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Resenha Crítica - Quase o pior cenário: O incêndio no túnel em Baltimore

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Centro Universitário Estácio de Sá 
Resumo do Texto: "Quase o pior cenário": O incêndio do túnel de Baltimore 
Disciplina: Administração Aplicada à Engenharia 
Discente: Bárbara Lima Saldanha - 202103505971 
 
1. Introdução 
Este estudo de caso é baseado no artigo escrito por Esther Scott, intitulado de 
“QUASE O PIOR CENÁRIO": O INCÊNDIO NO TÚNEL DE BALTIMORE EM 2001 
que retrata a história do acidente ocorrido com um trem de carga que transportava 
produtos químicos e os desafios enfrentados pelas autoridades para atuar em um cenário 
critico sem preparo e sem estrutura 
No final da tarde de 18 de julho de 2001, em Baltimore, Maryland (EUA), um trem 
de carga da CSX Corporation que transportava produtos químicos diversos, descarrilhou 
e entrou em combustão em um túnel que ficava localizado em uma importante região da 
cidade. Em condições como estas, substâncias químicas perigosas poderiam apresentar 
graves ameaças à saúde pública: algumas poderiam, por exemplo, explodir quando 
aquecidas pelo fogo e outras poderiam liberar nuvens de vapor tóxico. 
As equipes de emergência convergiram em cena logo após os primeiros alarmes 
soarem e as autoridades da cidade reunirem-se para considerar a melhor forma de apoiar 
os seus esforços: um incêndio nas profundezas do coração da cidade, que ninguém podia 
ver, ou mesmo alcançar, e que poderia desencadear uma reação química catastrófica 
afetando milhares de pessoas na área. 
O problema só fez aumentar quando, após duas horas da ocorrência, um dos principais 
dutos de água, situado diretamente sobre o túnel, rompeu-se, enviando centenas de 
milhares de litros de água em cascata em um cruzamento na Rua Howard (importante via 
baixa) inundando edifícios próximos e ameaçando a integridade estrutural da estrada. A 
partir daí, agências da cidade, do estado e do governo, bem como, empresas privadas e 
contratantes foram colocadas à prova de fogo, tendo que superar a capacidade de trabalhar 
em conjunto sob condições caóticas. 
2. Análise Crítica Do Caso 
Concluído em 1896, o túnel da Rua Howard era de propriedade e operado pela CSX 
Corporation; em 1,7 milhas, acreditava-se que este era o “canal” de frete subterrâneo mais 
longo da Costa Atlântica. Na sua parte mais profunda ele estava 60 pés abaixo da 
superfície da rua. Na sua parte mais superficial três pés. 
O túnel corria sob o coração do movimento centro da cidade. Nas proximidades de 
suas extremidades norte e sul ficava uma escola de arte, uma sala de shows, uma casa de 
ópera, um hotel, o estádio de beisebol de Baltimore Orioles, o Porto da cidade que, com 
seu aquário, restaurantes e lojas, era um destino turístico popular, além de edifícios de 
escritórios estaduais, uma séria de pequenas e grandes empresas, três hospitais, um 
mercado, um museu, um centro de convenções, um tribunal e mais, tudo entre 1000-2000 
pés do túnel. 
Em 1961, foi cessado a prestação de serviços à passageiros, mas deu-se continuidade 
no sistema de frete da população. Em 2001, tinha-se uma média de 28 a 32 trens em 
circulação diariamente, porém a maioria dos moradores da cidade, inclusive o prefeito na 
época, Martin O’Malley, não tinha conhecimento no referido túnel que atravessa uma das 
principais ruas do centro. 
O plano de emergência da cidade, que tinha 440 páginas e que havia sido feito em 
1987 (em conformidade com legislação federal) não incluía disposições direcionadas para 
acidente com produtos químicos perigoso do túnel, como aqueles presentes nos vagões. 
Além disso, este plano de resposta de emergência da cidade não fazia qualquer menção à 
existência do túnel e nem especificava procedimentos para determinar quem assumiria o 
comando em caso de um acidente. Apenas um manual evidenciava como deveria ser 
configurada a hierarquia nessas ocorrências, nomeando assim para o comando da 
operação o chefe Heinbuch. 
Um colaborador anônimo da segurança de transporte federal disse em entrevista dada 
no ano de 2005 que se “Caso houvesse uma explosão dentro do túnel, o fogo poderia 
atirar para fora de ambas extremidades como uma bazuca”. 
Por outro lado, certos processos, em especial na indústria química, petroquímica e de 
energia estavam sujeitos a acidentes graves como vazamentos tóxicos, explosões e 
incêndios. Para evitá-los e minimizar suas consequências, inúmeros dispositivos de 
segurança foram desenvolvidos e implantados, incluindo sistemas de detecção e alarme 
de incêndio, válvulas de segurança e outros mais. No entanto, no fim da década de 70 e 
ao longo dos anos 80, diversos acidentes industriais mostraram que os problemas ainda 
não estavam resolvidos. 
“Nós tivemos um incêndio e um vazamento de produto químico em um espaço 
confinado” disse Ronald Addison, o então Coordenador do Departamento de Materiais 
Perigosos do Corpo de Bombeiros. 
O Departamento de Meio Ambiente de Maryland, que era a agência estatal 
responsável pela gestão de emergências ambientais, tinha desempenhado anteriormente 
atividades no desenvolvimento de planos de resposta em conjunto com o Corpo de 
Bombeiros da cidade de Baltimore, fortalecendo a confiança mútua entre os dois órgãos. 
Porém, segundo Heinbuch, a resposta inicial dada ao incêndio não procedeu tão bem 
como nos treinamentos. As primeiras tentativas de entrar no túnel tomado pelo calor 
intenso e fumaça espessa foram completamente frustradas. A falta de capacidade para 
uma possível aproximação do fogo era uma séria desvantagem, ao mesmo tempo que 
oficiais avaliam a situação para elaborar um plano de ataque. 
Mais tarde, dois químicos que trabalhavam para empresas que eram membros do 
Plano Industrial de Ajuda Mútua do Sul de Baltimore (SBIMAP), criado em 1982 por 
entidades privadas que fabricavam, transportavam e armazenavam produtos químicos, 
descartaram a possibilidade de uma explosão trágica e que havia apenas a presença de 
Tripropileno, uma substância química altamente inflamável e que deve ter sido a principal 
causa do incêndio após o descarrilhamento do trem de carga. As autoridades da cidade 
atuaram somente no suporte para o comandante do acidente e juntamente com Heinbuch 
passaram a se preocupar com o plano de evacuação dos residentes e visitantes da área em 
torno do túnel, bem como informar o público sobre as precauções e ações que deveriam 
ser tomadas por conta daquele incêndio e diligenciar o fluxo vigoroso do tráfego nas 
medições. 
3. Considerações Finais 
O cenário de crise estava montado e em situações como essa a organização e 
planejamento é fundamental. Em um cenário de emergência uma boa administração de 
trabalho, aumenta a qualidade e eficácia na resolução de problemas. 
O plano de resposta de emergência da cidade não especificava quem assumiria o 
controle de um incidente. Nesse caso o comando foi assumido pelo Corpo de Bombeiros 
que se deslocou para o local assim que os primeiros alarmes tocaram, enquanto as 
autoridades da cidade se reuniram para definir a concentração dos esforços na condução 
da situação dramática que nenhum deles tinham vivenciado algo parecido. 
Um oficial da cidade exclamou “O pior pesadelo de todos”. 
Os bombeiros se sentiam preparados para lidar com a situação e possuíam uma boa 
sinergia com o Departamento de Maryland do Meio Ambiente (MDE), a agência estatal 
responsável pela gestão de emergências ambientais, tais como "vazamentos" químicos, 
no entanto em sua atuação ficou perceptível a necessidade de intensificar o preparo da 
equipe com treinamentos específicos baseado num plano de combate atualizado. Uma 
descrição de comando delegando autoridade aos responsáveis é importante para casos 
onde há diversas frentes de apoio e o preparo adequado da equipe também faz toda a 
diferença numa situação de emergência. 
Um plano emergencial abrangente, com todas as informações e determinações de 
autoridades responsáveis, facilita a gestão de pessoal capacitado e preparado diminuindo 
o tempo deresposta para incidentes sejam eles de baixas ou grandes proporções. 
Foi solicitado o apoio de dois químicos especialistas para pautar as tomadas de 
decisões deixando claro que um passo importante nas gestões de crises é procurar o apoio 
de especialistas nas áreas. 
Ainda durante a tarde o ar perto do túnel e da cidade vizinha começou a ser testado. 
As análises são necessárias para compreendermos os parâmetros e identificarmos se há 
outros riscos. 
A liderança da cidade não tinha uma equipe de gestão de crise definida e nem local 
para reunir-se. Era necessário tomar decisões como: como seria feita a evacuação dos 
residentes ao entorno do túnel, como seria o gerenciamento do fluxo intenso de tráfego, 
etc. As tomadas de decisão necessitariam de agilidade. 
Com a situação estudada é possível perceber a importância de preparação e 
organização de um plano de ação e procedimentos operacionais. Quanto mais detalhado 
este plano, maiores são os ganhos em tempo de resposta e qualidade do processo. 
Algumas ocorrências semelhantes, como o acidente com a Cápsula de Césio 137 em 
Goiânia, mostram que por trás das questões técnicas há as causas gerenciais. Posso citar, 
como por exemplo: a falta de procedimentos operacionais, ausência de treinamentos e 
capacitações específicas dos colaboradores, etc. Por fim, ainda existem as ações de 
prevenção como por exemplo, analisar os riscos presentes, orientar a população fixa e 
flutuante, inspecionar os equipamentos de combate a incêndio e de primeiros socorros, 
além de conhecer o plano de emergência que deve estar sendo utilizado sempre que 
necessário. Os registros e conhecimento destes fazem parte do plano de estratégia em 
combate à uma emergência seja de qual porte for. 
O incêndio no túnel de Baltimore, ocorrido em 2001 nos mostra a importância de uma 
gestão capacitada e de uma equipe preparada, nos mostra também o quanto é importante 
ter o apoio e suporte daqueles que, hierarquicamente, estão acima e o que o trabalho em 
equipe é essencial para resolução de qualquer problema.

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