Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
REUMATOLOGIA: Especialidade da Medicina relacionada ao estudo e tratamento das doenças reumáticas. Reumatismo: Nome genérico dado a certas doenças caracterizadas por dores nas articulações e nos músculos. Modelo de incapacidade: Sempre visando a melhora da qualidade de vida! Devemos compreender todas as etapas ao avaliar um pcte. Doença inflamatória, degenerativa e progressiva que acomete as articulações sinoviais (cartilagem hialina). → Doença crônico-degenerativa; → Hoje a literatura aceita osteartrite como a mesma condição patológica; → Causa multifatorial; → Acomete principalmente articulações sinoviais que sustentem peso (destruição da cartilagem articular); → Ainda assim, é possível ter artrose em art fibrosa, cartilaginosa, etc. → Mãos, coluna vertebral, quadril e joelhos são os mais acometidos; → Destruição progressiva da cartilagem articular; → Incapacidade funcional progressiva do paciente; → 15% da incapacidade laborativa na população mundial; → 65% das causas de incapacidades (Brasil). → Acomete 25% das pessoas acima de 65 anos e 80% acima dos 75 anos (OMS); → Sexo feminino: < 45 anos – 2% / 45-65 anos – 30% / 65 anos – 70%. Tipos de Osteoartrose: Primária: − Idiopática (não se sabe a causa); − Não há fatores predisponentes; − Quase sempre hereditária. Secundária: − Decorrente de agentes locais ou sistêmicos (do próprio organismo, evolução de outras doenças como artrite reumatoide, anemia falciforme; − Paciente possui algum fator de risco; − Tipo mais comum. Sempre questionar sobre a dor, a causa e o que ela compromete. Fatores predisponentes: − Idade; − Sexo; − História Familiar (hereditariedade); − Obesidade; − Artropatias inflamatórias e metabólicas; Fisioterapia em Reumatologia: − Hipermobilidade articular (instabilidade) − Traumas e uso repetitivo; − Desarranjos estruturais articulares. Prognóstico: − Variável e individual; − Evolução lenta; − Crises podem durar dias ou meses; − Por ser progressiva pode afetar a qualidade de vida; − Inicio precoce do tratamento com boa orientação. Artrite reumatoide: Inflamação da membrana sinovial, causando um derrame articular. Nota: Retirada do menisco aumenta o risco de osteoartrose. Patologia: 1. Cartilagem Articular: − Primeira fase: Amolecimento da cartilagem articular (+ desidratada ↓ proteoglicanos) - Condromalácea; − Isto ocorre quando a articulação sofre muita sobrecarga, impacto, queda ou incongruência, gerando uma inflamação da sinóvia, e o liquido produzido por ela passa a possuir células pró-inflamatórias que tem capacidade de degradar as fibras de colágeno. − Segunda fase: Fibrilações (fragmentação) da cartilagem. Se persistir por muito tempo ocorrem erosões. − Terceira fase: Redução da espessura da cartilagem até seu possível desaparecimento. Sabemos as fases da lesão quando o RX mostra uma esclerose óssea na região subcondral (formação de massas ósseas proeminentes devido a presença de osteócitos) – Hipertrofia óssea (palpável). 2. Osso Subcondral: − Região abaixo da cartilagem; − Maior sobrecarga mecânica ao osso subcondral; − Diminuição da espessura da cartilagem; − Esclerose óssea (1° sinal observado) − Formação de osteófitos marginais (pontas de ossos que vão se formando – hipertrofia óssea) − Se isso continuar ocorrendo, vai levar a formação de cistos subcondrais (cavidades nas regiões epifisária) − Região de esclerose óssea fica densa, área mais branca no RX. 3. Membrana Sinovial: − Reabsorção de fragmentos de cartilagem pela membrana sinovial − Sinovite com formação de derrames articulares − Fibrose e Retração da cápsula articular − Numa art normal, as duas cartilagens estão em contado. Comprometimentos Músculoesqueléticos: • Dor articular de rítmo mecânico de intensidade variável. • Rigidez articular de curta duração/ Dor de curta duração / Dor matinal: Muito tempo na mesma posição. • Inflamação e derrame articular. • Limitação da amplitude de movimento articular. • Atrofia e inibição da força muscular. • Instabilidade articular • Deformidade articular. Obs: O primeiro comprometimento muscular pela dor é hipotonia, seguido pela atrofia e por fim, perda de força − Derrame articular: End feel suave − Espessamento de cápsula: End feel firme − Hipertrofia óssea e diminuição de espaço articular: End fell duro (seco) – não adianta fazer mobilização Comprometimentos Cardiovascular/Pulmonar: • Diminuição da capacidade aeróbica. • Diminuição da capacidade física de realizar atividades repetitivas de moderada intensidade. Limitações Funcionais: • Ficar em pé. • Agachar e ajoelhar. • Sentar e Levantar. • Subir e descer escadas. • Inclinar e curvar o tronco. • Erguer e carregar objetos • Andar e correr. Incapacidades: • Cuidados Pessoais → higiene básica • Dificuldades para realizar tarefas para cuidar da casa. • Dificuldades nas atividades recreativas e de lazer. • Dificuldades com as tarefas ocupacionais → trabalho • Dificuldade de locomoção pela comunidade. Prognostico: − Variável e individual; − Evolução lenta; − Crises podem durar dias ou meses; − Por ser progressiva pode afetar a qualidade de vida; − Início precoce do tratamento com boa orientação; − Pode-se usar uma prótese. Gonartrose/ osteosteoartrite de joelho: − A articulação do joelho é uma das mais afetadas em virtude de sua capacidade de suportar peso. − Os pacientes com artrose se queixam de dor, falta de firmeza, estalos no joelho, rigidez e limitação dos movimentos. − Segundo dados divulgados pela OMS, cerca de 70% a 80% da população com mais de 65 anos possuem artrose. − A doença é considerada pelo Ministério da Previdência Social e do INSS do Governo Federal, a terceira causa de afastamento de trabalho no Brasil. − A doença é tão comum que representa de 30% a 40% de todas as consultas em ambulatórios de reumatologia, além de afastar 7,5% dos trabalhadores. − No total são 10 milhões de brasileiros diagnosticados com artrose. Desses, só 40% realizam o tratamento prescrito pelo médico. Etiologia: − Histórico familiar − Excesso de peso sobre a articulação acometida. − Atividades que exijam movimentos repetitivos sobre a articulação (como saltos) realizados de forma incorreta por um tempo prolongado. − Lesões prévias de ligamentos, menisco ou cartilagem também podem acelerar o processo de degeneração articular. − Alterações na biomecânica, como deformidades, desalinhamentos ou fraquezas musculares. − Fraturas ou outras lesões nas articulações prévias também podem causar artrose. − Atletas de alta performance que realizam treinamentos muito intensos ou inclusive os atletas amadores e de fim de semana podem apresentar artrose precoce, seja por erros no treinamento ou a realização errada de exercícios físicos. Quadro Clínico: − Dor na interlinha articular (na palpação) − Dor na compressão manual da patela (com deslizamento). − ↑ Volume articular (derrame articular) → sinovite aguda − Creptação dolorosa durante o − movimento ativo do joelho (estralar) − Rigidez articular de curta duração (matinal ou após repouso prolongado − Atrofia, hipotonia e ↓ força dos músculos da coxa − Encurtamento dos músculos isquiotibiais. − Limitação da ADM do joelho (flexão e extensão) − ↑ Progressivo da deformidade articular (genu – joelho valgo ou varo ou flexo) Podemos observar que o lado lateral quase não tem mais cartilagem Joelho direito está mais valgo que o esquerdo, provavelmente mais comprometido Fusão dos ossos não ter cartilagem – AnquiloseJoelho em varo por conta da artrose Tratamento Fisioterapêutico: − Dor, edema = Inflamação Agudo. − Devemos priorizar acabar com inflamação, reduzir edema (derrame) − Podemos utilizar eletroterapia, como TENS (mais analgésico), corrente interferencial tetrapolar (mais antiinflamatório), por 30 min (no mínimo) − Em seguida se pode utilizar Ondas Curtas pulsado (30-50hz), melhora a circulação, vascularização, 30 min. − Em seguidas contrações rítmicas isométrica. − Orientações domiciliares. Fase crônica: − Visamos fortalecer o quadríceps, isquiotibiais. − Exercícios resistidos de acordo com a possibilidade do pcte, sem sentir dor. − Nesta etapa podemos utilizar calor para melhorar as aderências. − Ex: OC continuo por 15 min para aquecer o joelho Coxartrose − A OA coxofemoral é a forma mais incapacitante dentre as patologias dos membros inferiores. − A sua prevalência aumenta com a idade. A artrose de quadril afeta principalmente as pessoas mais velhas, principalmente mulheres com idade superior a 50 anos e homens com mais de 65-70. − Raramente afeta as pessoas com menos de 40 anos. Diferente do joelho. − Atinge cerca de 5% da população. Incidência menor que joelho. − A artrose pode ser decorrente de predisposição genética ou de fraturas, infecções ou traumas esportivos. − Artrose é mais comum em articulações hipermoveis. Sindrome do Impacto do quadril: Faz muita hiperflexão do quadril – muito impacto colo do quadril com acetábulo Etiologias − Geralmente não é possível identificar a causa da artrose de quadril, − Atividades repetitivas de impacto nas articulações, − A grande mobilidade do quadril, − O excesso de peso corporal (que aumenta a compressão entre os ossos), − Atividade física intensa, − Hereditariedade, − Sequelas de fraturas intra-articulares, − Má formação congênita Quadro Clínico − Pontos dolorosos nas pregas do glúteo maior ou em região inguinal (mais comum – fossa inguinal: lig. Inguinal, m. adutor e m. sartório. A cabeça do fêmur entra no centro), e irradiar-se internamente ao longo da musculatura adutora da coxa ou externamente pelo tensor da fáscia lata até́ o joelho. − Limitação aos movimentos, principalmente os de abdução. − À marcha, notam-se contratura em flexão, rotação externa e adução. − Discreta assimetria entre os membros pode ser observada (lado comprometido é discretamente menor que o lado são). − Em casos muito avançados, a flexão antálgica do quadril (aduzido, fletido e em rotação lateral - pode desenvolver contratura) e a atrofia de quadríceps podem estar presentes. − Presença de osteófito (geralmente na borda do acetábulo e borda da cabeça, entre a cabeça e colo anatômico, entre cartilagem e osso) e intensa diminuição do espaço articular ✓ Principal estabilizador dinâmico do quadril é o glúteo médio, do joelho é o quadríceps e do tornozelo é o Sóleo →Devem ser avaliados a força desses músculos quando houver algum comprometimento de quadril Art normal / Art artrose Possível observar até cistos. Tratamentos: − Geralmente o tratamento conservador é a primeira opção, a fisioterapia tem como objetivo aliviar os sintomas da dor, fortalecer os músculos e melhorar a mobilidade do quadril. • Recursos eletroterapêuticos • Cinesioterapia • Hidroterapia. − Objetivo específicos: diminuir a inflamação e controlar o volume de derrame articular − Não se usa crioterapia antes de eletro pois não se pode alterar a sensibilidade. Ordem de tratamento: ✓ Fase aguda: − Recursos eletrotermoterapêuticos: • Ondas curtas: paciente DD, placa na anterior da coxa e schilipake na EIAS (áudio), modo pulsado e menor frequência • Interferencial: tetrapolar, um na EIAS com prega glútea e outro anterior proximal da coxa e EIPS − Cinesioterapia (contração isométrica): • Mobilização articular: em pequena amplitude, grau 1 ou 2 dependendo da dor, facilita a reabsorção do líquido sinovial (com sacudidela) • Contração isométrica (serve para fortalecimento e aumento de ADM) ✓ Fase crônica: − Hidroterapia − Com a diminuição dos sintomas, pode aumentar a intensidade dos exercícios (aumentar amplitude dos movimentos, a frequência., exercícios de fortalecimento) − A artrose atinge 15 milhões de pessoas no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. − É a quarta doença que mais reduz a qualidade de vida para cada ano vivido, de acordo Organização Mundial de Saúde (OMS). − Conforme vamos envelhecendo, podemos desenvolver dores nas costas e maior dificuldade de movimentação, assim como rigidez nas articulações, devido ao desgaste das articulações apofisárias e dos discos entre as vértebras. − Em graus variados de intensidade e em diferentes partes da coluna (cervical, dorsal ou lombar), a artrose afeta a maioria da população. − Atletas, pessoas que extrapolam nos exercícios físicos, que passam muito tempo no computador ou videogame, idosos ou trabalhadores que forçam constantemente as articulações estão mais sujeitas a desenvolver a doença, que afeta os nervos da coluna e causa desgaste dos discos vertebrais. − O envelhecimento regular e avançado das estruturas da coluna vertebral a partir dos 30 anos, muitas vezes relacionados com o trabalho. − A artrose é mais comum em mulheres em pós-menopausa, mas antes dos 45 anos, é mais comum nos homens. − Excesso de peso: A obesidade provoca mais estresse sobre as articulações de suporte e sobre a coluna vertebral, especialmente para as pessoas de meia-idade. − A Genética: aqueles com história familiar de artrose, defeitos congênitos das articulações, um ruim alinhamento da coluna vertebral ou membros inferiores. − Abd fraco, glúteos fracos = Pelve faz anteroversão, aumenta a lordose lombar = Aumenta pressão nos discos. Compressão de L4, L5, S1e S2 – Gera dor ciática. Os osteócitos podem comprimir a raiz também Quadro Clínico: − Dor regional ou irradiada que piora com as atividades e na posição ereta e diminui ao repouso (deitado) − Rigidez articular matinal ou após repouso prolongado. − Espasmo dos músculos paravertebrais. (mutifidos se contraem devido à dor – para proteger a região inflamada – diminui a mobilidade – alivia a dor. O espasmo gera dor por causa da falta de circulação sanguínea. − Encurtamento muscular − ↓ da ADM cervical ou lombar − Lombociatalgia (dor lombar que irradia), pode ser em forma de parestesia (formigamento) Possível observar as escleroses, osteófito (quase se fundidos entre as vertebras), diminuição do forame. – Provavelmente pcte não tem quase nada de mov lombar. − Hipomobilidade enorme – limita muito os movimentos − Neste caso, a fisioterapia auxilia principalmente na dor, mas quando aos mov é complicado. Tratamento Fisioterapêutico: Fase aguda: • Interferencial tetrapolar - 30 min • Ondas curtas pulsado - 30 min • Recomendar repouso • Massoterapia • Liberação miofascial Método de William • Preconiza a redução da lordose lombar. • Alongamento e estabilização toracolombar. • Os exercícios são realizados até o ponto de dor. • Realizados diariamente. Fase crônica: − Ondas curtas continuo; − Mobilização articular da lombar; − Serie de William; − Exercícios de CORE.
Compartilhar