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PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

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Princípios Da Administração Pública 
 
O direito administrativo nasceu a partir da consolidação do Princípio da Separação 
dos Poderes. O Estado era governado por soberanos e eles eram tidos como 
representantes das divindades. 
A partir dos séculos XVI e XVII, surge a necessidade de limitar esses poderes. Assim, 
as funções do Estado passaram a ser atribuídas a diversos órgãos, que obedeciam a 
esses limites. 
O direito administrativo é um regime de direito público, aplicado a órgãos e 
entidades que fazem parte de administração pública do Estado e a atuação dos 
agentes públicos em geral. Essas restrições se traduzem nos princípios da 
Administração Pública. 
 
1. Princípios expressos na Constituição Federal – art. 37 
 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência 
 
 
a) Princípio da legalidade: administrar é agir conforme a lei. Somente a lei é capaz de 
obrigar os homens e permite a atuação do Estado. 
 
• Direito Privado: Não contradição à lei. Ao particular é permitido realizar todas as 
condutas, exceto aquelas que são proibidas por lei. 
• Direito Público: Subordinação à lei. O administrador só pode fazer aquilo que a lei 
lhe autoriza. 
 
Os atos praticados contra a lei, podem ser anulados tanto pela própria Administração 
Pública (Princípio da Autotulela), quanto pelo Poder judiciário. 
 
b) Princípio da impessoalidade: o administrador tem o dever de atuar de forma 
impessoal, com ausência de subjetividade no exercício de sua atividade 
administrativa, não devendo tratar o administrado de forma benéfica ou 
detrimentosa. EX: 
 
• Obrigatoriedade de licitação – art. 37, XXI, CF 
• Obrigatoriedade de concurso público – art. 37, II, CF 
• Vedação ao nepotismo – Súmula Vinculante 13 
 
c) Princípio da moralidade: a conduta do administrador deve ser pautada na 
honestidade, ética, transparência, boa-fé e probidade. Buscando sempre uma boa 
administração da coisa pública. A moral administrativa é imposta ao agente público 
para sua conduta interna, de acordo com as exigências da instituição a que serve e a 
finalidade de sua função, que é sempre o bem comum. 
A imoralidade administrativa surge como uma contrariedade à lei, e onde, 
consequentemente, o autor do ato, responsável pela prática do ato ilegal, pode ser 
responsabilizado, de acordo com a Lei 8.429/92 (LEI DE IMPROBIDADE 
ADMINISTRATIVA), que dispõe sobre as sanções aplicáveis nesses casos. 
A Constituição Federal prevê quatro sanções aplicáveis aqueles que cometem 
improbidade administrativas, são elas: 
 
• Sanções Administrativas: perda da função pública 
• Sanções Políticas: suspensão dos direitos políticos 
• Sanções Civis: indisponibilidade dos bens e obrigação de ressarcir ao erário. 
 
d) Princípio da publicidade: os atos da administração pública deverão ser alvo da 
publicidade, acessíveis aos administrados, para que eles possam ter ciência das ações 
do poder público. A publicidade é fundamental para p controle e conhecimento dos 
atos praticados. É com a publicidade que os atos públicos podem produzir seus 
efeitos. Ex: MULTA DE TRÂNSITO. O administrado tem 30 dias para se defender, e o 
prazo começa a correr a partir do momento da notificação da ciência do ato. 
 
A publicação que produz efeito tem de ser oriunda de um órgão oficial da 
administração (Diário oficial e jornais contratados para publicações oficiais). A 
publicação oficial pode se dar também através de afixação de atos e leis nas sedes da 
Prefeitura ou Câmara, quando não houver órgão oficial. 
 
OBS: a divulgação em órgãos não oficias, como televisão e rádio não são válidas, 
ainda que em horário oficial. 
 
OBS: as exceções à publicidade aparecem sempre que a publicidade colocar em risco 
a intimidade, honra e imagem das pessoas, ou a segurança da sociedade e do Estado, 
conforme art. 5º, X, XXXIII e LX da CF. 
 
OBS: STF – é legítima a publicidade e sites oficiais da administração, do nome e 
vencimentos e vantagens pecuniárias dos servidores (Lei n° 12.527/11 - LEI DE ACESSO 
À INFORMAÇÃO) 
 
e) Princípio da eficiência: Introduzido no ordenamento jurídico através da EC nº19/1998. 
Desempenho concreto das atividades necessárias à prestação das utilidades 
materiais, que possa satisfazer da coletividade, com o menor encargo possível para a 
administração, de forma menos onerosa. 
 
 
 
2. Princípios implícitos na constituição federal 
 
a) Princípio da supremacia do interesse público sobre o particular: como o interesse da 
administração pública é preservar o bem comum, o interesse da coletividade deve 
prevalecer sobre o interesse de particulares. Não há faculdade, na atuação da 
administração pública, e sim, um dever a ser cumprido na sua forma de atuar. 
Ex: exercício do poder de polícia, intervenção do Estado na propriedade. 
 
b) Princípio da indisponibilidade do interesse público: o interesse público não dever ser 
objeto de subjetividade do administrador. Não pode ser disposto livremente por ele, 
que deve atuar sempre dentro dos limites da lei. Deve atuar conforme a vontade geral 
e coletiva, devendo gerir os bens, serviços e interesses coletivos. 
 
c) Princípio da autotutela: é a revisão, pela própria Administração Pública, dos seus 
próprios atos. A administração anulará atos ilegais e revogará atos inconvenientes e 
inoportunos. 
Súmula 346, STF: A Administração Pública pode declarar 
a nulidade dos seus próprios atos. 
 
Súmula 473, STF: A administração pode anular seus 
próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam 
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-
los, por motivo de conveniência ou oportunidade, 
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em 
todos os casos, a apreciação judicial. 
 
 
d) Princípio da continuidade dos serviços públicos: a administração deve prestar seus 
serviços de forma contínua e ininterrupta. 
OBS: Lei 8.987/95 (REGIME DE CONCESSÃO E PERMISSÃO DA PRESTAÇÃO DE 
SERVIÇOS PÚBLICOS): não caracteriza descontinuidade do serviço se houver 
interrupções em casos de: 
• Urgência (independentemente de aviso prévio ao usuário) 
• Com aviso prévio, no que tange às normas técnicas ou inadimplemento do 
usuário. 
 
e) Princípio da tutela ou controle: impõe aos entes da administração pública direta 
(União, Estados, DF e Municípios) o poder de fiscalizar e controlarmos os entes da 
Administração indireta, que vierem a criar. Esses entes estão sujeitos à fiscalização da 
entidade pública maior. Essa criação deve se dar por legislação específica. 
 
f) Princípio da isonomia: a CF estabelece que todos são iguais, perante a lei, se distinção 
de qualquer natureza (igualdade formal). 
 
 
g) Princípio da motivação: o administrador deve motivar e justificar seus atos, conforme 
o art. 50 da Lei nº 9.784/99: 
I - Neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; 
II - Imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; 
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; 
IV - Dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; 
V - Decidam recursos administrativos; 
VI - Decorram de reexame de ofício; 
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem 
de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; 
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato 
administrativo. 
 
A necessidade da motivação deve ser anterior ao fato, como requisito essencial para 
sua validade, admitida a dispensa quando tão somente estiver contida implícita e 
claramente no conteúdo do ato vinculado. 
 
h) Princípio da razoabilidade e proporcionalidade: a atuação da administração deve ser 
equilibrada, sensata, aceitável, devendo evitar abusos por parte do Estado, e atuação 
desnecessáriapara a administração pública. Possui três elementos: 
 
• adequação: as medidas tomadas devem ser aptas para atingir seus efeitos; 
• necessidade ou exigibilidade: inexistência de meios menos gravosos para atingir 
esses objetivos 
• proporcionalidade strictu sensu: proporção entre ônus e bônus. 
 
i) Princípio da boa-fé ou confiança: às vezes os interesses públicos exigem a 
convalidação e preservação das relações jurídico-administrativas, e o princípio da 
boa-fé decorre da confiança recíproca. Em situações com aparência de legalidade, há 
a presunção de legitimidade. 
 
j) Princípio da segurança jurídica: estabilidade do ordenamento jurídico.

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