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Petição inicial - Ação de Reintegração de Posse

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Excelentíssimo Juiz de Direito da _ª Vara Cível da Comarca de Foz do Iguaçu/PR
CONSTRUTORA AMIGOS LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 57.719.559/0001-07, com sede localizada na Rua Carlos Gomes, 1141, em Foz do Iguaçu/PR, vem perante Vossa Excelência através do advogado abaixo assinado, instrumento de procuração em anexo, com endereço profissional à rua AB, 123, onde recebe intimações propor AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE em face de OSVALDO LUIZ DA SILVA, brasileiro, estado civil ignorado, autônomo, residente e domiciliado em Foz do Iguaçu/PR, podendo ser encontrado na área invadida da autora junto à BR 479 – Avenida Mercosul, cabeceira da Ponte da Fraternidade e MARIA DA SILVA, brasileira, estado civil e profissão ignorados, residente e domiciliada em Foz do Iguaçu/PR, podendo ser encontrado no mesmo endereço da invasão citado acima, e demais invasores da área de terra, o que faz com fundamento no artigo 5º, XXII da Constituição Federal de 1988, 1.210 do Código Civil e 555, 560 e 561 do Código de Processo Civil, o que faz pelos motivos de fato e direito adiante expostos: 
1. DOS FATOS
Desde o ano de 1991, a autora é proprietária do imóvel constituído pelo Lote n.º 15, da parte Sul do Patrimônio Municipal, situado nesta cidade, sem benfeitorias, com a área de 358.226,76m2, conforme as divisas e confrontações constantes da matrícula n.º 004492, do Cartório do Registro de Imóveis da 2.ª Circunscrição da Comarca de Foz do Iguaçu/PR, e desde então, exerce a posse sobre o imóvel, tanto que tal situação foi reconhecida na sentença e no Acórdão dos autos de reintegração entre as mesmas partes, que já tramitou no Juízo da 1.ª Vara cível da Comarca de Foz do Iguaçu/PR.
No ano de 2008, os réus da presente ação, conluiados com outras pessoas, já invadiram a área objeto da presente ação, e após a tramitação do feito até o seu final, foi a sentença de reintegração de posse confirmada por Acórdão transitado em julgado no Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, cuja relatoria foi realizada pelo Eminente Magistrado Ronald J. Moro, devidamente cumprida, nos autos nº. 0001269-09.2008.8.16.0030, que tramitou junto a 1.ª Vara Cível da Comarca de Foz do Iguaçu/PR. 
A requerente travou contrato de comodato com Hilário Antônio Mariano iniciado no dia 01 de julho de 2015 até 30 de junho de 2018 e, posteriormente, foi firmado um contrato de parceria agrícola sob a área em questão com Sr. Márcio Carlos Pedroso, iniciado em 21 de dezembro de 2018 com prazo de dois anos, ou seja, que terminará somente em dezembro de 2020.
Conforme declarações testemunhais juntadas em anexo, é cediço que a autora da presente ação é detentora da posse indireta sobre o bem, portanto, é legítimo o seu direito através da ação de cunho possessório, sem prejuízo da posse direta do parceiro agrícola contratado.
Tendo em vista a experiência de invasões anteriores, relatadas acima, a Construtora mantém pessoa autorizada para averiguar a regularidade de todas as áreas das quais é proprietária em Foz do Iguaçu/PR, de modo a verificar a integridade física dos imóveis e detectando eventuais problemas, sendo este, o Sr. Arnaldo de Campos, e há aproximadamente 15 (quinze) dias atrás informou a requerente que a referida área de terra foi invadida novamente pelos réus da presente ação. 
Por meio das fotografias apresentadas, nota-se que os invasores construíram no local duas barracas de lona preta e um casebre de madeira com telha de fibrocimento em meio à algumas árvores lá existentes, de maneira clandestina e furtiva, bem como, foi utilizada parte da área plantada pelo parceiro agrícola Sr. Márcio Carlos Pedroso, que atualmente planta soja e trigo no local. 
Ato contínuo à invasão, os invasores armados de facão e foice impediram, inclusive, o possuidor direto e parceiro agrícola da Construtora de comparecer no local, efetivando esbulho possessório sobre toda a área.
Por meio de mapa feito da invasão por topógrafo agrimensor, e fotografias tiradas no início do mês, verifica-se nitidamente as barracas edificadas, amoitadas por debaixo da vegetação de forma a ficarem escondidas sendo construções recentes, precárias e provisórias, havendo também, ameaça de ampliação da invasão e sedimentação através de novas construções, cada vez mais elaboradas.
Ademais, há noticia de que os réus estão aliciando mais pessoas para se deslocarem até o local, com a finalidade de tornar a situação um verdadeiro problema social, dificultando a retirada dos esbulhadores, de modo que não resta outra alternativa ao autor senão bater as portas do Poder Judiciário.
2. DO DIREITO
2.1. DA POSSE
A requerente é proprietária do imóvel objeto da presente ação desde o ano de 1991, situação que foi confirmada na sentença e no Acórdão dos autos de reintegração entre as mesmas partes, que já tramitou no Juízo da 1.ª Vara cível da Comarca de Foz do Iguaçu/PR, porém, atualmente, é detentora de posse indireta sobre o bem, tendo em vista, a celebração de contrato de parceria agrícola, em anexo, com o Sr. Márcio Carlos Pedroso, possuindo assim a área através de seu arrendatário.
2.2. DO ESBULHO
Conforme relatado acima, o parceiro agrícola da requerente Sr. Márcio Carlos Pedroso, ao comparecer ao local, se deparou com os invasores armados com facões e foices, de maneira a impedir o possuidor direto do bem a adentrar no imóvel, efetivando o esbulho possessório sobre a área.
2.3. DA DATA DO ESBULHO
Há aproximadamente 15 (quinze) dias atrás – 09 de março de 2020, o Sr. Arnaldo de Campos, responsável por averiguar a regularidade de todas as áreas das quais a autora é proprietária na cidade verificou a invasão dos réus no imóvel e informou a situação à referida proprietária, caracterizando-se assim, por posse nova. 
2.4. DA PERDA DA POSSE
Em conformidade com o exposto acima, a perda da posse ocorreu a partir do momento em que o Sr. Márcio Carlos Pedroso não conseguiu adentrar ao imóvel, haja vista, a iminente ameaça de violência dos invasores contra o mesmo.
Assim, caracterizada a posse nova, aquela com menos de ano e dia, há a possibilidade da desocupação liminar do bem em favor da requerente. Conforme determina o artigo 560 do Código de Processo Civil, em caso de esbulho o possuidor tem direito à ser reintegrado.
Devidamente demonstrado os requisitos do artigo 561 do Código de Processo Civil, é notória a urgente necessidade de uma resposta adequada do Poder Judiciário para que a situação não se agrave com enorme prejuízo aos direitos da autora da presente ação.
Nesse sentido, o artigo 562 do mesmo código determina a possibilidade de concessão liminar da reintegração para que sejam os invasores retirados, restituída a ordem, a paz e a regularidade da proteção aos diretos inerentes à propriedade e posse da área invadida.
3. DOS PEDIDOS
Posto isto requer:
a) Deferir liminarmente a reintegração do imóvel constituído pelo Lote n.º 15, da parte Sul do Patrimônio Municipal, situado nesta cidade, sem benfeitorias, com a área de 358.226,76m2, conforme as divisas e confrontações constantes da matrícula n.º 004492, do Cartório do Registro de Imóveis da 2.ª Circunscrição da Comarca de Foz do Iguaçu/PR, determinando-se a expedição do competente mandado judicial a ser cumprido por Oficial de Justiça, autorizando-se, desde já, o reforço policial, caso seja eventualmente necessário, com a determinação de pena pecuniária no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) ao dia, nos termos do artigo 555 do Código de Processo Civil, em caso de novo esbulho pelos réus e determinação para que sejam desfeitas as precárias edificações trazidas pelos requeridos ao local.
b) 	Posteriormente, requer sejam citados os requeridos, para responder a presente ação judicial, sob as penas da lei, no prazo de 15 dias.
c) Ao final, a procedência do pedido para confirmando a liminar, decretar a reintegração de posse em definitivo do imóvel constituído pelo Lote n.º 15, da parte Sul do Patrimônio Municipal, situado nesta cidade, sem benfeitorias, com a área de 358.226,76m2, conformeas divisas e confrontações constantes da matrícula n.º 004492, do Cartório do Registro de Imóveis da 2.ª Circunscrição da Comarca de Foz do Iguaçu/PR, bem como, condenar os requeridos a não retornarem ao local, sob pena de multa diária de R$20.000,00 (vinte mil reais), em caso de novo esbulho. 
d) Requer provar o alegado por todos os meios de prova, especialmente depoimento pessoal dos requeridos, oitiva de testemunhas, além de eventual prova pericial e juntada de novos documentos, se necessário.
Dá-se a causa o valor de R$xxx (xxx reais).
Nestes termos, pede deferimento
Local, data
Advogado, OAB xx.xxx

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