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Anne Karolyne Morato – P5 Agentes antibacterianos: → A classificação varia de acordo com: Fonte de origem; Estrutura química; Tipo de ação; • Bactericida ou bacteriostático. • O mesmo fármaco pode ser tanto bactericida como bacteriostático. Exemplo: a Linezolida é bacteriostático para S. aureus e bactericida para S. pneumoniae. Mecanismo de ação; Espectro de ação. Locais/mecanismo de ação: Parede celular; Membrana celular; Síntese proteica; DNA (função e estrutura); Síntese das purinas; Síntese do ácido fólico. Espectro de ação: → Espectro estreito: poucos tipos/espécies de microrganismos são sensíveis, gram+. → Espectro estendido: intermediário que pode incluir bactérias gram+ e algumas gram-. → Espectro amplo: tanto gram+ quanto gram-, e pode afetar microrganismos não patológicos. Farmacologia Anne Karolyne Morato – P5 Família Alvo terapêutico Penicilinas Parede celular Cefalosporinas Parede celular Monobactâmicos Parede celular Carbapenêmicos Parede celular Aminoglicosídeos Ribossomos Tetraciclinas Ribossomos Macrolídeos Ribossomos Glicopeptídeos Ribossomos Quinolonas Síntese do DNA Diversas Ribossomos/Síntese do Ácido Fólico Sulfonamidas Síntese do Ácido Fólico Oxazolidinona Ribossomos Estreptogramina Ribossomos Glicilciclina Ribossomos Polimixinas Membrana celular Lipopeptídeos Membrana celular Inibidores da síntese da parede celular: Penicil inas: → Os β-lactâmicos inibem a transpepitidase (enzima que constrói e repara a parede). → Penicilina V = preparação oral; → Penicilina G = preparação parenteral; G Cristalina (IV); G Procaína (IM); G Benzatina (IM). Penicilinas Naturais Penicilinas Resistentes a Penicilinases Penicilinas de Espectro Aumentado Penicilinas Antipseudomonas Benzilpenicilina* (G) Fenoximetilpenicilina (V) *tratamento da faringite, do impetigo estreptocócicos e da sífilis, profilaxia da febre reumática. Meticilina Oxacilina Nafcilina Dicloxacilina Cloxacilina Amoxicilina Ampicilina Ticarcilina Azlocilina Piperacilina Arbenicilina OBS¹: As Penicilinas potencializam os efeitos anticoagulantes da Varfarina. OBS²: O Ácido Clavulâmico associado a Penicilina/Amoxicilina potencializa o espectro bacteriano desses fármacos e os protege contra a ação das enzimas β-lactamases. Anne Karolyne Morato – P5 As β-lactamases são enzimas produzidas por bactérias que rompem o anel β-lactâmico, inativando o antibiótico β-lactâmico. A Penicilina e a Amoxicilina são fármacos susceptíveis a ação dessas enzimas, ou seja, o anel β-lactâmico necessários para a ação antibacteriana desses fármacos são facilmente rompidos por essas enzimas. Por isso, a associação. Cefalosporinas: → Utilização clínica: Tratamento de infecções por GRAM+ em pacientes alérgicos as penicilinas; Infecções por certos bacilos GRAM-; Casos de infecção grave em que se suspeite de bacteremia; Profilaxia de casos cirúrgicos especiais. 1ª geração 2ª geração 3ª geração 4ª geração GRAM+ Pneumococos Estreptococos Estafilococos GRAM- Escherichia coli Klebsiella pneumoniae Proteus mirabilis. Não atravessam BHE; Utilização: faringites estreptocócicas e profilaxia cirúrgica. Amplo espectro de ação para GRAM- CEFAMICINAS: ação contra anaeróbicos Atividade melhorada contra pneumococo e haemophilus influenzae. Citrobacter Serratia marcescenas Providencia Cepas de Haemophilus e Neisserias produtoras de b-lactamases Infecções graves por bacerias resistentes a maioria de anticterianos. P. aeruginosa Enterobacteriacea S. aureus S. pneumoniae Altamente ativas contra Haemophilus e Neisseria Uso hospitalar (IV). Cefalexina* Cefazolina (IV)... *infecções cutâneas, de tecidos moles e do trato urinário. Cefoxitina* (IV) Cefuroxima Cefamandol Cefonicida... *atividade contra a Bacteroides fragilis, permite o uso em infecções abdominais/pélvicas. Ceftriaxona* (IV) Ceftaziclina (IV) (antipseudomonas) Cefotaxima (IV)... *boa entrada no SNC, aplicação para pneumonia, meningite, pielonefrite e gonorreia. Cepiroma Cefepima. OBS¹: São seguras durante a gestação e contraindicadas durante a amamentação. OBS²: 5ª geração: Ceftarolina (para MRSA) sem ação para P. aeruginosa, ampla para GRAM-. Anne Karolyne Morato – P5 Inibidores da síntese de monômeros de mureína: Fármaco UC EA C. Terapêuticas Fosfomicina Fosmidomicina Infecção do trato urinário por Gram-: E. coli, Klebsiella, Serratia e Clostridia Cefaleia, diarreia e náuseas. Sinergismo com betalactamicos, aminoglicosídeos e fluoroquinolonas. Ciclosserina M. tuberculosis Convulsões, sonolência, neuropatia periférica e psicose. Inibe o metabolismo hepático da fenitoína. Bacitracina Infecções cutâneas e oculares. Absorção sistêmica: neurotoxicidade, nefrotoxicidade e supressão da medula óssea. Absorção tópica: dermatite de contato. Inibidores da síntese de polímeros de mureína: → Se ligam a extremidade terminal da unidade de monômeros e inibe a transglicosidase, impedindo a adição de unidades de mureina a cadeia do polímero em crescimento. → Glicopeptideos, ativos apenas contra GRAM+. → Estafilococos produtores de β-lactamase e resistentes a penicilina. OBS¹: Tratamento de infecções graves por MRSA. OBS²: Quando administrada conjuntamente com aminoglicosídeos potencializa a otoxicidade e nefrotoxicidade. Fármacos Utilização Clínica Efeitos Adversos Considerações Terapêuticas: Vancomicina Teicoplanina Infecções por S. aureus resistente a meticilina (IV) e enterocolite por C. difficile (oral) Neutropenia, anafilaxia “síndrome do homem vermelho” (rubor e eritrodermia), febre medicamentosa, exantema por hipersensibilidade. Pode-se evitar a “síndrome do homem vermelho”: com pré- administração de anti- histamínicos e diminuição da velocidade de infusão. Anne Karolyne Morato – P5 Carbapenêmicos: Fármacos Utilização Clínica Efeitos Adversos Considerações Terapêuticas: Imipedem* Meropenem Doripenem Maior potência para Pseudomonas Aeruginosa. Infecções graves, como pneumonia e sepse. Naúsea, êmese e diarreia. Eosinofilia e neutropenia são menos comuns. *Imipedem: níveis elevados podem provocar convulsões (neurotoxicidade) e nefrotoxicidade. Devem ser usados com cautela em pacientes com disfunção renal. *Imipedem: associado com cilastatina (nefroprotetor) para evitar biotransformação pela desidropeptidase renal. Polimixinas: Fármacos Utilização Clínica Efeitos Adversos Polimixina B* Polimixina E (colistina). *usado também para meningite. Detergentes Bactericidas! Dilui os fosfolipídios de membrana (e sem membrana as bactérias não vivem). GRAM- multirresistentes. Fármacos reservas para P. aeruginosas. Escherichi coli Enterobacter Klebsiella sp. Nefrotoxicidade (IRA medicamentosa); Neurotoxicidade. Inibidores da transcrição do RNA: → Formam um complexo estável com a RNApolimerase DNA-dependente bacteriana, inibindo assim, a síntese de RNA. OBS¹: Atenção ao utilizar esses fármacos no paciente em uso de contraceptivos orais, pois diminui o efeito contraceptivo. OBS²: Diminui também o efeito de outros fármacos, como: prednisona, metadona, propranolol, varfarina, quinidina, sulfonilureias, variconazol. Anne Karolyne Morato – P5 Fármacos Utilização Clínica Efeitos Adversos Considerações Terapêuticas: Rifampicina* Rifabutina *indutor enzimático. Profilaxia da doença meningocócica e infecções micobacterianas (incluindo a tuberculose). Trombocitopenia, hepatotoxicidade, pigmentação da saliva, lagrimas, suor e urina, distúrbios TGI. *Rifampicina: não deve ser utilizada como agente isolado, tem rápido desenvolvimento de resistência. Inibidores das ações ribossômicas: Subunidaderibossômica 30S: → A maioria são bacteriostáticos (impedem a síntese proteica). OBS¹: os aminoglicosídeos são bactericidas, devido a indução da leitura incorreta do mRNA. Fármacos Utilização Clínica Efeitos Adversos Considerações Terapêuticas: Aminoglicosídeos* Amicacina Estreotomicina Gentamicina Neomicina GRAM- Aminoglicosídeos: infecções micobacteriana, profilaxia cirúrgica (TGI, urinário e genital feminino). Otoxicidade; Nefrotoxicidade. Aminoglicosídeos: não podem ser administrados com derivados de leite. Atuam de modo sinérgico com os β- lactâmicos. Aminoglicosídeos: associada a gentamicina para infecções enterocócicas invasivas. Espectinomicina Gonorreia Dor local (injeção), náusea, insônia e tontura. Inibe a translocação. Tetraciclinas Ação curta Clortetraciclina Oxitetraciclina Ação intermediaria Demeclociclina Metaciclina Ação longa Doxiciclina* Minociclina Amplo espectro. Doxiciclina: uso em ambiente hospitalar. Pigmentação e hipoplasia dentária. Hepatoxicidade Fotossensibilidade Infecção por Candida. Tetraciclinas: não podem ser administrados com derivados de leite. Devem ser tomadas com o estomago vazio, pois o Ca interfere na absorção. Glicilciclinas Tigeciclina Infecção cutânea e abdominal. Aumento da pressão intracraniana quando associado a Acitretina. Anne Karolyne Morato – P5 Subunidade ribossômica 50S: → A maioria são bacteriostáticos. OBS¹: as estreptograminas são bactericidas, utilizadas em ambiente hospitalar. Fármacos Utilização Clínica Efeitos Adversos Considerações Terapêuticas: Macrolíeos Azitromicina Claritromicina Eritromicina Novos fármacos: Fidaxomicina (FDA)* *GRAM+, sistema respiratório. Mycoplasma spp, H. influenza, S. pyogenes, S. pneunoniae, Estafilococos, Gonococos e Legionella pneumophila Infecções respiratórias, ISTs e micobactérias. Hepatoxicidade, Distúrbios do TGI (desarranjo da microbiota intestinal). Resistência crescente do S. pneumoniae. Usados profilaticamente em pacientes com AIDS. Cloranfenicol Amplo espectro Bactérias anaeróbicas Riquétsias Anemia (mielotoxico); Síndrome do bebê cinzento. Antagoniza os efeitos das penicilinas e dos aminoglicosídeos. Inibem a função mitocondrial e o metabolismo hepático da varfarina, fenitoina e cloporpramida – potencializa os efeitos. Lincosamidas Clindamicina Bactérias anaeróbicas Celulites, abscessos, pneumonia por aspiração, peritonites, apendicite e sepses. Colite, distúrbios do TGI e icterícia. Proliferação excessiva de C. difficile (colite pseudomembranosa). Estreptograminas Dalfopristina Quinupristina Enterococo resistente a Vancomicina (ERV), infeção cutânea por estafilococos ou estreptococos. Distúrbio TGI, hiperbilirrubinemia, artralgia, mialgia e cefaleia. NÃO deve ser coadmnistrada com ISRS (síndrome da serotonina). Oxazolidinonas Linezolida GRAM+ VER, SARM, pneumonias, pé diabético, bactérias resistentes. Cefaleia, distúrbio TGI, neuropatia periferia e ótica. !!!! MIELOSUPRESSÃO, incluindo anemia, leucopenia, pancitopenia e trombocitopenia. Anne Karolyne Morato – P5 OBS²: Azitromicina = gram+ e gram-; associado a Cefalosporina de 3ª geração para uretrite gonocócica e pneumonia da comunidade. OBS³: Claritromicina = associado a amoxicilina para H. pylori; a Cefalosporina de 3ª geração para pneumonia da comunidade; a Etambutol em casos de pneumonia por micobactérias. Inibidores metabólicos: Sulfonamidas Trimetopima Atuam na Diidropterato sintetase. Inibem GRAM+ e GRAM-. Bactérias entéricas sensíveis: E. coli Klebsiella Salmonella Shiguella Enterobacter → Estimulam o crescimento das riquétsias → Tratamento de infecções urinárias → Infecções oportunistas Atuam na Diipropterato redutase. VO em infecções urinárias agudas. Tratamento da pneumonia por P. jiroveci. Infecções sistêmicas por Salmonella (resistente a ampicilina e cloranfenicol). Infecções complicadas no trato urinário. Em sepse por GRAM-. Sulfonamidas: Sistêmicas Instestinais Tópicas Sulfametoxazol Sulfassalazina Sulfadiazina de prata Sulfametoxazol + trimetoprima = IVAS, próstata, listeriose, pele, TGI, ITU, infecções oportunistas... Sulfadiazina = boa absorção e penetração tecidual (líquidos sinovial, pleural, peritoneal e pericárdico). Anne Karolyne Morato – P5 Inibidores da DNA girasse: Quinolonas 1ª geração Fluoroquinolonas 2ª geração Fluoroquinolonas 3ª geração Fluoroquinolonas 4ª geração Ácido nalidíxico Ácido oxolínico Cinoxacina Norfloxacina Enoxacina Ciprofloxacina Levofloxacina Esparfloxacina Grepafloxacina Trovafloxacina Gatifloxacina* Moxifloxacina** GRAM- aeróbios Limitado pra GRAM+ Não atinge níveis antibacterianos sistêmicos. Úteis no tratamento de infecções nas vias urinarias inferiores. GRAM- aeróbios GRAM- aeróbios Moderado pra GRAM+ Pneumonias adquiridas na comunidade e nosocoiais. GRAM+ *Baixo espectro para doenças respiratórias. **Atividade contra bactérias anaeróbicas, não apresenta concentração na urina. OBS: Risco de erosão de cartilagem articular e prolongamento de QT.
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