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farmacologia Antibióticos I e II Antimicrobianos Substâncias naturais ou sintéticas que agem sobre microrganismos inibindo o seu crescimento ou causando sua destruição Histórico 1928- Fleming descobre a penicilina 1939- Inicia-se uso clínico -> 2° guerra mundial 1940- Howard Florey e Ernst Chain -> Produção em escala industrial “A era dos antibióticos” Atualmente- Cerca de 8000 Origem FUNGOS BACTÉRIAS ACTINOMICETOS Penicilina Polimixina B Aminoglicosídeos Cefalosporina Colistina Macrolídeos Griseolfulvina Bacitracina Tetraciclinas - Tirotricina Cloranfenicol Classificação de acordo com a estrutura química Sulfonamidas e drogas relacionadas: Sulfametaxazol Dapsona (DDS, Sulfona) Antibióticos Beta-lactâmicos: Penicilinas Cefalosporinas Carbapenemas Monobactâmicos Tetraciclinas Doxiciclina Derivados do nitrobenzeno: Cloranfenicol Aminoglicosídeos: Gentaminica Neomicina Macrolídeos: Eritromicina Raxitromicina Azitromicina Polipeptídicos: Polimixina B Bacitracina Glicopeptídicos: Vancomicina Teicoplanina Poliênicos: Anfotericina B Nistatina Classificação de acordo com o espectro de atividade Espectro estreito: Penicilina G Estreptomicina Eritromicina Espectro amplo: Tetraciclinas Cloranfenicol Classificação de acordo com o espectro de atividade Bacteriostático : Sulfonamidas Tetraciclinas Cloranfenicol Eritromicina Bactericida: Penicilinas Cefalosporinas Vancomicina Aminoglicosídeos Polipeptídicos Quinolonas Rifampicina Mecanismo de ação de drogas antimicrobianas Toxicidade dos antibióticos Irritação local -> Irritação gástrica, dor e formação de abscessos (intramuscular), tromboflebites (intravenoso) Antibióticos irritantes: Eritromicina Tetraciclinas Cloranfenicol Certas cefalosporinas Dependentes da idade: Síndrome do bebê cinzento -> cloranfenicol Kernicterus -> Sulfonamidas Ototoxicidade -> aminoglicosídeos Deposição nos ossos e dentes em formação -> tetraciclinas Betalactâmicos Penicilinas Monobactâmicos Cefalosporinas Carbapenemas Penicilinas: As modificações realizadas na molécula do 6-APA permitiram a classificação das penicilinas nos seguintes grupos: Grupo 1- penicilinas sensíveis à penicilinase Benzilpenicilinas ou penicilinas G Carbenicilina Grupo 2- penicilinas que resistem à penicilinase Metcilina Nafcilina Oxacilina Dicloxacilina Cloxacilina Grupo 3- penicilinas de espectro aumentado (aminopenicilinas) Amoxicilina Ampicilina Grupo 4- penicilinas antipseudomonas (carboxipenicilinas) Ticarcilina Carbenicilina Grupo 5- penicilinas de 4° geração (ureidopenicilinas) Azlocilina Mezlocilina Piperacilina Farmacocinética: Boa absorção oral -> Exceção da penicilina de 1° geração e meticilina (ácido lábil) Boa distribuição -> Polar (pouca penetração nas células); Não ultrapassa a barreira hematoencefálica (exceto em inflamação das meninges) Excreção -> Renal (secreção tubular ativa – 90%); Adequação em pacientes com insuficiência renal; Presente em escarro, leite e saliva. Antibióticos e Odontologia Nome químico Forma farmacêut. DT miníma DT máxi ma Freq. Penicilina V Comp. e suspensão 500.000 UI 2mil UI 6/6hr Ampicilina Comp. cáps. Suspensão 500mg 2g 6/6hr Amoxic. Comp. cáps. Suspensão 500mg 2g 8/8hr Amox. + Ác. Clavulânic. Comp. cáps. Suspensão 500mg 750mg 2g 8/8hr 12/12h Efeitos adversos das penicilinas Hipersensibilidade -> Angioedema, erupções cutâneas, febre, choque anafilático, hipersensibilidade cruzada. Alteração de microbiota normal -> Candidíase, diarréia, sangramentos, dificuldades absortivas, superinfecções. Alterações sanguíneas -> Eosinofilia, anemia e vasculites Reações liquenóides Eritema multiforme Cefalosporinas Química: Isoladas do fungo Cephalosporium Núcleo 7 aminocefalosporânico O radical diferencia a atividade, grupo e toxicidade das drogas Polares (pouca penetração na célula), estáveis a mudança de pH e temperatura. Resistente a algumas beta-lactamases E. coli e Klebisiella (problema) Classificação Cefalosporinas de 1° geração Ativas contra cocos Gram + (pneumococos, estreptococos e estafilococos) Mais resistentes à beta-lactamases Pouco usado clinicamente -> infecções polimicrobianas (celulite e abscessos), infecções urinárias, e profilaxia antibiótica-cefazolina (não confiar em infecções sistêmicas graves) EXEMPLOS Cefadroxil Cefazolina Cefalotina Cefalexina Cefradina FARMACOCINÉTICA Boa absorção oral (exceção da cefazolina) Excreção renal (adequação em paciente renal) Cefalosporinas de 2° geração Espectro de ação da 1° com atuação em Gram – Beta-lactamases sensíveis Bem utilizado clinicamente -> Sinusite, otite, infecções respiratórias, infecções anaeróbicas mistas (Cefmetazol, cefotetano e cefoxitina) EXEMPLOS Cefaclor Cefmandol Cefonida Cefuroxima Cefprozil Ceforonida Cefamicinas (cefoxitina, cefmetazol e cefotetano) FARMACOCINÉTICA Boa absorção oral (Também existem na forma parenteral de administração) Excreção renal (adequação em pacientes renais) Cefalosporinas de 3° geração Espectro de ação da 2° com atuação ampliada em Gram – Levemente resistentes à Beta-lactamases Bem utilizado clinicamente -> Ampla variedade de infecções, inclusive gonorréia e meningites (atravessa a barreira hematoencefálica), bom para imunocomprometidos EXEMPLOS Cefoperazona Cefotaxima Cefixima Ceftriaxona Ceftizoxima Ceftibuteno FARMACOCINÉTICA Boa absorção oral (Também existem na forma parenteral de administração) Boa distribuição (inclusive LCR, exceção de cefoperazona, cefxima e ceftibuteno) Excreção renal (adequação em pacientes renais) Cefalosporinas de 4° geração Espectro de ação igual da 3° geração Resistentes à Beta-lactamases Bem utilizado clinicamente -> Ampla variedade de infecções EXEMPLOS Cefepima (Haemophiilus e Neisseria) FARMACOCINÉTICA Boa absorção oral (Também existem na forma parenteral de administração) Boa distribuição (inclusive LCR) Excreção renal (adequação em pacientes renais) Inibidores da síntese proteica Macrolídeos Recebem esse nome por serem macromoléculas São inibidores da síntese protéica Bacteriostáticos (mas o aumento da dose pode estar associado à efeitos bactericidas, no entanto, o aumento da dose pode causar efeitos colaterais) Mais associados à infecções no trato respiratório (pulmões) EXEMPLOS Eritromicina -> 4 doses diárias/ Espectro limitado contra H. influenzae / Muitos efeitos gastrointestinais Azitromicina e Claritromicina -> Azitromicina 1x dia/ Claritromicina 2x dia/ Ambos possuem boa atividade contra H. influenzae / Associados à menos efeitos no trato gastrointestinal MECANISMO DE AÇÂO Inibição da síntese protéica -> Através da inativação do ribossomo 50s -> O que impede o enfileiramento das proteínas -> Contribuido para falha na sintetização dessas -> Não havendo metabolismo celular -> Levando à bactéria a parar de se reproduzir. EFEITOS ADVERSOS Intolerância digestiva -> estimula contratilidade do intestino delgado. Náuseas Vômitos Dor abdominal Flatulência e diarréia Reações de hipersensibilidade Prurido Erupção maculopapular Febre Eosinofilia Icterícia colestática Azitromicina 500mg – 1 vez ao dia Durante 5 dias Clindamicina Bacteriostático Usos clínicos -> Infecções profundas da cabeça e pescoço, infecções graves por anaeróbicos, infecções ginecológicas, abscessos pulmonares,gangrena gasosa. Odontologia -> Osteonecrose dos maxilares EFEITOS ADVERSOS Colite pseudomembranosa Porque ele tem ação sobre todas as bactérias, desequilibrando a homeostase, deixando apenas as bactérias Clostridium difficile. Esta bactéria sozinha no organismo secreta uma quantidade maior de citocinas que podem causar a colite, caracterizada por ulcerações, diarréia intensa e febre. POSOLOGIA Doses de 300mg ou 600mg* 3 vezes ao dia Durante 7 dias *Pacientes que não apresentaram melhoras com dose de 300mg Cloranfenicol USO TERAPÊUTICO Amplo espectro contra Gram + e -, Haemophilus influenzae Doenças infecciosas -> microrganismos sensíveis Pacientes alérgicos à penicilinas, cefalosporinas e quinolonas Infecções oculares e meningites EFEITOS ADVERSOS Aplasia da medula óssea e síndrome do bebê cinzento (caracterizada por colapso cardiocirculatório) -> inibição da síntese protéica mitocondrial (ribossomos semelhantes aos da bactéria) Inibidores da síntese do DNA Sulfonamidas Domagk (1905)- Ensaiou diversas tituras sintetizadas por laboratório Bayer –Alemanha Descobrindo que existia substância nas tintas que podiam ser bactericidas por inibir a síntese do DNA As sulfonamidas são uma classe de antibióticos muito fortes Possuem bastantes efeitos adversos Alto grau de toxicidade EFEITOS ADVERSOS Mais comuns Sintomas digestivos Farmacodermias -> Erupção morbiforme e prurido cutâneo Outras -> Febre, cefaléia, tremores, nefrotoxicidade, flebite, vasculite, hipercalemia, doença do soro e anafilaxia. Maior risco de vida Anormalidades hematológicas -> leucopenia, trombocitopenia, agranulocitose, anemia hemolítica e supressão da medula óssea Reações cutâneas graves -> dermatite exfoliativa, ssídrome de Steven-Johnson e a necrólise epidérmica tóxica. Cristalúria com conseqüente insuficiência renal em pacientes hipoalbuminêmicos Hipercalemia (uso parenteral) ATENÇÃO Usar com precaução na gestação devido potencial teratogênico (risco C) Contra-indicados no terceiro trimestre da gestação e durante a amamentação, pelo risco de indução de Kernicterius. MECANISMO DE AÇÃO Impede a ação da DNA girase DNA se forma mas não gira formando dupla hélice. Escolha clínica de antibióticos 1° Escolha Amoxicilina 500mg 2° Escolha Amoxicilina e Ácido Clavulânico (500mg de amoxicilina + 375mg de AC. Clavulânico = 875mg) Em caso de resistência ou alergia. 3° Escolha Azitromicina 500mg – 1x dia/ durante 5 dias Cefazolina Pacientes em âmbito hospitalar Porque o hospital é um ambiente rico em bactérias de diversos tipos, levando o paciente à possibilidade de contrair infecções hospitalares. Pode ser utilizado quando não se sabe se o paciente é alérgico à penicilina.
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