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BMS Nervoso, Locomotor, Sensorial, Hematológico e de Revestimento bioquímica 2 Transmissão noradrenérgica Catecolaminas ⇾ compostos que contêm um núcleo catecol e uma cadeia lateral amina As mais importantes ⇾ norepinefrina, epinefrina, dopamina, isoprenalina RECEPTORES ADRENÉRGICOS Existem dois tipos de receptores, alfa e beta, definidos em termos da portência dos agonistas alfa ⇾ norepinefrina > epinefrina > isoprenalina beta ⇾ isoprenalina > epinefrina > norepinefrina Observou-se que existem 2 subtipos de receptores alfa (alfa1 e alfa2), cada um compreendendo 3 subclasses, e 3 subtipos de receptor beta (beta1, beta2 e beta3) Todos os receptores são típicos acoplados à proteína G Os receptores alfa1 são particularmente importantes no sistema cardiovascular e no trato urinário baixo Os receptores alfa2 são predominantemente neuronais e atuam inibindo a liberação do transmissor tanto no cérebro quanto nas terminações nervosas periféricas Cada um dos 3 principais subtipos de receptores está associado a um sistema específico de segundos mensageiros 1. alfa1 ⇾ acoplados à fosfolipase C e produzem seus efeitos pela liberação de Ca2+ intracelular 2. alfa2 ⇾ negativamente acoplados à adenilil ciclase e reduzem a formação de AMPc, assim como inibem canais de Ca2+ e ativam canais de K+ 3. beta ⇾ agem por estimulação da adenilil ciclase Os receptores beta1 são encontrados principalmente no coração, no qual são responsáveis pelos efeitos inotrópicos e cronotrópicos das catecolaminas Os receptores beta2 são responsáveis pelo relaxamento da musculatura lisa em vários órgãos Ambos os subtipos de receptores, alfa e beta-adrenérgicos, são expressos em células musculares lisas, terminações nervosas e células endoteliais Principais efeitos da ativação dos receptores: 1. alfa1 ⇾ vasoconstrição, relaxamento da musculatura lisa gastrointestinal, secreção salivar e glicogenólise hepática 2. alfa2 ⇾ inibição da liberação de transmissores (incluindo a liberação de norepinefrina e acetilcolina pelos nervos autônomos), agregação plaquetária, contração do músculo liso vascular, da liberação de insulina 3. beta1 ⇾ aumento da frequência e da força de contração cardíacas, hipertrofia cardíaca tardia 4. beta2 ⇾ broncodilatação, vasodilatação, relaxamento da musculatura lisa visceral, glicogenólise hepática e tremores musculares 5. beta3 ⇾ lipólise e termogênese; relaxamento do músculo detrusor da bexiga SÍNTESE E LIBERAÇÃO DE NORADRENALINA O precursor metabólico da norepinefrina é a L-tirosina A tirosina hidroxilase é a enzima citosólica que catalisa a conversão da tirosina em di-hidroxifenilalanina (dopa) ⇾ ETAPA 1 Essa primeira etapa da hidroxilação é o principal ponto de controla para a síntese de norepinefrina A tirosina hidroxilase é inibida pelo produto final da via de biossíntese, a norepinefrina Outra regulação, porém, mais lenta ⇾ mudança na taxa de produção da enzima A ETAPA 2 é a conversa de dopa em dopamina, é catalisada pela dopa descarboxilase, cuja atividade não é fator limitante na síntese de norepinefrina BMS Nervoso, Locomotor, Sensorial, Hematológico e de Revestimento Na ETAPA 3, a dopamina-b-hidroxilase converte a dopamina em norepinefrina Essa enzima está localizada em vesículas sinápticas, sendo liberada das terminações nervosas junto com a norepinefrina Em contraste com a norepinefrina, a DBH não está sujeita à degradação rápida ou captação A renovação (turnover) da norepinefrina, em tecidos periféricos, costuma tem um tempo de 5 a 15 horas A maior parte da norepinefrina nas terminações nervosas está contida em vesículas Além da norepinefrina, nas vesículas estão presentes ATP e a proteína cromogranina A A liberação de norepinefrina é afetada por uma variedade de substâncias que agem em receptores pré-sinápticos Além disso, atuando em receptores pré-sinápticos beta2, a norepinefrina pode regular sua própria liberação, e também a do ATP coliberado A norepinefrina liberada exerce um efeito inibitório local sobre as terminações das quais ela se origina O mecanismo de retroalimentação inibitório opera por meio dos receptores alfa2, que inibem a adenilil ciclase e impedem a abertura dos canais de cálcio Receptores beta2 presentes nas terminações nervosas simpáticas ⇾ acoplados à ativação da adenilil ciclase, que aumentam na liberação de norepinefrina CAPTAÇÃO e degradação DE NORADRENALINA CAPTURA A ação da norepinefrina termina principalmente pela captura do transmissor nas terminações nervosas As duas enzimas principais que metabolizam as catecolaminas estão localizadas intracelularmente; por isso, a captação pelas células precede necessariamente a degradação metabólica Cerca de 75% da norepinefrina são capturadas e reempacotadas dentro de vesículas ⇾ esse processo serve para encurtar a ação da norepinefrina liberada Os 25% restantes são captados por células não neuronais A captura neuronal é realizada pelo transportador de norepinefrina (NET) presente na membrana plasmática O transportador atua como cotransportador de Na+, Cl- e norepinefrina O empacotamento em vesículas ocorre através do transportador vesicular de monoaminas (VMAT) A captura extraneuronal é realizada pelo transportador extraneuronal de monoaminas (EMT) O NET é relativamente seletivo para norepinefrina, com alta afinidade e velocidade máxima de captura pequena DEGRADAÇÃO As catecolaminas são metabolizadas principalmente por duas enzimas intracelulares ⇾ monoamino- oxidase (MAO) e catecol-O-metil transferase (COMT) MAO ⇾ ligada à membrana externa das mitocôndrias; abundante nas terminações nervosas noradrenérgicas; converte catecolaminas em seus aldeídos correspondentes No interior dos neurônios simpáticos, a MAO controla o conteúdo de dopamina e norepinefrina, e o estoque liberável de norepinefrina aumenta, caso a enzima seja inibida COMT ⇾ responsável pela metilação de um dos grupos hidroxila do catecol, produzindo um derivado metoxi; presente na medula da suprarrenal e outros tecidos O produto final da ação dessas enzimas é o 3-metoxi-4-hidroxifenilglicol, que é eliminado na urina
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