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1 Embriologia cardiovascular • Sistema cardiovascular aparece na metade da terceira semana → embrião não é capaz de suprir as necessidades nutricionais por difusão • É derivado principalmente do: o Mesoderma esplâncnico: forma o primórdio do coração o Mesoderma paraxial e lateral o Células da crista neural Área cardiogênica primária • Células progenitoras cardíacas se encontram no epiblasto – adjacentes a parte cranial da linha primitiva • De lá migram pela linha primitiva para a camada esplâncnica do mesoderma lateral → formando aglomerado celular em forma de ferradura chamado de área cardiogênica primária (ACP) ou primeiro campo cardíaco (PCC) cranial as pregas neurais • Células dessa área formam os átrios, o ventrículo esquerdo e parte do ventrículo direito o O resto do ventrículo direito e da via de saída (cone arterial e tronco arterial) é derivado do segundo campo cardíaco (SCC) • O campo secundário se localiza no mesoderma esplâncnico ventral a faringe • Por volta do 16° dia as células progenitoras migram pela linha primitiva, são especificadas em ambos os lados para se tornarem diferentes partes do coração • Padronização ocorre ao mesmo tempo que a lateralidade está sendo definida por todo o embrião • As células do SCC também exibem lateralidade de modo que as células no lado direito contribuem para a região esquerda da via de saída e as células do lado esquerdo contribuem para a direita • A lateralidade é determinada pela mesma via de sinalização que estabelece a lateralidade no embrião todo e explica a natureza espiralada da artéria pulmonar e da aorta (?) ÁREA CARDIOGÊNICA SECUNDÁRIA • Depois que as células estabelecem o SCC são induzidas pelo endoderma faríngeo subjacente a formar os mioblastos cardíacos e ilhotas sanguíneas → se tornarão células e vasos sanguíneos pelo processo de vasculogênese • As ilhotas se unem e forma um tubo em formato de ferradura revestido por endotélio e circundado por mioblastos → região cardiogênica • A cavidade intraembrionária sobre essa região evolui posteriormente para a cavidade pericárdica • Outras ilhotas sanguíneas aparecem bilateralmente paralelas e próximas a linha média do disco embrionário → forma um par de vasos longitudinais aortas dorsais LATERALIDADE E DEFEITOS CARDÍACOS • O processo de lateralidade requer uma cascata de sinalização que tem serotonina com molécula chave para o inicio • 5-HT está concentrada no lado esquerdo do embrião (sinalizada pelo fator de transcrição MAD3) → restringe a expressão do Nodal à esquerda → expressão de PITX2 – gene mestre da lateralidade esquerda • Lado direito não foi bem estabelecido os sinais responsáveis • Os defeitos de lateralidade: dextrocardia, defeitos do septo interventricular, defeitos no septo interatrial, dupla via de saída do VD (aorta e pulmonar saindo), defeitos da via de saída (transposição dos grandes vasos, estenosa da valva pulmonar etc) • A importância da lateralidade explica os defeitos teratogênicos dos antidepressivos da classe dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) → associados a defeitos cardíacos. Interfere na sinalização do 5-HT 2 Formação e posicionamento do tubo cardíaco • Inicialmente a parte cardiogênica é anterior à membrana orofaríngea e a placa neural • Fechamento do tubo neural → formação das vesículas cefálicas → crescimento do SNC → sobreposição do SNC sobre a área cardiogênica → membrana orofaríngea é puxada para frente → forçando o deslocamento para região cervical e depois torácica • Conforme o embrião cresce e se curva cefalocaudalmente ele se também se dobra lateralmente → regiões caudais dos tubos cardíacos se fusionam (exceto na porção caudal) • Simultaneamente a parte central do tubo em formato de ferradura se expande para formar as futuras regiões ventricular e de via de saída • Coração se torna um tubo expandido e continuo – com revestimento interno endotelial e uma camada miocárdica externa • Ele recebe drenagem venosa pelo polo caudal e começa a bombear sangue para fora do primeiro arco aórtico para a aorta dorsal em seu polo cranial • O tubo cardíaco em desenvolvimento se projeta cada vez mais para a cavidade pericárdica o Inicialmente permanece o tubo permanece ligado ao lado dorsal da cavidade pericárdica por uma prega – mesocárdio dorsal derivado do SCC o Não há formação de mesocárdio ventral • Com o decorrer do desenvolvimento a parte central do mesocárdio dorsal desaparece criando seio transverso do pericárdio – conecta ambos os lados da cavidade pericárdica • O coração está suspenso na cavidade por vasos sanguíneos em seus polos cranial e caudal • Simultâneo a esses eventos o miocárdio se espessa e secreta uma camada de matriz extracelular rica em ácido hialurônico chamada geleia cardíaca – separa o miocárdio do endotélio Embrião no 18° dia 3 • Além disso, a formação do órgão proepicárdico ocorre nas células mesenquimais localizadas na borda caudal do mesocárdio dorsal o As células desse órgão proliferam e migram sobre a superfície do miocárdio para formar a camada epicárdica (epicárdio) do coração • Desse modo o tubo cardíaco consiste em 3 camadas: o Endocárdio: forma o revestimento endotelial interno do coração o Miocárdio: constitui na parede muscular o Epicárdio ou pericárdio visceral: cobre o exterior do tubo ▪ Essa camada mais externa é responsável pela formação das artérias coronarianas incluindo seu revestimento endotelial e o musculo liso 22 dias 28 dias Do 22º ao 35º dia 4 Formação da alça cardíaca • Tubo cardíaco continua a se alongar conforme as células do SCC são adicionadas a sua extremidade cranial • O processo de alongamento é essencial para: o Formação de parte do ventrículo direito e da região da via de saída (cone arterial e o tronco arterioso – constituem parte da aorta e da artéria pulmonar) o Processo de formação da alça • Se o alongamento for inibido ocorrem então vários defeitos na via de saída incluindo DVSVD (aorta e a artéria pulmonar saindo do VD), comunicação interventricular, tetralogia de Fallot, atrésia pulmonar e estenose pulmonar • Conforme a via de saída se alonga, o tubo cardíaco começa a se curvar no 23° dia • A parte cefálica do tubo se dobra ventralmente, caudalmente e para direita • A parte caudal (atrial) se desloca dorsalmente, cranialmente e para a esquerda • Essa dobradura origina a alça cardíaca, se completa até o 28° dia • No decorrer da formação da alça, expansões localizadas tornam-se visíveis ao longo de todo o comprimento do tubo o Parte atrial – que inicialmente está fora da cavidade pericárdica – forma um átrio comum e é incorporada na cavidade pericárdica o Junção atrioventricular permanece estreita e forma o canal atrioventricular – conecta o átrio comum e o ventrículo embrionário inicial o Bulbo cardíaco (bulbo cordis) é estreito exceto em seu terço proximal, essa parte formará a parte trabecular do ventrículo direito o Parte media, cone arterial formará as vias de saída de ambos os ventrículos o Parte distal, tronco arterioso formara as raízes e a parte proximal da aorta e da artéria pulmonar o Junção do ventrículo com o bulbo cardíaco é indicada externamente pelo sulco bulboventricular – permanece estreita é chamada de forame interventricular primário • Quando o dobramento é concluído o tubo cardíaco de parede lisa começa a formar trabéculas primitivas em 2 áreas bem definidas localizadas proximal e distalmente ao forame interventricular primário • O ventrículo primário que agora está trabeculado é chamado de ventrículo esquerdo primitivo • Da mesma forma o terço proximal trabeculado do bulbo cardíaco é chamado de ventrículo direito primitivo 5 • Parte conotruncal do tubo cardíacoinicialmente no lado direito da cavidade pericárdica, desloca-se gradualmente para uma posição medial • Essa mudança de posição é o resultado de duas dilatações transversais do átrio, formando saliências em cada lado do bulbo cardíaco Regulação molecular do desenvolvimento cardíaco • Sinais advindos do endoderma anterior (cranial) induzem a região cardiogênica no mesoderma esplâncnico sobrejacente por meio da indução do fator de transcrição NKX2.5 • Os sinais dependem da secreção das proteínas morfogenética ósseas (BMPs) 2 e 4 pelo endoderma e pelo mesoderma da placa lateral • Juntamente a atividade das proteínas WNT (3a e 8) secretadas pelo tubo neural tem que ser bloqueadas → impedem o desenvolvimento cardíaco • Os inibidores de WNT (CRESCENT E CERBERUS) são produzidos pelas células do endoderma adjacente ao mesoderma do desenvolvimento cardíaco • A expressão de BMP aumenta a expressão do FGF8 → importante para a expressão das proteínas especificas do coração • Após a formação do tubo cardíaco a parte venosa é especificada pelo ácido retinóico – produzido pelo mesoderma adjacente à região presumida do seio venoso e dos átrios o Após a exposição inicial ao AR essas estruturas expressam o gene para enzima retinaldeído desidrogenase → possibilita a produção de AR pelas próprias células e as direciona a se tornarem estruturas cardíacas caudais • Concentrações menores de AR nas regiões cardíacas mais anteriores (ventrículos e via de saída) contribuem para a especificação dessas estruturas • TBX5 possui assim como o NKX2.5 um homeodominio conhecido como T-box ele é expresso depois do NKX2.5 e desempenha papel na septação • Expressão do fator de transcrição PITX2 no mesoderma da placa lateral, do lado esquerdo participa na deposição e na função de moléculas da matriz extracelular que ajudam na formação da alça • NKX2.5 aumenta a expressão de HAND 1 E 2 fatores que são expressos no tubo cardíaco primitivo e mais tarde ficam restritos aos futuros ventrículos esquerdo e direito respectivamente 6 • O alongamento da via de saída pelo SCC é regulado em parte pelo SHH expresso pelo endoderma do arco faríngeo – age pelo receptor patched • Sinalização NOTCH → aumenta FGFs no SCC → regula migração e diferenciação de células da crista neural – essenciais para a separação da via de saída e para o desenvolvimento e a padronização dos arcos aórticos Desenvolvimento do seio venoso • Na metade da quarta semana, o seio venoso recebe sangue vindo dos seus cornos direito e esquerdo • Cada corno recebe sangue de 3 veias importantes o Veia vitelina ou onfalomesentérica o Veia umbilical o Veia cardinal comum • A comunicação a princípio entre o seio e o átrio é larga, no entanto, logo a entrada do seio é deslocada para direita • Esse deslocamento é causado principalmente por Shunts de sangue da esquerda para direita que ocorrem no sistema venoso durante a quarta e quinta semana • Com a eliminação da veia umbilical direita e da veia vitelina esquerda durante a 5ª semana o corno esquerdo perde sua importância • E por último na 10ª semana quando a veia cardinal comum esquerda é obliterada o que resta do corno esquerdo é a veia obliqua do átrio esquerdo e o seio coronariano • Consequentemente por causa dos shunts esquerda direita, o corno direito do seio venoso e as veias se dilatam substancialmente • Corno direito, que forma agora a única comunicação entre o seio venoso original e o átrio, é incorporado ao átrio direito → formando a parte lisa da parede do átrio direito • Sua entrada o óstio sinoatrial, é flanqueada de cada lado por uma prega valvar – válvulas venosas esquerda e direita • Dorsocranialmente, as válvulas se fusionam formando um sulco conhecido como septo espúrio • Inicialmente, as válvulas são grandes → após a incorporação do corno direito à parede do átrio → a válvula venosa esquerda e o septo espúrio se fusionam com septo interatrial em formação → parte venosa da válvula venosa direita desaparece completamente • Parte superior da válvula venosa direita desaparece • Parte inferior se divide em 2 partes: o Válvula da veia cava inferior o Válvula do seio coronariano • Crista terminal forma a linha divisora entre a parte trabecular original do átrio direito e a parte de parede lisa que se origina do corno direito do seio venoso 7 Formação dos septos cardíacos • Os principais septos do coração são formados entre 27° e 37° dias de desenvolvimento • A formação dos septos pode ocorrer de 3 formas: o Duas massas de tecido crescendo ativamente e se fusionando → dividindo o lúmen em 2 canais separados o Crescimento ativo de uma única massa tecidual que se expande ate atingir o outro lado do lúmen o Faixa estreita de tecido não crescer enquanto as áreas de cada lado se expandem rapidamente → duas paredes se aproximam uma da outra e se fundem formando um septo – nunca divide completamente o lúmen original. EX: separação atrioventricular • A formação dessas massas de tecidos – coxins endocárdicos – depende da síntese e da deposição de matriz extracelular, migração e proliferação celulares • Nas regiões onde esses coxins se formam → aumento da síntese de matriz extracelular → produz protrusões recobertas de células endocárdicas para o lúmen • Essas protusões se desenvolvem em 2 lugares o Regiões atrioventriculares o Região conotruncal • Nesses locais elas ajudam na formação dos septos interatrial e interventricular (parte membranosa), dos canais e das valvas atrioventriculares, dos canais aórticos e pulmonar • Os coxins são povoados por células que migram e proliferam na matriz o Coxins atrioventriculares: as células são derivadas de células endocárdicas sobrepostas que se desprendem de suas vizinhas e se movem para a matriz o Coxins conotruncais: as células são derivadas de células da crista neural que migram dos dobramentos neurais cranianos para a região da via de saída FORMAÇÃO DE SEPTO NO ÁTRIO COMUM • No final da quarta semana, o átrio começa a se dividir em átrios direito e esquerdo pela formação subsequente modificação e fusão de 2 septos: o Septo primum o Septo secundum SEPTO PRIMUM • Uma fina membrana em forma de meia lua que cresce a partir do teto do átrio primitivo em direção aos coxins endocárdicos em fusão → dividindo parcialmente o átrio em direita e esquerda 8 • A medida que o septo cresce uma grande abertura – forame primum se forma entre sua borda crescente livre e os coxins endocárdicos • O forame serve como desvio possibilitando que o sangue oxigenado passe do átrio direito para o esquerdo • Forame primum torna-se progressivamente menor e desaparece enquanto o septo primum se funde com os coxins endocárdicos fusionados para formar o septo AV primitivo • Antes do forame primum desaparecer surgem perfurações produzidas por apoptose na região central do septo primum • A medida que o septo se junta aos coxins endocárdicos fusionados, as perfurações coalescem para formar outra abertura o forame secundum • Concomitantemente, a borda livre do septo primum se funde com o lado esquerdo dos coxins endodérmicos fusionados → obliterando o forame primum • Forame secundum garante uma corrente continua de sangue oxigenado do átrio direito para o esquerdo SEPTO SECUNDUM • Uma membrana muscular em forma de crescente surge da parede ventrocranial do átrio imediatamente a direita do septo primum • Quando esse espesso septo cresce durante a 5ª e 6ª semanas ele gradualmente se sobrepõe ao forame secundum no septo primum • O septo forma uma divisão incompleta entre os átrios → forma-se o forame oval • Parte cranial do septo primum inicialmente presa ao teto do átrio esquerdo desaparece gradualmente • Parte remanescente do septo primum presa aos coxinsendocárdicos fusionados forma a válvula do forame oval em forma de aba • Antes do nascimento, o forame oval permite que a maior parte do sangue oxigenado que entra no átrio direito pela veia cava inferior passe para o átrio esquerdo e impede a passagem do sangue na direção oposta – septo primum se fecha contra o septo secundum • Após o nascimento, o forame oval normalmente se fecha devido a uma pressão maior no átrio esquerdo • Com 3 meses de idade a válvula do forame oval se funde com o septo secundum formando a fossa oval 9 10 FORMAÇÃO DO ÁTRIO ESQUERDO E DA VEIA PULMONAR • Enquanto o átrio direito aumenta de tamanho pela incorporação do corno direito do seio venoso, o átrio esquerdo primitivo está se expandindo • O mesênquima na extremidade caudal do mesocárdio dorsal que suspende o tubo cardíaco na cavidade pericárdica começa a se proliferar • Enquanto o septo primum cresce para baixo do teto, este mesênquima em proliferação forma a protusão do mesênquima dorsal (PMD) – que cresce com o septo primário em direção ao canal atrioventricular • Na PMD, encontra se a veia pulmonar em desenvolvimento que está posicionada no átrio esquerdo por meio do crescimento e movimento da PDM • A parte restante da PMD na ponta do septo primário contribui para a formação do coxim endocárdico no canal atrioventricular • Tronco principal da veia pulmonar que se abre para o átrio esquerdo envia dois ramos para cada pulmão • Conforme continua a expansão do átrio esquerdo, o tronco principal é incorporado à parede posterior até o ponto onde ocorre a ramificação do vaso resultando em 4 aberturas separas na câmara atrial 11 ❖ Assim cada átrio desenvolve-se por expansão e por incorporação de estruturas vasculares: o Seio venoso no átrio direito o Tronco da artéria pulmonar no esquerdo ❖ No coração plenamente desenvolvido o: o Átrio direito embrionário original torna-se → apêndice atrial direito – trabeculado que contém os músculos pectíneos, sinus venarum com parede lisa origina-se do corno direito do seio venoso o Átrio esquerdo embrionário original é representado por pouco mais que o apêndice atrial trabeculado enquanto a parte com parede lisa se origina das veias pulmonares FORMAÇÃO DO SEPTO NO CANAL ATRIOVENTRICULAR • No final da 4ª semana, 4 coxins endocárdicos atrioventriculares aparecem: o Um em cada lado o Um nas bordas dorsal e ventral do canal atrioventricular • Inicialmente o canal atrioventricular dá acesso apenas ao ventrículo esquerdo primitivo e é separado do bulbo cardíaco pela crista bulboventricular ou conoventricular • Perto do final da 5ª semana a extremidade posterior da crista termina quase na metade da base do coxim endocárdico dorsal e menos proeminente que antes • Como o canal atrioventricular aumenta para a direita o sangue que atravessa o óstio atrioventricular passa ter acesso direto ao ventrículo esquerdo primitivo e ao ventrículo direito primitivo • Os 2 coxins laterais atrioventriculares aparecem nas bordas esquerda e direita do canal • Enquanto isso os coxins dorsal e ventral se projetam ainda mais para o lúmen e se fusionam resultando em divisão completa do canal nos óstios átrio ventriculares direito e esquerdo ao final da quinta semana VALVAS ATRIOVENTRICULARES • Após a fusão dos coxins endocárdicos atrioventriculares, cada óstio atrioventricular é cercado por proliferações localizadas de tecido mesenquimal derivado dos coxins endocárdicos • Quando a corrente sanguíneo torna o tecido oco e fino na superfície ventricular dessas proliferações, o tecido mesenquimal torna-se fibroso e forma as valvas atrioventriculares – permanecem ligadas à parede ventricular pelos cordões musculares • Tecido muscular dos cordões se degenera e é substituído por tecido conjuntivo denso • Valvas são formadas de tecido conjuntivo denso recoberto pelo endocárdio o São conectadas a trabéculas musculares espessas na parede do ventrículo – os músculos papilares – pelas cordas tendíneas • Desse modo: o dois folhetos valvares se formam e constituem a valva bicúspide (mitral) no canal atrioventricular esquerdo o três folhetos se formam no lado direito constituindo a valva tricúspide FORMAÇÃO DO SEPTO NO TRONCO ARTERIOSO E NO CONE ARTERIAL • na quinta semana aparecem pares de cristas opostas no tronco • as cristas do tronco ou coxins encontram-se na parede superior direita e na parede inferior esquerda • crista superior direita do tronco arterioso cresce distalmente e para esquerda • crista inferior esquerda do tronco arterioso cresce na direção do saco aórtico • as cristas giram uma ao redor da outra → previa do trajeto em espiral • após concluída a fusão, as cristas formam o septo aorticopulmonar dividindo o tronco em um canal aórtico e outro pulmonar 12 • quando as cristas do tronco aparecem → cristas semelhantes se desenvolvem ao longo das paredes ventral esquerda e direita do cone arterial • as cristas do cone crescem distalmente e uma em direção a outra para se unirem ao septo do tronco • no momento em que as duas cristas se fusionam o septo divide o cone na parte anterolateral – via de saída do ventrículo direito – e na parte posteromedial – via de saída do ventrículo esquerdo • as células cardíacas da crista neural migram através dos arcos faríngeos 3, 4 e 6 para a região da via de saída do coração o contribuem para a formação dos coxins endocárdicos no bulbo e no tronco arterioso o migração e proliferação de células da crista neural para SCC são controladas pela via de sinalização NOTCH FORMAÇÃO DE SEPTO NOS VENTRICULOS • Ao fim da 4ª semana os dois ventrículos primitivos começam a se expandir • Isso é realizado pelo crescimento continuo do miocárdio do lado de fora, pela diverticulização continua e pela formação das trabéculas por dentro • Paredes mediais dos ventrículos em expansão ficam apostas e se fusionam gradualmente formando o septo interventricular muscular • As duas parede não se fusionam completamente surge uma fenda apical mais ou menos profunda entre os dois ventrículos • O espaço entre a borda livre do septo interventricular muscular e dos coxins endocárdicos fusionados permite a comunicação entre dois ventrículos • Forame interventricular acima da parte muscular do septo interventricular diminui com a finalização da septação do cone • Com decorrer do desenvolvimento há um crescimento do tecido do coxim endocárdico anterior (inferior) ao longo do topo do septo interventricular muscular que fecha o forame • esse tecido se fusiona com as partes ao lado do septo do cone • fechamento completo do forame interventricular forma a parte membranosa do septo interventricular 13 VALVAS SEMILUNARES • Quando a separação do trono arterioso está quase finalizada → primórdios das valvas semilunares se tornam visíveis como pequenas tumefações nas principais cristas do tronco arterioso • Uma de cada par é designada para canais aórtico e pulmonar respectivamente • Uma terceira tumefação aparece em ambos os canais oposta às cristas do tronco arterial • Gradualmente essas tumefações se tornam ocas em sua superfície anterior formando as valvas semilunares 14 Formação do sistema de condução do coração • Inicialmente o marca passo do coração fica na parte caudal do tubo cardíaco esquerdo • Depois, o seio venoso assume essa a função, à medida que é incorporado ao átrio direito, o tecido marca passo fica próximo à abertura da veia cava superior → formação do nó sinoatrial • Nó atrioventricular e o fascículo atrioventricular (feixe de His) são derivados de 2 fontes: o Células na parede esquerda do seio venoso o Células do canal atrioventricular Circulação antes e depois do nascimentoCIRCULAÇÃO FETAL • O sangue proveniente da placenta (80% de saturação de O2) retorna para o feto pela veia umbilical • Chegando ao fígado, a maior parte do sangue flui pelo ducto venoso diretamente para Veia cava inferior sem passar pelo fígado. O restante entra nos sinusoides hepáticos e se mistura com o sangue da circulação porta • Mecanismo de esfíncter no ducto venoso fecha a entrada da veia umbilical e regula o fluxo sanguíneo umbilical pela sinusoides hepáticos o Esse esfíncter se fecha quando a concentração uterina faz com que o retorno venoso seja muito alto evitando sobrecarga repentina para o coração • Após um pequeno percurso na Veia cava inferior – onde o sangue placentário se mistura com o sangue não oxigenado que retorna dos membros inferiores – entra no átrio direito • Então é levado para o forame oval pela veia cava inferior (volume maior do sangue passa para o átrio esquerdo) • Pequeno volume de sangue não consegue fazer isso por causa da extremidade inferior do septo secundário e permanece no átrio direito o Ali se mistura com sangue desoxigenado que retorna da cabeça e braços pela veia cava superior • Do átrio esquerdo se mistura com um pequeno volume de sangue desoxigenado que retorna dos pulmões, entra no ventrículo esquerdo e na aorta ascendente o Musculatura cardíaca e cérebro são abastecidos com o sangue mais oxigenado → primeiras ramificações da aorta: artéria coronária e carótida • Sangue desoxigenado da veia cava superior flui do ventrículo direito → tronco pulmonar o Durante a vida fetal, a resistência dos vasos pulmonares é alta → boa parte do sangue passa diretamente pelo ducto arterioso para a aorta descendente • O sangue vindo da aorta descendente se mistura com o sangue da aorta proximal fluindo para a placenta pelas artérias umbilicais (lá a saturação de O2 é de 58%) • Locais em que ocorre a mistura de sangue o Fígado: pela mistura com sangue retornando do sistema porta o Veia cava inferior: carrega sangue desoxigenado que retorna dos membros inferiores, da pelve e dos rins o Átrio direito: pela mistura com o sangue da cabeça e dos membros superiores o Átrio esquerdo pela mistura que retorna dos pulmões o Entrada do ducto arterioso na aorta descendente 15 CIRCULAÇÃO APÓS O NASCIMENTO • Alterações no sistema vascular são causadas pela cessação do fluxo sanguíneo placentário e pelo inicio da respiração • Após o fechamento do ducto arterioso pela contração muscular de sua parede → o volume de sangue que flui pelo vasos pulmonares aumenta rapidamente → aumenta a pressão no átrio esquerdo • Simultaneamente a pressão no átrio direito diminui → interrupção do fluxo sanguíneo placentário → septo primário é aposto ao secundário → forame oval se fecha funcionalmente • Alterações que ocorrem no sistema vascular: • Fechamento das artérias umbilicais, acompanhado da contração da musculatura lisa em suas paredes – devido a estímulos térmicos, mecânicos e pela variação de tensão de oxigênio o Funcionalmente as artérias se fecham logo após o nascimento – obliteração leva de 2 a 3 meses o as parte distais das artérias umbilicais formam os ligamentos umbilicais médios e as partes proximais permanecem abertas assim como as artérias vesicais superiores • Fechamento da veia umbilical e do ducto arterioso (canal arterial) ocorre logo após o fechamento das artérias umbilicais o dessa forma, o sangue da placenta pode entrar no recém- nascido por algum tempo após o nascimento o após a obliteração a veia umbilical, forma o ligamento redondo hepático na margem inferior do ligamento falciforme o ducto venoso é obliterado e forma o ligamento venoso • Fechamento do ducto arterioso pela contração de sua parede muscular ocorre quase imediatamente o nascimento o É mediado pela bradicinina → substancia liberada durante a insuflação inicial 16 o A obliteração anatômica completa leve de 1 a 3 meses. No adulto forma o ligamento arterioso • Fechamento do forame oval é causado pelo aumento de pressão do átrio esquerdo combinado com a diminuição de pressão do direito o a primeira respiração pressiona o septo primário conta o septo secundário o durante os primeiros meses de vida esse fechamento é reversível → o choro do recém-nascido cria um shunt (desvio) da direita para a esquerda → episódio cianóticos dos recém-nascidos o aposição constante leva a fusão dos dois septos em 1 ano 17 Anatomia do coração PERICÁRDIO • o coração está localizado próximo à parede anterior do tórax imediatamente posterior ao esterno • envolto pela cavidade do pericárdio – cavidade ventral do corpo • cavidade do pericárdio está situada no mediastino inferior – médio, entre as cavidades pleurais onde se encontram também timo, traqueia e esôfago • pericárdio seroso: limita a cavidade do pericárdio. o Está dividido em ▪ lâmina visceral: mais interna. Tecido conjuntivo frouxo ou epicárdio reveste diretamente o miocárdio ▪ lâmina parietal: mais externa. É reforçada por uma camada de tecido conjuntivo denso irregular contendo muitas fibras colágenas chamada de pericárdio fibroso • lâmina parietal + pericárdio fibroso → formam o saco pericárdico • na base do coração, as fibras colágenas do pericárdio fibroso estabilizam as posições do pericárdio, do coração e dos vasos associados no mediastino • cavidade do pericárdio é o espaço estreito entre as camadas visceral e parietal do pericárdio seroso • essa cavidade é preenchida pelo liquido pericárdico (10 a 20 ml) o atua como lubrificante → reduz atrito entre as superfícies opostas o revestimento pericárdico úmido evita o atrito durante os batimentos cardíacos e as fibras colágenas que se fixam à base do coração, no mediastino, limitam a movimentação dos grandes vasos durante a contração ESTRUTURA DA PAREDE DO CORAÇÃO É formado por 3 camadas o epicárdio: camada externa o miocárdio: camada média o endocárdio: camada interna EPICARDIO • é a lâmina visceral do pericárdio seroso • forma a superfície externa do coração • É uma túnica serosa que é formada de mesotélio recobrindo uma camada de tecido conjuntivo areolar de sustentação MIOCÁRDIO • Múltiplas camadas entrelaçadas de fibras musculares cardíacas com tecido conectivo associado, vasos sanguíneos e nervos • Miocárdio atrial – fino – contem camadas que formam a imagem do numero 8 ao passarem de um átrio para outro • Miocárdio ventricular é mais espesso e a orientação das fibras musculares modifica-se de camada para camada. o Camadas superficiais envolvem ambos os ventrículos o Camadas mais profundas formam espirais ao redor e entre os ventrículos a partir de sua base que é fixa até a terminação livre do coração – ápice ENDOCARDIO • Superfícies internas das câmaras cardíacas incluindo valvas cardíacas são recobertas por um epitélio escamoso simples • O endocárdio é continuo com o endotélio dos vasos sanguíneos ligados ao coração 18 TECIDO MUSCULAR CARDÍACO MIOCARDIÓCITOS • Células musculares cardíacas ou miocardiócitos são pequenas, geralmente com um único núcleo central • Se assemelham as células musculares esqueléticas na organização das miofibrilas e o alinhamento dos sarcômeros → produzindo as estriações • São totalmente dependentes da respiração anaeróbica para obter energia necessária para continuarem contraindo • Sarcoplasma contem centenas de mitocôndrias e reservas abundantes de mioglobina • Reservas de energia são mantidas sob a forma de glicogênio e inclusões lipídicas • Os túbulos T da célula muscular cardíaca são relativamente curtos e não formam tríades com o reticulo sarcoplasmático • O suprimento circulatório do tecido muscular cardíaco é mais extenso mesmo em relação ao tecido muscularesquelético vermelho • Miocardiócitos se contraem sem comando do sistema nervoso • Células cardíacas estão interligadas por junções celulares especializadas → discos intercalados DISCOS INTERCALADOS • São estruturas exclusivas do tecido muscular cardíaco • Aspecto denteado → intenso entrelaçamento dos sarcolema em oposição • Os sarcolemas de 2 células musculares são unidos por desmossomos • Miofibrilas nessas células musculares fixam-se firmemente ao sarcolema no disco intercalado (zônulas de adesão) • Células musculares cardíacas também são conectadas por junções gap → permite a movimentação de íons e pequenas moléculas → conexão elétrica entre 2 células → potencial de ação é transmitido como se os sarcolemas fossem contínuos • A conexão química elétrica e mecânica das células musculares cardíacas fazem que o funcionamento ocorra como se fosse uma enorme célula muscular → tem sido chamada de sincício funcional ESQUELETO FIBROSO DO CORAÇÃO • Cada célula muscular cardíaca é envolvida por uma bainha resistente e elástica • As células adjacentes são mantidas unidas por fibras entrecruzadas que dão sustentação • Cada camada muscular apresenta um involucro fibroso o As lâminas fibrosas separam a camada muscular superficial da camada muscular profunda • As camadas de tecido conjuntivo são continuas as densas faixas de tecido fibroelástico que circundam: 19 o Bases do tronco pulmonar e da aorta o Valvas cardíacas • Extensa rede de tecido conectivo é chamada de esqueleto fibroso do coração FUNÇÕES DO ESQUELETO FIBROSO • Estabiliza as posições das células musculares e das valvas cardíacas • Oferece sustentação física para as células musculares e para os vasos sanguíneos e nervos no miocárdio • Distribui as forças de contração • Reforça as válvulas cardíacas e auxilia na prevenção da hiperdilatação do coração • Oferece elasticidade → auxilia o retorno do coração ao seu formato original após cada contração • Isola fisicamente as células musculares atriais das células musculares ventriculares → fundamental para a coordenação das contrações cardíacas ORIENTAÇÃO E CONFIGURAÇÃO EXTERNA DO CORAÇÃO • Localiza-se levemente a esquerda da linha média • Situa-se em um ângulo obliquo em relação ao eixo longitudinal do corpo • Está rodado em direção ao lado esquerdo LOCALIZA-SE LEVEMENTE A ESQUERDA DA LINHA MEDIA • O coração está no interior do mediastino entre os dois pulmões • A depressão na superfície medial do pulmão esquerdo é consideravelmente mais profunda do que a depressão no direito • Base do coração é a ampla porção superior → onde se liga as grandes arteiras e veias das circulações pulmonar e sistêmica o Inclui as origens dos grandes vasos e a superfície superiores dos dois átrios o Situa-se posteriormente ao esterno nível da 3ª cartilagem costal. Deslocada do centro em cerca de 1,2cm para esquerda • Ápice do coração é a extremidade inferior arredondada, voltada lateralmente, posicionada em ângulo obliquo o Atinge o 5º espaço intercostal cerca de 7,5cm da linha média • Coração adulto típico mede aproximadamente 12,5 cm da base ao ápice SITUA-SE EM UM ÂNGULO OBLIQUO AO EIXO LONGITUDINAL DO CORPO • Margem superior é formada pela base • Margem direita é formada pelo átrio direito • Margem esquerda é formada pelo ventrículo esquerdo e uma parte do átrio esquerdo o Se estende até o ápice onde encontra a margem inferior • Margem inferior é formada principalmente pela parede inferior do ventrículo direito ESTÁ LEVEMENTE RODADO PARA A ESQUERDA • O resultado da rotação a o Face esternocostal é constituída pelo átrio direito e pelo ventrículo direito o Face diafragmática é formada pela parede posterior e inferior do ventrículo esquerdo SULCOS NA SUPERFICIE EXTERNA ❖ As 4 câmaras internas estão associadas aos sulcos visíveis na superfície externa do coração o Sulco interatrial separa 2 atrios o Sulco coronário marca o limite entre os átrios e os ventrículos o Divisão entre os ventrículos direito e esquerdo é indicado por depressões lineares ▪ Sulco interventricular anterior na superfície anterior ▪ Sulco interventricular posterior na superfície posterior 20 ❖ Tecido conectivo do epicárdio nos sulcos interventriculares e coronário geralmente contem quantidades significativas de tecido adiposo que devem ser removidas para expor os sulcos ❖ Sulcos também contém as artérias e veias que suprem o musculo cardíaco ANATOMIA INTERNA E ORGANIZAÇÃO DO CORAÇÃO • Átrios e ventrículos tem funções muito diferentes o Átrios recebem o sangue que vai para os ventrículos o Ventrículos enviam o sangue para as circulações pulmonar e sistêmica • Essas diferenças funcionais estão relacionadas a diferenças estruturais internas e externas ÁTRIOS • Os dois átrios têm paredes musculares relativamente finas → altamente distensíveis • Quando o átrio está vazio sua porção externa desinfla e assemelha-se uma aba enrugada e ondulada • A extensão expansível do átrio é chamada de aurícula ou apêndice auricular • São separados pelo septo interatrial • Se comunicam com o ventrículo ipsilateral • Valvas são pregas de endocárdio que se estendem no interior das aberturas entre os átrios e os ventrículos → abrem e fecham para evitar fluxo retrogrado mantendo assim fluxo unidirecional do sangue dos átrios para os ventrículos ATRIO DIREITO • Recebe sangue venoso pobre em oxigênio da circulação sistêmica pela veia cava inferior e superior • As veias do próprio coração coletam sangue da parede cardíaca e conduzem ao seio coronário • Cristas musculares proeminentes – músculos pectíneos – estendem-se ao longo da superfície interna da aurícula direita e através da parede atrial anterior e adjacente • Septo interatrial separa os átrios direito e esquerdo. Existe até o nascimento o forame oval nesse septo o No adulto existe a fossa oval no local do forame ATRIO ESQUERDO • A partir dos capilares pulmonares o sangue rico em oxigênio flui pelas veias pulmonares e desembocam no átrio esquerdo • Não apresenta músculos pectíneos, mas apresenta uma aurícula • Sangue que flui para o ventrículo esquerdo passa pela valva mitral ou bicúspide – composta por duas válvulas cúspides VENTRICULOS • Situam-se abaixo ao sulco coronário • Septo interventricular separa os ventrículos • As demandas funcionais sobre o ventrículo direito e esquerdo são bem diferentes → distinções funcionais estruturais significativas VENTRICULO DIREITO • Sangue venoso pobre em oxigênio passa do átrio direito através da valva tricúspide As margens livres das cúspides são fixas em feixes de fibras colágenas – cordas tendíneas – os quais originam os músculos papilares – projeções cuneiformes da superfície ventricular interna As cordas limitam o movimento da valva AV e evitam refluxo de sangue 21 • Superfície interna do ventrículo tem uma serie de pregas musculares irregulares → trabéculas cárneas • Trabécula septomarginal (banda moderadora): faixa de musculo espessa que se estende do septo interventricular até a parede anterior do ventrículo direito e base do músculo papilar anterior • Superfície superior do ventrículo direito afunila-se em uma bolsa cônica de paredes lisas – cone arterial – termina na valva do tronco pulmonar o Essa valva consiste em 3 válvulas semilunares VENTRICULO ESQUERDO • É o que apresenta as paredes mais espessas → permite que o VE exerça uma pressão suficiente para propelir o sangue por toda a circulação sistêmica o Trabéculas cárneas são mais proeminentes, na há trabécula septomarginal o A valva mitral só tem 2 válvulas → só existem 2 músculos papilares • O sangue deixa o ventrículo esquerdo passando através da valva da aorta no interior da parte ascendente da aorta• Na base da parte ascendente da aorta ocorrem dilatações saculares adjacentes a cada válvulas o Essas bolsas constituem o seio da aorta → evita a aderência das válvulas a parede da aorta na hora que ela abre DIFERENÇAS ENTRE OS VENTRICULOS • Pulmões envolvem parcialmente a cavidade do pericárdio → as artérias e veias pulmonares são relativamente curtas e largas e a demanda sobre o VD não envolve forças de contração muito intensas para propelir o sangue → parede mais fina • Quando o ventrículo direito contrai se move em direção a parede do ventrículo esquerdo o Isso faz com que o sangue seja comprimido no interior do ventrículo → elevação de pressão ejeta o sangue pela valva tronco pulmonar • Ventrículo esquerdo cuja parede é bem mais espessa apresenta aparência arredondada • A contração do VE gera: o Diminuição da distância entre o ápice e a base do coração o Diminuição do diâmetro da câmara ventricular • As forças geradas são bem mais poderosas e permitem a propulsão suficiente para forçar a abertura da valva da aorta • Quando o VE contrai ele também gera um abaulamento em direção a cavidade do VD dando a ele um estimulo propulsor a mais ESTRUTURA E FUNÇÃO DAS VALVAS CARDÍACAS • Valvas atrioventriculares (AV) estão situadas entres os átrios e os ventrículos • Cada valva AV tem 4 componentes o 1 anel de tecido conectivo (direito e esquerdo) – pertencente ao esqueleto fibroso do coração o Válvulas de tecido conectivo – função é fechar a abertura entre as câmaras o Cordas tendíneas que fixam as margens das válvulas aos m. papilares da parede do ventrículo o Músculos papilares • Valvas semilunares impedem o fluxo retrógado para os 2 ventrículos. Possuem o formato de 3 bolsas em forma de meia lua o Valva do tronco pulmonar: situa-se na saída do tronco pulmonar a partir do VD o Valva da aorta: situa-se na saída da aorta a partir do VE 22 23 Conceituar pré e pós carga PRÉ CARGA • É a força ou carga exercida no miocárdio no final da diástole – relaxamento ventricular – (estiramento das fibras) • Pode dizer que se refere a quantidade de volume sanguíneo no final da diástole • Como não há como medir o estiramento da fibra ou volume a beira leito → por conta disso a medida considerada é a do volume diastólico final dos ventrículos • A relação entre volume diastólico e a pressão diastólica final é dependente da complacência (é uma medida da resistência de um órgão oco ao recuo às suas dimensões originais com a remoção de uma força compressiva ou distensível) da parede muscular • Com a complacência normal um grande aumento no volume causa um pequeno aumento na pressão o Como é preciso que ocorra um relaxamento a mais no caso do um volume maior de sangue, a capacidade desse órgão de distender impede que a pressão aumente PÓS CARGA • Refere-se a resistência ou pressão que os ventrículos têm que exercer para ejetar seu volume sanguíneo (ocorre na sístole) • É a dificuldade enfrentada pelo ventrículo durante a ejeção • É determinado por vários fatores o Volume e massa de sangue ejetado o Tamanho e espessura das paredes dos ventrículos o Impedância dos vasos (é o que mais interfere) • Na aplicação clinica são utilizadas as medidas: o Resistência vascular sistêmica (RVS) para o ventrículo direito o Resistência vascular pulmonar (RVP) para o ventrículo direito • A pós carga é inversamente proporcional a função ventricular • Um aumento da resistência causa diminuição na contração e diminuição do volume sistólico o O aumento da resistência para saída do sangue do ventrículo vai gerar o estimulo que sinaliza o coração para não forçar excessivamente → consequentemente vai ter uma diminuição na contração e no volume sistólico Pré-carga ❖ É o volume diastólico final, que está relacionado com a pressão atrial direita ❖ Quando o retorno venoso aumenta, o volume diastólico final aumenta e estira ou alonga as fibras musculares ventriculares (ver lei de Frank- Starling) Pós-carga ❖ Para o ventrículo esquerdo, é a pressão aórtica. Os aumentos da pressão aórtica provocam elevação da pós-carga (sobrecarga pressórica) no ventrículo esquerdo ❖ Para o ventrículo direito, é a pressão arterial pulmonar. Os aumentos da pressão arterial pulmonar provocam elevação da pós-carga no ventrículo direito. 24 Cardiopatias congênitas • Aproximadamente 2% dos defeitos cardíacos devem a agentes ambientais • A maioria deles causada por uma interação complexa entre influencias genéticas e ambientas • Principais teratógenos cardiovasculares: o Vírus da rubéola e talidomida o Ácido retinóico, alcool etílico o Doenças maternas como diabetes melitus insulinodependente • Os alvos dos defeitos cardíacos genéticos ou induzidos por teratógenos incluem as células progenitoras cardíaca do primeiro e do segundo campos cardíacos, células da crista neural, coxins endocárdicos entre outros • Mutações no gene de especificação cardíaca NKX2.5 resulta em comunicação interatrial, tetralogia de Fallot • Mutações no gene TBX5 resultam na síndrome de HOlt-Oram, além de defeitos no septo interventricular • Mutação aos genes que controlam a produção de proteínas sarcoméricas causam miocardiopatia heterotrófica acianogênicas com hiperfluxo pulmonar COMUNICAÇÃO INTERATRIAL (CIA) • Mais frequente no sexo feminino • A forma mais comum é o forame oval patente o O forame por si só não tem significado hemodinâmico, mas se associado a outros defeitos como estenose ou atrésia da pulmonar → causa desvio de sangue através do forame oval para o átrio esquerdo o Acianótica • Existem 4 tipos de CIA o Defeito no forame secundum o Defeito no coxim endocárdico com defeito no forame primum o Defeito no seio venoso e átrio comum • CIA de forame secundum são defeitos na área da fossa oval e incluem defeitos em ambos os septos – primum e secundum o São bem tolerados durante a infância o Sintomas como hipertensão pulmonar aparecem após os 30 anos • Forame oval patente comumente resulta da reabsorção anormal do septo primum durante a formação do forame secundum o Se ocorre absorção em locais anormais → septo primum se torna fenestrado o Se ocorre reabsorção excessiva → o septo primum resultante não fecha o forame oval → Não fecha no nascimento FISIOPATOLOGIA • As pressões intracardíacas permanecem dentro de uma faixa normal na infância • Com grande defeito as pressões AD e AE são iguais Defeitos que resultam em um desvio da esquerda para a direita são categorizados como doenças acianóticas → não comprometem a oxigenação do sangue na circulação pulmonar Defeito que resultam no desvio da direita para esquerda são considerados doenças cianóticas → o sangue desoxigenado se move do lado direito para o esquerdo sendo então enviado para a circulação sistêmica 25 SINAIS E SINTOMAS • A maioria dos pacientes com DSA pequenos é assintomática • Derivações maiores podem causar: o Intolerância a exercícios físicos o Dispneia de esforço o Fadiga o Arritmiais atriais com palpitações o Aparece sopro mesossistólico (ejeção sistólica) em crianças. Grande derivação atrial da esquerda para a direita pode produzir sopro diastólico (aumento do fluxo tricúspide) COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR (CIV) • São a forma mais comum de cardiopatia congênita • Afeta mais homens • Ocorrem em qualquer parte dos septo intraventricular sendo o CIV membranoso o mais comum • Mais frequente durante o primeiro ano, 30 a 50% dos CIV muito pequenos fecham espontaneamente • A maioria com um desvio de sangue maciço é da esquerda para direita • Fechamento incompleto do forame IV resulta de uma falha no desenvolvimento da parte membranácea do septo IV o Resulta também da deficiênciade prolongamento do tecido subendocárdico no crescimento e fusão com septo aorticopulmonar e a porção muscular do septo IV SINAIS E SINTOMAS • Crianças com pequeno DSV são assintomáticas, crescem e desenvolvem- se normalmente • CIV com excessivo fluxo sanguíneo resulta em: o Dispneia o Insuficiência cardíaca (ganho de peso insuficiente, fadiga após as refeições) aparece entre 4 e 6 semanas de vida o Crianças não tratadas podem desenvolver síndrome de Eisenmenger • Nos pequenos DSV são audíveis sopros sistólicos curtos • No moderados DSV produzem sopros holossistólicos (2 a 3 semana de vida) • Nos altos fluxos o sopro pé frequentemente muito sonoro e acompanhado por frêmito FISIOPATOLOGIA • O sangue flui facilmente pelos defeitos maiores → a pressão se equaliza entre os ventrículos direito e esquerdo o há uma grande derivação esquerda-direita • Se não houver estenose pulmonar, com o tempo, grande derivação causa hipertensão e aumento da resistência vascular da artéria pulmonar, sobrecarga de pressão ventricular direita e hipertrofia ventricular direita 26 • No final, o aumento da resistência vascular pulmonar provoca reversão da direção da derivação (da direita para o ventrículo esquerdo) → síndrome de Eisenmenger (Síndrome de Eisenmenger) • Defeitos menores, também conhecidos como DSVs restritivos, limitam o fluxo de sangue e a transmissão de alta pressão ao coração direito. Esses DSVs resultam em derivação da esquerda para a direita relativamente pequena, e a pressão na artéria pulmonar é normal ou minimamente elevada PERSISTENCIA DO CANAL ARTERIAL • Ducto arterial patente (DAP) • Comum mais no sexo feminino (desconhecida a razão) • Fechamento funcional ocorre logo após o nascimento • Se permanece o sangue aórtico é desviado para o tronco pulmonar • Associado a infecção materna por rubéola no inicio da gravidez • Fechamento cirúrgico é o tratamento usual • Pode ocorrer como anomalia isolada ou em associação a defeitos cardíacos • Grandes diferenças de pressões entre a sanguíneas aórtica e pulmonar podem causa fluxo sanguíneo maior através do DA → impede uma contração normal • Cerca de 90% dos casos de PCA ocorrem como anomalia isolada e são classificados de acordo com o grau de shunt esquerda-direita (silenciosa, pequena, moderada, grande e Eisenmenger • O restante está mais frequentemente associado a DSV, coarctação ou estenose pulmonar ou aórtico SINAIS E SINTOMAS • Como a derivação é, a princípio, da esquerda para a direita, não ocorre cianose. • Com o passar do tempo, verifica-se o desenvolvimento de doença vascular pulmonar obstrutiva, com reversão final do fluxo e suas consequências associadas. • Os adultos com uma grande PCA eventualmente apresentam-se com um curto sopro de ejeção sistólica, hipoxemia nos pés mais do que nas mãos (cianose diferencial) e fisiologia de Eisenmenger • Se o sopro é audível tem som em locomotiva. Sopro continuo FISIOPATOLOGIA • Ao nascimento, a elevação da PaO2 e o declínio na concentração da prostaglandina causam o fechamento do ducto arterioso quase sempre nas primeiras 10 a 15 h de vida. • Se esse processo normal não acontecer, há PDA • Base embriológica do DAP é a falta de involução do ducto arterial após o nascimento a não formação do ligamento arterial o A falta de contração da parede muscular é a causa primária 27 DEFEITO DO SEPTO ATRIOVENTRICULAR (DSVA) • Resultam do desenvolvimento anormal do canal AV embriológico → coxins endocárdicos superior e inferior não sofrem fusão adequada, resultando em: o fechamento incompleto do septo AV o formação inadequadas valvas tricúspide e mitral • DSAV parcial: constituindo em DSA primum e folheto mitral anterior fendido → causa insuficiência mitral o septo ventricular está intacto. o As anormalidades hemodinâmicas são semelhantes às do DSA ostium secundum (p. ex., derivação da esquerda para a direita no nível atrial, câmeras do coração direito alargadas, maior fluxo sanguíneo pulmonar) com resultados adicionais de graus variáveis da regurgitação da válvula AV esquerda. • DSAV completo: grande DSAV combinado e grande valva AV comum → todas as 4 câmaras cardíacas comunicam-se livremente o Induz hipertrofia de volume de cada uma delas o Reparo cirúrgico é possível o A derivação no nível atrial é geralmente grande. o A derivação no nível ventricular é menor do que no DSV completo, e a pressão ventricular direita é menor do que a pressão no ventrículo esquerdo. o A hemodinâmica depende em grande parte do tamanho do DSV e se há insuficiência AV significativa. SINAIS E SINTOMAS • defeito do septo AV completo, com grande derivação da esquerda para a direita • determina sinais de IC (p. ex., taquipneia dispneia durante a alimentação, ganho de peso deficiente, diaforese) por volta das quatro a seis semanas de idade. • A doença obstrutiva vascular pulmonar (síndrome de Eisenmenger) é geralmente uma complicação tardia, porém pode ter início mais cedo, em especial em crianças com síndrome de Down. • Defeitos do septo AV parcial são assintomáticos durante a infância se a regurgitação mitral é leve ou ausente. • Contudo, os sintomas (p. ex., intolerância ao exercício, fadiga, palpitações) podem aparecer na adolescência ou no adulto jovem • Crianças com defeito parcial apresentam sopro mesossistólico • Se a insuficiência mitral coexistir, também haverá um sopro holossistólico sonoro no ápice. 28 ESTENOSE DAS VALVAS SEMILUNARES • estenose da valva pulmonar ou da valva aórtica ocorre quando as valvas semilunares estão fusionadas por distâncias variáveis. • No caso de estenose da valva pulmonar, o tronco da artéria pulmonar é estreito ou mesmo atrésicos. • O forame oval persistente constitui, então, a única saída para o sangue do lado direito do coração. A persistência do canal arterial possibilita a única via de acesso para a circulação pulmonar. • Desenvolvimento de sintomas → assemelham-se aos da estenose aórtica (síncope, angina e dispneia) • Os sinais visíveis e palpáveis refletem os efeitos da HVD e incluem proeminência da onda a na veia jugular (decorrente da contração atrial vigorosa contra um VD hipertrofiado), impulso ou levantamento precordial do VD e frêmito sistólico paraesternal esquerdo no segundo espaço intercostal. • O sopro de ejeção rude, em crescendo-decrescendo é audível • Na estenose valvar aórtica, a fusão das valvas espessadas pode ser tão completa que permanece uma abertura apenas do tamanho de um buraco de agulha. O tamanho da aorta em si, em geral, é normal. o As alterações encontradas em valvas aórticas são consideradas como cardiopatias congênitas acianóticas • Quando a fusão da valva aórtica (valva semilunar) é completa – atresia da valva aórtica– a aorta, o ventrículo esquerdo e o átrio esquerdo são substancialmente subdesenvolvidos. A anomalia, em geral, é acompanhada por persistência do canal arterial, que fornece sangue para a aorta. • estreitamento valvar dificulta o esvaziamento adequado do ventrículo esquerdo, favorecendo o desenvolvimento de hipertrofia ventricular por sobrecarga crônica e progressiva do ventrículo, com consequente redução de aporte sanguíneo ao músculo cardíaco e aos demais tecidos. • aumento de pressão sistólica ventricular esquerda é resultado da obstrução da ejeção do sangue. • Com isto, à medida que a complacência ventricular diminui, a pressão diastólica final e o trabalho cardíaco total aumentam com progressão para insuficiência cardíaca • sopro da estenose aórtica aumenta tipicamente com manobras que aumentam o volume e a contratilidade VE Cianogênicas TETRALOGIA DE FALLOT • Consistem em um grupo de defeitos cardíacos o Estenose pulmonar o Defeito do septo ventricular (DSV)o Dextroposição da aorta (aorta acavalada) o Hipertrofia do ventrículo direito • Tronco pulmonar é comumente pequeno • Podendo haver vários graus de estenose da artéria pulmonar • Ocorre quando a divisão do tronco arterial é tão desigual que o tronco pulmonar não tem luz ou não há um orifício no nível da válvula pulmonar • Atrésia pulmonar pode ou não estar associada a um DSV FISIOPATOLOGIA • DSV normalmente é amplo; portanto, as pressões sistólicas nos ventrículos direito e esquerdo (e na aorta) são iguais • fisiopatologia depende do grau de obstrução do fluxo de saída do ventrículo direito. 29 o Obstrução leve pode produzir derivação da esquerda para a direita líquida através do DSV; o Obstrução grave ocasiona derivação da direita para a esquerda, acarretando saturação arterial sistêmica baixa (cianose), que não responde à suplementação com O2 • mecanismo é incerto, mas vários fatores podem ser importantes ao provocar elevação da derivação da direita para a esquerda e queda da saturação arterial. • Os fatores incluem aumento da obstrução do fluxo de saída do ventrículo direito, aumento da resistência vascular pulmonar e/ou diminuição da resistência sistêmica — um círculo vicioso causado pela queda inicial na Po2 arterial, que estimula os centros respiratórios e provoca hiperpneia e eleva o tônus adrenérgico. • O aumento das catecolaminas circulantes, então, estimula a contratilidade elevada, que aumenta a obstrução do fluxo de saída SINAIS E SINTOMAS • Neonatos com obstrução (ou atresia) do fluxo de saída ventricular direito grave têm cianose e dispneia graves durante a amamentação com baixo ganho de peso. o Mas neonatos com obstrução leve podem não apresentar cianose em repouso. • Crises podem ser precipitadas pela atividade e são caracterizadas por hiperpneia paroxística (respirações rápidas e profundas), irritabilidade e choro prolongado, aumento da cianose e diminuição da intensidade do sopro cardíaco • Crise grave pode ocasionar prostração, convulsão e, ocasionalmente, morte. • Ausculta detecta sopro rude mesossistólico o O sopro na tetralogia sempre é decorrente de estenose pulmonar; o DSV é silencioso porque é grande e não tem gradiente de pressão Defeitos nas valvas cúspides ESTENOSE DA VALVA MITRAL • Representa a abertura incompleta da valva mitral durante a diástole com distensão arterial esquerda e enchimento prejudicado do VE • De forma menos frequente o defeito é congênito e se manifesta durante a infância ou em época mais precoce • É caracterizada pela substituição do tecido valvar por um tecido mais fibroso, juntamente com rigidez e fusão do aparelho valvar • As valvas da valva mitral se fundem em suas bordas e o envolvimento das cordas tendíneas causa um encurtamento que pua as estruturas valvares mais profundamente para dentro do ventrículo • A medida que aumenta a resistência do fluxo através da valva o átrio esquerdo se torna dilatado e a pressão atrial esquerda se eleva o Pressão atrial esquerda aumentada é transmitida para o sistema venoso pulmonar causando congestão pulmonar • A medida que a doença progride os sinais de debito cardíaco diminuído ocorrem durante esforço extremo ou outras situações que causam 30 taquicardia → reduz o tempo do enchimento diastólico → aumenta a pressão contra a qual o coração deve bombear → leva a insuficiência cardíaca do lado direito SINTOMAS • Congestão pulmonar o Dispneia paroxística noturna e ortopneica • Palpitações • Dor torácica • Fraqueza e fadiga • murmúrio da estenose da valva mitral é ouvido durante a diástole quando o sangue está fluindo através do orifício valvar obstruído → murmúrio surdo de timbre baixo REGURGITAÇÃO DA VALVA MITRAL • é caracterizada pelo fechamento da valva mitral • com volume de batimentos cardíacos do VE dividido entre o volume sistólico para a frente (para dentro da aorta) e o volume regurgitante (que volta para o átrio esquerdo) • pode resultar da: o ruptura das cordas tendíneas ou dos músculos papilares, o disfunção dos músculos papilares o distensão das estruturas valvares → dilatação do VE ou do orifício valvar • as alterações hemodinâmicas associadas a regurgitação crônica mitral ocorrem mais lentamente permitindo o recrutamento de mecanismos compensatórios o aumento no volume final diastólico ventricular esquerdo permite um aumento no volume sistólico total → restauração do fluxo para frente em direção a aorta o a pré-carga aumentada e a pós carga reduzida ou normal (proporcionadas descarregando o VE no AE) facilitam a ejeção do VE • conforme a doença progride a função VE e torna danificada, o volume sistólico para a frente diminui e a pressão atrial esquerda aumenta → congestão pulmonar dextrocardia • tubo cardíaco se dobra para a esquerda em vez de se dobrar para a direita → o coração fica deslocado para a direita e há uma transposição, na qual o órgão e seus grandes vasos estarão invertidos da esquerda para a direita como uma imagem no espelho • na situs inversus (transposição de vísceras tais como fígado) é baixa a incidência de defeitos cardíacos associados 31 Fisiologia cardiovascular Histologia do músculo cardíaco • Tem os mesmos tipos de arranjos e filamentos contráteis do musculo esquelético → estriações transversais • Exibem os discos intercalares: locais de fixação altamente especializados entre as células adjacentes ESTRUTURA DO MUSCULO CARDIACO NUCLEO CENTRAL • A localização central do núcleo nas células musculares cardíacas distingue as das musculares esqueléticas • São mono ou binucleadas • As miofibrilas se separam para passar ao redor do núcleo criando uma região justanuclear visível → organelas encontram-se concentradas o Essa região é rica em mitocôndrias e contem o aparelho de golgi, grânulos de lipofuscina (pigmento que aparece em células com vida longa e que não se multiplicam) e glicogênio o Nos átrios do coração → os grânulos atriais estão concentrados na região justanuclear • Os grânulos atriais contêm dois hormonios polipeptídicos, ambos são diuréticos afetando a excreção urinária de sódio →inibem a secreção de renina pelo rim e a secreção de aldosterona pela glândula suprarrenal o Fator natriurético atrial (FNA): faz baixar a pressão arterial o Fator natriurético cerebral (FNC) MITOCONDRIAS E GLICOGENIO • Além das mitocôndrias justanucleares, as células musculares cardíacas são caracterizadas por mitocôndrias grandes densamente embaladas em miofibrilas • Grânulos de glicogênio também estão localizados entre miofibrilas • Assim as estruturas que fornecem energia (glicogênio) e as que captam energia (mitocôndria) estão localizadas adjacentes as estruturas (miofibrilas) que utilizam a energia para a contração DISCOS INTERCALARES • Representa o local de fixação entre as células musculares cardíacas • Aparece como uma estrutura linear densamente corada orientada transversalmente à fibra muscular • Consiste em segmentos curtos dispostos de maneira semelhante a um degrau o Componente transverso cruza as fibras em um ângulo reto as miofibrilas o Componente lateral situa-se paralelamente as miofibrilas • Fáscias de aderência (junção de aderência): principal constituinte do componente transverso. o Sustenta as célula as musculares cardíacas em suas extremidades para formar a fibra muscular cardíaca funcional o Serve como local de aderência no qual os filamentos finos do sarcômero terminal ancoram na membrana plasmática • Máculas de aderência (desmossomos): ligam as células musculares individuais entre si o Ajudam evitar que as células se separem sob tensão das contrações repetitivas regulares o Reforçam a fáscia de aderência o São encontradas nos componentes transversais e laterais • Junções comunicantes(tipo GAP): constituem o principal elemento estrutural do componente lateral 32 o Fornecem a continuidade iônica entre as células musculares cardíacas adjacentes → passagem de macromoléculas de informações o Permite que as células como um sincício enquanto mantem a integridade e individualidade celular o A posição nas superfícies laterais as protege das forças da contração RETICULO ENDOPLASMÁTICO LISO • Está organizado em um rede única ao longo do sarcômero estendendo-se de uma linha Z a outra o Existe apenas um túbulo T por sarcômero • As pequenas cisternas terminais do REL estão em intima proximidade com os túbulos T → formam a díade ao nível da linha Z • São maiores e mais numerosos no musculo ventricular cardíaco que no esquelético • São menos numerosos no musculo atrial cardíaco CONTRAÇÃO DO MUSCULO CARDIACO • A despolarização da membrana do túbulo T ativa as proteínas sensoras de voltagem → tem estrutura e função semelhante aos canais de Ca • A despolarização duradoura no musculo cardíaco → ativa esses sensores e ocasiona a lenta mudança conformacional em canais de Ca funcionais • No primeiro estagio do ciclo de contração do musculo cardíaco → o Ca do túbulo T é transportado para o sarcoplasma do músculo cardíaco → que abre os canais de libertação de Ca • Mecanismo de liberação de cálcio desencadeado pelo cálcio causa uma liberação maciça e rápida do Ca adicional que inicia as etapas subsequentes do ciclo de contração (idênticas ao esquelético) • Exibem uma contração rítmica espontânea • O batimento é iniciado, regulado em nível local e coordenado por células musculares cardíacas modificadas especializadas → células de condução cardíaca o Essas células estão organizadas em nós e em fibras de condução altamente especializadas denominadas fibras de purkinje → geram e transmitem rapidamente o impulso contrátil a várias partes do miocárdio em um sequencia precisa • As fibras nervosas simpáticas e parassimpáticas terminam em nós o Estimulação simpática → acelera o batimento cardíaco por aumentar a frequência dos impulsos para as células de condução cardíaca o Estimulação parassimpática → alentece o batimento cardíaco por diminuir a frequência dos impulsos • Os impulsos transportados pelos nervos não iniciam a contração → apenas modificam a frequência da contração intrínseca do musculo cardíaco → efeitos no nós CÉLULAS DE CONDUÇÃO (AUTORRÍTIMICAS) • Encontradas em nós e feixes musculares • O batimento se inicia no nó sinoatrial → dissemina-se ao longos das fibras e dos feixes internodais → chega no nó atrioventricular localizado na parede interna ou medial do ventrículo direito – adjacente a valva tricúspide → conduzem o impulso para o feixe de his – dentro do septo ventricular → o feixe se divide em ramo direito e esquerdo → chegando no ventrículo onde o impulso é transmitido pelas fibras de Purkinje • Fibras de purkinje: o Miofibrila na periferia das células o Núcleos maiores o Citoplasma entre o núcleo e as miofibrilas cora-se perifericamente → alta concentração de glicogênio nessa região • Correspondem a 1% das células cardíacas • Possuem a capacidade de se contrai sem qualquer sinal externo → sinal é miogênico – originado dentro do próprio musculo • Também são chamadas de células marca-passo → determinam a frequência dos batimentos cardíacos • São menores e contem menos fibras contráteis 33 • Não possuem sarcômeros organizados → não contribuem para a força contrátil do coração LESÃO E REPARO • Lesão localizada do tecido muscular cardíaco que resulta em morte das células → a função cardíaca é perdida no local da lesão o Esse padrão de lesão e reparo é encontrado no infarto do miocárdio não fatal o Os níveis de troponina TnI e TnT aumentam no sangue após o IM • Células maduras cardíacas são capazes de dividir o O número de núcleos em divisão é de 0,1% Processo de contração cardíaca ACOPLAMENTO EXCITAÇÃO CONTRAÇÃO • Potencial de ação também inicia o acoplamento EC, no entanto, o potencial de ação origina-se espontaneamente nas células marca-passo do coração → se propaga para as células contrateis pelas junções GAP LIBERAÇÃO DE CÁLCIO INDUZIDA POR CÁLCIO 1. Potencial de ação entra em uma célula contrátil → se move pelo sarcolema → entra nos túbulos T → abre os canais de Ca dependentes de voltagem tipo L na membrana das células 2. Ca entra nas células através desses canais movendo-se a favor do seu gradiente eletroquímico → a entrada abre os canais liberadores de cálcio do tipo rianodínico (RyR) no retículo sarcoplasmático 3. Quando os canais abrem o cálcio estocado flui para fora do retículo e entra no citosol → fornecimento de 90% do Ca para a contração muscular → difunde-se pelo citosol 4. Lá se liga a troponina e inicia o ciclo de formação de pontes cruzadas e o movimento – deslizamento de filamentos 5. Com a diminuição das concentrações citoplasmáticas de Ca → Ca desliga- se da troponina liberando a actina da miosina → filamentos contráteis deslizem para a posição relaxada 6. O Ca é transportado de volta para o reticulo sarcoplasmático com ajuda da Ca-ATPase e é removido pelo trocador Na-Ca (saída de 1 Ca em troca da entrada de 3 Na) o O Na que entra é removido pela Na-K-ATPase CONTRAÇÃO GRADUADA • Propriedade-chave das células musculares cardíacas é a capacidade de uma única fibra executar contrações graduadas → fibra varia a quantidade de força que gera • A força gerada é proporcional ao número de ligações cruzadas que estão ativas 34 • O numero de ligações cruzadas é determinado pela quantidade de Ca ligado a troponina o Concentrações citosólicas baixas de cálcio → gera uma força de contração menor o Adição de cálcio extracelular → maior liberação de cálcio do reticulo sarcoplasmático → aumentando o numero de ligações com a troponina → aumentando a força de contração • O estiramento de fibras individuais depende da quantidade de sangue existente no interior das câmaras cardíacas → propriedade importante é a relação entre volume ventricular e a força de contração POTENCIAIS DE AÇÃO NO MIOCÁRDIO • Cada um dos 2 tipos de células musculares cardíacas tem um potencial de ação distinto → variando no formato dependendo do local no coração onde é medido • O Ca desempenha papel fundamental no potencial de ambos os tipos celulares CÉLULAS MIOCARDICAS CONTRÁTEIS • Se comparado a neurônios e células musculares esqueléticas possuem um potencial de ação mais longo devido a entrada de Ca • Fase 4 – potencial de membrana em repouso: células miocárdicas tem potencial de – 90mV • Fase 0 – despolarização: o quando a onda de despolarização entra na célula contrátil através das junções comunicantes → potencial de membrana se torna positivo o canais dependentes de Na se abrem → entrada de Na → despolarização rápida da célula o potencial atinge + 20mV antes dos canais de Na se fecharem. (esses canais possuem 2 comportas similares aos do neurônio) • Fase 1 – repolarização inicial: quando os canais de Na se fecham → começa a repolarização da célula a medida que o K deixa a célula pelos canais de K abertos • Fase 2 – o platô: o repolarização inicial é breve → potencial de ação então se achata e forma um platô como resultado de dois eventos: ▪ diminuição na permeabilidade de K ▪ aumento a permeabilidade ao Ca o canais de Ca dependentes de voltagem ativados na despolarização foram abertos lentamente nas fases 0 e 1 o quando estão abertos → Ca entra na célula o ao mesmo tempo, canais rápidos de K se fecham o combinação do efluxo de K faz o potencial de ação se achatar e formar um platô • Fase 3 – repolarização rápida: o platô termina quando os canais de Ca se fecham e a permeabilidade ao K aumenta novamente o canais lentos deK responsáveis por essa fase são ativados pela despolarização, no entanto se abrem lentamente o quando estão abertos → o K sai rapidamente e a célula retorna para seu potencial de repouso • Influxo de Ca durante a fase 2 prolonga a duração do potencial no miocárdio → isso contribui para impedir a contração sustentada – tétano e permitir o relaxamento • Esse relaxamento entre as contrações é importante para permitir que os ventrículos se encham com sangue 35 CÉLULAS MIOCÁRDICAS AUTOEXCITÁVEIS • O potencial de ação da membrana instável que se inicia em – 60mv → confere a propriedade a essas células de gerarem potencial de ação espontâneo e sem ausência de sinal • Esse potencial de membrana é chamado de potencial marca-passo → ao invés de repouso uma vez que ele nunca é constante • Sempre que ele dispara até o limiar as células auto excitáveis disparam um potencial de ação • Essa instabilidade do potencial é devido a canais iônicos diferentes o Quando o potencial é – 60mv → os canais if se tornam permeáveis ao K e ao Na o São denominados assim If → permitem o fluxo da corrente e devido suas propriedades não usais → seu comportamento fosse denominado de funny o Canas If pertencem a família de canais HCN – dependentes de nucleotídeos cíclicos ativados por hiperpolarização 1. Quando os canais se abrem em potenciais de membrana negativos → influxo de Na excede o efluxo de K 2. Influxo resultante despolariza a célula e a medida que fica mais positivo eles se fecham lentamente e alguns canais de Ca se abrem 3. Influxo resultante de Ca continua a despolarização direcionando o potencial ao limiar 4. Quando ele alcança o limiar canais adicionais de Ca dependentes de voltagem se abrem 5. Calcio entra rapidamente na célula → gerando a fase de despolarização rápida do potencial de ação 6. Quando os canais de Ca se fecham no pico do potencial → o canais lentos de K se abrem 7. Fase de repolarização do potencial de ação auto excitável é devida ao efluxo de K • A velocidade na qual as células marca-passo despolarizam determina a frequência com que o coração contrai • Intervalo entre os potenciais de ação pode ser modificado pela alteração da permeabilidade das células auto excitáveis para diferentes íons → modifica a duração do potencial marca-passo 36 SINAIS ELETRICOS COORDENAM A CONTRAÇÃO • Comunicação elétrica começa com um potencial de ação em uma célula auto excitável • Depolarização propaga-se rapidamente para as células vizinhas através das junções gap • É seguida por uma onda de contração que passa do átrio para os ventrículos 1. Despolarização inicia-se no nó sinoatrial 2. Propaga-se rapidamente pelas fibras internodais conectadas ao nó atrioventricular 3. A despolarização move-se para os ventrículos e é conduzido para baixo pelo feixe de His 4. De lá se ramifica em direita e esquerda os quais continuam se deslocando até o ápice do coração 5. Onde se dividem em pequenas fibras de purkinje que se espalham lateralmente entre as células contrateis • A condução é mais rápida pelas vias internodais e mais lenta pelas células contrateis • Quando o sinal se espalha pelos átrios, encontram o esqueleto fibroso do coração na junção entre os átrios e os ventrículos → impede que sinais elétricos sejam transferidos dos átrios para os ventrículos → o nó AV se torna um único caminho para o sinal alcançar os ventrículos • A velocidade de transmissão das fibras de purkinje faz com que elas se contraiam quase que ao mesmo tempo • É necessário direcionar o sinal elétrico pelo nó AV o porque o sangue precisa sair pelas aberturas localizadas nas porções superiores ▪ Caso não tivesse o direcionamento, os átrios se contrairiam antes dos ventrículos impedindo o fluxo para cima o É importante atrasar um pouco a transmissão do potencial de ação → isso permite que os átrios completem suas contrações antes dos ventrículos iniciarem a deles ▪ O atraso no nó ocorre devido a diminuição na velocidade de condução dos sinais através das células nodais 37 MARCA-PASSO E A FREQUENCIA CARDÍACA • Células do nó SA determinam o ritmo dos batimentos cardíacos • Outras células do sistema de condução – as do nó AV e as fibras de purkinje – apresentam a capacidade gerar potenciais o porem por serem mais lentas normalmente não tem a oportunidade de determinar a frequência • se o nó SA apresentar defeito → um dos marca-passos mais lentos deve assumir o ritmo ou diferentes partes do coração obedecerem a mais de um marca-passo • Na condição de bloqueio cardíaco completo → a condução de sinal pelo nó AV está bloqueada o Dessa forma, o nó SA manda seu impulso, mas ele não chega aos ventrículos o Por causa disso a célula marca passo mais rápida dos ventrículos assume o ritmo fazendo com o ventrículo se adapte ao seu ritmo o Se as contrações ventriculares são muito lentas para manter um fluxo sanguíneo adequado pode ser necessário manter o ritmo cardíaco artificialmente SISTEMA NERVOSO AUTONOMO MODULA A FREQUENCIA CARDIACA CONTROLE PARASSIMPÁTICO • Neurotransmissor do parassimpático ACh → diminui a frequência cardíaca • ACh ativa os receptores colinérgicos muscarínicos que influenciam os canais de K e Ca o Aumenta a permeabilidade ao K → hiperpolarizando a célula o Diminui a permeabilidade ao Ca → retarda a taxa em que o potencial marca-passo despolariza • Ambos efeitos fazem com a célula demore a alcançar o limiar → atrasando o inicio do potencial de ação no marca passo e diminuindo a frequência cardíaca CONTROLE SIMPÁTICO • Estimulação simpática nas células marca-passo aumenta frequência cardíaca • As catecolaminas noradrenalina e adrenalina → aumentam o fluxo iônico através dos canais If e de Ca • A entrada mais rápida de cátions acelera a despolarização → faz com que a célula atinja seu limiar mais rapidamente → aumentando a taxa de disparo do potencial de ação • Quando o marca passo lança potenciais mais rápidos → ocorre aumento da frequência cardíaca • Catecolaminas exercem seus efeitos se ligando aos receptores β1- adrenergicos nas células auto excitáveis • Os receptores β1 usam a proteína Gs (AMPc) para alterar as propriedades dos canais iônicos • No caso dos canais If que são dependentes de nucleotídeos cíclicos o próprio AMPc se liga para abrir os canais If → mantendo-os abertos por mais tempo o A permeabilidade aumentada ao Na e ao Ca durante as fases do potencial marca-passo acelera a despolarização 38 Ciclo cardíaco • Cada ciclo possui 2 fases: o Diástole: o musculo cardíaco relaxa o Sístole: o musculo cardíaco contrai • O fluxo flui de uma área de maior pressão para outra de menor pressão o A contração prova aumento na pressão o O relaxamento diminui a pressão 1. Coração em repouso – diástole atrial e ventricular • Os átrios estão se enchendo com o sangue vinda das veias e os ventrículos acabaram de completar uma contração • A medida que os ventrículos relaxam as valvas AV se abrem e sangue flui por ação da gravidade para os ventrículos • Ventrículos relaxados expandem-se para acomodar o sangue que entra 2. Termino do enchimento ventricular: sístole atrial • maior quantidade de sangue entra nos ventrículos enquanto os átrio estão relaxados • a contração atrial inicia seguindo a onda de despolarização que acompanha a contração que percorre rapidamente os átrios • a pressão aumentada que acompanha a contração empurra o sangue para os ventrículos • embora a abertura das veias se estreite durante a contração → uma pequena quantidade de sangue é forçada de volta para as veias – pela falta de valvas unidirecionais para o bloquear o refluxo de sangue o esse refluxo é observado como um pulso na veia jugular quando
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