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Os sinais vitais são avaliações quantitativas das funções vitais. Indicadores das funções vitais, podem orientar diagnóstico inicial e acompanhamento do quadro clínico. Entre eles estão: temperatura corporal, frequência respiratória, frequência de pulso / pulso radial e pressão arterial. Reflete o balanceamento entre o calor produzido e o calor dissipado pelo corpo. Local de aferição: normalmente é utilizada a temperatura axilar (pode ser oral ou retal também). Posicionar o termômetro digital ou de mercúrio na axila prendendo-o com o braço, sem afrouxar. Valores de normalidade: há uma variação fisiológica da temperatura durante o dia, à tarde o corpo pode chegar a temperaturas até 0,5°C superiores em relação ao período da manhã. O valor normal a tarde vai até 37,3° C. o Valor normal axilar: 35,5 – 37 °C (3-5 minutos, axila seca). o Valor normal oral (sob a língua): 36 – 37,4 °C (3-8 minutos). o Valor normal retal: 36 – 37,5°C (2-4 minutos, lubrificar, inserir 3cm). Febre: temperatura corporal > ou = a 37,8°C o Leve / febrícula: até 37,5°C; o Moderada: 37,6° a 38,5°C; o Alta / elevada: acima de 38,6°C Hipotermia: temperatura corporal < ou = a 35°C – medir pela forma retal em suspeita. Hipertermia: valores acima dos normais com presença de fatores ambientais (insolação, vestimentas inadequadas para a temperatura, atividade física extenuante) Sinal de Lenander: dissociação áxilo-retal da temperatura corporal. Temperatura retal > 1°C em relação a axilar. o Abdome agudo – apendicite Sinal de Faget: normalmente o aumento de temperatura causa o aumento da frequência cardíaca, nesse sinal ocorre bradicardia secundária ao aumento da temperatura corporal. o Febre tifoide, dengue, leptospirose e febre amarela Não deixar o paciente perceber que estão sendo contados os movimentos respiratórios. Contagem pelo período de 1 minuto. Valores de normalidade: 12 a 20 incursões respiratórias por minuto (irpm). Em idosos: 12 a 24 irpm. o Eupneico -> FR entre 12-20 irpm; o Taquipneia -> FR > 20 irpm aumento; o Bradipneia -> FR < 12 irpm diminuição; o Apneia -> ausência de movimentos respiratórios; o Dispneia -> dificuldade de respirar, respiração ampla e desconfortável; o Ortopneia: dificuldade para respirar na posição deitada; Os movimentos respiratórios são a inspiração (dilatação de parênquima, diâmetro ântero posterior do tórax aumenta) e a expiração (diâmetro ântero posterior do tórax diminui). Alguns ritmos respiratórios são: 1. RITMO DE BIOT – ou altamente atáxica, ritmo totalmente imprevisível da respiração. Encontrado em tumores do SNC, meningites e hipertensão intracraniana. 2. RITMO CANTANI – respiração profunda e ruidosa que precede a Kussmaul. Nessa o paciente não apresenta nenhuma pausa expiratória. Encontrado no início de uma acidose metabólica. 3. RITMO DE KUSSMAUL – respiração profunda e ruidosa, seguido de períodos de pausas expiratórias (breves e curtas). Encontrada em pacientes com cetoacidose metabólica (diabética). “Respiração de peixe fora d’água”. 4. RITMO DE CHEYNE-STOKES – movimentos respiratórios que se elevam e declinam posteriormente aparecendo no paciente como uma pausa respiratória. Intercalado período de hiperpneia, hipopneia e apneia. Encontrado em tumores do SNC, insuficiência cardíaca e intoxicação por opioides (morfina) – pode chegar a apneia. Onda de pressão dependente da ejeção ventricular – sensação tátil da ejeção ventricular nas artérias superficiais. Pulsos centrais – carotídeos e femorais / Pulsos periféricos – radial, braquial, ulnar, poplíteo, pediosos e tibiais. A palpação de pulso é um dos procedimentos clínicos mais antigos e costuma representar um gesto simbólico, de primeiro contato. Local de preferência: artéria radial. Valores de normalidade: 60 a 100 bpm (em repouso). Técnica: comprima a artéria radial com as polpas dos dedos indicador e médio até detectar pulsação máxima. Se o ritmo for regular e a frequência parecer normal, conte- a durante 30 segundos e a multiplique por dois. Se a frequência for incomumente rápida ou lenta, conte por 60 segundos. o Bradisfigmia - < 60 bpm; o Taquisfigmia - > 100 bpm. Questões a serem avaliadas: o Amplitude – sensação da ejeção (mais aumentada ou mais baixa); o Ritmo / regularidade – fibrilação atrial gera irregularidade (intervalos variados entre as pulsações); o Frequência – deve-se contar as pulsações durante um minuto inteiro, conveniente comparar com a frequência cardíaca (pulsações < FC é déficit de pulso); o Simetria – comparação de pulsos (apenas nos periféricos – esquerda / direita); o Estado da parede arterial – mais rígida em pacientes mais idosos, artéria calcificada; o Presença de sopros – mais nos pulsos centrais; o Tipo de pulso/onda. Pressão que o sangue exerce na parede das artérias, medida em milímetros de mercúrio (mmHg), devendo ser aferida nos dois membros superiores; Medida através do esfigmomanômetro (aneroide ou digital – oscilométrico) e do estetoscópio. Uso do manguito adequado à circunferência do braço do paciente. Paciente deve estar em um ambiente calmo e silencioso, onde o procedimento deve ser explicado a ele (repouso de 3 a 5 minutos). Lavar as mãos antes e depois do processo. Perguntas a serem feitas ao paciente: o Bexiga cheia; o Uso de bebida alcoólica ou cafeína; o Uso de algum estimulante ou medicamento; o Se alimentou na última hora; o Nenhuma atividade física na última hora; o Se fumou nos últimos 30/40 minutos. Posicionamento do paciente: o Sentado; o Pernas descruzadas; o Braço na altura do coração (mais no braço esquerdo); o Dorso recostado na cadeira, pés apoiados no chão; o Palma da mão voltada para cima, roupas sem garroteamento. Registrar os valores da PA sistólica e diastólica – não arredondar os valores da PA no caso do aparelho aneroide. Lembrar de realizar as medidas nos 2 membros (MSE e MSD) e em duas posições. Método palpatório estima a pressão arterial sistólica e método auscultatório ocorre através dos sons de Korotkoff. Indivíduos adultos: máx. 140 x 90 mmHg mín 80 x 50 mmHg. A hipertensão arterial ocorre quando a PA é maior ou igual a 140 x 90 mmHg em indivíduos maiores de 18 anos. O hiato auscultatório ocorre quando você tem o desaparecimento do segundo e terceiro ruídos de Korotkoff, encontrado em pacientes idosos com a artéria mais calcificada (artéria em traqueia de passarinho). Doença aterosclerótica. o O hiato pode cobrir uma faixa de 30 a 40 mmHg podendo, desse modo, ser causa de se subestimar o nível da pressão sistólica ou superestimar o nível da pressão diastólica. o Para evita-lo deve-se realizar sempre o método palpatório antes do auscultatório. A hipotensão postular / ortostática é a redução de pressão arterial sistólica >20 mmHG ou diastólica >10 mmHg em pacientes que passam da posição supina para a ortostática após 3-5 minutos. o Causas: diabetes, Parkinson, síndromes demenciais e depleção volêmica (medicamentos hipotensores). o Sintomas: cefaleia, síncope, tonteira e turvação visual (relacionado a baixo débito). o “Redução de 10 a 20 mmHg da pressão sistólica de pé, sem aumento da diastólica” – Porto. o Técnica: determinar a PA do paciente em decúbito dorsal após 5 minutos de repouso, em seguida, determinar PA com paciente sentado e na posição de pé (após 1 min e após 3 minutos). A hipertensão do Jaleco Branco ocorre quando a PA aferida no consultório é elevada, mas as pressões arteriais aferidas ao longo do dia através do MAPA são normais (riscocardiovascular) – causado por ansiedade. COMO AFERIR? 1. Determinar circunferência do braço; 2. Escolher manguito adequado (largura 40% e comprimento 80%); 3. Localizar as pulsações da artéria braquial; 4. Posicionar entre 2-3 cm da fossa cubital; 5. Palpar o pulso radial, inflar o manguito até o desaparecimento do pulso radial, desinsuflar o manguito lentamente; 6. Quando reaparecer o pulso há o valor da pressão sistólica; 7. Posicionar o estetoscópio sobre a artéria braquial; 8. Manter a artéria braquial ao nível do coração – 4º espaço intercostal; 9. Insuflar o manguito até ultrapassar 30 mmHG do valor encontrado na PAS (método palpatório); 10. Desinsuflar lenta e continuamente (2 em 2 mmHG / 2 -3 mmHg/segundo); 11. Determinar PAS pelo 1º ruído de Korotkoff; 12. Determinar PAD pelo 5º ruído de Korotkoff; 13. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento, procedendo a deflação rápida e completa. OBS: 90/60 – hipotensão, 120/80 – ideal, 130/85 – pré-hipertensão e 140/90 – hipertensão.
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