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ANEMIA GESTACIONAL
ENFERMAGEM 7° PERIÓDO 
DIEGO, IARA, LUCCAS, MARIA KAROLINA, MARIA LUIZA, PAULA
ANEMIA GESTACIONAL
Segundo a OMS, a anemia acontece quando o número de células vermelhas do sangue que são responsáveis pelo transporte de oxigênio, são insuficientes para atender as necessidades fisiológicas, que variam de acordo com a idade, sexo, se a pessoa é fumante, altura e a gravidez. 
A anemia mais comum na gestação é a ferropriva (devido a deficiência de ferro), embora outras causas como diminuição de folato, deficiência de vitamina B12 levam a anemia megaloblástica (muito comum). Inflamação crônica e infecções parasitárias, doenças hereditárias (anemia falciforme, talassemia e problemas de hemoglobinopatia).
A OMS deixa claro que mulheres grávidas e crianças são particularmente mais vulneráveis (porque a ingestão de ferro deve ser particularmente maior que o normal), e que a predominância da anemia em países desenvolvidos é quase 60% inferior comparado aos países subdesenvolvidos. Acredita-se que a alimentação, condições socioeconômicas contribuem para o desenvolvimento da anemia na gestação.
RELEMBRANDO
Composição do Sangue: 60% do sangue é plasma; Glóbulos brancos e Glóbulos vermelhos. 
Durante a gestação ocorre um aumento do volume plasmático em até 50%, ou seja, 1000 ml, aumenta também o número de hemácias circulantes em aproximadamente de 25% a 33%, para que tenha um transporte adicional de oxigênio para atender as necessidades do crescimento fetal. Por esse motivo há uma queda fisiológica de Hematócritos (Ht) e Hemoglobina (Hb), onde houve um aumento do volume plasmático e não um aumento da produção de Hb e Ht, ocorrendo assim uma hemodiluição. Até certo ponto, ocorre uma anemia fisiológica. Ultrapassado esse ponto, se torna patológica. 
Algumas anemias estão associadas a alterações no volume de Hb e de VCM. É interessante adotar outros critérios para a conceituação e para o diagnóstico de anemia. Os índices corpusculares, principalmente o Volume Corpuscular Médio (VCM = 81-95dL) não sofrem variações e podem, então, ser tomados com tal ­finalidade. 
Para ­fins práticos, tomando-se o VCM como indicador, identi­ficam-se três tipos de anemia: microcíticas (VCM = <85dL), normocíticas (VCM entre 85 e 95dL) e macrocíticas (VCM >95dL).
VALORES DE REFERÊNCIA (MS):
Mulheres não gestantes: Tem concentração de hemoglobina maior que 12 (ausência de anemia). 
Mulheres gestantes e puérperas: anemia fisiológica devido a hemodiluição na gravidez. Apresentam hemoglobina maior que 11 (ausência de anemia). 
Ausência de anemia: HB maior que 11.
Anemia leve e moderada : de 8 a 10,9.
Anemia grave: menor que 8.
Trata-se na atenção primária (unidade de saúde), a anemia leve a moderada, enquanto a anemia grave trata-se na atenção terciária. 
COMPLICAÇÕES:
Maternas:
comprometimento do desempenho físico e mental;
pré-eclâmpsia e alterações cardiovasculares;
queda da função imunológica;
enfraquecimento das unhas e cabelo;
menor tolerância às perdas sanguíneas do parto, resultando em maior risco de anemia pós-parto e hemotransfusão.
Fetais:
hipoxemia fetal;
prematuridade;
restrição de crescimento intrauterino, problemas no desenvolvimento neurológico da criança;
morte (abortamento e óbito intrauterino).
COMPLICAÇÕES:
Causas da anemia
 Sintomas 
deficiência de ferro;
deficiência de ácido fólico;
deficiência de vitamina B12;
hemoglobinopatias (anemia falciforme, talassemias);
perda sanguínea crônica (sangramentos gastrointestinais ocultos).
fadiga;
fraqueza;
dores de cabeça;
apatia;
palidez; 
resistência baixa;
temperaturas frias.
CLASSIFICAÇÃO:
Hb menor que 11, Ht menor que 30% e VCM menor que 85 dL: temos anemia microcítica. Tipos de anemia que fazem parte da anemia microcítica: anemia por deficiência de ferro e a talassemia. 
Hb menor que 11, Ht menor que 30% e VCM entre 85 a 95 dL: anemia normocíticas. Relacionada a anemias de doença crônica, renal e anemia falciforme.
Hb menor que 11, Ht menor que 30% e VCM maior que 95: anemia macrocítica. Anemia megaloblástica (deficiência de folato e vit. B12). 
Anemias adquiridas: ferropriva, anemia causadas por perda sanguínea aguda, anemia megaloblásticas, causadas por algumas infecções. 
Anemias hereditárias: talassemia, anemia hemolítica hereditária, anemia falciforme. 
Anemias adquiridas mais predominantes na gestação: 1ª ferropriva e 2ª megaloblástica. E também as anemias prévias hereditárias como talassemia e anemia falciforme. 
Repercussões da anemia na mãe e no feto: pode estar associada ao baixo peso ao nascer, morbidade perinatal e trabalho de parto prematuro.
TRATAMENTO DA ANEMIA:
Mediante aos resultados laboratoriais:
Hemoglobina > 11g/dl //Ausência de anemia: 
Profilaxia: 1 comprimido de sulfato ferroso, sendo 200mg de Sulfato Ferroso que corresponde a 40mg de ferro elementar, antes de alguma refeição, de preferência 1 hora antes. Continuar suplementação em até 3 meses pós-parto.
Hemoglobina (Hb) entre 8g/dl e 11g/dl // Anemia leve a moderada: 
A) Solicite exame parasitológico de fezes e trate as parasitoses, se presentes; 
B) Trate a anemia 5 comprimidos de sulfato ferroso, onde cada comprimido tem 200mg, sendo equivalente a 40mg de ferro elementar. Ingerir uma hora antes de cada refeição acompanhado de suco de fruta cítrica; dois comprimidos no café da manhã, dois antes do almoço e um antes da janta. Fazer a ingestão em até 3 meses pós-parto. 
TRATAMENTO DA ANEMIA:
Mediante aos resultados laboratoriais:
D) Se os níveis estiverem subindo, mantenha o tratamento até a Hb atingir 11g/dl, quando deverá ser iniciada a dose de suplementação (1_drágea ao dia, com 40mg de ferro elementar). Repita a dosagem no 3º trimestre; 
E) Se a Hb permanecer em níveis estacionários ou se diminuir, será necessário referir a gestante ao pré-natal de alto risco.
Hemoglobina< 8g/dl // Anemia grave: Será necessário referir a gestante ao pré-natal de alto risco.
CD:
Suporte nutricional adequado; 
Reposição de ferro, preferencialmente por via oral:
ANEMIA FERROPRIVA:
A mais predominante durante a gestação, causada principalmente por deficiência de ferro e associada a alimentação. Afeta 1 em casa 4 gestações, se mostrando como um índice muito alto. Os depósitos de ferro são reduzidos durante a gravidez em decorrência de uma maior demanda para suprir o aumento da hemoglobina circulante e o desenvolvimento fetal. Assim, há uma redução da porcentagem de saturação de transferrina e hemácias hipocrômicas e microcíticas começam a ser liberadas pela medula óssea na circulação. Se a ingesta de ferro for insu­ficiente, se o intervalo interpartal for curto ou se o parto for complicado por hemorragia, a anemia por de­ficiência de ferro rapidamente se instalará.
A anemia ferropriva é uma anemia microcítica. A mulher precisa de 1000mg de ferro durante toda a gestação, onde 300mg são transferidos para o feto ativamente pela placenta, 200mg são excretados pela gestante principalmente através do TGI, e os outros 500mg são necessários para suprir o aumento de eritrócitos decorrente da hipervolemia. 
 
ANEMIA FERROPRIVA:
Diagnóstico: Hemograma: redução de hematócrito e hemoglobina, com presença de hemácias hipocrômicas e microcíticas.
Conduta: orientar a mudança de hábito alimentar, introduzir alimentos ricos em ferro (feijão, vísceras, verduras verde escuras); controle de infecções; orientar suplementação de sulfato ferroso; solicitar um exame parasitológico de fezes. 
Efeitos colaterais da suplementação: os gastrointestinais, tais como epigastralgia, náuseas, vômitos, diarreia e constipação. Para amenizar os efeitos colaterais, esquemas posológicos alternativos, como administração semanal, têm sido sugeridos e mostram-se tão efetivos quanto a administração diária na prevenção da queda dos níveis de hemoglobina.
ANEMIA FERROPRIVA:
Tratar anemia de leve a moderada (de 8 a 10,9): 5 comprimidos de sulfato ferroso, onde cada comprimido tem 200mg, sendo equivalente a 40mg de ferro elementar. Ingerir uma hora antes de cada refeição acompanhado de suco de fruta cítrica; doiscomprimidos no café da manhã, dois antes do almoço e um antes da janta. Fazer a ingestão em até 3 meses pós-parto. Evitar ingestão de leite durante o consumo de sulfato ferroso. É necessário solicitar o exame parasitológico de fezes (se houver resultado positivo, o profissional deverá tratar a parasitose). Repetir o exame de sangue em 60 dias. Se os níveis estiverem subindo, manter o tratamento até a Hemoglobina atingir 11g/dL, quando deverá ser mantida a dose de 60mg/ dia e repetir o exame em torno da 30ª semana.
Orientações: Orientar a mulher em relação ao quadro dela: orientar o tipo de anemia que ela apresenta; o que está acontecendo e o que pode vir a acontecer; incentivar e orientar a importância da adesão ao tratamento; orientar a ela não tomar o Sulfato Ferroso com leite, pois inibe a absorção do ferro (Na batalha entre Cálcio e Ferro, Cálcio leva a melhor), dando preferência para sucos cítricos ricos em vitamina C (sucos de laranja, acerola, limão, tomate), e fibras, que diminui os efeitos colaterais; fazer um aconselhamento e encaminhamento nutricional, se necessário; orientar alimentos ricos em ferro, como frutas secas, cereais integrais, vegetais verdes-escuros (como couve, brócolis...), feijão, carne (como fígado...).
ANEMIA MEGALOBLÁSTICA:
É uma anemia macrocítica, pois tem o VCM aumentado. Deficiência de Folato ou vitamina B12, ocorrendo um defeito na síntese do DNA, afetando as células de renovação rápida (os precursores hematológicos), levando a um desequilíbrio entre crescimento e divisão celular. Onde a divisão celular será diminuída e o crescimento celular será mantido, levando a um acúmulo de citoplasma na célula, ocasionando uma desproporção observada entre o tamanho do núcleo e do citoplasma, a chamada dissociação núcleo-citoplasmática. 
Vai afetar as células de renovação rápida e resultar em uma menor oxigenação dos tecidos, pois as hemácias carreiam oxigênio, e se tem um problema nesse carreamento, há uma diminuição desse oxigênio, que vai levar a um crescimento restrito uterino, devido a baixas quantidades de oxigênio disponível para o feto, incapaz de suprir suas demandas de crescimento e desenvolvimento. 
ANEMIA MEGALOBLÁSTICA:
Diagnóstico: Hemograma: indicando redução de Hb e Ht e hemácias macrocíticas (VCM aumentado). Dosagem de folato sérico e folato nas hemácias. 
Tratamento: Recomenda-se 0,4 mg de ácido fólico, quantidade suficiente para prevenir e tratar a anemia megaloblástica (mas o disponível no SUS é 5,0 mg, então prescrevemos 5,0 mg, conforme o disponibilizado). Após três dias de tratamento com ácido fólico, usualmente ocorre uma reticulocitose e em seguida há a recuperação da hemoglobina. A resposta ao tratamento é rápida, com melhora da anemia em uma semana. Num curto de período de 7 a 10 dias, deve-se repetir o exame.
ANEMIA MEGALOBLÁSTICA:
Na falta da resposta esperada ao tratamento, é necessário considerar a presença de outras deficiências concomitantes, pois a deficiência de ácido fólico geralmente cursa também com deficiência de ferro. Se após uma semana de tratamento com ácido fólico a gestante não apresentar uma reticulocitose significante, a anemia ferropriva concomitante deve ser considerada.
Recomenda-se o uso de 5mg de ácido fólico para gestações gemelares ou multíparas com intervalo interpartal curto. 
A gestante é orientada a ingerir diariamente alimentos de origem animal, fígado, vísceras, coração, e também, verduras verde-escuras, feijão, grão de bico, lentilhas... 
Em caso de pacientes vegetarianas ou veganas, que não comem carnes e/ou alimentos de origem animal, deve-se utilizar a suplementação de ácido fólico e vitamina B12 em cápsulas. Deve-se conhecer essa mulher, pois alguns alimentos, como grão de bico, lentilhas, etc., são caros, mas a depender da condição da paciente, poderá ser indicado. 
ANEMIA MEGALOBLÁSTICA:
Na falta da resposta esperada ao tratamento, é necessário considerar a presença de outras deficiências concomitantes, pois a deficiência de ácido fólico geralmente cursa também com deficiência de ferro. Se após uma semana de tratamento com ácido fólico a gestante não apresentar uma reticulocitose significante, a anemia ferropriva concomitante deve ser considerada.
Recomenda-se o uso de 5mg de ácido fólico para gestações gemelares ou multíparas com intervalo interpartal curto. 
A gestante é orientada a ingerir diariamente alimentos de origem animal, fígado, vísceras, coração, e também, verduras verde-escuras, feijão, grão de bico, lentilhas... 
Em caso de pacientes vegetarianas ou veganas, que não comem carnes e/ou alimentos de origem animal, deve-se utilizar a suplementação de ácido fólico e vitamina B12 em cápsulas. Deve-se conhecer essa mulher, pois alguns alimentos, como grão de bico, lentilhas, etc., são caros, mas a depender da condição da paciente, poderá ser indicado. 
REFRENCIAS:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Departamento de Atenção Básica, 2012.
BRASIL. Ministério da Saúde. Orientações para a coleta e análise de dados antropométricos em serviços de saúde: norma técnica do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN. Brasília, 2004.
BRASIL. Ministério da Saúde. Política nacional de atenção integral à saúde da mulher. Brasília, 2004.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria no 1.067/GM, de 4 de julho de 2006. Institui a Política Nacional de Atenção Obstétrica e Neonatal e dá outras providências. Brasília, 2006.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Política nacional de atenção integral à saúde da mulher: princípios e diretrizes. Brasília, 2007.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Gestação de alto risco: manual técnico. 5. ed. Brasília, 2010.
BRASIL. Ministério da Saúde. Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN: orientações básicas para a coleta, o processamento, a análise de dados e a informação em serviços de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2004f. 119 p.

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