Buscar

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Atividade Prática Supervisionada de Educação de Jovens e Adultos. 
Acadêmicos
Cariani dos Santos R.A 294820
Érica de Figueiredo Villela R.A 292125
Talitha Dias Barros R.A 294847
Gabriela da Silva Oliveira R.A 346082
Maíra Rafaela Fernandes Carvalho R.A 294835
 Paraty (2013)
 Introdução 
 A Educação de Jovens e Adultos no Brasil sempre foi marcada por movimentos ou iniciativas individuais de grupos, órgãos públicos e privados ou pesquisadores decididos a enfrentar o problema da existência de uma enorme população que não a teve oportunidade de frequentar a escola regular, formar e melhorar a qualificação dos seu trabalhadores.
 A problemática educacional no Brasil, está marcada pela exclusão de camadas populares da sociedade que vem interditando a inúmeros cidadãos a possibilidade de acesso a língua e a um universo de saberes produzidos nas diferentes áreas do conhecimento.
 Além da necessidade de alfabetização, a perspectiva da total escolarização fundamental como patamar mínimo para a qualificação pessoal e profissional do sujeito, como condição para o acesso aos diferentes espaços culturais e sociais, como elemento de reflexão e posicionamento político e autônomo.
 A alfabetização de jovens e adultos é um desafio, não só para administradores governamentais, universidades, professores, como também como para toda a sociedade e o próprio aluno.
 As bases do conhecimento sistematizado deverão estar em seus aspectos sócio econômico, político e culturais, visando a construção da consciência crítica e reflexiva, onde as capacidades, atitudes e valores sejam necessários para que as pessoas melhorem a qualidade de vida e continuem aprendendo, para ser um formador de opinião e tendo uma vida justa e digna.
 As pesquisas sobre a aprendizagem da leitura e da escrita das duas últimas décadas nos impõem a necessidade de compreender como se dá o processo de aprendizagem dos jovens e adultos e como poderia ser o processo de ensino voltado para uma educação integral, que considere os aspectos sociais, afetivos e cognitivos dos alunos.
 A importância da Educação de Jovens e Adultos na sociedade atual. 
 No passado, os sujeitos da educação de adultos buscavam o estudo como forma de se inserirem no mundo da produção industrial, como maneira de melhorar de emprego ou de superar a vergonha de “ser analfabeto”, numa sociedade em que o processo de industrialização estava em franco desenvolvimento.
 Nos dias atuais, é praticamente consenso que o sujeito da EJA possui uma vasta bagagem cultural e que os conteúdos da EJA precisa ter estreita ligação com essa realidade.
 O que buscam os sujeitos da EJA? Sabemos que a maioria deles é jovem, tem entre 15 e 29 anos. Alguns continuam buscando alternativas de melhorar a condição de emprego, ou seja,há uma racionalidade técnica por trás da continuidade escolar.Alguns buscam o estudo com a intenção de conquistar o primeiro emprego,outros estão na EJA para acelerar a obtenção do diploma escolar , outros estão em função de repetência e desistência no ensino regular e outros retornaram após algum tempo para os bancos escolares,com a intenção de ampliar a escolaridade. 
 Lista das características do educando de jovens e adultos na sociedade atual 
.
	Trabalhadores
	Aposentados
	Jovens e adolescentes empregados ou em busca de trabalho.
	Pessoas com necessidades educativas especiais.
	Adultos ou jovens adultos,via regra mais pobre e com vida escolar mais acidentada.
	Aluno que não permaneceu no ensino regular por falta de disciplina.
	Multi-repetentes no ensino diurno, vão para a EJA para escapar dos constrangimentos.
	Idosos
	Não teve oportunidade de estudar na idade apropriada, por motivos variados, (desde o abandono da escola, por causa do trabalho, antes de terminar a Educação Básica ou porque não tinha escola na região onde morava) pode procurar as instituições de ensino para completar seus estudos em EJA.
 Dessa forma,os sujeitos da EJA hoje são diversos, daí decorre também a preocupação com o conceito de diversidade cultural no contexto do EJA. Os sujeitos da EJA atualmente são trabalhador experiente e o jovem com outro tipo de experiência no mundo. A relação entre educação e trabalho está bastante presente nessa modalidade da educação básica, a exemplo dos programas que atendem ás demandas voltadas ao ensino médio profissional. E, como escreve Arroyo (2007,p.7), “A EJA tem de ser uma modalidade de educação para sujeitos concretos, com histórias concretas, com configurações com Educação de Jovens e Adultos. 
 A Educação de Jovens e Adultos atendem os que não sabem ler e escrever que querem ser alfabetizados e os que já possuem essas habilidades mas desejam adquirir o diploma e outros saberes para se sentirem mais cidadãos e participativos. Portanto o conceito é voltado para as características e especificidades dos sujeitos aos quais ela se destina. “São homens e mulheres, trabalhadores/as empregados/as e desempregados/as ou em busca do primeiro emprego; filhos, pais e mães; moradores urbanos de periferias, favelas e vilas. 
 São sujeitos sociais e culturais, marginalizados nas esferas socioeconômicas e educacionais, privados do acesso à cultura letrada e aos bens culturais e sociais, comprometendo uma participação mais ativa no mundo do trabalho, da política e da cultura. Vivem no mundo urbano, industrializado, burocratizado e escolarizado, em geral trabalhando em ocupações não qualificadas. Trazem a marca da exclusão social, mas são sujeitos do tempo presente e do tempo futuro, formados pelas memórias que os constituem enquanto seres temporais. São, ainda, excluídos do sistema de ensino, e apresentam em geral um tempo maior de escolaridade devido a repetências acumuladas e interrupções na vida escolar. Muitos nunca foram à escola ou dela tiveram que se afastar, quando crianças, em função da entrada precoce no mercado de trabalho, ou mesmo por falta de escolas.
 Jovens e adultos que quando retornam à escola o fazem guiados pelo desejo de melhorar de vida ou por exigências ligadas ao mundo do trabalho. São sujeitos de direitos, trabalhadores que participam concretamente da garantia de sobrevivência do grupo familiar ao qual pertencem.
 A Alfabetização de Jovens e Adultos no Contexto Escolar
 A alfabetização não se resume a ensinar a ler, ela dá possibilidade para que o aluno se desenvolva como ser humano e assim ficar integrado no mundo.
 No Brasil e em outras áreas da América Latina, a Educação de jovens e adultos viveu um processo de amadurecimento que veio transformando a compreensão que nós tínhamos a poucos anos atrás. O conceito de Educação de jovens e adultos vai se movendo na direção de Educação Popular na medida em que a realidade começa a fazer algumas exigências, á sensibilidade e á competência científica dos educadores. Uma dessas exigências tem a ver com a compreensão crítica dos educadores do que vem ocorrendo no cotidiano do meio popular.
 "O ato criador prova natural estado de satisfação ? decorrente do poder de criar..., e essa alegria gera valores mais importantes que mobilizam sentimentos de auto confiança nos alunos e os leva a sentir e descobrir outros valores fundamentais a vida."
(Ministério da Educação; 1997, p. 49).
 Através desta citação o autor tenta passar o quanto é importante valorizar o que cada ser humano consegue fazer, ou seja, utilizar o conhecimento e a experiência que trazem de casa ao longo de sua vida, e sempre devemos oferecer condições de ampliar e atualizar seus conhecimentos, pois, cada um de nós compõe a sua história, e cada ser em si carrega o dom de ser capaz, de ser feliz. Por isso é importante respeitarmos e aproveitar os conhecimentos dos alunos, e que elessão capazes de ler e escrever, apenas não tiveram a oportunidade enquanto novos, mas nunca é tarde para estudar (aprender).
 Existe uma coisa que os alunos precisam quando retornam á escola, precisam muito mais do que o conhecimento, eles precisam de motivação. E a melhor motivação vem das palavras de afeto,incentivo e valorização - "muito bem", "É isso ai", "você conseguiu", e tantas outras que nós educadores devemos dizer, esse tratamento especial desenvolverá no aluno a auto confiança, ou seja ele sentirá cada vez mais capaz e muito mais feliz.
 Paulo Freire deixa bem claro que temos de orientar o analfabeto, e aproveitar todos os seus conhecimentos e trazer para atualidade, e esse conhecimento a que se refere esta dentro do próprio educando, só temos que saber como colocá-lo para fora.
 “A alfabetização não pode ser reduzida a um aprendizado técnico linguísticos, como um fato acabado e neutro, ou simplesmente como uma construção pessoal intelectual. A alfabetização passa por questões de ordem lógico-intelectual, afetivo, sócio cultural, política e técnico.
 Paulo Freire concorda que o papel do educador é mediar a aprendizagem, priorizando, nesse processo, a bagagem de conhecimentos trazidos por seus alunos, ajudando-os a transpor esse conhecimento para o da escrita e da leitura.
 "A formação econômica, política e social dos adultos devia ser desenvolvida a partir de suas atividades cotidianas e de suas preocupações fundamentais."
(Barquera, 1982, p.16).
 O autor fala que o conceito de educar deve incluir-se aos aspectos básicos da vida, como os acontecimentos diários e com isso reaproveitar seus conhecimentos no trabalho, saúde, vida familiar, e trazendo tudo isso estaremos aproveitando o conhecimento adquirido de casa.
 "Uma forma de educação altamente eficiente, pois não apenas força as pessoas a aprender, mas também lhe permite aplicar na prática o que aprendem. Tem, além disso, a vantagem de conscientizar as pessoas de que seu nível de vida não depende unicamente de sua capacidade para ganhar dinheiro, mas das qualidades dos benefícios que se obtém através dos recursos da comunidade local."
(Lowe, 1975, p. 97).
 Esta citação deixa bem claro que se pode alcançar o progresso social e econômico das comunidades pela participação de seus membros em práticas alternativas de alfabetização.
 "Os alunos de níveis de analfabetismo passa a ser o centro das preocupações revelada nos discursos e nas programações dos governos por configurarem em estágio de extremo subdesenvolvimento para seus Países." (Alair Miranda, 2003, p. 214).
 A autora nos tenta passar a ideia que nossos governantes estão preocupados com os altíssimos índices de analfabetos pois, isso poderá atrapalhar o crescimento de nosso País, e isso realmente acontece mas infelizmente só ocorre na teoria, porque na prática ainda não estamos vendo resultados satisfatórios e o que nossos governantes fazem é pouco, a insuficiência de políticas voltadas para á educação, tem sido poucas que são planejadas, a maioria não ultrapassa a fase de sua programação, e por isso precisa colocar em prática e realmente ajudar, precisam tirar todos esses projetos das gavetas de seus gabinetes, mas somos brasileiros e temos esperanças de reverter este quadro tão alarmante de analfabetos.
 Educação Jovens e Adultos- Ensino Fundamental Proposta curricular( 1º segmento)
 Por que uma proposta curricular
 O objetivo deste trabalho é oferecer um subsídio que oriente a elaboração de programas de educação de jovens e adultos e, consequentemente, também o provimento de materiais didáticos e a formação de educadores a ela dedicados.
 Na reflexão pedagógica sobre essa modalidade educativa, tem especial relevância a consideração de suas dimensões social, ética e política. O ideário da Educação Popular, referência importante na área, destaca o valor educativo do diálogo e da participação, a consideração do educando como sujeito portador de saberes, que devem ser reconhecidos. Educadores de jovens e adultos identificados com esses princípios têm procurado, nos últimos anos, reformular suas práticas pedagógicas atualizando-as ante novas exigências culturais e novas contribuições das teorias educacionais. 
 O que se observa, entretanto, é que os educadores se um marco mais global que os ajude a articular as inovações metodológicas e temáticas numa proposta abrangente e coerente. É exatamente um marco global que se quis estabelecer nesta proposta, esperando que ele encoraje os educadores a implementar programas de educação de jovens e adultos e a trabalhar pela sua qualidade.
 A Constituição Federal de 1988 estendeu o direito ao ensino fundamental aos cidadãos de todas as faixas etárias, o que nos estabelece o imperativo de ampliar as oportunidades educacionais para aqueles que já ultrapassaram a idade de escolarização regular. 
 Além da extensão, a qualificação pedagógica de programas de educação de jovens e adultos é uma exigência de justiça social, para que a ampliação das oportunidades educacionais não se reduza a uma ilusão e a escolarização tardia de milhares de cidadãos não se configure como mais uma experiência de fracasso e exclusão.
 	 Em que consiste a proposta
 As orientações curriculares aqui apresentadas referem-se á alfabetização e pós-alfabetização de jovens e adultos,cujo conteúdo corresponde ás quatro primeiras séries do 1º grau.Elas não constituem propriamente um currículo,muitos menos um programa pronto para ser executado.
 Trata-se de um subsídio para a formulação de currículos e planos de ensino, que devem ser desenvolvidos pelos educadores de acordo com as necessidades e objetivos específicos de seus programas.
 A Educação de jovens e adultos correspondente a esse nível de ensino caracteriza-se não só pela diversidade do público que atende e dos contextos em que se realiza, como pela variedade dos modelos de organização dos programas,mais ou menos formais,mais ou menos formais,mais ou menos extensivos.A legislação educacional brasileira é bastante aberta quanto á carga horária, á duração e aos componentes curriculares desses cursos.Considerando positiva essa flexibilidade,optou-se por uma proposta curricular que se avança no detalhamento de conteúdos e objetivos educativos,mas que permite uma variedade grande de combinações,ênfases,supressões,complementos e formas de concretização.
 Como qualquer proposta curricular, esta não surge do nada, sua principal fonte são práticas educativas que pretende generalizar, aperfeiçoar ou transformar. 
 Língua Portuguesa
Fundamentos e objetivos da área:
• Valorizar a língua como veículo de comunicação e expressão das pessoas e
dos povos.
• Respeitar a variedade lingüística que caracteriza a comunidade dos falantes
da Língua Portuguesa.
• Expressar-se oralmente com eficácia em diferentes situações, interesados e por ampliar seus recursos expressivos e enriquecer seu vocabulário.
• Dominar o mecanismo e os recursos do sistema de representação escrita, compreendendo suas funções.
• Interessar-se pela leitura e escrita como fontes de informação, aprendizagem,
lazer e arte.
• Desenvolver estratégias de compreensão e fluência na leitura.
• Buscar e selecionar textos de acordo com suas necessidades e interesses.
• Expressar-se por escrito com eficiência e de forma adequada a diferentes situações comunicativas, interessando-se pela correção ortográfica e gramatical.
• Analisar características da Língua Portuguesa e marcas linguísticas
de diferentes textos, interessando-se por aprofundar seus conhecimentos sobre a língua.
 Matemática
Fundamentos e objetivos da área:
•Valorizar a Matemática como instrumento para interpretar informações sobre o mundo, reconhecendo sua importância em nossa cultura.
• Apreciar o caráter de jogo intelectual da Matemática, reconhecendo-o como 
estímulo à resolução de problemas.
• Reconhecersua própria capacidade de raciocínio matemático desenvolver
o interesse e o respeito pelos conhecimentos desenvolvidos pelos companheiros.
• Comunicar-se matematicamente, identificando, interpretando e utilizando diferentes linguagens e códigos.
• Intervir em situações diversas relacionadas à vida cotidiana, aplicando noções
 matemáticas e procedimentos de resolução de problemas individual e
coletivamente.
• Vivenciar processos de resolução de problemas que comportem a compreensão de enunciados, proposição e execução de um plano de solução, a verificação e comunicação da solução.
• Reconhecer a cooperação, a troca de idéias e o confronto entre diferentes estratégias de ação como meios que melhoram a capacidade de resolver problemas individual e coletivamente.
• Utilizar habitualmente procedimentos de cálculo mental e cálculo escrito (técnicas operatórias), selecionando as formas mais adequadas para realizar o
cálculo em função do contexto, dos números e das operações envolvidas.
• Desenvolver a capacidade de realizar estimativas e cálculos aproximados e
utilizá-la na verificação de resultados de operações numéricas.
• Medir, interpretar e expressar o resultado utilizando a medida e a escala adequada de acordo com a natureza e a ordem das grandezas envolvidas.
• Aperfeiçoar a compreensão do espaço, identificando, representando e classificando formas geométricas, observando seus elementos, suas propriedades
e suas relações.
• Coletar, apresentar e analisar dados, construindo e interpretando tabelas e
gráficos.
 Estudos da Sociedade e da Natureza
Fundamentos e objetivos da área:
 •Problematizar fatos observados cotidianamente, interessando-se pela busca
de explicações e pela ampliação de sua visão de mundo.
• Reconhecer e valorizar seu próprio saber sobre o meio natural e social, interessando-se por enriquecê-lo e compartilhá-lo.
• Conhecer aspectos básicos da organização política do Brasil, os direitos e deveres do cidadão, identificando formas de consolidar e aprofundar a democracia no país.
• Interessar-se pelo debate de idéias e pela fundamentação de seus argumentos.
• Buscar informações em diferentes fontes, processá-las e analisá-las criticamente.
• Interessar-se pelas ciências e pelas artes como formas de conhecimento, interpretação
e expressão dos homens sobre si mesmos e sobre o mundo que os cerca.
• Inserir-se ativamente em seu meio social e natural, usufruindo racional e solidariamente
de seus recursos.
• Valorizar a vida e a sua qualidade como bens pessoais e coletivos, desenvolver atitudes responsáveis com relação à saúde, à sexualidade e à educação
das gerações mais novas.
• Reconhecer o caráter dinâmico da cultura, valorizar o patrimônio cultural
de diferentes grupos sociais, reconhecer e respeitar a diversidade étnica e
cultural da sociedade brasileira.
• Observar modelos de representação e orientação no espaço e no tempo, familiarizando-se com a linguagem cartográfica.
• Compreender as relações que os homens estabelecem com os demais elementos
da natureza e desenvolver atitudes positivas com relação à preservação do
meio ambiente, analisando aspectos da Geografia do Brasil.
• Compreender as relações que os homens estabelecem entre si no âmbito da
atividade produtiva e o valor da tecnologia como meio de satisfazer necessidades humanas, analisando aspectos da História do Brasil.
 
 Contribuições de Paulo Freire para Educação de Jovens e Adultos
 Educação como prática de liberdade, a contribuição mais fundamentada de Paulo freire é a integração da ação educativa,a realiadade global do educando,na sua capacidade de ser sujeito do seu próprio processo educacional,capaz de conscientizar e se conscientizando do engajar-se na transformação da realidade.
 A contribuição de Paulo Freire não se restringe á alfabetização de adultos,mais atinge todo o sistema educacional e questiona-o em todos os pontos: pedagógico, administrativo,ligação com a realidade,política educacional.
 Segundo relatos de Paulo Freire sobre a EJA, o mesmo relata que voltou às origens de sua vida, tentando conhecê-lo melhor, trazendo da sua infância um momento onde: amor, afeto, diálogo, troca, responsabilidade, estão aliados à alfabetização e à leitura, ali no quintal onde brincava, com gravetos na terra, à sombra da mangueira, aprendeu a ler com sua mãe. 
 A intersubjetividade, o carinho, o diálogo, que nasciam ao lado da mãe; a leitura a partir do seu espaço, são marcas afetivas que podem o ter levado a perceber o momento de cumplicidade da alfabetização. Algo tão íntimo pode o ter levado a alcançar algo universal – a leitura. Da sua primeira escola também, ficaram boas recordações. Estas marcas vão influenciá-lo a elaborar seu trabalho, como ele mesmo confessou: 
 Segundo relatos de Paulo Freire sobre a EJA, o mesmo relata que voltou às origens de sua vida, tentando conhecê-lo melhor, trazendo da sua infância um momento onde: amor, afeto, diálogo, troca, responsabilidade, estão aliados à alfabetização e à leitura, ali no quintal onde brincava, com gravetos na terra, à sombra da mangueira, aprendeu a ler com sua mãe. 
 A intersubjetividade, o carinho, o diálogo, que nasciam ao lado da mãe; a leitura a partir do seu espaço, são marcas afetivas que podem o ter levado a perceber o momento de cumplicidade da alfabetização. Algo tão íntimo pode o ter levado a alcançar algo universal – a leitura. Da sua primeira escola também, ficaram boas recordações. Estas marcas vão influenciá-lo a elaborar seu trabalho, como ele mesmo confessou:
“Minha prática dialógica com meus pais me preparara para continuar a vivê -la com meus alunos” (Freire, 1997:83) .
 A proposta de Freire parte do estudo da realidade que é a fala do educando, e a organização do dado que é a fala do educador. Nesse processo surge os Temas Geradores, extraídos da problematização da prática de vida dos educandos. Os conteúdos de ensino são resultados de uma metodologia dialógica. Cada pessoa, cada grupo envolvido na ação pedagógica dispõe em si próprio, ainda que de forma rudimentar, dos conteúdos necessários dos quais se parte. O importante não é transmitir conteúdos específicos, mas despertar uma nova forma de relação com a experiência vivida. A transmissão de conteúdos estruturados fora do contexto social do educando é considerada “invasão cultural” ou “depósito de informações” porque não emerge do saber popular.
 O relacionamento educador-educando nessa perspectiva se estabelece na horizontalidade onde juntos se posicionam como sujeitos do ato do conhecimento. Elimina-se portanto toda relação de autoridade uma vez que essa prática inviabiliza o trabalho de criticidade e conscientização.
 Segundo Freire o ato educativo deve ser sempre um ato de recriação, de re-significação de significados. O Método Paulo Freire tem como fio condutor a alfabetização visando á libertação. Essa libertação não se dá somente no campo cognitivo mas acontece essencialmente nos campos social e político.
O que existe de mais atual e inovador no Método Paulo Freire é a indissociação da construção dos processos de aprendizagem da leitura e da escrita do processo de politização. O Alfabetizando é desafiado a refletir sobre seu papel na sociedade enquanto aprende a escrever a palavra sociedade; é desafiado a repensar a sua história.
Essa reflexão tem por objetivo promover a superação da consciência ingênua – também conhecida como consciência mágica – para consciência crítica.
 A proposta de utilização dessa metodologia na alfabetização de jovens e adultos é completamente inovadora e diferente das técnicas utilizadas, resultada de adaptações simplistas das cartilhas, com forte tônica infantilizante. É diferente por possibilitar uma aprendizagem libertadora, não mecânica, mas uma aprendizagem que requer uma tomada de posição frente aos problemas que vivemos. Uma aprendizagem integradora, abrangente, não compartimentalizada, não fragmentada, com forte teor ideológico.Dessa forma, o Método proposto por Freire rompe com a concepção utilitária do ato educativo propondo uma outra forma de alfabetizar. Porém, vale ressaltar que é importante a necessidade de recriação constante em toda e qualquer prática educativa, inclusive no método em questão,pois quem vem à sala de aula da Educação de Jovens e Adultos está aceitando ser alfabetizado e tem em torno dele todo um universo vocabular a ser compreendido.
 No método de alfabetização que criou, a leitura é apenas uma parcela de aprendizagem, frente às novas perspectivas de vida, que vão sendo delineadas pela conscientização. Aqueles que são alfabetizados por este método passam a crer no poder de transformação, partindo da leitura do seu mundo para a leitura da palavra. 
 A conscientização é fruto de um compromisso histórico, é ato de ação e reflexão, exigindo que os homens assumam o papel de sujeitos da história, que lutem pela sua existência, não se acomodando às condições em que se encontram; a conscientização convida o homem assumir uma posição frente ao mundo. Sua proposta apresenta um enfoque político, relacionado à identidade cultural do alfabetizando no processo emancipatório de luta, na procura de diminuir o distanciamento cultural e social do analfabeto, vivente de um mundo letrado, na busca de seu espaço por uma vida melhor, que minimize a violência cultural da exclusão, da discriminação, da opressão.
 Estudar Freire nos leva a construir um novo olhar sobre a educação. Aprende-se a questionar a atitude de educador, muitas vezes insatisfeito, curioso, preocupado com a grande parte de alunos que vão à escola, mas que não conseguem aprender ou não se sentem motivados a fazê-lo. Com ele, percebe-se a importância do amor nas relações pedagógicas, capaz de transformar a vida; a importância da troca, do coletivo, da parceria em educação, o compartilhar com o outro; a intersubjetividade, o diálogo; a humildade, o respeito ao indivíduo, às suas diferenças e à cultura de cada um.
A educação de jovens e adultos é um direito e como direito devemos proporcionar-lhes a vivência de se construírem como sujeitos e cidadãos capazes de compreenderem a sociedade em que vivem e compreenderem a si mesmos e as relações que estabelecem. Para isso faz-se necessário construir com eles a autonomia nos processos de leitura que vivenciam em seu cotidiano ou em quaisquer situações em que precisarem se envolver com a leitura.
 Andragogia
 Andragogia diz respeito ao ensino de adultos. Segundo Knowles (1976, p. 17), andragogia é a “arte e a ciência destinada a auxiliar os adultos a aprender e a compreender o processo de aprendizagem de adultos”. A andragogia busca compreender o adulto considerando os aspectos psicológicos, biológicos e sociais.
 A andragogia difere da pedagogia se comparada aos modelos pedagógicos conservadores. No entanto, alguns pressupostos da andragogia são semelhantes aos de modelos pedagógicos transformadores.
 A educação de adultos embasada em um modelo andragógico tem como princípios:
· A necessidade dos adultos em saber a finalidade, o “porque” de certos conteúdos e aprendizagens
· A facilidade dos adultos em aprender pela experiência.
· A percepção dos adultos sobre a aprendizagem como resolução de problemas.
· A motivação para aprender é maior se for interna (necessidade individual), e se o conteúdo a ser aprendido ser de aplicação imediata.
· Os adultos trazem uma bagagem de experiências que podem contribuir para sua própria aprendizagem.
 No modelo de educação andragógico, os alunos participam das diversas fases do processo de ensino-aprendizagem, tais como: Diagnóstico das necessidades educativas; elaboração de plano e estabelecimento de objetivos a partir do diagnóstico; e formas de avaliação. A metodologia é voltada para a participação ativa dos alunos, e a organização curricular é flexível, visando atender as especificidades de cada adulto.
 O professor é considerado um facilitador, e como tal, sua relação com os alunos é horizontal, tendo como principal característica o diálogo, o respeito, a colaboração e a confiança. O clima propício para a aprendizagem, segundo o modelo andragógico, tem como características o conforto, a informalidade e o respeito, garantindo assim, que o aluno se sinta seguro e confiante.
 A andragogia, enquanto modelo para a educação de adultos, é caracterizada pela participação dos alunos, pela flexibilidade e pelo foco no processo, ao invés da ênfase no conteúdo.
 Plano de Aula
Área de conhecimento: Lingua Portuguesa
Tema: Prática de leitura na EJA
Justificativa: A prática de leitura na EJA é importante não apenas por constituir uma ferramenta para a aprendizagem, mas também por propiciar a esses indivíduos a capacidade de reagir frente às adversidades do meio social, possibilitando o exercício de todos os papéis sociais que vão desde o mercado de trabalho à posição que ocupam no seu bairro ou na sua igreja. Sendo leitores assíduos, poderão compreender e interpretar melhor as situações cotidianas da contemporaneidade.Espera-se que a EJA, enquanto educação popular capacite seus estudantes a ler e escrever e conectar-se ao mundo de forma efetiva
Tempo esimado:10 aulas
 Objetivos
- Ampliar o repertório literário. 
- Trocar opiniões sobre a leitura. 
- Acionar estratégias que permitam descobrir o que está escrito e onde. 
 Conteúdos 
- Leitura de texto poético. 
- Sistema de escrita.
 Materiais necessários 
Cartões, lápis e cópias da poesia Das Pedras, de Cora Coralina, publicado em Meu Livro de Cordel.
 Desenvolvimento 
1ª etapa 
 Apresentar a autora Cora Coralina aos alunos. Contar a eles que ela teve uma vida marcada por dificuldades comuns a muitas mulheres: viveu presa aos afazeres domésticos e com pouco dinheiro. Casou-se com alguém que não gostava que ela se ocupasse com atividades que lhe dessem evidência. Relatar que Cora sempre gostou de escrever, mas só muito tarde foi estimulada a publicar suas produções. 
2ª etapa 
 Transcrever o poema Das Pedras no quadro e ler em voz alta para a turma, apontando cada palavra e verso. Repitir a leitura mais de uma vez, usando a mesma estratégia para que todos possam entrar em contato com o texto. No fim, perguntar o que mais chamou atenção e que ideias estão presentes no material. Realizar uma lista com as palavras relacionadas ao que for dito pelos estudantes e convida-os a escrever nos cartões a palavra que resume a principal ideia ou sentimento do texto. Exponha-as no mural da sala. 
3ª etapa 
 Repetir a leitura e convide o grupo a pensar se o que foi colocado na lista é pertinente ou não e se é necessário acrescentar outras palavras. 
4ª etapa 
 Dividir os alunos em duplas e distribuir uma cópia do texto para cada uma delas. A tarefa é encontrar e grifar as palavras que já se sabe ler, inclusive o termo pedra, que aparece muitas vezes. Peça que eles expliquem como fizeram para encontrá-lo. 
5ª etapa 
 Leia este verso em voz alta: "Ajuntei todas as pedras que vieram sobre mim" e pergunte à turma a que pedras Cora Coralina pode estar se referindo. Anote as respostas em uma lista e amplie a discussão para formar outra, com respostas a questões como: quais as pedras que costumam cair sobre os velhos? E sobre os brasileiros? 
6ª etapa 
 Sugira que os alunos escrevam a palavra pedra e a associem à sua experiência de vida. No caso de alunos que ainda não escrevem, aja como um escriba. Lembre-os de que associar uma palavra a seus significados é uma descoberta importante para quem está aprendendo a língua escrita. 
 Avaliação 
 Reler o poema e perguntar ao grupo o que mudou na compreensão do texto depois das atividades. Analisar a coerência entre as respostas e as perguntas que foram feitas durante todo o trabalho e as mudanças efetivas entre a leitura inicial e a final.
 Considerações Finais
 O ensinar e a aprender envolvem um processocoletivo de troca de experiências e ideias. A educação de Jovens e Adultos é um programa que demonstra não só na teoria mas também na prática que é possível mudar os rumos sociais do nosso país através da educação, alfabetização; proporcionando aos jovens e adultos a alfabetização consciente, sendo esta, a formação para transformação do cidadão em seu exercício social.
 A necessidade da alfabetização torna-se cada dia mais urgente em um país onde as diferenças culturais e sociais demonstram ser o impedimento para o sucesso e a estabilidade econômica de todo um povo. O baixo nível cultural nas camadas sociais desprovidas de condições para cultivar o estimulo a educação e cultura torna a participação crítica em sociedade quase nula, sem que o indivíduo use a sua capacidade crítica de cidadão para construir uma nova visão política, econômica e social.
 Fazer possível que os indivíduos se tornem aptos a ler e entender as diferentes mensagens que o mundo os possibilita conhecer é tarefa precípua de todos os brasileiros e não apenas, de alguns poucos educadores.
 Sugere-se garantir a participação ativa dos estudantes na EJA em processos educativos para as práticas sociais nas quais estejam envolvidas, desde a mais imediatas até as mais difusas, próprias das demandas da atual sociedade, o que se aspira é uma formação que permita a mudança de perspectiva de vida por parte do aluno; a compreensão das relações que se estabelecem no mundo do qual ele faz parte; a ampliação de sua leitura de mundo e a participação efetiva nos processos sociais. Enfim, uma formação plena. Para tanto, o caminho escolhido é o da formação profissional aliada à escolarização, tendo como princípio norteador a formação integral.
 Estão na base dessa proposta o reconhecimento, respeito e diálogo com o saber do aluno trabalhador; o que pressupõe o acatamento de tempos e espaços de aprendizagem diferenciados, bem como processos contínuos de construção coletiva de conhecimentos. Para tanto é preciso a compreensão da escola como instituição integrante e atuante nas dinâmicas sociais, não alheia às vocações produtivas e potencialidades de desenvolvimento regional, envolvida em ações de sustentabilidade sócio cultural, econômica e ambiental. Igualmente necessária é a constituição de redes de pesquisa que venham dar suporte teórico-metodológico e socializar os conhecimentos produzidos.
 Infelizmente o nosso País não leva a educação de jovens e adultos com a importância necessária, uma vez que pregam a política de que o futuro do país esta na educação, mas o que é usado nas propagandas políticas não é empregado quando eles estão no poder, pois é mais fácil manobrar pessoas sem conhecimento e sem discernimento, por isso não investem como deveriam nas escolas e não valorizam o professor que é o principal elo do ciclo da aprendizagem.
 
 Referências Bibliográficas
FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 5. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1975. 150 p. 
_______. Pedagogia do oprimido. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1975. 218 p. 
_______. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 7. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1998. 165 p. (Coleção Leitura). 
FREIRE, Paulo; SHOR, Ira. Medo e ousadia: o cotidiano do professor. 7. ed., Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1997. 234 p. 
GADOTTI, Moacir. Convite à leitura de Paulo Freire. São Paulo: Scipione 1989. 175 p. (Pensamento e Ação no Magistério).

Mais conteúdos dessa disciplina