculares cardíacas 
especializadas, denominadas nó sinoatrial. Em condições de repouso, as células musculares cardíacas se 
despolarizam espontaneamente, sem qualquer estímulo externo e geram um potencial de ação 
aproximadamente 80 a 100 vezes por minuto. Outras regiões do músculo cardíaco também podem sofrer 
esta despolarização espontânea e gerar um potencial de ação, porém elas o fazem com um potencial de 
ação bem menor do que o gerado pelo nó sinoatrial. Como resultado, impulsos elétricos do nó sinoatrial 
se propagam para esta área e as estimulam mais frequentemente, de tal modo que elas nem chegam a 
gerar seus próprios potenciais de ação. Dessa forma, a velocidade de descarga do nó sinoatrial determina 
o ritmo para o coração e por esta razão o nó sinoatrial é considerado o marca-passo cardíaco, 
determinando a origem do impulso elétrico que irá desencadear as contrações nas células musculares 
cardíacas. As contrações iniciadas no nó sinoatrial chegam às regiões superiores dos átrios e segue em 
direção as válvulas atrioventriculares. Esta ação irá contribuir para a movimentação do sangue dos átrios 
para os ventrículos. 
 
9. Nó atrioventricular (auriculoventricular) - O nó atrioventricular (auriculoventricular) também está localizado 
no átrio direito, em um nível que o dispõe póstero-inferiormente ao septo interatrial (interauricolar) e 
próximo à cúspide septal da valva (válvula) tricúspide. Ele recebe e continua os potenciais de ação 
produzidos pelo nó sinoatrial e em alguns casos pode mesmo propagar alguns potenciais de ação próprios. 
Essa área cobre os átrios (aurículas) do coração, assim como faz o nó sinoatrial. 
 
10. Feixe de His - O feixe de His é uma coleção de fibras nervosas que se encontram no septo interatrial 
(interauricolar). Eles encaminham os impulsos elétricos do nó atrioventricular e os enviam para os ramos 
direito e esquerdo. Os ramos direito e esquerdo são um acúmulo contínuo de nervos que inervam os 
ventrículos e o septo interventricular do coração. O lado direito possui um único feixe que atinge o ápice do 
ventrículo direito antes de se curvar sobre si mesmo e voltar ao longo do lado direito do coração. O lado 
esquerdo possui uma divisão anterior e posterior. A divisão anteriorcursa ao longo do ventrículo direito 
através de sua parede anterossuperior, enquanto a divisão posterior se comporta da mesma forma que o ramo 
direito e circula ao redor do lado esquerdo do coração após atingir seu ápice. 
 
11. As fibras de Purkinje são estruturas fundamentais no processo de propagação do estímulo elétrico do 
coração. Para que ocorra a contração dos músculos dos ventrículos é necessário que estas fibras 
estimulem o miocárdio de maneira sincronizada. Porém, certas alterações nas propriedades das células 
que compõem estas fibras podem proporcionar uma dessincronização do ritmo cardíaco. Isto pode 
ocorrer através de falhas na propagação do estímulo elétrico devido a bloqueios que ocorrem nas junções 
que ligam as fibras de Purkinje com o músculo do ventrículo, de modo que esta condição é considerada 
um estado de risco para arritmias cardíacas. No entanto, a obtenção da estrutura das fibras de Purkinje a 
partir de um paciente específico é uma tarefa difícil e ela é Conclusões do sistema de condução cardíaco. 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/atrios-cardiacos
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/atrios-cardiacos

Continue navegando