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Parasitoses intestinais

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Ana Clara Paiva – Semestre 3 
 Problema 1 – Os gêmeos patinhas: 
 
 
Introdução: 
As parasitoses intestinais constituem um importante problema de saúde pública, pois contribuiem 
para taxas de morbidade e mortalidade de pessoas em todo mundo, especialmente em países 
em desenvolvimento, tendo como principal grupo afetado as crianças. Essas doenças tem como 
agentes etiológicos helmintos ou protozoários que durante seu ciclo biológico evolutivo habitam 
o aparelho digestório. Tem como principal fonte de infecção o contato fecal-oral por meio de 
água e alimentos contaminados. 
Os fatores de risco associados ao surgimento das enteroparasitoses estão relacionados à pobreza, 
sendo as condições educacionais, sanitárias e higiênicas da população setores determinante 
para que ocorram. Dessa maneira, condições sanitárias desfavoráveis, aglomerações, 
saneamento básico precário, manejo inadequado do lixo, condições de higiene inadequadas, 
baixa escolaridade materna e crianças na creche ou ambientes coletivos são os principais fatores 
que predispõem uma população ao risco do contagio por parasitas intestinais. 
Amebíase : adquiria através da ingestão de água ou alimentos contaminados com cistos. Os quais 
se diferenciam em trofozoítos e alcançam o intestino grosso onde geralmente são comensais, não 
causando patologias, se encistando novamente e eliminando junto às fezes, no entanto podem 
ser patológico, produzindo intenso processo de destruição tecidual, com lesões ulceradas que 
perfuram o intestino e alcançam a corrente sanguínea. Nesses quadros observa-se a ocorrência 
de colite, diarreia e abscessos hepáticos e pulmonares. 
Giardíase : é uma das causas mais comuns de diarreia não viral e não bacteriana no mundo, 
acomentendo principalmente crianças. Se desenvolve a partir da ingestão de agua ou alimentos 
contaminados ou por contato fecal-oral direto, em que os cistos maduros são ingeridos, se 
diferenciam em trofozoítos e colonizam a mucosa do intestino delgado constituindo o 
``atapetamento`` do epitélio e gerando processo inflamatório, que se somam e alteram a 
arquitetura das vilosidades intestinais impedindo a absorção de nutrientes causando a síndrome 
da má absorção e diarreia devido à potencia inflamação. Por meio de divisão binaria os 
R D A M A 
Ana Clara Paiva – Semestre 3 
trofozoítos podem realizar encistamento, liberando cistos nas fezes e reiniciando o ciclo. Essa 
doença possui como característica a diarreia aquosa e explosiva com odor fétido. 
Ascaradiase : é o parasita humano de maior prevalência, causa ascaridíase e é também 
conhecido como lombriga. Seu ciclo biológico desenvolve-se a partir da ingestão de ovos do 
parasita, os quais eclodem no intestino delgado liberando larvas que seguem para o fígado, 
depois coração e em sequencia pulmão ( causando síndrome de loeffler) no pulmão rompem os 
capilares e chegam até a faringe, onde serão expelidas pela expectoração ou deglutidas, 
chegando novamente ao intestino delgado, onde ficam maturadas e liberam ovos que serão 
eliminados com as fezes, reiniciando o ciclo 
Ancilostomose : popularmente conhecida como amarelão, se desenvolve a partir da ingestão de 
ovos do parasito, que eclodem no intestino grosso liberando larvas, que irão se maturar e chegar 
a fase adulta. após a cópula os machos morrem e saem nas fezes, e as femeas se fixam na direção 
perianal, onde irão botar ovos, desenvolvendo prurido anal, o qual por meio do ato de coçar 
pode desencadear uma infecção secundaria. 
 toxocaríase é uma parasitose causada pelo parasita Toxocara sp., que pode habitar o intestino 
delgado de gatos e cachorros e chegar no organismo humano por meio do contato com fezes 
contaminadas por fezes de cães e gatos infectados, podendo resultar em dor abdominal, febre 
ou diminuição da visão, por exemplo 
1- Discutir os aspectos epidemiológicos das parasitoses de forma oral ( amebíase, giardíase e 
ascaradiase) e cutânea ( ancilostomose e toxocaríase) 
 
• Amebiase : 
A amebíase é uma infecção causada pelo protozoário Entamoeba histolytica 
(NEVES,2016), transmitida através de ingestão de água e alimentos contaminados com 
o cisto, tendo prevalência maior em países em desenvolvimento por causa das más condições de 
saneamento básico e higiene. Apesar de a prevalência ser maior nas regiões tropicaid e 
subtropicais, talvez isso não se feva mais às precárias condições de higiene, educação sanitária e 
alimentos dos povos subdesenvolvidos dessas regiões do que propriamente o clima, uma vez que 
nos países de clima frio, com baixas condições higiênicas, a prevalência também é alta. 
São frequentes as formas desentéricas e os abscessos hepáticos, que, por sua vez, são raros em 
outras regiões. 
Vemos, portanto, que a epidemiologia da amebíase é muito variável de país para país. 
Entretando, alguns aspecos comuns são : 
 Transmissão oral através da ingestão de cistos nos alimentos e água 
 A E.histolytica é endêmica em todas as áreas de sua distribuição, não causando epidemias 
 Apesar do poder de atingir todas as idades, é mais frequente nos adultos 
 Algumas profissões são mais atingidas ( ex: trabalhadores de esgoto) 
 Coelhos, gatos, cães, porcos e primatas são animais sensíveis a E.histolytica. 
 Os cistos permanecem viáveis ( ao abrigo da luz solar e em condições de umidade) cerca 
de 20 dias. 
• Giardíase: 
É encontrada no mundo todo, principalmente entre crianças de oito meses a 10-12 anos 
A alta prevalência observada em cianças pode ser devido à falta de hábitos higiênicos 
nessa idade; quanto ao adulto, parece que uma infecção subsequentes. 
É encontrada em todo o mundo, mas parece incidir mais em regiões de clima temperado do que 
em zonas tropicais e pessoas com baixo nível econômico 
Ana Clara Paiva – Semestre 3 
Esta infecção é frequentemente adquirida pela ingestão de cistos na água proveniente de rede 
publica, com defeitos no sistema de tratamento ou águas superficiais de minas, riachos ou 
reservatório de água não tratada ou insuficiente tratada ( só coloração, o que não mata) 
 A giardíase tem sido reconhecida como um dos agentes etiológicos da `` diarreia dos 
viajantes`` que viajam para zonas endêmicas 
 O cisto resiste até dois meses no meio exterior, em boas condições de temperatura e 
umidade 
 Pico sazonal no verão 
 Alta incidência em creches, enfermarias, internatos etc. 
 Fazes de cães em praças publicas 
• Ascaríase: 
Amplamente distribuída pelas regiões tropicais e temperadas do mundo, a ascaríase incide 
mais intensamente nos lugares com clima quente e úmido, bem como onde as condições de 
higiene da população mais precária. Bem como o do meio ambiente, isto é, habilitação, solo e 
clima 
As regiões áridas e semi-áridas são as menos afetadas, mas, em função do microclima, a 
prevalência pode ser elevada mesmo em vales úmidos 
O homem é a única fonte de parasitos, sendo a população infantil, em idade escolar e pré-
escolar, a mais pesadamente infectada e, portanto, a que promove maior poluição do meio 
Em condições favoráveis, permanece infectante no solo por vários meses. 
Alguns sobrevivem as técnicas habituais de tratamento de esgoto 
As situações epidemiológica podem deferir de uma casa para outra, dentro da mesma localidade 
e do mesmo quadro geográfico. 
Visto que as poeiras de solos muito poluídos são ricos em ovos, estes podem ser aspirados, retidos 
pelo muco nasal ou pelas secreções brônquicas e, depois, deglutidos. 
 
• Ancilostomíase: 
Distribuição mundial. Ocorre, preferencialmente, em crianças com mais de 6 anos, 
adolescentes e em indivíduos mais velhos, independente da idade e sexo. 
A temperatura é outro fator limitante para o desenvolvimento e a sobrevivência de ovos e larvas, 
por isso a A. duodenale e o N. americanos tem distribuição geográfica preferencial para locais 
temperados e tropicais, respectivamente.Indivíduos da raça negra são mais resistentes à ascilostomose, tem sido contestadas, pois os 
resultados apresentados não tem qualquer importância epidemiológica 
Pode ter seu desenvolvimento interrompido no hospedeiro, e o perido de pré-patência alcançar 
mais de oito meses 
• Toxocariase / taxoplasmose: 
Os ascarídeos que causam toxocaríase no hospedeiro humano são o T. canis e o T. cati3. 
Vermes adultos vivem, em média, 4 meses e, em cerca de 6 meses, quase todos são 
eliminados espontaneamente pelo hospedeiro. 
São resistentes a fatores hostis, podendo permanecer viáveis por tempo prolongado no sol Os ovos 
nas fezes não são embrionados e, portanto, não são infectantes. Para que haja o 
embrionamento, são necessárias condições adequadas de temperatura (15 a 35 °C) e 
Ana Clara Paiva – Semestre 3 
umidade, sendo que, nessas condições, 85% dos ovos tornam-se infectantes no período de 2 a 5 
semanas 
As fontes de infecção, representadas por cães e gatos, encontram-se por toda parte, já que a 
convivência com esses animais faz parte dos hábitos anti-higiênicos do homem. 
O ciclo enzoóticos de toxocara canis, entre cães, é assegurado essencialmente pela transmissão 
congênita ( pré-natal); mas entre os gatos, além da transmissão pelo solo, tem importância a 
existência de animais transportadores do parasitismo que abrigam larvas do segundo estagio e 
são comidos pelos felinos. T. cati não parece propagar-se por via placentária. 
A população humana sujeita ao risco de contagio é constituída principalmente pelas crianças 
pequenas, entre dois e cinco anos de idade, simples, curiosas e sem discernimento, muito 
propensas a fazer sua exploração do mundo usando as mãos e a boca. 
2- Estudar os aspectos clínicos das parasitoses ( giardíase e amebíase ) tracando um paralelo 
entre as duas 
A maioria das parasitoses intestinais é bem tolerada pelo hospedeiro imunocompetente, cursando 
de forma assintomática ou com sintomas gastrointestinais inespecíficos (dor abdominal, vómitos e 
diarreia), frequentemente associados a perda de peso . Contudo, há aspectos particulares de 
alguns parasitas que podem orientar o diagnóstico etiológico e que devem ser 
considerados 
Amebiase : 
Usualmente causa uma diarreia de grande volume e rapidamente uma perda rápida de líquidos, 
podendo levar rapidamente uma criança a óbito 
→Possui 4 apresentações clínicas: 
 Colite não disentérica: ocorre apenas a diarreia, sem presença de sangue 
 Colite disentérica: com a presença de sangue na diarreia. Pelo trofozoíto que digere as células 
e o tc, que expõe os vasos sanguíneos do intestino, causando hemorragias intestinais, podem 
ser relevantes e são porta de entrada para infecções secundárias. Há disenteria, febre, 
tenesmo e cólicas e pode evoluir para colite necrotizante 
 Colite necrotizante: ulcerações profundas no intestino que acabam resultando na perda de 
grandes volumes de sangue, reação inflamatória tecidual intensa que leva a esse segmento 
do colón apresentar isquemia, rompimento da musculatura e extravasamento das fezes para 
a cavidade abdominal. Um marco da CN são as fezes mucopiossanguinolentas (contém 
muco, pus e sangue). 
 Amebona: acontece em pacientes que tiveram a infecção aguda e se recuperaram. São 
lesões de característica granulomatosa (tecido de contensão), o corpo cria em resposta o 
granuloma, e pode ser confundido com pólipos e tumores intestinais. 
Como consequência grave eles podem se romper, levando a ocorrência de infecções 
bacterianas e podem causar obstrução do trânsito intestinal caso se proliferem muito na mucosa 
intestinal. Leva ao colón paralitico, rompimento das alças, do colón ascendente, transverso, que 
leva a um abdome agudo. 
Em alguns casos, trofozoítas podem atingir outros órgãos, por meio da circulação sanguínea, 
gerando lesões necróticas principalmente no fígado, pulmão e cérebro. 
➔ abscessos 
 Queixas de dor no hipocôndrio direito, exacerbada ao movimento; febre e esplenomegalia; 
pode levar a ruptura e invasão de outros tecidos 
Ana Clara Paiva – Semestre 3 
 A amebíase extra intestinal pode ser fatal e, por causa de sua prevalência, é considerada a 
terceira infecção parasitária por protozoário que mais causa óbitos no mundo, colocando- se 
depois apenas da doença de Chagas e da malária. 
 Caso os abcessos se rompam, pode ter a disseminação direta do fígado pra outros órgãos 
como os pulmões. 
A amebíase intestinal é uma condição grave e deve ser rapidamente diagnosticada, mesmo que 
o paciente não tenha a forma aguda pode desenvolver a extra intestinal 
Giardíase : 
Nos casos assintomáticos, o período de incubação costuma ser de uma a três semanas, mas pode 
prolongar-se até seis semans 
Os sintomas mais frequentes registrados foram: evacuações liquidas ou pastosas, numero 
aumentado de evacuações, mal-estar, cólicas abdominais, fraqueza e perda de peso. 
Sintomas menos frequentes foram: diminuição do apetite, náuseas, vômitos, flatulências, distensão 
abdominal, ligeira febre, cefaleia e nervosismo. 
A diarreia, que é a mais frequente, ora é aguda e autodelimitada, ora intermitente, ou crônica e 
persistente, as fezes pastosas ou liquefeitas são malcheirosas geralmente claras ou cinzentas 
Frequentemente elas contem muco, mas raramente ocorre sangue ou pus. Nos casos mais graves 
pode haver esteatorréia ( a duração media da doença varia entre 1 a 30 dias) 
Além das formas agudas, o processo pode evoluir para formas subagudas ou crônicas. Nesses 
pacientes, além de diarreia intermitente, durando poucos dias de cada vez, as queixas eram de 
anorexia, náuseas, distensão e desconforto abdominal; flatulências, lassidão e perda de peso. 
Em alguns casos pode haver distensão e desconforto epigástrico, sem alteração do transito 
intestinal, simulando os quadros de ulcera péptica, de alteração das vias biliares, de hernia do 
hiato ou de pancreatite. 
Os sintomas da giárdia crônica, alongando-se por muitos meses ou anos, variam também entre 
manifestações benignas e outras de gravidade, tal como forma subaguda. 
Em pacientes com deficiência imunológica, pode-se encontrar diarreia persistente, má-absorção 
e perda de peso acentuada. 
3- Estudar os aspectos clínicos das parasitoses de ciclo pulmonar ( ancilostomose, toxocaríase, 
ascaridíase e estrogilodiase) 
 
 Ancilostomose : 
Agudo: 
Por ocasião da infecção, os sintomas, quando presentes, são : prurido na pele da região invadida 
pelas larvas, com eritrema edematoso ou erupção pápulo-vesiculosa. Eles aparecem poucos 
minutos depois da penetração larvária e duram alguns dias. ( também conhecida como coceira 
da terra). 
Dias depois, as manifestações respiratórias, que correspondem ao ciclo pulmonar da evolução 
larvária, que correspondem ao ciclo pulmonar da evolução larvária, costumama ser muito 
discrestas: 
- Tosse seca ou com expectoração; 
- Estretores pulmonares; 
Ana Clara Paiva – Semestre 3 
- Sinais radiológicos da síndrome de Loeffer, 
- Talvez com febre, aparecer infecções por A. duodenale. 
Quando a carga parasitaria for grande, entre a terceira e quinta semana surgem: mal estar 
abdominal, localizado na região epigástrica, anorexia, náuseas e vômitos, pode aver cólicas e 
algumas diarreia, febre ligeira, cansaço e perda de peso. 
Em crianças e indivíduos desnutridos, as infecções maciças chegam a simular um quadro de 
abdome agudo, de ulceras duodenal ou de apendicite, ou levam rapidamente a um quadro de 
anemia grave, com dilatação cardíaca, insuficiência circulatória e eventualmente morte. 
Crônica: Os sinais e sintomas predominantes são palidez, conjuntites e mucosas decoradas, as 
vexes com atrofia das papilas linguais, cansaço fácil, desanimo e fraqueza, tontura, vertigens, 
zumbidos no ouvido, dores musculares, celafeia, hipertensão e entre outros. 
Em crianças, o desenvolvimento fica comprometido, o crescimento em estatura e em peso ficam 
insuficientes,o apetite reduzido, mas, as vezes, exagerado ou pervertido; os edemas do rosto e 
dos membros aumentam com a hipoproteinemia. Dificuldades de atenção e apatia conduzem a 
um acentuado déficit no rendimento escolar 
A desnutrição e desanimo são típicos e traz mudanças na personalidade que juntamente, Vem 
com a desnutrição que compõem o jeca tatu. 
 Toxocariase : 
Em função da carga parasitariam o período de incubação no homem estende-se por semanas 
ou meses. 
O quadro clinico, que é observado com maior frequência em crianças com mau estado geral ou 
debilitado, depende da intensidade do parasitismo e da localização. 
Ele varia desde um simples e persistente eosinofilia, nas infecções mais leves, até quadros mais 
graves como febre, hipereosinofilia, hepatomegalia, manifestações pulmonares ou cardíacas, 
nefrose e sinais de lesões cerebrais. Registram-se casos fatais 
- leucocitore, eosinofilia e gamaglobulinas estão quase sempre aumentados. 
- Hepatite pode acompanhar-se de hepatomegalia dolorosa e algumas vezes com 
adenomepatias. 
- Tosse, dificuldade de respirar e infiltração pulmonar ( síndrome de Loeffer – radiografia) 
- Quadro de asma brônquica resultam de larvas no local e reação de hipersensibilidade . 
- Quando há envolvimento do sistema nervoso, os quadros clínicos podem ser os mais variados, 
incluindo os pequenos e grande mal epileptoco, meningite e de encefalite. 
 Ascaríase : 
Calcula-se que apenas um de cada seis indivíduos infectados apresenta, manifestações clinicas, 
devido a que, na grande maioria dos casos, o numero de vermes é pequeno. 
A ação patogênica desenvolve-se habitualmente, em duas etapas: 
a) Duração e migração das larvas; 
b) Quando os vermes adultos já se encontram em seu habitat definido. 
As alteraçãos produzidas podem ser de natureza mecânica, tôxica ou alérgica. 
As manifestações mais frequentes nos casos sintomáticos são: dor abdominal, náuseas, vômitos, 
diarréia e anorexia. É comum a criança eliminar os vermes pela boca, pelas narinas ou pelo 
Ana Clara Paiva – Semestre 3 
ânus, antes ou durante o quadro clínico. Em crianças é muito comum o aparecimento de 
manchas claras e circulares no rosto, denominadas “panos”. 
Em virtude do ciclo pulmonar das larvas, alguns pacientes apresentam manifestações pulmonares 
com febre, tosse, dispnéia do tipo asmatiforme, bronquite e broncopneumonia, caracterizando a 
síndrome de Loeffler, que cursa com eosinofilia sanguínea elevada. Quando a carga parasitária é 
grande, pode ocorrer quadro de obstrução intestinal, apendicite aguda e manifestações 
decorrentes da migração dos vermes adultos para o fígado e canais biliares, perintonites, 
pancreatites e hepatites. 
Fase de invasão da larva: o paciente normalmente não apresentam hipersensibilidade aos 
produtos parasitorios, as alterações hepáticas são insignificantes, e a reação pulmonar, discreta. 
Infecção intestinal: as manifestações mais frequentes, nos casos sintomáticos, são: desconforto 
abdominal, que se manifesta geralmente sob forma de cólicas intermitentes, dor epigástrica e má 
digestão, náuseas, perda de apetite e emagrecimento, sensação de coceira do nariz. 
 Estrogilodiase 
A penetração cutânea é geralmente assintomática, mas pode acompanhar-se de eritema, 
prurido, edema local e manifestações urticariformes, estas são particularmente acentuadas em 
pacientes que desenvolveram hipersensibilidade aos produtos parasitários 
Os quadros pulmonares inicia-se em poucos dias depois. É muito variável e pode estar ausente. 
Tosse, expectoração, ligeira febre e mal-estar podem compor uma síndrome benigna, como em 
outras helmintíases. Mas normalmente os sintomas são de uma broncopneumonia. 
A sintomatologia mais frequentes mais importante costuma ser a relação com o aparelho 
respiratórios, surtos de diarreia intercalam-se, ás vezes, com períodos de constipação intestinal. O 
paciente queixa-se de desconforto abdominal ou de dores vagas, podendo estar relacionados 
com cólicas ou de dor epigástrica e simular ouros aparecimentos gastrointestinais. 
A estrongiloidíase aguda e crônica pode ser assintomática. 
Na estrongiloidíase aguda, a manifestação inicial pode ser um exantema pruriginoso e 
eritematosa no local em que as larvas entraram na pele. Pode-se desenvolver tosse à medida 
que as larvas migram pelos pulmões e pela traqueia. Larvas e vermes adultos no trato 
gastrointestinal podem causar dor abdominal, diarreia e anorexia. 
A estrongiloidíase crônica pode persistir por anos em razão da autoinfecção. Pode ser 
assintomática ou caracterizada por sintomas gastrointestinais, pulmonares e/ou cutâneos. As 
queixas gastrointestinais são dor abdominal, diarreia e constipação intermitentes. 
Testes de sangue oculto nas fezes podem ser positivos e, em raras ocasiões, pode ocorrer 
hemorragia gastrointestinal franca. Os sintomas podem mimetizar os sintomas da colite 
ulcerativa, aqueles de outras causas de má absorção crônica ou obstrução duodenal. 
Síndrome de hiperinfecção Sintomas gastrointestinais e pulmonares são frequentemente 
proeminentes. A bacteremia pode se desenvolver quando as larvas invadem o intestino ou os 
pulmões. Íleo, obstrução, sangramento gastrointestinal volumoso, má absorção intensa e 
peritonite podem ocorrer. Sintomas pulmonares incluem dispneia, hemoptise e insuficiência 
respiratória. Infiltrados podem ser vistos em radiografia de tórax. 
Outros sintomas dependem dos órgãos envolvidos. O comprometimento do sistema nervoso 
central pode ser por meningites parasitárias, abscesso cerebral e invasão difusa do cérebro. 
Meningite secundária por Gram-negativo e bacteremia, que ocorrem com alta frequência, 
provavelmente refletem o rompimento da mucosa do intestino e/ou o transporte de bactérias 
na migração das larvas. A infecção do fígado pode resultar em hepatite colestática e 
granulomatosa. 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/doen%C3%A7a-inflamat%C3%B3ria-intestinal/colite-ulcerativa#v894612_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/doen%C3%A7a-inflamat%C3%B3ria-intestinal/colite-ulcerativa#v894612_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/s%C3%ADndromes-de-m%C3%A1-absor%C3%A7%C3%A3o/vis%C3%A3o-geral-da-m%C3%A1-absor%C3%A7%C3%A3o#v893658_pt
Ana Clara Paiva – Semestre 3 
A infecção pode ser fatal em pacientes imunocomprometidos, até mesmo com tratamento 
 
4- Entender as principais metodologias laboratoriais para diagnostico parasitário 
Diagnostico imunológico: 
• Elisa : baseia-se na relação antígeno-anticorpo detectáveis por meio de reações enzimáticas 
( teste imunoenzimatico) normalmente a enzima utilizada é a peroxidade. 
• Contra-imunoeletroforese 
• Hemaglutinação indireta 
• Imunoflurorescencia indireta 
• Imunodifusão dupla em gel de ágar 
• Radioimunoensaio 
O exame parasitológico de fezes (EPF), também conhecido como protoparasitológico, é usado 
para identificar alterações gastrointestinais, auxiliando no diagnóstico de parasitoses intestinais por 
meio das fezes. É um exame de baixo custo, não invasivo e de fácil execução, que pode evitar a 
realização de exames mais complexos, como a endoscopia ou outros exames de imagem. 
O EPF se divide na análise macroscópica e na microscópica. Na primeira observase os aspectos 
notáveis sem uso do microscópio, como a consistência e odor das fezes; elementos como muco 
ou sangue; e se há vermes adultos ou parte deles. Por outro lado, o exame microscópico permite 
identificar ovos e larvas de helmintos, trofozoítos,oocistos e cistos de protozoários, podendo ser 
classificado em quantitativo ou qualitativo. 
Os métodos quantitativos são os menos utilizados e esses permitem avaliar a intensidade do 
parasitismo, sendo quantificado os ovos nas fezes. 
Os mais conhecidos são os métodos de Stoll-Hausheer eo de Kato- Katz. Os qualitativos, por sua 
vez, são mais usados, identificando a forma parasitária presente, sem evidenciar sua carga. 
Ana Clara Paiva – Semestre 3 
 O recipiente deve estar limpo e seco 
 O armazenamento no laboratório de fezes liquidas é até 1h e solidas até 24h 
 Serve para identificar parasitoses intestinais. 
 O exame direto é as fezes diluídas a soro fisiológico e é analisada nas laminas, é observado o 
trofozoíto e a morfologia e sua movimentação para poder diferenciar um protozoário do outro 
(vê entamoeba e giárdia) 
 Se a coleta for sem conservantes, a amostra deve ser enviada imediatamente ao laboratório; 
se isso não puder ser feito, deve-se manter em baixas temperaturas (5 a 10oC) até que seja 
realizado o exame. Já na coleta com conservantes, o laboratório fornece o frasco adequado 
e, por isso, a amostra não precisa ser enviada imediatamente. 
 Método de wills/faust (centrífugo-flutuação): As fezes são diluídas, centrifugadas e é analisado 
apenas o sobrenadante da mistura. Consegue identificar larvas, ovos leves e alguns oocistos. 
(ve protozoários e helmintos) 
 Método de lutz/Hoffman: Fazer a mistura, deixa sedimentar por duas horas e analisa o fundo 
dela, o que sedimentou espontaneamente. Aqui se vê ovos mais pesados 
 Método de Rugai : Usa o hidrotermotropismo das larvas, as fezes são colocadas em um 
recipiente plástico ou de papel que seja permeável, e deixar ele sob uma água de 42/44, as 
larvas são atraídas por temperaturas mais altas, assim as larvas descem pra água. É excluído 
pra helmintos. 
 
Cuidados importantes 
• Material contaminado com urina destruição de trofozoítos 
• Material contaminado com solo ou água presença de organismos de vida livre 
• O pote deve estar livre de anti-sépticos, agentes germicidas, gotas de óleo e de urina para evitar 
a destruição de formas vegetativas 
• Calor - destruição dos parasitas 
• Antibióticos, antidiarréicos, antiácidos, derivados de bismuto e do bário, laxantes e óleos minerais 
podem interferir no exame, levando a resultados falso-negativos. (eles formam cristais com os 
trofozoítos, que ou destroem ou mudam sua morfologia de forma que não se identifica 
adequadamente) 
• Laxantes com óleo ou sódio criam glóbulos que podem destruir ou englobar cistos, oocistos, 
trofozoítos e não é possível identificar da forma adequada. 
• Uso de antibióticos ou contraste - diminuição do número de protozoários (por semanas) 
• Tem que coletar três amostras em dias alternados por conta do ciclo de vida dos parasitos. 
5- Analisar o tratamento farmacológico e as medidas preventivas das helmintíase e 
protozoonoses. 
 
 Dietilcarbamazina – 2mg/kg de peso do paciente, duas vezes ao dia, por via oral, durante 10 
a 20 dias 
Ana Clara Paiva – Semestre 3 
 Albendazol- 400mg duas vezes ao dia, por via oral, durante 5 dias 
 Mebendazol: 100 a 200mg duas vezes ao dia. 
 Tiabendazol: na dose de 10mg/kg, três vezes ao dia ( 30mg/kg ao dia) durante 10 dias ou mais, 
segundo a evolução do caso. 
 
Prevenção: 
A prevenção das parasitoses exige medidas simples, mas é preciso que se crie o hábito de 
executá-las rotineiramente. As principais são: 
lavar as mãos antes das refeições, antes de manipular e preparar alimentos, antes do cuidado de 
crianças e após ir ao banheiro ou trocar fraldas; 
- Andar sempre com os pés calçados; 
- Cozinhar bem os alimentos. Carnes somente bem passadas; 
- Lavar com água potável os alimentos que serão consumidos crus e se possível deixe-os de 
molho por 30 minutos em água com hipoclorito de sódio a 2,5%; 
- Beber somente água filtrada ou fervida; 
- Manter limpa a casa e terreno ao redor, evitando a presença de insetos e ratos; 
- Conservar as mãos sempre limpas, as unhas aparadas, evitar colocar a mão na boca; 
- Não deixar as crianças brincarem em terrenos baldios, com lixo ou água poluída. 
Do ponto de vista da comunidade, a prevenção se faz através de: 
- educação para a saúde; 
- proibição do uso de fezes humanas para adubo; 
- saneamento básico a toda população; 
- condições de moradia compatíveis com uma vida saudável. 
Ana Clara Paiva – Semestre 3

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