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Inibidores IECA E BRA -

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SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA-
ALDOSTERONA 
 
- Renina: 
➢ Principal determinante de 
produção de angiotensina II 
➢ Produzida nos rins: células 
justaglomerulares 
➢ Controle da secreção: 
➢ Via da macula densa 
➢ Via barorreceptora intrarrenal 
➢ Via do receptor beta1-
adrenérgico. 
- Angiotensinogênio: 
➢ Síntese hepática – tecido adiposo, 
SNC e rins. 
➢ Estímulo pela síntese: 
➢ Inflamação 
➢ Insulina 
➢ Estrogênios 
➢ Glicocorticoides 
➢ Hormônio tireóideo 
➢ Angiotensina II 
 
- Enzima conversora de angiotensina: 
➢ Angiontensina I → Angiotensina 
II 
➢ Ação dos IECA’s 
- Angiotensina I: 
➢ Produto da ação da renina 
sobre o angiotensinogênio 
➢ Será convertida em 
angiotensina II 
- Angiotensina II: 
➢ Proveniente da conversão da 
angiotensina I 
➢ Mecanismo de ação principal 
nos receptores AT1 
➢ Efeitos: 
➢ Pressóricos: elevação rápida da 
PA 
➢ Principal – rápido aumento da 
resistência periférica 
➢ Resposta pressora lenta 
Mariana Vergani Garcia 
➢ Hipertrofia e remodelação 
cardiovascular (dificilmente um 
hipertenso fará uso de IECA e 
 BRA). 
➢ Principais efeitos mecânicos 
mediadores 
➢ Alteração da resistência 
periférica – resposta pressora 
rápida: 
➢ Vasoconstrição direta 
➢ Aumento da 
neurotransmissão de 
noradrenalina periférica – 
aumento da liberação de 
noradrenalina, diminui sua 
receptação e aumento da 
resposta vascular 
➢ Aumento da descarga 
simpática 
➢ Liberação de catecolaminas 
da medula suprarrenal 
 
➢ Alteração da função renal → 
baixas concentrações de 
Angio II – resposta pressora 
lenta 
➢ Efeito direto para aumentar 
a reabsorção de Na+ no 
túbulo proximal 
➢ Liberação de aldosterina 
➢ Alteração da homodinâmica 
renal – vasoconstrição direta, 
aumenta neurotransmissão 
noradrenérgica no rim e 
aumenta o tônus simpático 
renal 
 
➢ Alteração da estrutura cardio-
vascular – hipertrofia e 
remodelagem vascular e 
cardíacas 
➢ Efeitos que não são 
hemodinamicamente 
mediados – aumento da 
expressão de proto-
oncogenes, da produção de 
fatores de crescimento e da 
síntese de proteínas da 
matriz extracelular. 
➢ Efeitos que são 
hemodinamicamente 
mediados – aumento da pré 
(expansão volumétrica) e 
pós-carga (cardíaca) e o 
aumento da tensão da 
parede. 
 
 
INIBIDORES DO SISTEMA RENINA-
ANGIOTENSINA 
- São divididos em 3: 
➢ Inibidores da ECA 
➢ Bloqueadores do receptor de 
angiotensina 
➢ Inibidores diretos da renina 
 
 
IECA (INIBIDORES DA ENZIMA 
CONVERSORA DE ANGIOTENSINA) 
- O IECA inibe a ECA não tendo produz 
de Angio II. Também tem a diminui a 
ação da Cininase II, que é uma enzima 
importante em quebrar bradicinina e, 
peptídeos inativos. Como o IECA diminui 
a ação dela, haverá acumulo de 
bradicinina que fará o aumento da 
produção de prostaglandinas e haverá 
vasodilatação que diminuirá a PA. Para o 
paciente hipertenso isso é bom, porém, 
aumenta efeitos colaterais. 
- Teprotídeo (1960, Ferreira): peptídeo do 
veneno de cobra que inibe a cininase II e 
a ECA. Faz redução da PA e tem efeitos 
benéficos em pacientes com IC 
- Captopril: Potente inibidor da ECA e 
tem eficácia por via oral. 
- Principais inibidores de ECA: Captopril, 
Enalapril, Lisinopril e Benazepril. 
 
EFEITOS FARMACOLÓGICOS 
- Inibe a conversão de angio I em angio II 
ativa: 
➢ Redução de PA 
➢ Potencializa a natriureze 
- Aumento dos níveis de Bradicinina 
- Aumentam a liberação de renina e a 
taxa de formação de Angio I – 
interferência na retroalimentação 
negativa 
 
CLASSIFICAÇÃO 
- Inibidores da ECA que contêm sulfidrila: 
➢ Captopril; 
- Inibidores da ECA que contêm 
dicarboxila: 
➢ Enalapril; 
➢ Lisinopril, ramipril, perindopril; 
- Inibidores da ECA que contêm fósforo: 
➢ Fosinopril; 
 
FARMACOLOGIA 
- Muitos são pró-fármacos: Menos 
potentes e elhor biodisponibilidade via 
oral 
- Eliminação via renal; Exceto → Fosinopril 
e espirapril - eliminação hepática e renal 
equilibradas; 
- Comprometimento da função renal → 
Redução da dose da medicação. 
 
USO TERAPÊUTICO 
- Hipertensão arterial sistêmica: 
➢ Controle de ~ 50% dos 
pacientes com HAS leve a 
moderada; 
➢ Quando associado com BCC, 
β-Bloq ou diurético → controle 
de ~ 90% dos pacientes com 
HAS leve a moderada; 
 
- Disfunção sistólica do VE: 
Com ou sem sintomas de IC 
➢ Impede ou retarda a 
progressão da IC; 
➢ Reduz a incidência de morte 
súbita e IAM; 
➢ Diminui a hospitalização; 
➢ Melhora a qualidade de vida; 
Maior dose tolerada pelo paciente; 
 
- Infarto agudo do miocárdio: 
➢ Principalmente se hipertenso ou 
diabético; 
➢ Iniciados imediatamente na 
fase aguda do IAM → Exceção: 
Hipotensão grave, choque 
cardiogênico, alergia; 
• Utilização para impedir o 
remodelamento cardíaco (que é 
feito pela Angio II) e reduzir a 
perda do músculo cardíaco. 
Maior dose tolerada pelo paciente; 
 
-Pacientes com alto risco de eventos 
cardiovasculares: 
• Diabéticos, doenças vasculares ou 
coronariopatas 
 
-DM e DRC – Nefropatia diabética: 
➢ Retarda ou impede a progressão 
da doença renal; 
➢ Vasodilatação arteriolar (eferente) 
➔ Redução na TFG – diminui a 
perda de proteína na urina 
 
 
EFEITOS ADVERSOS 
- Hipotenção: cautela em pacientes de 
outros anti-hipertensivos 
- Tosse: 
➢ 5 – 20% dos pacientes apresentam 
tosse seca com o uso de IECAs 
➢ Acúmulo de bradicinina, 
substancia P e prostraglandinas nos 
pulmões – algumas pessoas 
possuem alergias a bradicinina, o 
que causa a tosse. 
➢ Reduzida por antagonistas do 
tromboxano (AAS) e 
suplementação de ferro 
➢ Desapare com 4 dias da 
suspenção do IECA 
- Hiperpotassemia: 
o Principalmente em pacientes com 
DRC avançado → Contra-
indicados se TFG (taxa de filtração 
glomerular) < 30 mL/min – Estágio 
IV; 
** Risco maior se paciente em uso 
de diuréticos poupadores de K+, β- 
Bloq ou AINEs; 
** Suspender a medicação 
quando o paciente estiver em 
estágio IV. 
- Injúria renal aguda: 
➢ Perfusão renal baixa → diminuição 
significativa da filtração glomerular 
➢ Estenose bilateral da artéria renal, 
estenose da artéria renal 
- Potencial fetopáticos: 
➢ Hipotenção fetal 
➢ Contra-indicados na gravidez 
 
- Exantema cutâneo: 
➢ Maculopapular, associado a 
prurido → anti-histaminicos 
costumam melhorar esse efeito. 
- Angiodema: 
➢ Medidas de suporte e suspensão da 
medicação. 
 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 
➢ - Diuréticos poupadores de K+ ➔ 
Hiperpotassemia; 
➢ - Antiácidos ➔ Diminui a 
biodisponibilidade; 
➢ - AINEs ➔ Diminuição da eficácia; 
- Digoxina e Lítio ➔ Podem ter suas 
concentrações aumentadas – Mais 
efeitos colaterais, como hipotensão. 
 
FÁRMACOS UTILIZADOS 
➢ Captopril; 
➢ Enalapril (pró-fármaco); 
➢ Enalaprilate (EV) – Não tem no 
Brasil. 
➢ Lisinopril; 
➢ Perindopril (pró-fármaco); 
➢ Ramipril (pró-fármaco) 
 
CAPTOPRIL: 
Biodisponibilidade de 75%; 
Concentração plasmática em torno de 1 
hora; 
Meia vida ➔ 2 hrs; 
Dose: 6,25 – 150 mg, em 2 – 3 vezes ao 
dia – mais difícil adesão 
Apresentação: 12,5 mg, 25 mg e 50 mg; 
Dose máxima: 450 mg/dia; 
 
ENALAPRIL: 
Maleato de enalapril ➔ Pró-fármaco ➔ 
Enalaprilate; 
Biodisponibilidade de 60%; 
Concentração plasmática em torno de 1 
hora; 
Meia vida ➔ 3 hrs; 
Enalaprilate ➔ 12 hrs; 
Dose: 2,5 – 40 mg, em 1 – 2 vezes ao dia; 
Apresentação: 2,5 mg, 5 mg, 10 mg e 20 
mg; 
Dose máxima: 40 mg/dia; 
LISINOPRIL: (Não tem no SUS) 
Mais potente que o enalaprilate; 
Biodisponibilidade de 30%; 
Concentração plasmática em torno de 7 
horas; 
Meia vida ➔ 12 hrs; 
Dose: 5 – 40 mg, em 1 – 2 vezes ao dia; 
Apresentação: 5 mg, 10 mg e 20 mg; 
Dose máxima: 80 mg/dia; 
 
RAMIPRIL: (Não tem no SUS) 
Ramipril ➔ Pró-fármaco ➔ Ramiprilate; 
Biodisponibilidade de 50 – 60%; 
Concentração plasmática em torno de 1 
hora; 
Meia vida ➔ 2 – 18 hrs a > 50 hrs; 
Dose: 1,25 – 20 mg, em 1– 2 vezes ao dia; 
Apresentação: 2,5 mg, 5 mg e 10 mg; 
Dose máxima: 10 mg/dia; 
 
ANTAGONISTAS DOS RECEPTORS DE 
ANGIOTENSINA II (BRA) 
HISTÓRIA 
- Início da década de 1970 ➔ Drogas 
potentes, antagonistas, porém sem valor 
clínico (salasina); 
- Década de 1980 mudanças na 
estrutura química, para melhor 
farmacocinética / farmacodinâmica; 
- Losartano ➔ Liberado para uso clínico 
nos EUA em 1995; 
 
EFEITOS FARMACOLÓGICOS 
- Bloqueio competitivo dos receptores 
AT1 
• 10.000 vezes mais seletivo para o 
receptor AT1 do que para o AT2 
• Antagonismo/bloqueio 
prolongado e duradouro dos 
receptores 
o Inibição potente e de modo 
seletivo a maioria dos efeitos 
biológicos da Angio II; 
o Vantagem no caso da 
omissão de dose do 
fármaco; 
 
• Ordem de afinidade: 
o Candersatano = omersatano 
> irbesartano = eprosartano 
> telmisartano 
o = valsartano > losartano; 
- Reduz contração e proliferação celular 
do músculo cardíaco 
- Reduz a vasoconstrição direta da 
Renina com o músculo 
 
DIFERENÇAS ENTRE BRAS E IECAS: 
- Os BRAs reduzem a ativação dos 
receptores AT1 com mais eficiência do 
que os IECAs → As vias alternativas de 
conversão da Angio II não são inibidas; 
- Os BRAs permitem a ativação dos 
receptores AT2; 
- Os IECAs podem aumentar mais os 
níveis de Ang I do que os BRAs; 
- Os IECAs aumentam os níveis de vários 
substratos da ECA – bradicinina; 
** A terapia costuma se iniciar com o 
IECA. 
 
EFEITOS FARMACOLÓGICOS 
➢ - Baixa biodisponibilidade oral ➔ < 
50%; 
➢ - Alta ligação às proteínas ➔ > 90%; 
➢ - Eliminação renal e hepatica; 
 
USOS TERAPÊUTICOS (mesmos que IECA) 
- Hipertensão arterial sistêmica → 
Associação com diurético e BCC; 
- Nefropatia diabética; 
- Insuficiência cardíaca; 
➢ Principalmente se insuficiência 
ventricular esquerda; 
➢ Porém, utilizar IECAs como 
primeira linha; 
- Infarto agudo do miocárdio; 
- Prevenção secundária de AVC; 
** Associação de IECA e BRA não é 
recomendada devido o aumento da 
incidência de efeitos colaterais 
 
EFEITOS ADVERSOS 
- Tosse e angioedema ➔ Incidência 
menor; 
- Potencial teratogênico ➔ Contra-
indicados na gravidez; 
- Hipotensão, oliguria, azotemia 
progressive ou IRA; 
- Hiperpotassemia; 
 
FÁRMACOS UTILIZADOS 
Candesartano (pró-fármaco); 
Irbesartano; 
Losartano; (Tem no SUS) 
Olmesartano (pró-fármaco); 
Telmisartano; 
Valsartano; 
 
LOSARTANO: 
Metabólitos são mais potentes (EXP 3174); 
Biodisponibilidade de < 50%; 
Depuração renal e renal; 
Comprometido se insuficiência hepatica; 
Concentração plasmática em torno de 
1-3 horas; 
Meia vida ➔ 2,5 – 9 hrs; 
Dose: 25 – 100 mg, em 1 – 2 vezes ao dia; 
Apresentação: 12,5 mg, 25 mg, 50 mg e 
100 mg; 
Dose máxima: 100* mg/dia; 
 
INIBIDORES DIRETOS DA RENINA 
 
FARMACOLOGIA 
- Inibição do SRA na sua origem ➔ 
Bloqueio da renina; 
• Bloqueia a conversão do 
Angiotensinogênio em 
Angiotensina I; 
- Único aprovado para o uso ➔ 
Alisquireno (2007); 
• Dose ➔ 150 – 300 mg/dia; 
- Meia-vida ➔ 20 – 45 hr; 
- Eliminação hepática; 
- Pouco utilizado na prática 
 
USOS TERAPÊUTICOS 
Hipertensão arterial sistêmica; 
Dano a órgão-alvo ➔ Hipertrofia 
ventricular esquerda; 
Insuficiência cardíaca; 
Renoprotetor; 
• Adicionado a BRAs; 
 
EVENTOS ADVERSOS 
- Diarreia (em altas doses), dor 
abdominal, dispepsia e refluxo 
gastroesofágico; 
- Cefaleia, tosse e angioedema; 
- Não recomendado na gravidez; 
 
INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS 
- Reduz absorção da furosemide em 50%; 
- Níveis plasmáticos elevados por 
atorvastatina, cetoconazol e 
ciclosporina;

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