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Sinais vitais

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Sinais vitais 
Introdução 
Os sinais vitais indicam o quão eficiente ou 
deficiente está o funcionamento do corpo e podem 
levar a conclusões sobre o estado de saúde do 
indivíduo. Eles são medidos através de procedimentos 
que buscam averiguar: 
1. Pressão sanguínea arterial 
2. Temperatura corporal 
3. Pulso 
4. Respiração 
5. Dor 
Algumas considerações a serem feitas sobre os 
sinais vitais que podem influenciar em seus resultados 
são: 
 Fatores pessoais (idade) 
 História pessoal e familiar 
 Fatores de risco (hábitos alimentares, 
medicação) 
Pressão arterial 
Nossas artérias possuem uma propriedade de 
se estender para acomodar o sangue que chega 
bombeado do coração (débito pulsátil) que é superior 
à das veias. Quando o coração se contrai, na sístole, as 
artérias como a aorta se estendem para acomodar o 
sangue; quando o coração se relaxa, na diástole, as 
artérias relaxam, permitindo que o sangue flua para a 
periferia do corpo. Essa distensão dos vasos evita que 
haja picos de pressão exacerbada na parede das 
artérias, provocando rupturas ou aneurismas. 
A diferença de pressão entre as duas 
extremidades do vaso e não a pressão absoluta em 
seu interior que determina a intensidade/velocidade do 
fluxo. 
 
Observando o gráfico da pressão que o sangue 
exerce na parede da artéria aorta, quando ocorre a 
sístole, os vasos se estendem em diâmetro e há o 
máximo de pressão em 120 mmHg. Analogamente, 
quando ocorre a diástole, há o mínimo de pressão de 
sangue na parede dos vasos, de 80 mmHg. 
 
 Os pulsos de pressão são amortecidos nas 
pequenas artérias, arteríolas e capilares. Quanto mais 
proximal, mais visível é o pulso vindo do coração, e 
quanto mais distal, menor é a visibilidade do pulso e mais 
contínuo é o fluxo sanguíneo. 
 
 A técnica de pressão arterial pode ser 
realizada de forma a obter uma pressão arterial de 
medida direta, com a necessidade de um cateter intra 
arterial, ou indireta, com uma estimativa muito próxima 
da pressão arterial real. 
Preparo do paciente: 
1. Explicar o procedimento ao paciente e deixá-lo em 
repouso de 3 a 5 minutos em ambiente calmo. Deve ser 
instruído a não conversar durante a medição. Possíveis 
dúvidas devem ser esclarecidas antes ou depois do 
procedimento. 
2. Certificar-se de que o paciente NÃO: 
 Está com a bexiga cheia; 
 Praticou exercícios físicos há pelo menos 60 
minutos; 
 Ingeriu bebidas alcoólicas, café ou alimentos; 
 Fumou nos 30 minutos anteriores. 
3. Posicionamento: 
 O paciente deve estar sentado, com pernas 
descruzadas, pés apoiados no chão, dorso 
recostado na cadeira e relaxado; 
 O braço deve estar na altura do coração, 
apoiado, com a palma da mão voltada para cima 
e as roupas não devem garrotear o membro. 
4. Medir a PA na posição de pé, após 3 minutos, nos 
diabéticos, idosos e em outras situações em que a 
hipotensão ortostática possa ser frequente ou 
suspeitada. 
Etapas para a realização da medição: 
1. Determinar a circunferência do braço no ponto 
médio entre acrômio e olécrano; 
2. Selecionar o manguito de tamanho adequado ao 
braço; 
3. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm 
acima da fossa cubital; 
4. Centralizar o meio da parte compressiva do 
manguito sobre a artéria braquial; 
5. Estimar o nível da PAS pela palpação do pulso radial; 
6. Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar 
a campânula ou o diafragma do estetoscópio sem 
compressão excessiva; 
7. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o 
nível estimado da PAS obtido pela palpação; 
8. Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 
mmHg por segundo); 
9. Determinar a PAS pela ausculta do primeiro som 
(fase I de Korotkoff) e, após, aumentar ligeiramente a 
velocidade de deflação; 
10. Determinar a PAD no desaparecimento dos sons 
(fase V de Korotkoff); 
11. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último 
som para confirmar seu desaparecimento e depois 
proceder à deflação rápida e completa; 
12. Se os batimentos persistirem até o nível zero, 
determinar a PAD no abafamento dos sons (fase IV 
de Korotkoff) e anotar valores da PAS/PAD/zero; 
13. Realizar pelo menos duas medições, com intervalo 
em torno de um minuto. Medições adicionais deverão 
ser realizadas se as duas primeiras forem muito 
diferentes. Caso julgue adequado, considere a média 
das medidas; 
14. Medir a pressão em ambos os braços na primeira 
consulta e usar o valor do braço onde foi obtida a maior 
pressão como referência; 
15. Informar o valor de PA obtido para o paciente; e 
16. Anotar os valores exatos sem “arredondamentos” 
e o braço em que a PA foi medida. 
 
Reforça-se a necessidade do uso de 
equipamento validado e periodicamente calibrado. 
Quando insuflamos o esfigmomanômetro em 
uma pressão superior à pressão sistólica, a artéria 
braquial se comprime, e por isso, não ouvimos nenhum 
som no estetoscópio. Quando desinsuflamos o 
esfigmomanômetro, a artéria braquial se descomprime 
e o sangue volta a passar pela artéria de maneira 
turbulenta, pois a artéria braquial ainda está 
parcialmente ocluída. 
O primeiro som que ouvimos através do 
estetoscópio corresponde à pressão arterial sistólica, 
pois nesse momento, a pressão do sistema vascular 
conseguiu vencer a pressão do esfigmomanômetro. Ao 
ouvir o primeiro som, então, devemos olhar o ponteiro 
do esfigmomanômetro e gravar mentalmente qual 
pressão ele está marcando. Continuamos a desinsuflar 
o manguito e a ouvir o som do batimento da artéria 
braquial até que o som se cesse. Nós paramos de ouvir 
o som porque a pressão do sistema vascular já é maior 
que a pressão do manguito, e a artéria braquial não 
está mais parcialmente ocluída, mas está totalmente 
livre para a passagem de sangue – o sangue não é mais 
turbulento quando passa pela artéria. 
 
 
A pressão arterial sanguínea depende da força 
de contração do coração, da resistência vascular 
periférica e do volume de sangue circulante. 
 
Valores de pressão arterial > 18 anos 
Categoria Pressão 
sistólica 
Pressão 
diastólica 
Ótima < 120 mmHg < 80 mmHg 
Normal < 130 mmHg < 85 mmHg 
Limítrofe 130 a 139 mmHg 85 a 89 mmHg 
 
Hipertensão 
Estágio 1 (leve) 140 a 159 90 a 99 
Estágio 2 (moderada) 160 a 179 100 a 109 
Estágio 3 (grave) ≥ 180 ≥ 110 
Sistólica isolada ≥ 140 < 90 
 
 
Valores de pressão arterial pediatria 
0 a 3 meses 70x50 mmHg 
3 a 6 meses 85x65 mmHg 
6 a 9 meses 85x65 mmHg 
9 a 12 meses 90x70 mmHg 
1 a 3 anos 90x65 mmHg 
5 a 7 anos 90x65 mmHg 
7 a 9 anos 90x65 mmHg 
9 a 11 anos 100x60 mmHg 
11 a 13 anos 105x65 mmHg 
13 a 15 anos 110x70 mmHg 
 
Temperatura corporal 
A temperatura corporal está relacionada ao 
calor do organismo. Ela é regulada centralmente 
através do hipotálamo. 
 Fatores que podem interferir na temperatura: 
1. Idade 
2. Atividade física 
3. Ritmo circadiano 
4. Emoções 
5. Doenças ou lesões 
6. Volume sanguíneo 
7. Uso de drogas 
Os locais de verificação da temperatura e seus 
aparelhos adequados para tais são: 
1. Boca – termômetro oral 
2. Reto – termômetro retal 
3. Axila – termômetro oral 
4. Orelha – termômetro timpânico 
5. Cutânea – termômetro de pele 
Com exceção do de pele, os demais pautam-se em 
artérias. Todos podem ter contraindicação em áreas 
lesadas. Os termômetros requerem alguns segundos 
para leitura. 
Temperatura oral: Artéria sublingual; T 37ºC 
É contraindicada em pacientes inconscientes, 
desorientados ou propensos a convulsões, em crianças 
pequenas e bebês, após ingestão de líquidos com 
temperaturas extremas, cirurgias ou a inflamação na 
cavidade oral e orofaríngea. 
Temperatura axilar: Artéria subaxilar; T 36,5ºC 
(0,5ºC menor que a oral). 
É contraindicada nos casos de queimaduras do 
tórax, infecção na região, fraturas nos membros 
superiores. 
Temperatura retal: Artéria retal; T 37,5ºC (0,5ºC 
menor que a oral). 
 É contraindicada nos casos de diarreia e ou 
inflamação anal. 
Temperatura de pele: Digital infravermelho rápido, 
decerca de 1 a 2 segundos. 
Temperatura timpânica: Artéria timpânica, na 
cavidade auricular. É rápida, realizada por leitura digital. 
Valores de temperatura 
Hipotermia T ≤ 35ºC 
Normotermia 36ºC ≤ T ≤ 37,4ºC 
Febrícula (estado febril) 37,5ºC ≤ T ≤ 37,8ºC 
Pirexia 39ºC ≤ T ≤ 40ºC 
Hiperpirexia T ≥ 40ºC 
 
Técnica para aferir temperatura: 
1. Lavar as mãos; 
2. Reunir o material; 
3. Explicar o procedimento ao paciente; 
4. Posicionar o paciente (de acordo com o tipo a 
ser verificado) 
5. Verificar a coluna do termômetro (menor 35ºC) 
6. Se retal - proteger e lubrificar a ponta; 
7. Aguardar o tempo: (Termômetro eletrônico é 
rápido - 2 a 3´´); 
8. Retirar o termômetro pela haste; 
9. Proceder a leitura e limpeza do termômetro 
(se retal desprezar o protetor); guardar o 
material; 
10. Lavar as mãos e registrar os dados em 
prontuário. 
Pulso 
É basicamente verificar a ondulação exercida 
pela expansão e relaxamento das artérias, resultantes 
dos batimentos cardíacos. É utilizado para avaliar a 
frequência 
𝑛º 𝑑𝑒 𝑏𝑎𝑡𝑖𝑑𝑎𝑠
𝑚𝑖𝑛𝑢𝑡𝑜
, o ritmo (padrão ou 
regularidade das batidas) e o volume (quantidade de 
sangue bombeado em cada batida), além de avaliar as 
condições hemodinâmicas do paciente. 
 Podemos verificar o pulso nas seguintes 
regiões: 
 Temporal 
 Carotídeo 
 Braquial 
 Radial 
 Apical 
 Femural 
 Poplíteo 
 Pedioso 
 Tibial posterior 
 
Padrões de pulso 
 Contagem por um minuto completo da 
frequência cardíaca em batimentos por 
minuto (bpm) 
Adulto 
Normal 60 a 80 bpm 
Taquicardia > 100 bpm 
Bradicardia < 60 bpm 
 
Pediatria 
Em RN 120 a 140 bpm 
0 a 11 meses 120 bpm 
1-2 anos 110 bpm 
4-6 anos 100 bpm 
8-10 anos 90 bpm 
Adolescente 65 a 70 bpm 
 
Identificando padrões de pulso 
Amplitude – Volume de pulsação 
 Ausente, fino ou débil. 
 Cheio 
Ritmo 
 Regular – intervalos de tempo regulares entre 
as batidas 
 Irregular – intervalos de tempo irregulares 
entre as batidas 
Técnica para a verificação de pulso: 
1. Lavar as mãos; 
2. Reunir o material (relógio com ponteiro de 
minutos, caneta, folha de anotação e 
estetoscópio se P apical); 
3. Explicar procedimento ao paciente e posicioná-
lo; 
4. Aquecer as mãos S/N e colocar as polpas 
digitais do indicador e médio sobre a artéria 
superficial do paciente, exercendo uma suave 
compressão (contar por 1 minuto); 
5. Para P apical - o diafragma do estetoscópio 
limpo com algodão embebido em álcool 70%; 
6. Posisiona-lo no V espaço intercostal esquerdo 
na linha hemi-clavicular. Contar a pulsação por 
um minuto – com atenção nas suas 
características; 
7. Lavar as mãos, anotar o resultado. 
Frequência respiratória 
 Possui a finalidade de avaliar: 
Frequência – Número de inspirações e expirações. 
Ritmo – Regularidade desses ciclos 
Profundidade – Volume de ar inalado e exalado em 
cada respiração 
Som – ruído respiratório 
 
Padrões respiratórios 
Apnéia – ausência periódica de respiração 
Eupnéia – ritmo e profundidade normal 
Ortopnéia – ritmo normal facilitado pela posição do 
corpo 
Bradipnéia – respiração lenta e regular de igual 
profundidade 
Cheyne-Stokes – rápida e profunda de até 30 a 
40 segundos seguido de período de apnéia de 20 a 40 
segundos 
Kussmaul – rápida (acima de 20 movimentos) e 
profundas lembrando suspiros e sem pausas 
Taquipnéia – rápida, ↑da frequência cardíaca com 
a temperatura do corpo (geralmente 2 batidas/minuto 
para cada 2ºC). 
 
Adulto fem 16 a 20 mpm 
Adulto masc 14 a 18 mpm 
Prematuro 50 mpm 
Lactente 30 a 40 mpm 
Criança (1 a 5 anos) 25 a 28 mpm 
Criança (5 a 10 anos) 20 a 24 mpm 
Adolescentes 20 mpm 
 
Técnica de verificação da frequência 
respiratória: 
1. Lavar as mãos; 
2. Reunir os materiais (relógio com ponteiro de 
segundos, gráfico de anotação e caneta); 
3. Comunicar o paciente, posicioná-lo se 
necessário; 
4. DICA: segurar o punho do paciente evitando 
alteração do padrão respiratório; 
5. Contar os Movimentos respiratórios - 1 minuto; 
6. Anotar o valor obtido; 
7. Lavar as mãos. 
 
 
 
Dor 
 5º sinal vital – sugerido pela OMS-2003 
 Hospital sem dor - 2006 
A mensuração da dor sentida pelo paciente em uma 
escala visual analógica de 0 a 10 ou por escala verbal 
numérica de 0 a 4. 
Escala analógica visual 
 
 
Escala numérica verbal 
 0 – Ausente 
 1 – Fraca 
 2 – Moderada 
 3 – Forte 
 4 – Insuportável

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