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Afecções Gastrointestinais

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Doenças parasitárias são mais
comuns em filhotes porque faz
mal independente da quantidade
de vermes, em adultos só se tem 
sintomas clínicos quando tem
grande quantidade de verme, pois
em baixa quantidade o organismo 
 já é acostumado
1) Toxocaríase
Toxocara canis e Toxocara cati
Larva migrans visceral (humanos)
Habitam o intestino delgado
Alimentam-se dos nutrientes do intestino e se
reproduzem fazendo com que o animal tenha uma
deficiência de absorção de nutrientes
Sinais Clínicos
O animal ingere os ovos e libera pelas fezes no meio
ambiente e o homem tem contato tanto com as
fezes quanto ingestão de alimentos mal lavados.
Quando o animal está com muito parasitismo até ao
redor do ânus fica contaminado com fezes e ovos
podendo o animal lamber e depois ir lamber o dono
O animal ingere os ovos do meio ambiente
levando o parasita para o fígado, intestino
e muitas vezes regurgita indo para o
pulmão e depois para o intestino, por onde
passa faz uma lesão. Se o animal
apresentar diarreia e doença respiratória
com coproparasitológico positivo justifica
a peneumonia
Nematódeos pertencentes aos gêneros
Ancylostoma, Toxocora, Trichuris e Strongyloides
Cestódeos do gênero Dipylidium
Zoonose (apenas o Trichuris não é, cuidado ao
atender casos que sejam zoonoses
Parasitárias
⇒ Inquietação, diarreia/constipação
intestinal, vômitos, aumento de
volume abdominal, obstrução ou
mesmo rupturas intestinais e morte
⇒ Eliminação de ovos adultos no
vômito ou nas fezes quando o
parasitismo está muito grande
@vet.maalencaar
2)Ancilostomíase
Vivem fixadas à mucosa do intestino delgado
através de seu aparelho bucal (dentes)
Lesionam a mucosa intestinal para se alimentarem
de sangue
A produção de enzimas anticoagulantes por
glândulas localizadas em seu esôfago possibilita
que o sangue extravase causando hemorragia
Anemia que pode levar o animal a óbito em
parasitismos muito alto
Manifestações cutâneas com prurido intenso e
erupções papuloeritematosas (não comum)
Diarreia sanguinolenta e dores abdominais
Tosse e secreção nasal
3)Tricuríase
4)Estrongiloidíase
5)Dipilidiose
Baixa incidência
Sinais clínicos presentes apenas em filhotes
ainda lactentes e com alta carga parasitária ou
em animais imunodeficientes
Diarreia e fezes sanguinolentas
Sinais de pneumonia devido à migração das
larvas através dos alvéolos
Petéquias e prurido podem ser observados no
local de penetração das larvas na pele
 ⇒ Pneumonia se não tratada pode
levar os filhotes a óbito dentro de 48 a
72h após o nascimento
⇒ Crises convulsivas podem estar
relacionadas com lesões focais no SNC
produzidas por toxinas liberadas pelos
vermes por meio de suas excretas e por
hipoglicemia
Larva migrans cutânea
Enterite Eosinófilica e miosite no ser humano
"Bicho Geográfico" - Descasca e coça
por onde migra e faz um caminho.
Tratamento é com vermífugos
Lesão em filhotes, tratam a pele mas não
se atentam em fazer coproparasitológico
Assintomática
Em infecções maciças, pode haver intensa
inflamação da mucosa intestinal, resultando em
diarreia aquosa, com ocorrência ocasional de
muco e sangue
Vermes muito comum em gatos
Fase larval está na pulga (animal ingere a pulga),
podendo o ser humano ingerir eventualmente
Eliminação das proglotes pelas fezes
Sinais: Assintomáticos, caracterizada apenas
pela presença do parasito
Diarreia intermitente e mucoide, alteração do
apetite e perda de peso, prurido anal
@vet.maalencaar
Na maioria das vezes o animal tem
parasitismos dos diferentes
tipos e o tutor muitas vezes não
quer gastar para fazer o
coproparasitológico + vermífugo
então pode fazer só essa
associação
Diagnóstico
Tratamento
Histórico: Animais de rua ou de canil de má
procedência
Idade: Filhotes apresentam mais alterações, e em
adultos para apresentar a carga parasitária deve
estar muito alta ou imunossuprimido
Presença do parasito
Diarreia mucóide e/ou sanguinolenta dependendo
do parasita
Pneumonia dependendo do ciclo
Coproparasitológico
Associação para cães: Praziquantel + Pirantel
+ Febantel
Associação para gatos: Praziquantel + Pirantel
(via oral ou em pipeta aplicada no dorso)
Tomar em um dia e repetir depois de 15 dias,
porque os vermífugos são larvicidas, matam
larvas e adultos e não ovos e com 15 dias já deu
tempo de eclodirem
Profilático: Filhotes: 2,4,6 e 8 semanas de vida
e continuar mensalmente até que o animal
complete 6 meses de idade; Adultos: 2 a 4 vezes
ao ano dependendo da exposição
Coproparasitológico
Desinfecção do meio ambiente quando a carga
parasitária é alta, em canis, em casas não tem
muita contaminação porque normalmente
defecam no tapete higiênico
@vet.maalencaar
6) Giardíase
O animal libera os oocistos nas fezes, esses
cistos podem ficar no pelo, boca e ânus,
contaminando gramas ou areia de praia que
onde crianças são acostumadas a brincar e são
quem manifestam os sintomas (diarreia) por
uma questão de imunidade, os adultos são
naturalmente mais resistentes a giárdia
Protozoário
Se instala no intestino delgado
Sinais clínicos: Variam com idade e imunidade
do animal, fezes pastosas, diarreia mucoides,
diarreia líquida sanguinolenta, raramente
êmese, perda de apetite, apatia, perda de peso
Normalmente acomete toda a ninhada 
Diagnóstico: Coproparasitológico seriado de 3
amostras, hemograma normal e diferenciar de
outras causas infecciosas (parvovirose,
verminose)
Tanto o animal quanto os seres
humanos vivem normalmente
com giárdia em baixa quantidade e
não precisa fazer tratamento
Animais que as vezes podem
defecar mole pode estar com
giárdia, o coproparasitológico
pode não identificar porque os
ovos só são liberados quando cai a
imunidade, nesses casos o teste
SNAP é melhor
Tratamento: Praziquantel + Febantel + Pirantel
3 dias seguidos (além de tratar as doenças
anteriores, trata a giárdia) em casos de baixa
carga parasitaria; Metronidazol 7-10 dias em
casos de alta carga parasitária ou quando no
primeiro não resolve; Sulfadiazina quando o
metronidazol não resolve, se não resolve é
porque está associado com isospora; Controle
do ambiente (em canis é mais complicada, em
casa normalmente se consegue); Prevenção
(vacina pode diminuir os sinais clínicos e
oocistos nas fezes, o animal pode não
apresentar nada como pode apresentar mesmo
vacinado, se quiser fazer lembre ao tutor disso)
Protozoário
Zoonose
Forma de contaminação: Ingestão de água,
alimentos, fezes contaminadas com oocistos,
ingestão de ratos, baratas e moscas
contaminadas
Se instala na parede intestinal, lesionando o
epitélio
Sinais Clínicos: Dependem da idade, imunidade
e carga parasitária, assintomático, diarreia
podendo conter sangue ou muco, desidratação,
vômitos, perda do apetite, desconforto
abdominal e aumento dos linfonodos
Por conta das lesões na mucosa, podem
aparecer infecções secundárias causadas por
bactérias oportunistas (são bactérias
patogênicas que estão presentes no organismo,
mas quando se tem um desequilíbrio ficam em
maior quantidade do que as bactérias benéficas
causando infecções)
@vet.maalencaar
7) Isosporose
Quando se realiza o tratamento é
porque a carga parasitária já está
alta, porque se estivesse baixa
nem perceberia
 
Em cães vacinados e com mais de
1 ano é mais suspeito q seja
giárdia do que parvovirose
 
Diarreia que não responde a nada.,
cão que só apresenta diarreia e o
tutor não quer fazer nenhum
exame, normalmente os
veterinários receitam
metronidazol, e não responde
porque não é o tratamento
específico
Tratamento: Sulfadiazina + Trimetroprima 7-14
dias (alguns precisam até 21 dias)
Prevenção: Descontaminação do ambiente em
canis, gatis, criadores e controle de insetos
Vírus da panleucopenia felina (FPV)
Parvovírus canino (CPV-2)
Após a inoculação oral ou oronasal, a replicação
inicial do vírus (replicação primária) se dá nas
tonsilas e/ou nódulos regionais e mesentéricos
(linfonodos)
Por intermédio da via linfática, as partículas
virais alcançam a circulação sanguínea
(viremia), resultando em infecção posterior do
timo, baço e medula óssea
A replicação viral e a destruição celularnos
tecidos linfoides acontecem nos centros
germinativos do timo
A medula óssea pode ser gravemente afetada,
com acentuada diminuição das células
mielóides, eritroides e série de megacariócitos
No intestino, a replicação viral se dá nas células
das criptas intestinais de rápida divisão, entre 4
e 6 dias pós-inoculação oral
Destruição intensa das vilosidades intestinais
(absorção de nutrientes), resultando em diarreia
com sangue e muco, além do vômito. Bactérias
do intestino caem na corrente sanguínea
Sinais Clínicos: Desidratação intensa devido
aos vômitos e diarreia, hipertermia devido a
viremia ou hipotermia devido a desidratação,
anorexia, apatia, mucosas pálidas devido uma
possível anemia e desidratação, gastroenterite
(diarreia sanguinolenta intensa com odor
característico, vômito de início súbito e óbito),
miocardite (arritmia cardíaca, edema pulmonar
e dispneia)
Diagnóstico: Hemograma leucopenia por
linfopenia elevada (antes de apresentar sinais
clínicos passa pela medula óssea e faz lesões),
anemia e hipoproteinemia eventualmente (pois
não estão mais absorvendo nutrientes), teste
rápido (mais comum), PCR e elisa (menos
comum)
Tratamento Emergencial: 
⇒ Corrigir a desidratação e normalizar pressão com
colóide ou cristalóide/soro
Prevenção: Vacina ética (pitbull e rottweiler
deve ser no mínimo 4 doses pois tem pouca
imunidade para a doença), não sair de casa até
completar o protocolo vacinal e higienizar as
mãos, tirar calçados, trocar de roupa, se teve
contato com outro animal na rua
⇒ Aquecimento com colchão térmico ou luva que
deve estar sempre quente, pois se esfriar "rouba" a
temperatura do animal
⇒ Transfusão sanguínea se necessária
⇒ Controle do vômito com ondansetrona, cerenia
(evitar metoclopramida pois corrige o vômito
aumentando o peristaltismo que já está tendo
podendo levar a uma intussuscepção)
⇒ Protetor de mucosa (ranitidina, sucralfato e
carvão ativado retal que evita a translocação
bacteriana)
⇒Antibioticoterapia para gram-negativas
(metronidazol) e se o animal estiver muita febre ou
mais grave faz associação com cefalotina ou
enrofloxacina
⇒ Imunoterapia com interferon (pois é um vírus e o
animal provavelmente não está vacinado e não
responde imunologicamente)
⇒ Probiótico
⇒ Dieta (restaurar gradativamente, primeiro pela
água, soro e glicose, papinha da nestlé até chegar
em uma normal). Oferecer alimento com proteína de
alta digestibilidade e pouca gordura
⇒ Restauração intestinal e evitar translocação
bacteriana
@vet.maalencaar
8)Parvovirose
Com 14 dias começa melhorar, irá
passar alguns dias sem defecar
devido a grande diarreia, as fezes
começam a vir pastosa a dura
 
CcoV, canine coronavirus
CRCoV, canine respiratory coronavirus
Destruição de vilosidades de forma mais branda
que o parvovírus (quando está associado com
parvovirose, quem está fazendo ter os sinais
clínicos é a parvo)
Lesão tissulares (pulmão)
Não dar diarreia em cães
Realmente faz alterações clínicas? Não se sabe
ao certo
Pode estar associada dentro do complexo tosse
dos canis: Bordetella bronchisepica,
parainfluenza, coronavírus canino, adenovírus
canino tipo 2, herpes-vírus canino (bactérias e
vírus que fazem alteração respiratória)
Sinais Clínicos (se realmente acontecer):
Gastrointestinal (diarreia em neonatos e
pacientes sem competência imunológica, ou
que podem causar intensificação dos sintomas
provenientes de outras infecções
concomitantes); Respiratório (tosse e descarga
nasal)
Diagnóstico: Dificultoso pois não tem teste
rápido, o PCR e elisa podem confirmar
Tratamento Sintomático: Dependendo da
gravidade (protetor de mucosa, metronidazol
que pode ser associado com sulfa ou vermífugo)
Megaesôfago
É a dilatação normalmente com o
hipoperistaltismo do esôfago (diminuição do
peristaltismo que faz com que a comida desça)
e dilatação
Congênito ou adquirido, primário ou secundário
(sem nenhuma causa ou por conta de alguma
doença)
Defeito na via nervosa aferente? Não se sabe
Causas: Miastenia gravis (doença muscular que
causa flacidez generalizada de todos os
músculos); Polimiopatia e polimiosite
(inflamações musculares) e Persistência do
ducto arterioso
Sinais Clínicos: Regurgitação logo após o
desmame quando congênito, tosse devido a
regurgitação fazendo pneumonia aspirativa,
emagrecimento ou sub-desenvolvimento e
polifagia para compensar
Diagnóstico: Raio X contrastado em alguns
casos com o simples se consegue identificar
No começo estava normal e dilatou
até a chegada do coração tendo
provavelmente uma persistência do
ducto arterioso
Manejo: Se deixar comer na posição normal, o
alimento não passa adequadamente e vai se
acumulando e depois regurgita, em casos
primários só o manejo adequado resolve (dieta
pastosa, metoclopramida que ajuda na
motilidade e comer em pé para gravidade ajudar
a descer esse alimento), em casos secundários
como por obstrução do ducto arterioso deve-se
fazer cirurgia ou irá evoluir para eutanásia ou
óbito
@vet.maalencaar
9)Coronavírus Canino
O mais ideal é deixar o animal preso, pois se
deixar solto assim que terminar de comer
vai querer sair e não vai adiantar, precisa
ficar entre 10-15min em pé
Doenças do Intestino Delgado
Aguda ou Crônica
Primária ou Secundária (IRA ou IRC gastrite
urêmica, cetoacidose diabética)
Sinais Clínicos: Êmese ou hematêmese,
hiporexia/anorexia (devido a dor, evita comer)
Diagnóstico: Ultrassom, endoscopia, investigar
causa de base
Tratamento: Protetor de mucosa (ranitidina,
cimetidina, omeprazol), anti-emético (cloridrato
de ondansetrona BID ou TID em casos crônicos,
ou o citrato de cerenia (2mg/kg SC, a cada 24h
só por até 5 dias), nutrição enteral ou parenteral
quando está com muito vômito a ponto de levar
uma desidratação e corticoide no caso de
gastrite crônica primária e só com biópsia
confirmando algo autoimune ou inflamatório
pois o corticoide pode levar a uma gastrite,
então deve-se ter bastante cautela 
@vet.maalencaar
Sinais Clínicos Comuns: Vômitos, hematêmese,
melena, anorexia e desconforto abdominal
Diagnóstico: 
Exames complementares
⇒ Bioquímico para investigação de insuficiência
renal, hepatopatias e cetoacidose diabética 
⇒ Radiografia Abdominal para identificar corpos
estranhos e dilatação-vólvulo gástrico 
⇒ Ultrassonografia Abdominal para avaliação das
camadas gástricas quanto ao espessamento em
casos suspeitos de neoplasias, gastrites crônicas,
hiperplasia de piloro e corpos estranhos, as
alterações de motilidade também podem ser
avaliadas durante esse procedimento
⇒ Endoscopia (o que mais fecha diagnóstico)
possibilita visualizar inflamação, caracterizada por
edema e hiperemia na mucosa gástrica, erosões,
úlceras, corpos estranhos, hiperplasias, hemorragia
gástrica, pólipos e proliferações teciduais. Utilizada
para coleta de material para realização de exame
citológico e ao estudo histopatológico sob
orientação visual. Indicada como método
terapêutico, em casos de remoção de corpos
estranhos e pólipos
Hemograma 
⇒ Normal em gastrites primárias
⇒ Anemia em casos de hematêmese
⇒ Leucopenia em casos virais como parvovírus
⇒ Eosinofilia pode ocorrer em parasitismo/verme e
gastrenterite eosinófilica (casos de alergia, só fecha
com biopsia)
⇒ Leucocitose em enterocolites bacterianas
⇒ Doença inflamatória intestinal
Doenças Gástricas
1)Gastrite
Causas: Alterações na dieta, intolerâncias
alimentares, medicamentos, toxinas, parasitos
intestinais, agentes infecciosos, além de
distúrbios sistêmicos
Exame Físico: Palpação abdominal, gases ou
fluidos, com distensão das alças intestinais e
dor abdominal. Em alguns casos, formação
abdominal ou dilatação de uma porção intestinal
poderá ser identificada, o que sugere corpo
estranho ou intussuscepção
Sinais Clínicos: Desidratação e sinais
inespecíficos como febre, icterícia, ascite,
linfadenopatias, oligúria ou anúria,
hepatomegalia
Diagnóstico: Hemograma apresentando
leucopenia (doenças virais) ou leucocitose
(translocação bacteriana), bioquímico
apresentando eventualmente alterações
hepáticas e pancreatite e exame de imagem
apresentando duodenite na avaliaçãode
mucosa, presença de corpo estranho ou massa
abdominal
Tratamento: Fluidoterapia (ringer com lactato
ou fisiológico, repor glicose e potássio);
Antibioticoterapia geralmente é preconizada
para prevenção de sepse, decorrente da
translocação bacteriana (cefalosporinas,
metronidazol ou metronidazol + sulfadiazina,
quinolonas, sulfadiazina + trimetroprima)
 1) Diarreia Aguda
Sempre irá entrar com
antibioticoterapia, independente
de ser viral, bacteriana ou não
saber o motivo da diarreia para
evitar sepse e a translocação
bacteriana
Em pacientes que chegam com
pouca desidratação pode aplicar o
soro via SC e em desidratações
graves é via IV
Intolerância a lactose, por deficiência de
lactase (muito comum em cães devido no
desmame oferecer apenas ração seca sem
nenhum derivado de leite e o organismo
entende que não precisa mais produzir lactase
ou quando passam muito tempo sem comer
alimentos com lactose)
@vet.maalencaar
Protetor de mucosa (ranitidina, cimetidina);
Anti-emético (ondansetrona, cerenia); Suporte
nutricional ou mudança de dieta
Causas: Distúrbios Intraluminais (má digestão) -
Parasitismo, insuficiência pancreática exócrina,
supercrescimento bacteriano intestinal;
Distúrbios da Mucosa Intestinal (má absorção) -
Síndrome do intestino curto (congênito/má
formação), hipersensibilidade alimentar, doença
inflamatória intestinal, linfoma intestinal ou
outras neoplasias de intestino
Diagnóstico: Ultrassom pode auxiliar, mas
muitas vezes pode não evidenciar (neoplasia,
doença inflamatória); Endoscopia (mais comum
e melhor, menos invasiva e mais em conta);
Laparotomia quando nada fechou o diagnóstico
e visualizar melhor corpos estranhos pequenos
(entrou em desuso depois que a endoscopia
apareceu e tem pós operatório complicado)
 
 
 
 (Intestino Grosso)
Papinha de desmame quando
desmama o filhote muito cedo, se
foi com 60 dias não tem
necessidade de oferecer leite na
transição alimentar porque já
tem capacidade de comer só
ração seca desde os 30 dias
2)Diarreia Crônica
3) Intoxicação Alimentar
Uma resposta imunológica adversa (alergia) a
um alimento (proteína, carboidrato, corante ou
conservante) 
Tratamento: 
⇒ Dieta Comercial - Com proteína hidrolisada que
tem menos corante e conservante, é mais natural e a
proteína hidrolisada é para o organismo não
reconhecer como agente causador de alergia e
outros componentes oligoantigênicos (normalmente
não respondem muito bem)
⇒Dieta de Eliminação - Dietas caseiras,
controladas, com uma fonte de proteína e uma de
carboidrato, a fonte de proteína escolhida deve ser
uma proteína "inédita", uma que o animal não tenha
ingerido antes (ex: cane de carneiro, de coelho,
avestruz, tatu peixes de carne branca de pescada,
cação e outros, ou tofu para cães), a fonte de
carboidrato também deve ser uma só (ex: arroz,
batata, inhame), qualquer outro alimento não deve
ser fornecido ao animal. Duração de 90 dias (com
45-50 dias e as fezes estiverem normais pode
começar a reintroduzir alimentos gradativamente,
cada reintrodução é 15 dias para observar se deu
certo ou não) se o tutor não quiser fazer
reintrodução tem que dar legumes e suplementação
vitamínica e mineral pois o animal não pode ficar só
com esse tipo de dieta
4)Hipersensibilidade
Alimentar
Tratamento: Dieta caseira, ração específica ou
dieta caseira + metronidazol + corticoide (pelo
resto da vida se desmamar o corticoide e voltar
a ter diarreia de novo)
O termo doença inflamatória intestinal é usado
para designar doenças clinicamente
heterogêneas, idiopáticas, caracterizadas por
inflamação da mucosa gastrointestinal
Todas as outras causas já foram descartadas 
A classificação da doença inflamatória intestinal
baseia-se na região afetada, no tipo de célula
inflamatória predominante e nas alterações
morfológicas do tecido. A enterite
linfociticaplasmocítica é a forma mais comum,
seguida da enterite eosinofilíca e da enterite
granulomatosa
Diagnóstico por Exclusão: Distúrbios
gastrointestinais crônicos, cujas causas
conhecidas de diarreia, vômito ou ambos foram
descartadas e a inflamação tecidual foi
confirmada por avaliação anatomopatológica de
biopsias do trato gastrointestinal. Acredita-se
em resposta genética imunomediada e/ou
imunológica. Se o animal responder ao
tratamento fecha diagnóstico para a doença
Tratamento: Imunossupressores + dieta
hipoalergênica (em alguns casos em gatos
associa também com metronidazol e fluido).
Imunossupressores - Prednisona 1 a 2mg/kg,
SID, durante 2 a 4 semanas, posteriormente,
deve-se reduzir até a menor dose responsiva
que pode ser de 1mg/kg 1x ao dia ou 0,5mg/kg a
cada 48h e se tiver recidiva dar a cada 24h
(respondem bem), azatioprina 2mg/kg SID,
associada ou não, nos casos refratários (quando
não respondem a prednisona e possui muito
efeito colateral)
Não é alergia e o tratamento é
com dieta hidrolisada e
corticoide, já em casos de alergia
só com dieta resolve
@vet.maalencaar
Diagnóstico: Exposição provocativa a alimentos
5) Doença Intestinal
Inflamatória
6) Linfangiectasia
Intestinal
Não comum
Em condições normais os vasos linfáticos
transportam o fluido intersticial (absorção de
gordura) do intestino para a corrente sanguínea
Ocorre uma dilatação destes vasos e ele não
consegue realizar a função de transporte não
tendo absorção de gordura
Primária: Má formação
Secundária: Processo obstrutivo
A obstrução do fluxo linfático causa a perda de
linfa que contém proteínas plasmáticas,
linfócitos e lipídeos e vitaminas lipossolúveis,
para o lúmen intestinal, fazendo com que estas
substâncias não cheguem a corrente sanguínea
Sendo assim, irá resultar em hipoproteinemia
grave, hipocolesterinemia e linfopenia
Sinais Clínicos: Vômito, anorexia, perda de peso
diarreia e podem desenvolver ascite em
decorrência da diminuição da pressão oncótica
do plasma/hipoproteinemia
Tratamento: Dieta rica em proteína e pobre em
gordura, não existe um tratamento específico,
cogitou-se cirurgia mas só resolve se for
obstrução única (tumor), se for primária não
resolve
Prognóstico: Desfavorável, pois quando tem
mesmo fazendo dieta vai continuar não
absorvendo
Causa: Desconhecida. Acredita-se que essas
doenças sejam decorrentes de interação
anormal entre as bactérias intestinais (dieta
descontrolada) e o sistema imunológico (super
crescimento bacteriano)
Sinais: Hematoquezia e fezes com muco. A
consistência das fezes é variável, inicialmente
as fezes podem ser aquosas e com volume
aumentado, seguidas da eliminação de
pequenas quantidades com muco e sangue,
tenesmo (fica na posição de defecar e não sai
nada ou em pouca quantidade) e urgência em
defecar (defecam fora do lugar de costume)
podem estar presentes
Tratamento: Metronidazol, anti-inflamatório
(mesalamina) e dieta hipoalergênica quando não
respondem só com metronidazol
É a inflamação dos sacos anais ou glândulas
para-anais que causará decomposição da
secreção glandular, com posterior infecção
secundária
Causas: Quando as fezes passam pelo ânus
estimulam as glândulas para-anais a se
comprimirem e liberarem uma secreção
lubrificante que ajuda na eliminação das fezes,
quando as fezes estão pastosas não estimulam
essas glândulas e elas ficam inflamadas ou em
animais predispostos como, shih-tzu, lhasa
apso e maltês
Sinais Clínicos: Eritema, edema, secreção
purulenta, odor fétido característico, dor ao
defecar, fezes pastosas e achatadas
acompanhada de prurido e lambedura,
eventualmente, o paciente pode apresentar
disquezia
@vet.maalencaar
1) Colites Crônicas
1) Saculite anal ou
Adenite ad-anal
Doenças do Cólon
Doenças Anorretais
Diagnóstico: Clínico/observacional, as vezes
está só inflamada e as vezes já está ulcerada
para fora
Tratamento: Ambulatorial - Lavar com soro
fisiológico morno de preferência, expressão da
glândula para retirada da secreção acumulada,
posteriormente, prescrever lavagem da área
com clorexidina a 2% (nesses casos pode
comprimir pois está obstruída) deve ter cuidado
pois dói, as vezes só de tocar desobstrui; Para
Casa - Tópico com pomadas à base de anti-
inflamatórios esteroides(betametasona) e
antibióticos (neomicina ou gentamicina), por 15
dias a 21 dias, corticoideterapia e
antibioticoterapia (cefalexina, amoxicilina
associada ao clavulanato de potássio,
enrofloxacina ou espiramicina associada ao
metronidazol (mais funciona), nas doses
convencionais, com duração de pelo menos 21
dias de antibiótico e 5-7 dias de corticoide e
colar elizabetano. Em casos de saculite
crônica/recorrente, a saculectomia pode ser
indicada, mas é importante preservar o
esfíncter do músculo anal externo
Observação: É importante lembrar que se deve
evitar a expressão da glândula de forma
constante, pois a própria defecação já tem essa
função de esvaziar. Quando não houver
inflamação ou infecção e a glândula sofrer
expressão, essa prática pode desencadear a
saculite
Quando está no início, que
apresenta só mal cheiro, a
pomada e o corticoide por 3 dias
funciona, já se estiver Inflamada
e ulcerada deve passar 
corticoide + antibiótico
Também denominada furunculose anal ou
abscesso anorretal, é uma doença
imunomediada, com formação de trajetos
fistulosos ulcerados de caráter progressivo. As
lesões podem ser acompanhadas de dor,
disquezia, hematoquezia e incontinência fecal
Os cães de meia idade (entre 5-9 anos) machos,
de raça pastor alemão são acometidos com
maior frequência, a predisposição racial pode
estar relacionada com a inserção baixa da
cauda, o que favorece o acúmulo de fezes,
umidade e secreções que predispõem a
infecções bacterianas
Sinais Clínicos: Úlceras, trajetos fistulosos,
secreção mucupurulenta, lambedura, dor à
movimentação da cauda (anestesiar para
avaliar, pois não deixam levantar a cauda),
disquezia, tenesmo e hematoquesia
Tratamento: Clínico - Higienização tópica
(clorexidine 2%), seguida de aplicação de
pomadas à base de mupirocina ou sprays de
rifampicina; Antibioticoterapia - Cefalexina,
amoxicilina associada ao clavulanato de
potássio, enrofloxacina ou espiramicina
associada ao metronidazol; Colar elizabetano;
Laxante (lactulona) na fase inicial para o animal
conseguir defecar sem dificuldade; Prednisona;
Ciclosporina, azatioprina e tacrolimo possuem
bastantes efeitos colaterais e só usa se não
funcionar com a prednisona
@vet.maalencaar
2) Fístula Perianal

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