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ESTRESSE ASSOCIADO AO TRABALHO E SEU GERENCIAMENTO
Os últimos anos têm sido duros para muitos funcionários da France Telecom. A ex-estatal foi privatizada e reestruturada, o que gerou 22 mil cortes de vagas (cerca de 20% da força de tra- balho da empresa) entre demissões em massa e atrito. A gerência desenvolveu uma doutrina “hora de mudar” para deslocar regularmente as pessoas para novos locais e tipos diferentes de funções. Vários engenheiros de telefonia foram transferidos para centrais de atendimento, por exemplo. Nos dois últimos anos, mais de duas dúzias de funcionários da France Telecom cometeram suicídio e outra dúzia tentou se suicidar. Muitos deixaram bilhetes dizendo que não podiam mais suportar a pressão ou acusando a gestão de aterrorizá-los. O CEO que lide- rou a transição renunciou por causa disso. Stephane Richard, o atual CEO da France Telecom, afirma que será mais sensível ao estresse dos funcionários. “A gestão anterior precisava mudar a natureza do trabalho das pessoas devido à mudança tecnológica e ao aumento da concor- rência, mas a empresa subestimou as consequências”, reconhece Richard.
Muitos funcionários da France Telecom estavam com níveis extremos de estresse. Os especialistas têm dificuldade para definir o estresse, mas ele costuma ser descrito como uma resposta adaptativa que é percebida como um desafio ou ameaça ao bem-estar pessoal. O estresse é uma condição fisiológica e psicológica que nos prepara para nos adaptarmos a con- dições ambientais hostis ou nocivas. Nossa frequência cardíaca aumenta, os músculos enri- jecem, a respiração acelera e aumenta a transpiração. Nosso corpo também movimenta mais sangue para o cérebro, libera adrenalina e outros hormônios, alimenta o sistema liberando mais glicose e ácidos graxos, ativa sistemas que aguçam nossos sentidos e conserva recursos ao poupar nosso sistema imunológico. Uma escola de pensamento sugere que o estresse é uma avaliação negativa do ambiente externo. Contudo, os críticos dessa perspectiva de avalia- ção cognitiva lembram que o estresse seria descrito mais precisamente como uma experiência emocional, que pode ocorrer antes ou depois da avaliação consciente da situação.
Seja ele uma emoção complexa ou uma avaliação cognitiva do ambiente, o estresse se tornou uma experiência onipresente no cotidiano da maioria das pessoas. Três a cada quatro americanos (e porcentagens semelhantes na Alemanha, Canadá, Austrália e Grã-Bretanha) dizem que frequentemente ou às vezes sentem estresse em seu cotidiano. Outro levantamento recente informou que 77% dos americanos estão estressados com uma ou mais questões no trabalho; salários baixos, distâncias longas entre casa e escritório, cargas de trabalho excessivas e risco de demissão estão entre os estressores mais importantes. Em um levantamento recente com 115.000 funcionários de 33 países, os respondentes do Japão informaram o maior número de problemas de saúde relacionados com o estresse, seguidos por Canadá, Ucrânia, Finlândia, Hong Kong e Hungria.88
O estresse pode ser descrito como uma experiência negativa. É a chamada angústia, o nível de desvio fisiológico, psicológico e comportamental do funcionamento saudável. No entanto, algum nível de estresse, o chamado eustresse, é um fator necessário à vida, pois ativa e motiva as pessoas a atingirem metas, mudarem seus ambientes e vencerem os desafios. Por exemplo, mais de dois terços dos 42.000 funcionários americanos entrevistados afirmaram que o estres- se no trabalho os deixa energizados ou não tem efeito sobre eles. Nosso foco está nas causas e na gestão da angústia, pois ela se torna um problema crônico em muitas sociedades.
1. Que fatores estressores o grupo pode identificar no Case da France Telecom?
2. Segundo o novo CEO “A gestão anterior precisava mudar a natureza do trabalho das pessoas devido à mudança tecnológica e ao aumento da concorrência, mas a empresa subestimou as consequências”, porém a mudança era necessária, mas o que o grupo sugere?

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