Buscar

RESENHA Administração aplicada à engenharia de segurança

Prévia do material em texto

Curso: Pós Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho.
Disciplina: Administração aplicada à engenharia de segurança. 
Tema: Resenha sobre o texto "Quase o pior cenário": O incêndio no túnel de Baltimore
em 2001 (A).
RESENHA
ARIZA, Oscar Javier Celis. "Quase o pior cenário": O incêndio no túnel de
Baltimore em 2001 (A). Kennedy School of Government - n° C16-04-1767.0 
Fonte: Baltimore City Police Department.
1. CREDENCIAIS DO AUTOR
A Escola de Governo John F. Kennedy na Universidade Harvard é uma escola de
políticas públicas e administração pública, e uma das escolas de pós-graduação,
mestrado e doutorado de Harvard.
2. CREDENCIAIS DA RESENHISTA
Kennedy School of Government.
3. RESUMO DA OBRA
O texto discute o tema, em cinco capítulos, com métodos Administrativos e
Gestão Administrativas, Gestão de pessoas, Gestão de projetos e Gestão Ambiental,
apresentando conceitos básicos e planejamento estratégico. 
No capítulo inicial o texto é sobre um acidente ocorrido na cidade de
Baltimore em julho de 2001. O Corpo de Bombeiro começou a receber chamadas de
pessoas da região que presenciavam fumaça saindo de um túnel de trem que
funcionava sob uma via de muito movimentada da cidade. Alguns relatos diziam que
era fumaça de óleo diesel com um possível incêndio e durante a averiguação do
Corpo de Bombeiros foi constatado um incêndio dentro um trem que teria
descarrilado, ouve-se relatos de que alguns trens carregavam substâncias químicas
perigosas, que poderiam prejudicar a população da região apresentando grave
ameaça a saúde pública. Primeiro por se tratar de um incêndio em ambiente
confinado e segundo com a possibilidade do trem conter cargas de produtos químicos
inflamáveis que poderiam liberar vapores tóxicos com seu rompimento durante o
descarrilamento. 
Após averiguação de certa urgência para remanejamentos, convergiram
equipes de emergência para um planejamento estratégico com as autoridades da
cidade, horas após ao inicio do incêndio um dos principais dutos de água situado
sobre o túnel rompreu-se, criou-se uma cascata em um cruzamento na Rua Howard,
inundando ruas e edifícios, ameaçando a integridade estrutural das estradas.
Tornando-se uma crise multidimensional envolvendo toda a população e empresas
em geral.
O segundo capítulo trata-se de “Antecedentes: o Túnel da Rua Howard”. O
Túnel da Rua Howard foi inaugurado em 1896, e em 1961 os trens era apenas para
transporte de cargas, os trens eram pertencentes e operados pela empresa CSX
Corporation, mesmo proprietário das cargas do trem descarrilado em 2001. O calor e
fumaça densa, a preocupação de sofrer queimaduras devido às reações químicas dos
produtos que estavam nas cargas impediam o avanço dos bombeiros, como não
tinham acesso ao incêndio diretamente, obrigou a seguir com um plano de ação mais
direcionado e eficaz para que não tivesse um estrago ainda maior. Ou seja, o plano de
emergência de 440 páginas, elaborado em 1987 em conformidade com a legislação
federal, não fazia recomendação de qualquer referência à existência do túnel, seria
uma "linha invisível". Outro fato importante que existia era um plano de evacuação
para caso de descarregamento de um acidente de trem de passageiros e não um
envolvendo um trem de cargas transportando produtos químicos e ainda
possivelmente tóxicos. 
 O terceiro capítulo trata-se de “Crise no túnel”. Com a desinformação, falta de
um plano de emergência eficaz, quase o incêndio toma proposições catastróficas,
quando outra locomoção entrou na extremidade sul do Túnel da rua Howard,
transportando 60 carros, 29 deles vazios e o resto transportando uma carga mista que
incluía inflamáveis como papel, madeira, óleo de soja, e vários vagões-tanque de
produtos químicos. Sendo interceptada pessoalmente, forçando uma parada
inesperada e abrupta, desacloparam as três locomotivas do trem de vagões de carga e
os expulsaram da extremidade norte do túnel. Somente depois da limpeza e a fumaça
se dissipasse, os membros da tripulação foram obter permissão para voltar a entrar no
túnel com as locomotivas. Após minutos de calmaria observou-se que a fumaça preta
voltava ainda mais intensa, constatando que era resultado de um incêndio, não fumaça
de óleo diesel, provavelmente devido a um descarrilamento. Após revisarem o
"Regulamento de porte", perceberam ainda que havia materiais perigosos no túnel,
com possibilidade de uma explosão além de corrosivos que podiam causar problemas
respiratórios ou queimaduras graves na pele da equipe ou população exposta, “o que
indica que oito dos carros do trem carregavam produtos químicos perigosos: dois
carros-tanque de ácido clorídrico, dois de ácido fluorosilicico, e cada um de
tripropileno, ácido acético glacial, ftalato de acetato de hexilo, e propileno glicol.” então
foi feito um contato com o despachante via rádio, para informar tal gravidade, e para
piorar as estradas estavam lotadas com pessoas a caminho para assistir um jogo de
beisebol, situado a apenas cerca de 30 pés do túnel. 
O quarto capítulo trata-se de “Assumindo o Comando”. O plano de resposta de
emergência da cidade não especificava procedimentos para determinar quem
assumiria o comando do incêndio, mas mencionava que a agência "com jurisdição",
como o primeiro a responder assumiria a liderança, seria então o Corpo de Bombeiros,
que em conjunto com membros do Departamento de Maryland do Meio Ambiente
(MDE), a agência estatal responsável pela gestão de emergências ambientais.
Imediatamente foi seguido um protocolo para em caso de vazamentos químicos.
Precisavam descobrir a causa principal do incêndio para que somente assim
pudessem apagá-lo, mas o acesso estava cada vez restrito, a fumaça estava densa,
escura e cada minuto maior. A guia do transporte indicou a presença de apenas
químicos altamente inflamável como tripropileno, que oficiais suspeitavam ter sido a
causa do incêndio durante o descarrilamento. Porém não se sabia ao certo, o ácido
fluorosilicico, tripropileno, ácido acético glacial, ftalato de acetato de hexilo e propileno
glicol, poderiam liberar vapores de calor que podiam ser tóxicos. Foi então mais tarde
que se testaria o ar perto do túnel e na cidade vizinha de Camden Yards para verificar
se existia a presença de substâncias tóxicas, as quais prejudicariam causando
problemas respiratórios na população local. A maior discussão era “o que fazer com as
pessoas que vivem, trabalham ou visitam as imediações do incêndio; e o que fazer
com as estradas e os sistemas de trânsito que cruzavam o túnel em chamas?” Sem
um plano emergencial as equipes estavam se esforçando para organizarem-se em
resposta à crise, apenas o que se sabia que teriam pouco tempo para colocar o plano
em vigor.
 O quinto capítulo trata-se de “A Cidade Responde”. No momento do incêndio
no túnel, Baltimore não tinha uma equipe de gestão de crises estabelecida. O
responsáveis não aceitavam o fato da necessidade de evacuação da cidade pelo fato
dos riscos envolvidos, mesmo sabendo que a cidade tinha um escritório de
gerenciamento de emergências (EOC), porém não incluía disposições relativas a um
acidente químico perigoso no túnel efetivo, mas na teoria tinha a função de gerir,
coordenar recursos e respostas para emergências, planos de contingência em caso de
crise. As autoridades da cidade na sala de COMSTAT, se reuniram e então foi
aconselhável a evacuação os residentes e visitantes da área em torno do túnel,.
Precisavam então criar um planejamento estratégico para minimizar os possíveis
danos, e assim definir o que fazer sobre como gerenciar o fluxo intenso de tráfego
dentro e fora da área da Rua Howard, tinham poucotempo para Administrar e colocar
o plano em vigor.
4. CONCLUSÃO DA RESENHISTA
De um modo geral, o autor do texto coloca a necessidade de se ter uma boa
Administração organizada, coordenada, monitorada, controlada, avaliada e
supervisionada, além da importância ao apoio irrestrito da alta administração, definição
precisa das responsabilidades por prevenção de acidentes, mobilização de todos os
colaboradores, identificação e remoção das condições inseguras de trabalho logo após
sua constatação. 
No texto em questão havia presença de fumaça frequente, fumaça causada
por componente tóxicos nas cargas transportadas, porém não se teve a preocupação
em investigar a causa e somente após um enxame de ligações foi assim averiguado,
ou seja, houve a necessidade de um incidente grave, onde foi constatado um incêndio
dentro um trem que teria descarrilado para que assim autoridades pudessem averiguar
e constatar tal perigo a os residentes e visitantes da área em torno do túnel. 
Outro fator importante foi ênfase que o autor destaca da necessidade de um
Plano emergecial completo, amplo e eficaz. Se isso, foi preciso abordagens extremas,
dificuldade de plano de ação e insegurança na mobilização em todos os níveis da
cadeia de comando. O texto também trata de responsabilidade dos trabalhadores e
falta de ferramentas da qualidade para desenvolvimento e elaboração de um projeto
e/ou programa de segurança. 
Finalmente, deixam claro que o uso do método na época poderia ter sido mais
eficaz e ágil, com risco de se tornar mais maior catástrofe devido as grandes
dificuldades de Gestão, porém com as forças reunidas na sala de COMSTAT, foi então
sugerido que fosse seguido um plano de ação para evacuação dos moradores e
visitantes da região evitando uma "Quase o pior cenário" conforme as próprias
palavras do Autor.
5. CRÍTICA DA RESENHISTA
O texto relata um acidente ocorrido em 2001, descarrilamento de um trem de
carga, logo se manifesta com com base na Administração do Plano emergencial
elaborado em 1987, com algumas brechas e tão pouco completo. O texto fornece
dados inconclusivos, à medida que se relata a história, o autor deixa algumas lacunas.
Não menciona exatamente a substancia que teria causado e/ou agravado o incêndio,
apenas relata suspeita de duas possíveis toxínas como tripropileno e o ácido
fluorosilicico, porém foi constado a existência de outras. 
Outro fato mencionado que foi realizado um teste no ar na cidade vizinha de
Camden Yards, deixando a dúvida se as tóxinas exaladas no incêndio se teria se
dissipado para cidades vizinha, havendo a necessidade de comunicar a Administração
e evacuação das cidades vizinhas também. 
A história é tratada com indicações de riscos e com indicações dos métodos
usados na gestão de um calamidade na época, havendo a necessidade de união de
força (Administrativas, Gestão de pessoas, Gestão de projetos e Gestão Ambiental),
chegando ao indicativo de indicação de evacuação, porém não é mencionado o que foi
realmente feito e quais os danos reais, pois o autor refere-se apenas a probabilidade
de que foi menor do que se previa. 
Finalmente, com o estudo pude amadurecer meus conhecimentos técnicos e
perceções por olhares diferentes, para uma crítica conceitual me exigiu conhecimentos
prévios da Administração aplicada à segurança do trabalho para ser entendida, além
de diversas releituras e pesquisas quanto a conceitos e criação de uma resenha.
Disponível em: Arquivo digital disponibilizado no portal do aluno, pela
Universidade Estácio de Sá.

Continue navegando