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Artrite Reumatóide Artrite Reumatóide A artrite reumatoide(AR) é uma doença articular inflamatória crônica e multissistêmica, que afeta as pequenas articulações das mãos e dos pés e, pode surgir de maneira sistêmica em outras regiões do corpo, cuja característica principal é uma sinovite inflamatória persistente de causa desconhecida. Uma doença autoimune, crônica, idiopática e inflamatória que atinge simetricamente os tecidos, órgãos e as articulações periféricas causando dor, edema, rigidez e diminuição da qualidade de vida. A doença caracteriza-se pela destruição tecidual, dor, e deformidades. Fisiopatologia A rigidez matinal é uma das características principais, e, ao acordar pela manhã, os pacientes apresentam dificuldades em movimentar as articulações acometidas. Nos casos mais graves o alívio é parcial, permanecendo dor e limitação de movimentos permanentemente. Alguns pacientes queixam-se de fadiga, mal-estar e dor muscular associada a fraqueza, que podem acompanhar ou anteceder a artrite. Rigidez matinal e fadiga no final da tarde são usados para avaliar a atividade da doença. Articulações acometidas( mão, punho, cotovelo, quadril, joelho, entre outras). Efeitos da artrite reumatoide sobre a estrutura e a função das articulações Cartilagem: erosão da cartilagem. Sinóvia: células de revestimento microvascular ativadas para dar início ao processo inflamatório, formação de pannus. Ligamentos: a erosão os enfraquece . Músculos: a deformidade articular interfere na geração de toque ao máximo; a imobilidade os encurta; a miosite os enfraquece, a dor e o derrame provocam a defesa; e a inibição reflexa resulta em fraqueza. Osso: a erosão resulta em deformidades articular, bloqueio ósseo e dor. Sistema extra-articular: miosite, anemia, falta de sono, fadiga, maior dispêndido de energia em virtude dos padrões anormais de movimento. Incidência Sua prevalência, a nível mundial, permeia entre 0,5 e 1%, similar à literatura brasileira, podendo ocorrer em todos os grupos étnicos. Acomete, especialmente, o sexo feminino na faixa etária entre 20 e 60 anos de idade. Ocorre em qualquer idade e é diagnosticada muito mais frequentemente no sexo feminino. Etiologia A etiologia é desconhecida e acomete mais as mulheres. Embora possa ter início em qualquer idade, existe uma predisposição a ocorrência em torno de 40 anos de idade. O sistema imune, formado por uma rede de órgãos, tecidos e células especializadas, tem como função manter a integridade do nosso organismo, protegendo-o de agressões, como, por exemplo, de uma infecção, quando o sistema imune ataca o próprio organismo, provocando uma inflamação que pode danificar vários órgãos. Influência de fatores genéticos associados a ambientes contribuem ao desenvolvimento da AR. O cigarro também afeta o curso da AR, elevando o aparecimento de nódulos reumatoides. Sinais e Sintomas Critérios diagnósticos segundo o American College of Rheumatology Rigidez articular matinal com duração de mais de uma hora. Edema (inchaço) de três ou mais articulações. Edema das articulações das mãos (dedos), interfalangianas e/ou pulso(punho) e metacarpofalangianas. Edema simétrico (bilateral) dos tecidos moles periarticulares. Presença de nódulos subcutâneos. Erosões articulares e/ou periarticulares com diminuição de densidade óssea, nas mãos ou pulsos, observados em exames radiológicos. O critério para o diagnóstico é a observação contínua por 6 semanas ou mais, e quatro dos sete critérios estarem presentes. Diagnóstico Avaliação clínica Exames laboratoriais Líquido sinovial Radiografia Critérios clínicos Fonte: Aletaha D, Neogi T, Silman AJ, et al: 2010 Rheumatoid arthritis classification criteria: An American College of Rheumatology/Europas League Against Rheumatism collaborative initiative. Arthritis Rheum 62 (9):2569–2581, 2010. Diagnóstico Radiografia Fonte: Matteson E, Mason T: Atlas of Rheumatology. Editado por G Hunder. Philadelphia, Current Medicine, 2005. Fator Reumatoide (FR) presentes em cerca de 70% dos pacientes com AR Anti CCP e VHS Anti CCP tem alta especificidade (90%) e sensibilidade Proteína C reativa identificar a presença de inflamação Avaliação fisioterapêutica A fisioterapia é muito importante em todas as fases da doença para que se possa diminuir a dor, recuperar ou manter a mobilidade articular, e prevenir as atrofias e deformidades. Avaliação da dor (EVA) 0(sem dor).......10( dor insuportável) DESENHO DA DOR ( ( MAPA CORPORAL): descrever quais articulações já foram acometidas e quais estão agudizadas; é preciso que se assinale em um desenho do corpo nas duas vistas anterior e posterior. Índice articular de Ritchie: avalia as seguintes articulações- temporomandibular, coluna cervical, acromioclavicular, esternoclavicular, ombros, matacarpofalangianas, interfalangianas proximais, quadris, joelhos, tornozelos, talocalcânea, transversa do tarso e metatársica 0- sem dor +1- dolorida +2- dolorida e com contração +3 dolorida com contração e acolhimento Avaliação e qualidade de vida: Pode ser utilizado o protocolo SF 36 e o RA quality of life (Raqol). Avaliação da rigidez. Avaliação da amplitude de movimento articular; goniometria(deve ser realizada por meio e movimentos ativos e passivos). Avaliação da força muscular (escala de Oxford). Avaliação de sensibilidade: Superficial e profunda. Avaliação da coordenação. Avaliação funcional: perda da função, deformidades, AVD’S. TESTE DA FUNÇÃO DAS MÃOS DE O’NEILL Esse teste consiste na execução de oito tarefas que são cronometradas. Pegar moedas. Pegar alfinetes. Levantar pratos. Pegar e virar tubos. Pegar uma bola de tênis. Levantar blocos e hastes. Levar a mão à boca Utilizar um teclado. Avaliação da deformidade: ESCALA DE DEFORMIDADE DAS ARTICULAÇÕES 0- sem deformidades/instabilidade. 1- instabilidade dos ligamentos, encurtamento da banda lateral ou dos músculos intrínsecos. 2- deformidade que pode ser ativamente reduzida. 3- deformidade fixa que só pode ser reduzida passivamente. Avaliação das AVD’S: 0- Sem qualquer dificuldade. 1- Com certa dificuldade. 2- Com muita dificuldade. 3- Incapacidade para realizar. Diagnostico cinesiologico funcional A expressão tônus muscular não e muito precisa, já que e o exame mais importante da atividade muscular, a Eletromiografia, não permite atividade em um musculo em repouso. Modificação de tônus muscular Conceitos mais comuns: Contratura – fibrose do tecido conjuntivo na pele, fáscia ou musculo; Impede a mobilidade normal do tecido ou articulação É o estado hipertônico do musculo: Exame físico No exame físico das mãos e dos pés devem ser observadas: Inspeção: verificar a existência de edema, cistos, deformidades, coloração da pele. Palpação: verificar pontos dolorosos, cistos e fraturas. Tratamento Fisioterapia Objetivos; Diminuir atrofia e fraqueza muscular. Promover os alongamentos muscular do tecido conectivo. Manter ou aumentar a amplitude de movimento. Reduzir o edema. Aumentar a resistência aeróbia. Promover o condicionamento cardiopulmonar. Evitar posições viciosas. Facilitar retorno às AVDs. Condutas fisioterapêuticas Crioterapia; Eletrotermofototerapia; Órteses; Exercícios cinesioterapêuticos; Exercícios respiratórios; Exercícios isométricos; Exercícios de amplitude de movimento; Mobilização articular; PNF ( exercícios de marcha, equilíbrio e propriocepção); Treinamento das AVD’S; A seguir é possível verificar alguns exemplos de exercícios que podem ser trabalhados na reabilitação de indivíduos com artrite reumatoide de mão e pé. A motricidade fina também pode ser trabalhada com massa modelar, jogos de varetas, jogos resta um, catar grãos de feijão e milho, e com todo e qualquer jogo de encaixe, assim como com diferentes texturas para dar estímulo e sensibilidade.Mobilidade ativa de punhos e dedos. Mobilização da mão. Fortalecimento de dedos Mobilização dos dedos Fortalecimento de punho e dedos Mobilidade de mãos Fortalecimento de punho Fortalecimento de punho e dedos Fortalecimento transferência de peso Exercício de motricidade fina Motricidade fina Quando o acometimento é nos pés, precisamos trabalhar também tornozelo, joelho e quadril e, também equilíbrio marcha e postura. Treino de marcha Equilíbrio propriocepção e transferência de peso Referências bibliográficas Chiarrello B, Driusso P, Radl ALM. Manuais de fisioterapia: fisioterapia reumatológica. São Paulo: Manole,2005. Moreira C, Carvalho MAP, Reumatologia: diagnóstico e tratamento. 2.ed, Rio de janeiro: Cultura médica 2001. https://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=Js2CDwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PA16&dq=avalia%C3%A7%C3%A3o+fisioterapeutica+artrite+reumatoide&ots=iGWBARM2nD&sig=7Ww66iUvJGfzSlO9Pu8ThzA7iuA#v=onepage&q&f=false httpswww.scielo.brscielo.phppid=S1806-00132017000400365&script=sci_arttext&tlng=pt
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