Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Disciplina: Estágio supervisionado de docência em Educação Infantil e anos iniciais Aula 5: Formação de professores e desenvolvimento de competências docentes para atuação na Educação Infantil Apresentação Você foi apresentado nas aulas passadas aos documentos oficiais brasileiros que estabelecem as competências que devem ser desenvolvidas na Educação Infantil e, por consequência, na formação dos professores que atuarão nessa etapa do desenvolvimento humano. Por ser a infância uma fase especial do desenvolvimento humano, merece uma educação especializada. Por esse motivo, a formação de professores para esse público precisa ser muito cuidadosa. Em face disso, o docente, para atuar com bebês e crianças bem pequenas, necessita de formação inicial e continuada que privilegie o estudo e a pesquisa das especificidades dessa faixa etária. As leis brasileiras que tratam da formação de professores estabelecem que a formação dos futuros profissionais da educação deve estar baseada na relação teoria/prática, ou seja, os currículos dos cursos de licenciatura devem privilegiar uma sólida formação teórica e interdisciplinar que articule a teoria à prática e utilize o trabalho coletivo e interdisciplinar. Também é importante que sejam desenvolvidos o compromisso social e a valorização do profissional de educação. Bons estudos! Objetivos Analisar as competências para a Educação Infantil articuladas à formação de professores; Reconhecer as Diretrizes da Educação Básica de 2015 e o perfil de formação de professores no Brasil atualmente. Reconhecimento da infância como fase importante para o desenvolvimento humano A infância é reconhecida atualmente como uma fase importante e frágil do desenvolvimento humano. Dessa forma, ela precisa ser tratada de maneira adequada, pois a criança deve ser valorizada como sujeito histórico que tem suas especificidades. Mas nem sempre foi assim, pois, até o século XVII, a Ciência não tinha feito nenhuma referência à criança ou à infância, ou seja, a infância era desconhecida. Embora sempre tenham existido crianças no mundo, o conceito de infância só passou a existir a partir da Modernidade. Por que isso acontecia? Porque não havia lugar para a criança na sociedade. O conceito de infância só foi existir a partir das ideias de proteção, amparo e dependência. Você pode estar se perguntando: Como as crianças eram vistas antes desse primeiro conceito de infância? Elas eram vistas como meros seres biológicos, que precisavam de uma rígida disciplina para se tornarem adultos socialmente aceitos. Crianças em uma sala de aula (Fonte: Everett Collection / Shutterstock) Para você entender um pouco mais o conceito de criança da época, leia o provérbio a seguir. Quem não usa a vara, odeia seu filho. Com mais amor e temor castiga o pai ao filho mais querido. Assim como uma espora aguçada faz o cavalo correr, também uma vara faz a criança aprender. Autor desconhecido Ao ler esse provérbio, temos uma ideia de como as crianças eram tratadas. O movimento de uma criança, fosse ele qual fosse, era reprimido “com vara”. Mas, a partir do século XVIII, um filósofo começou a entender a criança e a infância de maneira diferente. Rousseau é considerado um dos primeiros pensadores a tratar da história da criança. A partir de seus escritos, a criança passou a ser vista de maneira diferente. Jean-Jacques Rousseau (Fonte: https://bit.ly/2rTEVMC <https://pt.wikipedia.org/wiki/Jean- Jacques_Rousseau#/media/File:Jean- Jacques_Rousseau_(painted_portrait).jpg> Pela primeira vez na história ocidental, na Idade Moderna, um filósofo propôs uma educação centrada na criança e nas necessidades infantis, o que era bem diferente do contexto em que as crianças viviam durante a Idade Média. As crianças tinham uma sobrevivência incerta, pois lhes faltavam cuidados adequados, o que ocasionava altos índices de mortalidade. Veja como Rousseau entendeu a criança e seu comportamento no livro que escreveu sobre elas, intitulado Emílio ou da Educação: No princípio da vida, quando a memória e a imaginação são ainda inativas, a criança só presta atenção aquilo que afeta seus sentidos no momento; sendo suas sensações o primeiro material de seus conhecimentos, oferecer-lhas numa ordem conveniente é preparar sua memória a fornecer-lhas um dia na mesma ordem a seu entendimento; mas como ela só prestar atenção a suas sensações, basta primeiramente mostrar-lhe bem distintamente a ligação dessas sensações com os objetivos que as provocam. Ela quer meter a mão em tudo, tudo manejar: não contraries essa inquietação; ela lhe sugere um aprendizado muito necessário. Assim é que ela aprende a sentir o calor, o frio, a dureza, a moleza, o peso, a leveza dos corpos, a julgar de seu tamanho, de sua forma e de todas as suas qualidades sensíveis, a olhando, apalpando, ouvindo e principalmente comparando a vista ao tato, estimando pelo olhar a sensação que provocariam em seus dedos. (ROUSSSEAU, 1995) Exemplo Se você se interessou pela leitura acima, aqui está o livro de Rousseau completo: Emílio ou da Educação <https://marcosfabionuva.files.wordpress.com/2011/08/emc3a dlio-ou-da-educac3a7c3a3o.pdf> . Após a divulgação das ideias de Rousseau, outros filósofos e pedagogos foram construindo conceitos sobre a infância e a criança como: Pestalozzi Frobel Decroly Piaget Dewey Atenção Um pesquisador muito importante que retratou a história social da criança foi Philippe Ariès (1914-1984). É importante que conheçamos um pouquinho de sua obra. Por isso, sugiro a leitura do artigo “A concepção de infância na visão Philippe Ariès e sua relação com as politicas públicas para a infância” <https://revista.ufrr.br/examapaku/article/viewFile/1456/105 0> que trata, rapidamente, sobre a concepção da infância a partir da idade média. Se desejar, leia o livro completo desse autor. A indicação está nas referências ao final desta aula. Vejamos, a seguir, um percurso sobre a evolução do tratamento que era dispensado às crianças: A história da criança e da infância foi marcada pela exploração da mão- de-obra infantil e por muitos castigos físicos. Esses problemas foram intensificados no século XIX quando ocorreu a revolução industrial. As crianças pobres eram recrutadas para o trabalho nas fábricas, porque o trabalho delas era mais barato e não havia nenhum controle ou fiscalização por parte das autoridades. Entre os séculos XIX e XX, a preocupação com a infância começou a aumentar. Por essa razão, foram criados os primeiros Estatutos da Criança . A infância passou a ser concebida em suas fases específicas e foi criado o conceito de adolescência. Em 1948, foi promulgada pela Organização das Nações Unidas (ONU) a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Seu artigo 25 ganha destaque sendo entendido como o direito de toda criança. “A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social”. (Artigo 25, parágrafo 2 da Declaração Universal dos Direitos Humanos) 1 Em 1959, a Declaração dos Direitos da Criança, realizada também pela ONU, foi aprovada e incluiu direitos como igualdade, escolaridade gratuita e alimentação a todas as crianças. Você então pode perceber que, a partir dessa época, a criança passou a ocupar lugar de destaque na sociedade e o conceito de criança e infância foram alterados, pois foi criada a concepção de que a infância é uma fase importante do desenvolvimento humano, que exige atenção e proteção adequadas. No Brasil, em 1942 foi criado o Serviço de Assistência ao Menor (SAM), que abrigava menores em conflitos com a lei. O SAM foi muito criticado, pois era visto como um órgão repressor, o que levou asua extinção em 1964. A partir da década de 1970, houve um aumento na discussão sobre a infância, que, no Brasil, foi considerada como prioridade no campo político e social. Nos anos 80, essas discussões passaram a influenciar as decisões políticas e sociais não só no Brasil, mas no mundo. No Brasil, a Constituição Federal de 1988, em concordância com as Declarações dos Direitos Humanos e dos Direitos da Criança, estabelece a infância como um direito social em seu artigo sexto. “São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.” (Art. 6º da Constituição Federal) A Constituição Federal de 1988 ainda amplia a proteção sobre a infância em seu artigo 24, ao declarar que é dever da União, dos Estados e do Distrito Federal criar leis que protejam a infância e a juventude, e no artigo 203 que a criança deve ter assistência social conveniente. Logo após, em 1990, é criado no Brasil o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que estabelece as diretrizes no campo das políticas públicas de atendimento à criança e aos adolescentes, buscando a concretização e o reconhecimento desses sujeitos como cidadãos de direitos. Leitura Se você se interessou por esse assunto leia o livro DEL PRIORE, M. (Org.). História das crianças no Brasil. 7.ed. São Paulo: Contexto, 2010, que está disponível na Biblioteca Virtual da Estácio. Atividade 1 - Assista ao vídeo abaixo: A Importância do Brincar - Profª.Drª.Tizuko Morchida (USP/SP) | Fonte: https://www.youtube.com/watch? v=NdfZTeAp5Tg <https://www.youtube.com/watch? v=NdfZTeAp5Tg> https://www.youtube.com/embed/uizR0JOkBM4 Agora escreva sobre a importância de ambientes estimuladores para a brincadeira na educação infantil. O desenvolvimento de competências docentes para atuar na educação infantil Como vimos no item anterior dessa aula, a infância sofreu transformações ao longo da história humana. Hoje, a infância é vista como uma fase do desenvolvimento humano, que exige cuidados e proteção adequados. Até bem pouco tempo, a educação infantil e a professora dessa fase da educação ocupavam um lugar romântico. Era comum a ideia de que a professora era a substituta da mãe na escola para cuidar e zelar pela criança. Professora ensina criança (Fonte: Por Yuganov Konstantin / Shutterstock) Por muito tempo, essa ideia impediu a instituição da identidade profissional do educador da infância, principalmente porque a educação infantil era compreendida como um apêndice ao processo escolar, ou seja, ocupava um lugar marginal no processo de educação. Não é raro, ainda, se ouvir que a criança “vai para a escolinha para brincar”. De acordo com essa concepção, o espaço da educação infantil é simplesmente um lugar para passar o tempo e espaço para atendimento e cuidado das crianças e, ainda, um lugar onde as crianças ficam enquanto os pais trabalham. Por esses motivos, as professoras da educação infantil não eram consideradas profissionais, mas substitutas da função parental, desprovidas de competência docente. No entanto, esse cenário vem mudando gradativamente devido às várias mudanças sociais, políticas e educacionais que a sociedade contemporânea apresenta. O atendimento às crianças de zero a cinco, hoje, no Brasil é um direito social das crianças, como afirma a Constituição de 1988, com o reconhecimento da educação infantil como um dever social do Estado. Tais processos de mudança resultaram em um intenso processo de revisão sobre a concepção do que é educar crianças dessa faixa etária. Em especial, têm se mostrado prioritárias as discussões sobre como orientar o trabalho junto às crianças de até três anos em creches, além de como assegurar práticas junto às crianças de quatro e cinco anos. O objetivo das discussões é garantir a continuidade no processo de aprendizagem e desenvolvimento das crianças, sem antecipação de conteúdos que serão trabalhados no Ensino Fundamental. Pelas razões até aqui elencadas, a formação de professores para a educação infantil deve: 01 Privilegiar a observância das concepções de criança, infância e aprendizagem para crianças até cinco anos de idade. 02 Fazer com que o estudante (formação inicial) e o professor (educação continuada) entendam que ser professor de educação infantil é ter uma identidade profissional. Por essa razão é necessário o desenvolvimento de competências: 1 Técnicas 2 Conceituais 3 Discursivas 4 Políticas 5 Éticas 6 Estéticas Professora em uma sala de aula (Fonte: Wavebreakmedia / Shutterstock) Além do conhecimento das leis que regulamentam essa fase do desenvolvimento humano. O professor da educação infantil, portanto, precisa planejar atividades e criar espaços pedagógicos que garantam plenamente a função sociopolítica e pedagógica da educação. A professora Kramer (2002) destaca a singularidade da formação dos docentes da educação infantil, pois essa etapa tem características especiais e requer uma excelente formação inicial. Isso porque essas crianças têm uma grande capacidade criativa, que, às vezes, é sufocada por uma cultura intelectualista. Para que isso não aconteça, é importante que o estudante e o professor da educação infantil tenham conhecimentos sólidos sobre a área da educação, além das singularidades dos bebês, das crianças pequenas. Também é importante que o profissional reflita sobre o seu fazer pedagógico e sobre sua prática. Como as Diretrizes Curriculares Nacionais para cursos de licenciatura de 2015 planejam o perfil do professor no Brasil atualmente A legislação brasileira que trata da formação de professores considera que a formação desses profissionais deve se basear na relação teoria/prática. Mas, o que isso quer dizer? Significa que os princípios que devem nortear os currículos dos cursos de licenciatura no Brasil precisam estar pautados por uma formação inicial que: 1 Privilegie uma sólida formação teórica e interdisciplinar; 2 Articule a teoria à prática; 3 Utilize o trabalho coletivo e interdisciplinar; 3 Estabeleça um compromisso social e a valorização do profissional da educação. Para que isso aconteça, a Resolução Nº 2, de 1º de julho de 2015 <http://portal.mec.gov.br/docman/agosto-2017-pdf/70431-res-cne- cp-002-03072015-pdf/file> , define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (licenciatura, formação pedagógica para graduados e segunda licenciatura) e para a formação continuada. É importante esclarecermos aqui que são previstas duas formações nas licenciaturas: A formação inicial Refere-se aos cursos de graduação em licenciaturas. A formação continuada Diz respeito ao processo permanente de aperfeiçoamento dos saberes necessários à atividade docente, realizado ao longo da vida profissional, com o objetivo de assegurar uma ação docente efetiva que promova aprendizagens significativas. Voltando à Resolução 2/2015, entendemos que ela estabelece princípios para a formação de professores. São eles: Educação de qualidade A formação docente precisa comprometer-se com uma educação de qualidade, construída em bases científicas e técnicas sólidas em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica. Projeto social A formação dos profissionais da educação (formadores e estudantes) deve ter compromisso com um projeto social, político e ético que contribua para a consolidação de uma nação soberana, democrática, justa, inclusiva e que promova a emancipação dos indivíduos e grupos sociais, atenta ao reconhecimento e à valorização da diversidade e, portanto, contrária a toda forma de discriminação. Qualidade dos cursos de formação As Instituições de Ensino Superior (IES)devem garantir um padrão de qualidade dos cursos de formação de docentes. Articulação entre teoria e prática Todo o conteúdo ministrado deve ter articulação entre a teoria e a prática no processo de formação docente, fundada no domínio dos conhecimentos científicos e didáticos, contemplando a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. Formação voltada para a prática escolar A formação de professores deve ter na prática escolar seu objetivo de aprendizagem, além do reconhecimento das escolas como espaços necessários à formação dos profissionais do magistério. Projetos formativos Os cursos de formação de professores devem ter projetos formativos que tenham por fundamento sólidas bases teórica e interdisciplinar, que reflitam a especificidade da formação docente. Formação inicial e formação continuada Articulação entre formação inicial e formação continuada, bem como entre os diferentes níveis e modalidades de educação. Importância da formação continuada Compreensão da formação continuada como componente essencial da profissionalização inspirado nos diferentes saberes e na experiência docente. Agente formativo de cultura Compreensão dos profissionais do magistério como agentes formativos de cultura, além da necessidade de seu acesso permanente às informações, vivência e atualização culturais. A Resolução ainda afirma que o projeto de formação de professores deve ser elaborado e desenvolvido por meio da articulação entre a IES e o sistema de educação básica. Também é importante abordar questões sobre a educação escolar indígena, do campo e quilombola, além de formar o aluno para ser um professor que reconheça a diversidade étnico-cultural da comunidade na qual a escola em que trabalha está inserida. De igual forma, o Art. 5º dessa Resolução afirma que a sua formação, caro aluno, deve assegurar a base comum nacional, pautada pela concepção de educação como processo emancipatório e permanente. Além disso, é importante que o futuro professor reconheça a especificidade do trabalho docente, que conduz à práxis como expressão da articulação entre teoria e prática e à exigência de que se leve em conta a realidade local de cada escola. Por essa razão, seu curso é integrado e tem um currículo interdisciplinar para que os conteúdos adquiram significado e relevância. Nesse sentido, seu estágio na escola, nesse semestre, deve lhe proporcionar a vivência da realidade social e cultural da escola em que está estagiando. Assim, você deverá: 1 Ser qualificado para o trabalho na educação básica e para o exercício da cidadania. 2 Construir conhecimento, valorizando a pesquisa e a extensão como princípios pedagógicos essenciais ao exercício e aprimoramento do seu fazer como professor. 3 Ter acesso às fontes nacionais e internacionais de pesquisa, ao material de apoio pedagógico de qualidade. 4 Aprender em consonância às mudanças educacionais e sociais, acompanhando as transformações gnosiológicas e epistemológicas do conhecimento.2 5 Saber usar as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) para o aprimoramento da prática pedagógica e para a ampliação da sua formação cultural. 6 Refletir criticamente sobre as diferentes linguagens e seus processos de construção, disseminação e uso, incorporando-os ao processo pedagógico, com a intenção de possibilitar o desenvolvimento da criticidade e da criatividade. 7 Compreender que para ser professor atualmente é necessário aprender sobre educação inclusiva, mediante o respeito às diferenças, além de reconhecer e valorizar a diversidade étnico-racial, de gênero, sexual, religiosa, de faixa geracional, entre outras. Percebe como esse e os outros estágios serão importantes para sua formação? Eles farão a articulação entre a prática que você vivenciará nos estágios à teoria que você aprende nas aulas. Sua formação inicial é muito importante, pois nela você aprenderá conceitos básicos sobre as particularidades docentes, o conceito de infância, políticas públicas, psicologia infantil e tantas outras disciplinas importantes para compreender o processo de ensino e aprendizagem. No entanto, sua formação não pode parar na inicial. É necessário que você, como professor, alimente periodicamente sua formação inicial, com novos conhecimentos, novos cursos, novos saberes, novas reflexões. Por isso, tão importante quanto a formação inicial é a formação continuada. Aliás a formação continuada é um direito de todo o professor de acordo com o Artigo 62 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 <http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/leis/L9394.htm> . Sem dúvida, a formação continuada é de total importância visto que a sociedade tem mudado com uma velocidade impressionante. Dessa forma, o professor não pode ficar parado quando a questão é atualização, pois se trata de uma carreira que forma pessoas e opiniões. Além disso, a sociedade atual exige uma aprendizagem voltada para resolver os problemas que a vida cotidiana apresenta e necessitamos de uma visão crítico-reflexiva da realidade. Só conseguimos isso com estudo, pesquisa e reflexão. Para terminarmos essa aula, recomendo que assista a mais um vídeo muito interessante, que trata da educação continuada. A formação continuada de professores | Fonte: https://www.youtube.com/watch? v=cCTgEADci4Q <https://www.youtube.com/watch? v=cCTgEADci4Q> https://www.youtube.com/embed/meabqN87lwA Atividades 2 - A infância nem sempre foi tratada como uma fase especial do desenvolvimento humano. Sobre isso, analise as afirmativas abaixo e marque verdadeiro (V) ou falso (V) para as que expressam como era vista a criança antes do conceito de infância ser instituído na Modernidade. Meros seres biológicos que precisam ser disciplinados por castigos físicos. Um adulto em miniatura que tinha as mesmas necessidades de uma pessoa adulta. Um ser especial que precisa de cuidados e atenção diferenciada. 3 - A partir do século XVIII, Rousseau passou a entender a criança e a infância de maneira diferente. Sobre isso, analise as afirmativas abaixo e marque verdadeiro (V) ou falso (V). A educação deve estar centrada nas necessidades infantis. A criança deve ser preservada na sociedade. A criança precisa ser duramente disciplinada para se tornar um adulto sociável. 4 - Analise as afirmativas abaixo e marque verdadeiro (V) ou falso (F) para as que demonstram como os documentos oficiais tratam a formação de professores no Brasil. A formação de professores deve ser elaborada e desenvolvida por meio da articulação entre a IES e o sistema de educação básica. A formação inicial de professores deve formá-los para o trabalho com educação escolar indígena, do campo e quilombola. A articulação entre teoria e prática deve ser o fundamento na formação de professores no Brasil. O currículo para a formação de professores precisa ser integrado e interdisciplinar. 5 - Assista ao vídeo da professora Maria Malta, pesquisadora em Educação Infantil, e reflita sobre a importância da formação inicial e do estágio que você está cursando agora. Escreva os pontos importantes que a professora aborda no vídeo e faça uma articulação com as atividades vivenciadas em seu estágio. Legenda: Na Íntegra - Maria Malta Campos - A identidade do professor na Educação Infantil (Fonte: https://www.youtube.com/watch? v=C1Oe26slra8 <https://www.youtube.com/watch? v=C1Oe26slra8> ) https://www.youtube.com/embed/M9OXycHb6Ts Notas Estatutos da Criança1 Leis que determinam os direitos desses sujeitos e as metas para o seu pleno desenvolvimento. Gnosiológicas Referente à Gnosiologia, que é um ramo da Filosofia também conhecido como Teoria do Conhecimento. Referências DEL PRIORE, M. (Org.). História das crianças no Brasil. 7.ed. São Paulo: Contexto, 2010. KRAMER, S. Com a pré-escolanas mãos: uma alternativa curricular para a educação infantil. 12. ed. São Paulo: Ática, 2002. KRAMER, S. (Org.) Infância: fios e desafios da pesquisa. Campinas: Papirus, 1996. NÓVOA, A. Formação de professores e profissão docente. In A. Nóvoa (Org.), Os professores e a sua formação. p. 15-33. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1992. ROUSSEAU, J.J. Emílio; ou da Educação. 3.ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1995. Disponível em: https://marcosfabionuva.files.wordpress.com/2011/08/emc3adlio-ou-da- educac3a7c3a3o.pdf <https://marcosfabionuva.files.wordpress.com/2011/08/emc3adlio-ou-da- educac3a7c3a3o.pdf> . Acesso em 08 ago. 2018. Próximos Passos • Conhecer as competências gerais da Educação Básica apresentadas pela BNCC; • Compreender as implicações na docência dos anos iniciais do ensino fundamental. Explore mais Faça as leituras: • História social da criança e da família; <https://archive.org/stream/ARIS.HisttriaSocialDaCrianaaEDaFamFlia/AGA MBEN.%20Inf%C3%A2ncia%20e%20Hist%C3%B3ria#page/n5/mode/2up > 2 • Pensando a infância nos contextos atuais: uma leitura a partir do conceito de Indústria Cultural; <http://www.periodicos.udesc.br/index.php/linhas/article/viewFile/1207/ 1022> • Formação inicial de professores para a educação básica: uma (re)visão radical; <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102- 88392000000100012> • Os conceitos de professor pesquisador e professor reflexivo: perspectivas do trabalho docente. <http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v21n65/1413- 2478-rbedu-21-65-0281.pdf>
Compartilhar