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DESCRIÇÃO Introdução aos conceitos básicos de governo eletrônico. Dimensões e modelos desse governo. Discussão sobre suas aplicações na administração pública, com apontamentos sobre as limitações ao acesso impostas pela desigualdade. Critérios para acesso à informação. Infraestrutura para informação. PROPÓSITO Descrever as questões importantes em governo eletrônico, assim como aquelas relacionadas a aplicações desse governo na administração pública. PREPARAÇÃO Antes de iniciar a leitura deste tema, certifique-se de ter papel e lápis por perto para acompanhar o texto e fazer anotações. OBJETIVOS MÓDULO 1 Descrever conceitos básicos sobre governo eletrônico MÓDULO 2 Identificar aplicações de governo eletrônico para a melhoria da administração pública INTRODUÇÃO A internet transformou profundamente a vida das pessoas, oferecendo aplicações cada vez mais diversas. Isso gerou impactos na formação de identidades, no modo como os indivíduos se relacionam e na maneira como as pessoas interagem com suas comunidades. Parte dessas comunidades, o setor público precisa procurar interagir com os cidadãos de maneira mais adequada diante das diversas ferramentas de informação e comunicação existentes hoje em dia. Tendo isso em vista, discutiremos neste tema como funciona essa interação. MÓDULO 1 Descrever conceitos básicos sobre governo eletrônico O QUE É UM GOVERNO ELETRÔNICO? A internet gerou transformações profundas no dia a dia das pessoas, alterando de maneira definitiva a forma como elas se relacionam e consomem. Ela modificou, aliás, a rotina de todos nós. Suas aplicações tornaram-se cada vez mais diversas, impactando na formação de identidades e relações interpessoais. A própria estrutura e formação das cidades foi influenciada por essa realidade; afinal, como duas pessoas podem trabalhar juntas em lugares completamente diferentes, a própria percepção do espaço muda substancialmente. Nada mais natural que a internet também modificasse a forma como os governos interagem com seus cidadãos. Surpresa seria se o Estado, diante de todas as mudanças geradas pela internet, não utilizasse essa ferramenta. Como podemos definir um governo eletrônico? Podemos defini-lo como o uso de aplicativos eletrônicos conectados à rede mundial de computadores para facilitar o acesso a serviços governamentais. Desse modo, ele consegue prover melhores serviços à população. Um governo eletrônico também é chamado de e-governo ou, em inglês, e-government . Há diferentes definições para ele, embora todas envolvam o uso da internet como instrumento para acesso a: Informações e serviços do governo; Mudança de processos administrativos; Aperfeiçoamento da participação dos cidadãos na administração pública. Sendo assim, o governo digital não pode ser visto somente como uma nova forma de a administração disponibilizar informações online (ainda que ele também seja isso), mas também como uma reflexão sobre a forma como o governo provê serviços e os torna mais adequados e convenientes aos cidadãos. Fonte: Brenda Rocha/Shutterstock Em outras palavras, o governo digital não é um produto estático provido pelo governo e passivamente observado pelo cidadão, e sim uma forma de envolver os cidadãos no próprio desenvolvimento do serviço a ser prestado. Por isso, bons governos digitais são aqueles centrados no cidadão, aumentando, com isso, a transparência e o controle social. Vale observar, no entanto, que nem todos os governos digitais são bons e obedecem a essa lógica participativa e de controle social. De modo geral, os países economicamente desenvolvidos aproximaram-se mais deste ideal: o uso da ferramenta como uma construção conjunta entre governos e população em oposição a decisões unilaterais do setor público. Também é evidente a seguinte realidade: os países que já tinham uma cultura de participação social empregaram essas ferramentas online de forma mais completa. O governo eletrônico redefiniu não somente a forma como as agências governamentais interagem entre si, mas também a maneira como o governo interage com o público. Há muito tipos e níveis de e-governo. Eles variam desde ações unilaterais de entrega de apresentação de informação e dados, quando os cidadãos são consumidores passivos, até sistemas integrados que permitem a interação dos usuários de serviços públicos e o recebimento de insumos para os tomadores de decisão e formuladores de políticas públicas. Há três dimensões possíveis de governo eletrônico: GOVERNO ELETRÔNICO PARA EMPRESAS (G2B) OU GOVERNMENT TO BUSINESS Estão incluídas nesta categoria as iniciativas que tornam o governo digitalmente acessível para empresas: chamadas para editais online, pregões e leilões online, recebimentos e pagamentos de recursos, além de acompanhamento digital de cadeias de suprimentos e logística. GOVERNO ELETRÔNICO PARA O PRÓPRIO GOVERNO (G2G) OU GOVERNMENT TO GOVERNMENT Nesta dimensão, é ressaltada a interação entre diferentes agências e órgãos do governo, como ocorre, por exemplo, no fluxo de informações sem o uso de papel impresso. Com frequência, essas modernizações melhoram a acessibilidade à informação e aos dados pelos cidadãos, aperfeiçoam a eficiência dos processos, criam uma sinergia entre os órgãos e geram uma economia de escala no provimento de serviços governamentais. O governo eletrônico pode, inclusive, beneficiar o funcionamento do próprio governo. Afinal, ele tem o potencial de fomentar a democratização da burocracia pública ao promover a migração de um modelo de gestão que estabeleça controles de forma clássica e hierárquica para modelos mais horizontais, colaborativas e internamente democráticos. GOVERNO ELETRÔNICO PARA OS CIDADÃOS (G2C) OU GOVERNMENT TO CITIZENS Esta dimensão é a forma mais comum de governo eletrônico. Em sua categoria, enquadram-se diversas iniciativas: Coleta digital de impostos; Voto eletrônico; javascript:void(0) Pagamento de contas, multas e taxas; Cadastro para políticas sociais, autorizações e licenças; Registro online de empresas e automóveis; Acesso aos resultados do censo e outros dados públicos; Voto pela internet (uma aplicação cada vez mais comum em países com democracias avançadas). O acesso online ao governo facilita a obtenção de informações relevantes para os cidadãos e diminui incertezas quanto a elas, além de reduzir a necessidade de deslocamentos e o tempo de espera nos órgãos governamentais. Em áreas rurais remotas, o governo eletrônico oferece vantagens para pessoas que, na ausência desse tipo de serviço, não poderiam acessar quaisquer serviços governamentais. Por exemplo, a telemedicina e o ensino a distância não apenas facilitam esse acesso, mas, em muitos casos, o possibilitam para essas populações. Em muitas ocasiões, serviços do tipo são o único contato que populações isoladas têm com serviços governamentais. O governo eletrônico também é usado por governos locais para aumentar o apelo turístico da região e atrair investimento estrangeiro. Sites municipais dão acesso a informações relevantes sobre escolas, bibliotecas, horários de transportes públicos e hospitais. Ao torná-las públicas, o e-governo promove uma maior transparência e ajuda a criar obstáculos a ações arbitrárias por parte do Estado. ECONOMIA DE ESCALA Ela ocorre quando o custo unitário de produção de um bem ou serviço diminui à medida que o volume de produção aumenta. javascript:void(0) TELEMEDICINA Atendimentos médicos a distância. Há muitas vantagens na adoção de ferramentas de governo digital. O e-governo aperfeiçoa a entrega de serviços públicos e pode aumentar o nível de satisfação dos cidadãos com as administrações públicas. EXEMPLO No Brasil, já é possível checar a situação do nosso cadastro de pessoa física (CPF). Se antes essa consulta só podia ser feita presencialmente em agências da Receita Federal, ela, hoje em dia, assim como boa parte das questões relacionadas ao órgão da União, pode ser resolvida na plataforma e-CAC(sigla para centro de atendimento virtual). Observemos a figura a seguir: Fonte: (Receita Federal, 2020) Pesquisa sobre a situação fiscal. Por outro lado, em países cujos governos sofrem com uma corrupção crônica, a eficiência resultante do crescimento do governo digital pode minimizar o crescimento de práticas ilícitas e aumentar a confiança no governo. O pagamento eletrônico de taxas e multas limita as oportunidades de corrupção, enquanto as linhas diretas digitais permitem que os cidadãos exerçam seu direito à voz nos círculos de governança. Alguns tipos mais delicados de denúncias até podem ganhar mais peso se forem feitos via online do que aquelas veiculadas de forma tradicional, como a presencial e a realizada por telefone. VEJAMOS UM EXEMPLO DESSE TIPO DE ACESSO A possibilidade de se fazer denúncias de violência contra mulheres foi importante no contexto de confinamento resultante da pandemia da Covid-19. Fonte: (Polícia Civil – DF, 2020) Página de denúncia da Polícia Civil do Distrito Federal. Entre as preocupações com o governo eletrônico, destacamos duas: as possíveis invasões de privacidade que ele pode possibilitar, inclusive aquelas com potencial para ameaçar a segurança local e nacional (ou seja, o hackeamento de arquivos do governo), e a desigualdade de acesso gerada pela diferença na possibilidade de acesso digital. javascript:void(0) HACKEAMENTO Invasão de um sistema eletrônico por parte de terceiros não autorizados. Essa desigualdade pode ser o resultado de redes e cabeamento limitados em determinadas regiões, incapacidade financeira de acesso a equipamentos e falta de conhecimento e informação dos adultos (fenômeno conhecido como exclusão digital ). O sucesso do governo eletrônico depende diretamente da inclusão digital. Com ela, os cidadãos terão, de fato, um acesso aos serviços públicos disponibilizados de forma eletrônica. Estudaremos essa questão em detalhes no próximo tópico. É preciso observar ainda que o governo eletrônico consiste em uma série de práticas diversas que varia no tempo e no espaço, respondendo a climas políticos e contextos institucionais variáveis. Segundo experiências obtidas nos Estados Unidos e na União Europeia, é possível determinar a divisão dos governos eletrônicos em três modelos: GERENCIAL CONSULTIVO PARTICIPATIVO GERENCIAL Maximiza a velocidade e a eficiência da prestação de serviços governamentais aos cidadãos. CONSULTIVO Incorpora a contribuição do cidadão de várias maneiras para que as tecnologias da informação sejam vistas como democratizantes. A votação pela internet, as pesquisas, os referendos e as conferências eletrônicas com funcionários constituem exemplos disso. PARTICIPATIVO Inclui contribuições de atores não estatais, assim como as feitas por empresas e organizações não governamentais. As visões apresentadas apontam, na verdade, casos paradigmáticos que servem para facilitar a nossa apresentação. No mundo real há um contínuo de possibilidades de acesso social em que os modelos consultivo e participativo são as formas mais socialmente inclusivas. Ainda é possível classificar os governos eletrônicos de acordo com seus diferentes estágios de desenvolvimento. Eles variam da simples presença online aos mecanismos sofisticados de interação com os usuários: PRESENÇA ONLINE BÁSICA: Uma página da web. INTERFACES: permitem o acesso do cidadão a dados e serviços. INTEGRAÇÃO VERTICAL: os cidadãos podem participar ativamente, como, por exemplo, para pedidos de licença. INTEGRAÇÃO HORIZONTAL: um ou alguns sites centralizados oferecem ampla gama de serviços governamentais. Pode-se também entender o governo eletrônico como uma redefinição da gestão da informação no governo com um forte impacto institucional. Ele também representa uma mudança na forma como as autoridades públicas prestam serviços aos cidadãos e uma reformulação do que se entende por normal nas formas de fazer negócios. O e-governo é, portanto, transformador por natureza, afetando a gestão de recursos e processos humanos, tecnológicos e organizacionais. Por fim, as iniciativas de governo eletrônico significam: o uso de tecnologias baseadas na web para disseminar informações aos cidadãos e, em seguida, gerar um fluxo de comunicação de mão dupla. Com isso, o processo se inverte: eles também enviam informações ao governo. OBSTÁCULOS NA IMPLEMENTAÇÃO O uso da internet não é uniforme entre a população. Seu emprego é caracterizado por divisões digitais, sociais e espaciais significativas, ou seja, há discrepâncias em termos de facilidade e custo de acesso. Fonte: Shawn Talbot/shutterstock Fonte: Rawpixel.com/shutterstock Para muitas populações econômica e politicamente marginalizadas (pobres, idosos, analfabetos e minorias étnicas), o ciberespaço é simplesmente inacessível. Globalmente, o acesso à internet reflete diretamente as geografias de desenvolvimento desigual e as variações de riqueza e poder em diferentes regiões e países. A exclusão digital é um grande obstáculo para o sucesso na adoção e implementação do governo eletrônico. Ele, afinal, é inútil para quem não tem acesso à internet; portanto, o governo eletrônico e a exclusão digital são fenômenos que não podem ser dissociados. Estão excluídas de seus benefícios pessoas sem habilidades técnicas necessárias e a renda devida para adquirir um computador pessoal em casa, além de escolas ou empregos que oferecem acesso à internet ou a capacidade de utilizar pontos públicos da internet, como, por exemplo, bibliotecas, cybercafés e lan houses . EXEMPLO No Brasil, 3,5% da população que reside na região denominada Amazônia Legal (englobando os seguintes estados: Acre, Amapá, Amazonas, parte do Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) não tem acesso à energia elétrica. Esse percentual pode parecer pouco, mas ele indica a existência de 990.103 brasileiros sem energia elétrica. Eles não possuem, informa um estudo do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) de 2019, uma tomada sequer para ligar um refrigerador. Analisaremos agora o seguinte caso: Uma moradora de uma comunidade afastada do município de Igaporã, na Bahia, é beneficiada pela organização Litros de Luz, que leva energia elétrica para comunidades isoladas. Essa organização instala postes e lampiões que funcionam à base de luz solar. Fonte: HQuality/Shutterstock Infelizmente, aqueles que mais precisam de serviços governamentais geralmente são os que têm menos oportunidades de acessá-los. Tendo em vista a exclusão digital, observa-se que a adoção do governo eletrônico é um problema eminentemente relativo à demanda, e não à oferta. Segundo Warf (2016), certas pesquisas já demonstram que quem mais se vale dos serviços do governo tem menos chances de usar a internet. Isso acontece assim porque aqueles que precisam das informações que a internet oferece normalmente se beneficiam mais delas, enquanto quem conta com fontes abundantes de informações não depende tanto daquelas oferecidas virtualmente. A divisão digital pode aumentar – e não apenas refletir – as desigualdades em torno do governo eletrônico. Desse modo, existe um risco de o governo eletrônico exacerbar – e não reduzir ou mesmo refletir – as desigualdades sociais. OS OBSTÁCULOS PARA A INOVAÇÃO DO GOVERNO ELETRÔNICO Neste vídeo, um especialista apontará os principais obstáculos que impedem a implementação do governo eletrônico. Retomemos o exemplo da moradora de Igaporã beneficiada por um programa de expansão de energia elétrica. Em seu município, ela conta com um portal completo que oferece informações tanto para turistas em potencial quanto para cidadãos. Existe até uma página virtual para a geração de boletos e pagamentos de impostos, assim como de multas e taxas online: Fonte: (Prefeitura de Igaporã, 2020) Website do município de Igaporã. Os papéis de gênero restritivos também são importantes. No mundo desenvolvido, a exclusão digital degênero é mais rara de ser observada, porém, em muitos países em desenvolvimento, onde as mulheres desfrutam significativamente de menos vantagens que os homens (incluindo a alfabetização), o acesso às tecnologias é especialmente difícil. A renda e as taxas de alfabetização das mulheres costumam ser substancialmente menores que as dos homens. Se tudo isso não bastasse, ainda há a sobrecarga causada pelas demandas de cuidados infantis e tarefas domésticas. Nos países onde isso é uma questão, as estratégias para melhorar o acesso à rede mundial de computadores deveriam ter as mulheres como um alvo específico. Por fim, a fluência em uma língua não muito difundida restringe o acesso ao conteúdo da internet. A maior parte do material que os governos colocam na web está em inglês ou em uma língua nativa dominante. EXEMPLO Para indianos que não falam hindi, filipinos que não dominam o tagalo, minorias em Mianmar que não conhecem o birmanês e bolivianos não versados em castelhano, a língua é mais um obstáculo ao acesso ao governo eletrônico. Nem todo país tem a unidade linguística do Brasil. OS GOVERNOS TAMBÉM TÊM PROBLEMAS INTERNOS QUE DIFICULTAM A IMPLEMENTAÇÃO DO GOVERNO ELETRÔNICO: A liderança pode ser mal coordenada ou carecer de prioridades claras. Não deve ser desconsiderado o ressentimento de uma parcela dos funcionários públicos. Para aqueles que ascenderam a cargos por patronagem ou indicação política, para os que tinham a intenção de receber um suborno ou outras formas de corrupção, ou simplesmente quem já estava acostumado a operar em uma cultura muito conservadora que considere as mudanças desnecessárias, o governo eletrônico é uma interferência indesejável. Muitos funcionários públicos também não possuem as habilidades de tecnologia da informação necessárias. Agências ou secretarias inchadas podem não gostar da ideia de racionalização e redução do tamanho. Desse modo, vale frisar que o governo eletrônico é, em seu cerne, um processo político, e não simplesmente técnico. Muitas vezes, ele sofre a resistência de burocracias “entrincheiradas” que corretamente o veem como uma "tecnologia disruptiva”. TECNOLOGIA DISRUPTIVA Inovação tecnológica que gera mudanças relevantes em um ambiente. QUAL É UM DOS BENEFÍCIOS DO GOVERNO ELETRÔNICO? RESPOSTA RESPOSTA Reduzir a corrupção é um dos benefícios mais elogiados do governo eletrônico. Eis o principal incentivo para sua implementação em muitos países, como, por exemplo, a China. javascript:void(0) javascript:void(0) Embora a governança baseada na internet possa reduzir a corrupção, o processo inverso também é verdadeiro: Hierarquias governamentais corruptas podem frustrar iniciativas de governo eletrônico. EXEMPLO A corrupção está ligada ao fracasso de alguns programas de governo eletrônico na Índia, na Indonésia, no Paquistão e Bangladesh. Trata-se de países bastante pobres que têm muito a ganhar com aumento da eficiência do governo. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. ASSINALE A OPÇÃO QUE REPRESENTE OS TRÊS MODELOS POSSÍVEIS DE GOVERNO ELETRÔNICO DE UM PAÍS: A) Convidativo, consultivo e gerencial. B) Ativo, participativo e consultivo. C) Consultivo, gerencial e participativo. D) Gerencial, retroativo e participativo. E) Conservador, técnico e consultivo. 2. INDIQUE A ALTERNATIVA QUE APRESENTE UM OBSTÁCULO À IMPLEMENTAÇÃO DO GOVERNO ELETRÔNICO EM MUITOS PAÍSES. A) Grande presença de lan houses em bairros. B) Uso de celulares em vez de computadores para navegação na internet. C) A presença de satélites acima do território de um país. javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) D) Papéis de gênero restritivos. E) Alta taxa de alfabetização. GABARITO 1. Assinale a opção que represente os três modelos possíveis de governo eletrônico de um país: A alternativa "C " está correta. Não existe modelo convidativo, ativo, conservador ou técnico. Tais características podem ou não estar presentes em qualquer modelo: consultivo, gerencial ou participativo. 2. Indique a alternativa que apresente um obstáculo à implementação do governo eletrônico em muitos países. A alternativa "D " está correta. A desigualdade de gênero compromete o acesso das mulheres às ferramentas e às oportunidades necessárias para utilizar o governo eletrônico, como, por exemplo, nas menores taxas de alfabetização ou de uso de computadores. MÓDULO 2 Identificar aplicações de governo eletrônico para a melhoria da administração pública GOVERNO ELETRÔNICO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA javascript:void(0) javascript:void(0) A implementação do governo eletrônico levou a um aumento da informação, especialmente daquela nascida digitalmente, o que impõe novas demandas às práticas de gerenciamento de informações e registros. O acesso às informações por parte do público em geral e da mídia, afinal, é fundamental para um governo transparente. Consta de O Guia Europeu de Acesso aos Documentos Oficiais que: [...] O PRINCÍPIO BÁSICO É QUE UM AMPLO DIREITO DE ACESSO AOS DOCUMENTOS OFICIAIS DEVE SER CONCEDIDO COM BASE NA IGUALDADE E NA APLICAÇÃO DE REGRAS CLARAS, ENQUANTO A RECUSA DELE PRECISA SER A EXCEÇÃO E DEVE SER DEVIDAMENTE JUSTIFICADA. NÃO SE TRATA APENAS DE RECONHECER A LIBERDADE DO PÚBLICO DE TER ACESSO ÀS INFORMAÇÕES QUE AS AUTORIDADES LHES DESEJAM FACULTAR, MAS ANTES DE GARANTIR UM VERDADEIRO “DIREITO DE SABER” AO PÚBLICO. OS ESTADOS PRECISAM ASSEGURAR – COM O DEVIDO RESPEITO ÀS REGRAS QUE QUALQUER PESSOA PODE, MEDIANTE SOLICITAÇÃO, DEMONSTRAR – ACESSO AOS DOCUMENTOS EM PODER DAS AUTORIDADES PÚBLICAS. (COUNCIL OF EUROPE, 2004, p. 6, grifos e tradução nossa) Um dos instrumentos mais importantes de controle dos cidadãos sobre as autoridades públicas é, portanto, este: Princípio do acesso público à informação governamental À medida que as instituições governamentais se envolvem no desenvolvimento do governo eletrônico e passam a usar a tecnologia da informação, elas geram muitas informações, que serão chamadas aqui de informações do setor público. Uma nova categoria de dados vem se destacando nos últimos anos. Trata-se do Big Data , que se caracteriza tanto por seu volume quanto por suas velocidades de transmissão e variedade de formatos. O poder inovador e transformador dele, no entanto, depende de sua qualidade, que só pode ser alcançada por meio da governança da informação. Uma pesquisa constatou que os mercados europeus derivados do PSI acumulam um volume de negócios cujas estimativas chegam à casa dos 30 bilhões de euros por ano. BIG DATA Pode ser traduzido como “grandes bases de dados”, mas é mais comum encontrar o termo em inglês. COMO PODEMOS DEFINIR O PSI? javascript:void(0) RESPOSTA RESPOSTA Ele pode ser definido, segundo Dragos e Neamtu (2009, p. 4), “como qualquer tipo de informação que é produzida e/ou coletada por um órgão público e faz parte da função obrigatória da instituição”. O PSI pode constituir, por exemplo, dados em sistemas de informação geográfica, cadastro, serviços meteorológicos públicos e outros tipos de informação criados por administrações públicas. O acesso ao PSI busca estimular o desenvolvimento dos mercados de informação e melhorar a qualidade dos serviços de governo eletrônico. No entanto, esses dados não só oferecem oportunidades, mas também representam riscos para as organizações. Afinal, eles são coletados de diferentes fontes, o que pode dificultar o rastreamento de sua procedência. Além disso, como o volume é grande e flui em alta velocidade, ele dificilmente é submetido à revisão humana. Dessa forma, é necessário recorrer a métodos estatísticos e computacionais javascript:void(0) para analisar esses dados e relacioná-los com outras fontes de informação. Desse modo, é possível gerar avaliações sobre, por exemplo, a eficiência das políticas públicas. No entanto, ao mesmo tempo, isso também pode resultar em atividades criminosasque façam uso de dados sigilosos, o que é potencialmente prejudicial para organizações e Estados. Para que o governo eletrônico cumpra seus objetivos (entrega de serviço eficaz, maior transparência e responsabilidade por meio do fluxo livre de informações), é preciso haver uma infraestrutura de gerenciamento de informações adequada. O e-government propiciou um aumento na quantidade de informações que as instituições governamentais precisam administrar bem para garantir que elas sejam – e permaneçam – seguras, autênticas e confiáveis. O gerenciamento eficaz de informações é muito importante para o desenvolvimento do governo eletrônico. Por isso, é necessário acabar com as estruturas hierárquicas e adotar abordagens de gerenciamento de processos de negócios capazes de criar uma eficiência e de promover o compartilhamento de informações entre instituições governamentais. Fonte: Trueffelpix/Shutterstock O ambiente complexo emergente requer uma colaboração entre diferentes disciplinas e – como consequência disso – competências que terão de lidar com questões legais, informativas e de segurança, além de desafios de sistemas. Para garantir a promoção da transparência, procedimentos, processos e sistemas apropriados são considerados fundamentais para fornecer e manter informações confiáveis em longo prazo. Se a informação for usada como um recurso nacional, ela deve ser bem planejada e estruturada. INFRAESTRUTURA DE INFORMAÇÃO A informação é a base para que um governo exerça suas funções. Por isso, o gerenciamento de informações se mostra extremamente importante para o desenvolvimento de um governo eletrônico cujo objetivo é a entrega de serviços eficazes e com maior responsabilidade e transparência. Alguns dos fatores críticos no desenvolvimento dele incluem o gerenciamento de informações e dados e a colaboração organizacional. Não há como negar a importância de uma infraestrutura de informações robusta e confiável para o bom funcionamento desse governo. A INFRAESTRUTURA DE INFORMAÇÕES PODE SER ENTENDIDA DE QUE MANEIRA? RESPOSTA RESPOSTA Como redes computadorizadas, aplicativos e serviços que os cidadãos podem usar para acessar, criar, disseminar e utilizar informações digitais. A governança configura-se como um fator igualmente importante. Uma das questões centrais que deve ser abordada durante o desenvolvimento do governo eletrônico é a filosofia de gestão da informação. Essa filosofia fundamenta os investimentos em tecnologia de comunicação da informação (TIC). Uma estratégia de gerenciamento de informações apropriada precisa estar em vigor para facilitar os processos de tomada de decisão. Recomenda-se ainda uma exploração proativa do tesouro de informações públicas em vez de uma mera resposta reativa aos pedidos de informações. Tal atitude será capaz de moldar uma nova filosofia na gestão da informação pública. QUAIS SÃO AS PREOCUPAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO DO GOVERNO ELETRÔNICO? Suas maiores preocupações não são meramente técnicas. Questões de política, como, por exemplo, a coordenação, a colaboração entre os líderes de agências e o pensamento orientado para elas, impedem o foco nas metas gerais e na falta de comunicação. As instituições governamentais precisam afastar-se dos modelos tradicionais de gerenciamento de informações hierárquicas e de “feudos” para promover o compartilhamento de informações. Isso exigirá delas uma integração de processos e sistemas de informação para substituir aqueles considerados ineficientes e burocráticos. javascript:void(0) Deve-se, portanto, mudar os processos de negócio, as estruturas organizacionais e a gestão dos sistemas de informação para que o e-governo seja implementado com sucesso. Isso exige uma superação dos desafios apresentados pela gestão da informação. A gestão segura e eficaz da informação requer a colaboração entre diferentes competências. Embora a transparência e a responsabilidade sejam centrais para o desenvolvimento do governo eletrônico, a questão do arquivamento e do registro eletrônico ainda é pouco discutida pelos estudiosos desse tópico. É um fato que o gerenciamento e o uso eficaz da informação não podem ocorrer sem essas duas funções. A estrutura de governança aberta das instituições governamentais depende dos processos que empreendem serem bem documentados. Desse modo, o arquivamento e o registro eletrônico são essenciais para a prestação de serviços de qualidade, a rastreabilidade dos casos dos cidadãos e a transparência dos processos de tomada de decisão. EXEMPLO Na Suécia, a delegação do governo eletrônico atribuiu aos arquivos nacionais suecos a responsabilidade de desenvolver essas duas áreas. Seu projeto baseou-se na premissa de que, sem regimes eficazes de gestão da informação, seria difícil manter o direito de acesso às informações do governo para uso interno e externo. O objetivo do projeto era desenvolver especificações comuns para agências governamentais a fim de: Facilitar a transferência de registros digitais entre os sistemas de gerenciamento de registros e um arquivo eletrônico. Testar e garantir a qualidade das especificações. Propor uma organização que administrará esses registros. Isso constitui um esforço para melhorar a recuperação, a reutilização e a transferência de informações mantidas por autoridades públicas. A Suécia, por exemplo, promove um acesso imediato aos registros públicos: não há separação entre os registros atuais e os arquivísticos. As regras que regem o acesso público aos registros do governo têm quase 250 anos! Elas datam do primeiro Ato de Liberdade de Imprensa, de 1776. Desse modo, a Suécia proporciona um exemplo para outros países que pretendam implementar serviços de governo eletrônico dentro da administração pública. Atualmente, são necessárias algumas medidas para isso: MEDIDA 01 MEDIDA 02 MEDIDA 01 É importante que as instituições colaborem além das fronteiras. Isso também suscitou o desenvolvimento de serviços integrados para além dos limites dos Estados nacionais. Deve-se buscar cada vez mais o desenvolvimento de especificações comuns e padronizações. No ambiente hierárquico, os sistemas de informação foram criados para atender às funções de determinado departamento. MEDIDA 02 Hoje em dia, o foco está em processos e sistemas de informação. Estes, aliás, devem estar alinhados com aqueles. Como os processos superam as fronteiras departamentais, os sistemas de informação precisam ser implementados a fim de facilitar o compartilhamento de informações por meio da integração. O que está envolvido no bom gerenciamento de informações? Ele envolve a compreensão dos tipos de informações que uma organização cria para identificar quais delas são valiosas e o que precisa ser gerenciado em longo prazo. Isso requer auditorias periódicas para distinguir quais informações existem, onde elas podem ser encontradas, quem é o responsável por elas e de que modo podem ser usadas. O gerenciamento de processos de negócios foi adotado por organizações para melhorar o desempenho dos negócios. O BPM, portanto, promove a melhoria contínua dos processos de trabalho. A gestão de processos é um pré-requisito para o planejamento estratégico e a coordenação dos negócios. INFORMATIZAÇÃO DO PROCESSO ELEITORAL O Brasil é um caso de sucesso na implementação de processos eletrônicos de votação. Desde 1998, todo eleitor brasileiro vota em urnas eletrônicas espalhadas pelo país. Apesar disso, seu uso ainda é limitado na maior parte do mundo. Urnas eletrônicas têm inúmeras vantagens bem conhecidas: 1 A votação é muito mais rápida e bem mais simples: o eleitor não precisa escrever os nomes e os números dos candidatos em uma cédula de papel. 2 A apuração é muito mais rápida e menos sujeita a erros, bastando que as autoridades competentes garantam a segurança dos locais de votação. No entanto, os processos eleitorais eletrônicos não se restringem às suas urnas. Em uma democracia, é fundamental haver transparênciana apuração dos votos, assim como é necessário que as informações sobre os processos eleitorais fiquem à disposição do público. No Brasil, é possível, em tempo real, acompanhar a apuração dos votos em todos os locais do país na página eletrônica do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O site do TSE oferece informações detalhadas sobre as zonas eleitorais e cada um dos candidatos, bem como a votação obtida por eles. Fonte: rafastockbr/Shutterstock Essa informação fica armazenada, podendo ser recuperada até anos depois, se for necessário. Para entendermos a importância dessa transparência, conheceremos agora dois exemplos de problemas eleitorais ocorridos nos Estados Unidos. O país é considerado a democracia mais javascript:void(0) javascript:void(0) antiga do mundo. EXEMPLO 1: ELEIÇÃO NO ANO 2000 A disputa presidencial entre George Bush (do Partido Republicano) e Al Gore (Partido Democrata) acabou nos tribunais. Houve dúvidas a respeito da contagem de votos e, portanto, do vencedor, no estado da Flórida. Quem ganhasse na Flórida seria eleito presidente. A primeira contagem indicou que Bush foi o vencedor, mas foram reportados diversos problemas na apuração. Por conta disso, uma recontagem foi solicitada. Resultados preliminares indicavam que Al Gore venceria, porém a recontagem foi paralisada e começou uma disputa jurídica. Legalmente, o governador do estado deveria aprovar a recontagem. Ele, contudo, era irmão de Bush e proibiu sua conclusão. Dessa forma, George Bush foi eleito presidente dos Estados Unidos, mesmo com a incerteza sobre quem venceu no voto. Com o sistema de urnas eletrônicas e o acompanhamento da apuração por toda a população pela internet, há menos espaço para esse tipo de problema. EXEMPLO 2: ELEIÇÃO NO ANO 2020 Nos Estados Unidos, é possível votar pelo correio. No entanto, sua apuração é mais lenta e depende do funcionamento desse serviço. Por acreditar que os votos enviados pelo correio iriam para o seu oponente, Joe Biden, Donald Trump criou uma série de dificuldades para seu envio. Ele pôde fazer isso por ser o presidente da república e ter o poder para dar ordens à companhia dos correios. Além disso, Trump alegou sistematicamente que os votos pelo correio são fraudados. Assim como no exemplo anterior, este tipo de situação também seria evitado com a utilização do governo eletrônico no processo eleitoral. Uma possível solução seria a substituição do voto via correio pelo que é feito online, tomando, para isso, as devidas medidas de segurança. Esses exemplos mostram que a transparência obtida com processos eletrônicos não é apenas um serviço prestado diretamente ao cidadão. Mais que isso: ela é uma ferramenta para a proteção da própria democracia. INFORMATIZAÇÃO DA GESTÃO DE SAÚDE Como vimos, várias aplicações do governo eletrônico em órgãos do próprio governo (G2G) podem passar desapercebidas pelo cidadão comum. EXEMPLO A gestão centralizada de leitos e de exames hospitalares no setor público. Quando uma pessoa é atendida em um hospital ou posto de saúde, frequentemente é necessário fazer algum exame ou procedimento que não está imediatamente disponível no local de atendimento. Historicamente, são habituais as situações em que um paciente precisa peregrinar por vários hospitais em busca do atendimento necessário. Fonte: elenabsl/shutterstock Isso pode ser reduzido com um sistema que informe a disponibilidade de todo o sistema de saúde para determinado procedimento. Esse ganho de eficiência é baseado no bom uso das tecnologias de informação e comunicação, podendo salvar vidas. Fonte: Pipat Chanchiangma/shutterstock Um caso particularmente importante ocorreu na pandemia de Covid-19, em que a disponibilidade de leitos e de respiradores era fundamental. A implementação desse sistema permitiu a alocação de recursos da forma mais eficiente possível e a distribuição de pacientes entre diferentes unidades. FINANCIAMENTO DO GOVERNO De maneira geral, o financiamento dos governos constitui um dos processos mais importantes da política pública em todos os países do mundo. É difícil para um cidadão comum financiar diretamente um governo, mas, no Brasil, uma solução foi desenvolvida. O governo federal brasileiro criou um mecanismo para conseguir obter financiamento diretamente dos cidadãos. Como isso foi possível? Resposta: graças à criação de uma plataforma que ofereça aos indivíduos, de forma direta, títulos emitidos pelo governo federal. Ela os disponibiliza tanto para compra como para venda, o que garante a liquidez desse mercado. Ou seja, qualquer um consegue facilmente realizar um investimento ou um desinvestimento. Além disso, é possível comprar e vender títulos de diversos valores, tornando-os acessíveis para ampla parcela da população. Antes dessa plataforma, o financiamento direto ao governo era, na prática, quase impossível. As pessoas precisavam investir em bancos, os quais, por sua vez, utilizavam o conjunto de depósitos recebidos para financiar o governo. Com essa plataforma, o financiamento direto dos cidadãos ao governo gera vantagens para os dois lados: Pessoas Têm mais uma possibilidade de investimento – e, desta vez, sem intermediário – , gerando retornos melhores. Além disso, há uma maior transparência em relação aos valores obtidos, o que nem sempre é o caso dos investimentos em bancos. Governo Passa a ter acesso a uma gama muito maior de financiadores e a ser menos dependente do setor bancário. Não basta, porém, haver a simples disponibilização deste tipo de investimento: é necessário que ele seja facilmente disseminado pela população. Isso é feito por meio de uma plataforma online denominada Tesouro Direto, possuindo uma grande transparência sobre os produtos financeiros disponibilizados. Podemos compará-lo a uma forma antiga de se financiar projetos específicos do setor público: a caderneta de poupança. Ela, aliás, funciona até hoje como método de financiamento, especialmente o de projetos habitacionais. A poupança, no entanto, configura um produto financeiro típico, contendo toda a burocracia associada ao setor bancário, além de uma taxa de retorno baixa e difícil de se calcular. Fonte: Pru Studio/Shutterstock Notamos novamente que a transparência e a eficiência geradas pelo governo eletrônico têm um grande potencial de beneficiar tanto a população quanto o próprio governo. Neste vídeo, um especialista abordará as consequências geradas pelas aplicações de governo eletrônico na administração pública. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. ESCOLHA A ALTERNATIVA QUE REPRESENTE DA MELHOR FORMA O PRINCÍPIO BÁSICO DE ACESSO À INFORMAÇÃO. A) Amplo direito de acesso a documentos oficiais com prioridade para cidadãos com maior renda. B) Direito apenas a informações devidamente aprovadas por uma junta, sem a necessidade de justificativa caso o acesso seja negado. C) Amplo direito de acesso a documentos oficiais com base na igualdade e na aplicação de regras claras. D) A informação deve ser enviada por e-mail. E) A informação precisa ser disponibilizada para todos os interessados. 2. APONTE A ALTERNATIVA CORRETA SOBRE INFRAESTRUTURA DE INFORMAÇÃO. A) Sistemas de informação devem ser implementados para facilitar o compartilhamento de informações. B) É preciso que cada parte do governo tenha o próprio padrão de organização e gerenciamento de dados. javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) C) A gestão de informações precisa ser reativa. D) Quanto maior for o número de autorizações necessárias para acessar dados, melhor será a infraestrutura de informações. E) A infraestrutura de informação não depende do formato em que a informação é armazenada (digital ou em papel). GABARITO 1. Escolha a alternativa que represente da melhor forma o princípio básico de acesso à informação. A alternativa "C " está correta. Documentos oficiais precisam ser acessíveis à populaçãosegundo regras claras, as quais, aliás, devem valer para todos. Se houver alguma restrição, ela deverá ser apresentada. Exemplo: às vezes, dados sensíveis para questões de segurança pública podem ter acesso restrito, mas isso tem de estar explícito nas regras. 2. Aponte a alternativa correta sobre infraestrutura de informação. A alternativa "A " está correta. Caso haja dificuldade para o compartilhamento de informações, diferentes bases de dados ficarão isoladas, sendo, na prática, apenas depósitos de dados sem a possibilidade de divulgação e utilização em escala relevante. CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS javascript:void(0) javascript:void(0) javascript:void(0) Pontuamos neste tema que um dos instrumentos mais importantes de controle dos cidadãos sobre as autoridades públicas é o princípio do acesso público à informação governamental. Além disso, explicamos por que é fundamental um governo operar de maneira eficiente e ter uma interface funcional com a população. Em seguida, destacamos que o governo eletrônico busca responder a essas preocupações com as tecnologias de informação e comunicação mais recentes. Tendo isso em vista, caracterizamos esse governo, descrevendo seus modelos e dimensões, assim como as dificuldades para a aplicação dele na administração pública como um todo. Salientamos, por fim, que, conforme o desenvolvimento do governo eletrônico continua, as estruturas hierárquicas das instituições governamentais são cada vez mais continuamente desafiadas e esse governo, expandido. REFERÊNCIAS COUNCIL OF EUROPE. Access to official documents: guide. Directorate General of Human Rights Integrated project “Making democratic institutions work”. Strasbourg: Council of Europe, 2004. DRAGOS, D. C.; NEAMTU, B. Reusing public sector information-policy choices and experiences in some of the member states with an emphasis on the case of Romania. In : European Integration online Papers (EIoP). v. 13. n. 4. 2009. INSTITUTO DE ENERGIA E MEIO-AMBIENTE. Matriz elétrica limpa e inclusiva: universalizar o acesso à energia elétrica e reduzir impactos socioambientais negativos da expansão do sistema elétrico. Consultado em meio eletrônico em: 27 out. 2020. SVÄRD, P. Enterprise content management, records management and information culture amidst E-Government development. Amsterdam: Chandos Publishing, 2017. WARF, B. E-Government in Asia: origins, politics, impacts, geographies. Amsterdam: Chandos Publishing, 2016. CONTEUDISTA Graziella Guiotti Testa CURRÍCULO LATTES javascript:void(0);
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