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Centro Universitário São José de Itaperuna (UNIFSJ) Curso de graduação em Administração Ana Carolina Cardoso de Lima Lemos Carolina Souza A APLICABILIDADE DA MATRIZ SWOT COMO FERRAMENTA DE APOIO PARA O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA EMPRESA INOX PARAÍSO EM ITAPERUNA, INTERIOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Itaperuna, RJ Novembro de 2018 ANA CAROLINA CARDOSO DE LIMA LEMOS CAROLINA SOUZA A APLICABILIDADE DA MATRIZ SWOT COMO FERRAMENTA DE APOIO PARA O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DA EMPRESA INOX PARAÍSO EM ITAPERUNA, INTERIOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Trabalho de conclusão de curso apresentado à banca examinadora do curso de Administração do Centro Universitário São José de Itaperuna, como requisito final para obtenção do título de bacharel em administração. Orientadora: Professora Mestre Armênia Arantes Guimarães Itaperuna, novembro de 2018. ANA CAROLINA CARDOSO DE LIMA LEMOS CAROLINA SOUZA A aplicabilidade da matriz SWOT como ferramenta de apoio para o planejamento estratégico da empresa inox paraíso em Itaperuna, interior do estado do Rio de Janeiro. Trabalho de conclusão de curso apresentado à banca examinadora do curso de Administração do Centro Universitário São José de Itaperuna, como requisito final para obtenção do título de bacharel em administração. Orientadora: Professora Mestre Armênia Arantes Guimarães Itaperuna, novembro de 2018. Banca examinadora: Professora Mestra Armênia Arantes Guimarães. - orientadora UNIFSJ – Itaperuna-RJ Professor Esp. Hudson Costa de Oliveira UNIFSJ – Itaperuna-RJ Professor Esp. Jorge Junio UNIFSJ – Itaperuna-RJ Introdução A proposta do presente artigo tem por tema o planejamento estratégico em uma organização do setor de metalurgia na cidade de Itaperuna-RJ, situada na Região Noroeste Fluminense, visando responder de que forma o planejamento pode contribuir para a imagem e satisfação da empresa objeto do estudo. Define-se por justificativa, o alcance de metas e objetivos com intuito de contribuir no direcionamento e controle da mesma, desenvolvendo um planejamento estratégico, utilizando a matriz SWOT como ferramenta de apoio ao estudo para melhoria da empresa analisada. A metodologia utilizada se pautará na realização de uma pesquisa de campo, revisão de literatura sobre planejamento estratégico e suas ferramentas de maior relevância. Portanto, para Vergara (2007), os tipos de pesquisa podem ser definidos por dois critérios básicos, quanto aos fins e quanto aos meios. Quanto aos fins do estudo é classificado por do tipo descritivo, pois expõe características claras e bem delineadas de determinada população ou fenômeno, para isso envolve técnicas padronizadas e bem estruturadas de coleta de dados. Quanto aos meios, refere- se a uma pesquisa de campo e bibliográfica, pela experiência da aplicabilidade na investigação e realizado com base em material publicado em livros, jornais, revistas, sites na internet e que estejam disponibilizados ao público em geral. A estrutura do trabalho é composta pelas seguintes seções: revisão de literatura sobre Planejamento Estratégico, metodologia, estudo de caso, resultados e por fim a conclusão. Resumo O objetivo do presente artigo é aplicar a ferramenta matriz SWOT em uma pequena empresa na cidade de Itaperuna, com o intuito de desenvolver um plano de ação com missão, visão e valores. Para isso, foi realizada uma entrevista com o proprietário da empresa Inox Paraíso, onde foi recolhida toda a informação essencial para que pudesse ser identificado seus pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças. O texto foi estruturado com revisão bibliográfica. 1 Planejamento Chiavenato (2000), diz que as empresas não atuam sem saber onde querem e podem chegar, tudo é pensado, organizado e planejado. O planejamento é traçar objetivos, fazer de forma correta e prática o melhor percurso para alcançar os resultados desejados, analisando os caminhos que devem percorrer, escolher o melhor plano de ação. O planejamento serve de estrutura para o andamento de outras funções. De acordo com Andion e Fava (2002), objetiva-se por planejamento, proporcionar aos administradores e sua equipe uma maneira que os abasteça de referência/conhecimento que os ajude no momento de tomar uma decisão, contribuindo de forma que os incentivem a trabalhar com proatividade, prevendo-se às mudanças que podem ocorrer. O propósito do planejamento pode ser definido como o desenvolvimento de processos, técnicas e atitudes administrativas, as quais proporcionam uma situação viável de avaliar as implicações futuras de decisões presentes em função dos objetivos empresariais que facilitarão a tomada de decisão no futuro, de modo mais rápido, coerente, eficiente e eficaz. Dentro deste raciocínio, pode afirmar que o exercício sistemático do planejamento tende a reduzir a incerteza envolvida no processo decisório e, consequentemente, provocar o aumento da probabilidade de alcance dos objetivos, desafios e metas estabelecidos para a empresa. (OLIVEIRA, 2007, p. 05) De acordo com o que diz Oliveira (2007), de forma geral, consegue-se comparar os níveis de planejamento estratégico aos de uma pirâmide organizacional. Figura 1: Pirâmid e estratég ica Fonte: CHIAVENATO, 2000. De acordo com a figura 1, pode-se identificar 3 tipos de planejamento: 1.1 Operacional Chiavenato (2000), reporta que dentre as características do planejamento operacional, estão: é planejado para ser feito em curto período de tempo; trabalha em cada atividade ou tarefa individualmente para o alcance de metas específicas. Planejamento operacional é geralmente feito pelo nível inferior da organização, baseado nas demandas do dia a dia da empresa. O responsável por esta área, executa as estratégias do planejamento tático, fazendo-se o plano de ação e/ou planos operacionais. (OLIVEIRA, 2007) “Cada um dos planejamentos operacionais deve conter com detalhes: os recursos necessários para seu desenvolvimento e implantação; os procedimentos básicos a serem adotados; os resultados finais esperados; os prazos estabelecidos; e os responsáveis por sua execução e implantação.” (OLIVEIRA, 2007, p.19) 1.2 Planejamento tático Chiavenato (2000), diz que este planejamento abrange cada setor isoladamente, é desenvolvido para ser feito a médio prazo, preocupando em alcançar objetivos de cada departamento. Geralmente é desenvolvido no nível intermediário. No entanto, para Oliveira (2007), a finalidade do planejamento tático é melhorar uma determinada área na organização, é elaborado pelos níveis organizacionais intermediários, tendo como finalidade utilizar os recursos provenientes desta área, que são direcionados para a execução dos objetivos, estratégias e políticas que já foram pré determinados no planejamento estratégico. 1.3 Planejamento Estratégico FISCHMANN e ALMEIDA (1991), dizem que o planejamento estratégico, consiste em um plano administrativo para que uma organização avalie seu ambiente interno e externo, detectando seus pontos fortes e fracos, ameaças e oportunidades, estabelecendo sua direção e tenha a consciência do que necessita para o cumprimento de suas metas e missões. Os autores Silveira e Vivacqua (1996, p.19), seguem a mesma linha de pensamento: O planejamento estratégico é um processo interativo da análise das oportunidades e ameaças e de pontos fortes e fracos visando à busca de uma equação para a definição de objetivos apropriados ao ajustamento das organizações às condições ambientais de mudança. (SILVEIRA e VIVACQUA, 1996, p.19) Pela visão de Marcelino (2004, p.33): Busca-se no planejamento estratégico a oportunidade de promover discussão sobre os objetivos a longo prazoe sobre os meios e ações para alcançá-los. Promove-se a orientação estratégica para que se possam alinhar os subsistemas internos da instituição com as mudanças do ambiente, antecipando-se às percepções e exigências de sua clientela. (MARCELINO, 2004, p.33) Segundo Chiavenato (2000),o planejamento estratégico é o planejamento que abrange toda a empresa, preocupa-se em alcançar os objetivos de toda a organização em si, sendo que, é planejado para ser feito a longo prazo e carrega por longos anos os seus impactos sejam eles bons ou ruins. É definido pela parte superior da empresa (nível institucional), o que corresponde ao topo da pirâmide com o qual todas as demais áreas se tornam subordinados. Utiliza o recurso de todas as áreas e setores. Oliveira (2007) diz que é de responsabilidade da parte superior da empresa, formular o planejamento estratégico, definir as metas e objetivos, escolher a melhor maneira e o melhor caminho para atingir as metas, desde que se leve em conta as condições da empresa (seu ambiente interno e externo). Acredita também que a organização deve respeitar as ideias iniciais para que o planejamento seja feito de forma coerente. Para Lobato (2000), o planejamento estratégico pode ser considerado como uma técnica competente, onde são estabelecidos os propósitos das empresas (o caminho a ser percorrido) de forma proativa, capaz de alcançar o objetivo desejado, desde que seja coerente aos fatores analisados no ambiente interno e externo de uma organização. 1.3.1 Missão Oliveira (2007), relata que a missão da empresa é de extrema importância, pois é neste quesito que se procura traçar as habilidades fundamentais da organização. Estas habilidades são, caracteristicamente mais abrangentes do que as proporções gerais dos produtos/serviços da organização. Missão é a determinação do motivo central da existência da empresa, ou seja, a determinação de “quem a empresa atende”. Corresponde a um horizonte dentro do qual a empresa atua ou poderá atuar. Portanto, a missão representa a razão de ser da empresa. Salienta-se que essa missão não está diretamente correlacionada com o estatuto social da empresa, e é, na realidade, muito mais ampla, envolvendo, inclusive, expectativas. (OLIVEIRA, 2007, p.50) Andrade e Amboni (2010), conceituam a missão como “é entendida como o compromisso das pessoas na busca da perpetuação do negócio, através do desenvolvimento em longo prazo.” “Missão significa uma incumbência que se recebe ou uma obrigação a fazer. A missão representa a razão da existência de uma organização. Significa a finalidade ou o motivo pelo qual a organização foi criada e para o que ela deve servir.” (CHIAVENATO, 2014, p.56) Reforçando o conceito de missão, Chiavenato (2014) salienta que para definir a missão, deve-se atender a três perguntas: Quem são? O que fazem? Por que fazem o que fazem? Geralmente, o foco da missão é a demanda que se tem fora (sociedade, cliente/consumidor) da organização. Toda empresa define sua própria missão, devendo ser de fácil entendimento e conhecida por todos (tantos os funcionários quantos os clientes consumidores.) 1.3.2 Visão Chiavenato (2014), menciona que a visão é como os gestores da empresa observam seu comportamento e imagem hoje e futuramente, no espaço e no tempo. Toda instituição precisa ter uma imagem satisfatória de si, de como ela pretende se relacionar com seu eventual clientes/consumidores. No geral, a visão está mais voltada para o que a empresa é do que como ela é, e seguindo este pensamento, partes das instituições utilizam a visão como o ponto de partida para o que elas querem ser em determinado período de tempo e também identificam qual o melhor caminho para percorrer até chegar lá. A falta da visão, prejudica uma organização, pois seus membros não são orientados corretamente do que deve ser feito, principalmente quando se tem um ambiente altamente competitivo. O ideal é sempre ter uma orientação eficiente de como agir, pois a visão só é atingida quando todos trabalham em equipe, se esforçando para atingir o seu propósito. Seguindo este pensamento, Andion e Fava (2002, p. 35), revelam que “a visão é mais consistente quando a organização consegue incorporá-la em seus diferentes níveis, fazendo com que estes, de forma sinérgica, busquem alcançá- la no longo prazo”. Visão é considerada como os limites que os principais responsáveis pela empresa conseguem enxergar dentro de um período de tempo mais longo e uma abordagem mais ampla. Representa o que a empresa quer ser em um futuro próximo ou distante. Algumas vezes, a visão pode configurar-se em uma situação irrealista quanto aos destinos da empresa. Entretanto, essa situação não é preocupante, pois ocorrerá, posteriormente, uma análise interativa da empresa diante das oportunidades e ameaças ambientais. (OLIVEIRA, 2007, p.43) 1.3.3 Valores Segundo Chiavenato (2014), o valor está voltado para o que uma organização acredita sobre o que é importante e que tenha relevância para ela, priorizando valores como “o cliente está sempre correto” ou “as pessoas são o ativo mais importante”, que é os que conduzem para entender o comportamento das pessoas. O autor também reforça que “a cultura organizacional é importante na definição dos valores que orientam a organização e seus membros.” Valores representam o conjunto dos princípios, crenças e questões éticas fundamentais de um a empresa, bem como fornecem sustentação a todas as suas principais decisões. Portanto, a adequada identificação, debate e disseminação dos valores de uma empresa tem elevada influência na qualidade do desenvolvimento e operacionalização do planejamento estratégico. (OLIVEIRA, 2007, p.43) 2 Matriz Swot Obra de Kenneth Andrews em Havard, o conceito de SWOT, forças (Strengths), fraquezas (Weaknesses), oportunidades (Opportunities), ameaças (Threats), traduzindo FOFA, em ordem distinta porém com o mesmo significado se popularizou. A matriz contempla a conexão entre o ambiente interno e externo das organizações. Nas condições externas ressalta as oportunidades a fim de melhorar sua performance e ameaças, a serem evitada, que posam a atingir. Quanto as condições internas, detalha as forças referentes suas aptidões, já nas fraquezas ressaltam os déficits da organização. (TAVARES, 2010) Segundo Martins (2006), a análise SWOT é a prática mais utilizada entre as empresas que pensam em marketing e estratégia, a produção desta análise é árdua, pois olha-se todos os aspectos da instituição tanto internos como externos, ainda assim a constante prática e realização traz ao profissional um olhar mais acertado dos negócios, visto que, atualmente, os horizontes das empresas estão em constante mudança. Essa é uma das ferramentas com maior empregabilidade na gestão estratégica competitiva. A função da Matriz SWOT, é mensurar os pontos fracos e fortes, as oportunidades e ameaças da organização e cruzar essas informações com intuito de corrigir e/ou melhorar os aspectos da empresa. As quatro zonas servem como parâmetros da situação da organização como um todo, afirmam Chiavenato e Sapiro (2003). A Matriz Swot é utilizada para realizar uma análise do ambiente externo e interno das organizações, servindo para planejamentos estratégicos e para gerenciamento. A ferramenta SWOT visa averiguar e situar a situação estratégica da empresa no ambiente em que opera (MCCREADIE, 2008). Figura 2-Matriz SWOT Fonte: Adaptado CHIAVENATO e SAPIRO (2003) 3 Ambiente Interno Referenciando ao ambiente interno, Kotler (2000) afirma: “uma coisa é perceber oportunidades atraentes e outra é ter competência para ser bem sucedido nessas oportunidades. Cada negócio precisa avaliar periodicamente suas forças e fraquezas internas.” Os critérios que são analisados no ambiente interno são: propaganda, liderança e imagem de mercado,recursos financeiros, o condicionamento da empresa para que impossibilite a entrada de novos concorrentes, vantagens de custo, tecnologia, a inovação dos produtos e a competência/qualidade dos mesmos. (CHIAVENATO E SAPIRO, 2003). No ambiente interno surgem as forças e fraquezas. As fraquezas podem conduzir a empresa a um desempenho fraco. Escassez de recursos tecnológicos, inadequada política de incentivo, mecanismos para produções antiquadas, entre outras causas, comprometem o desempenho da empresa. As forças correspondem aos recursos, posições no mercado, habilidades, patentes, capital humano, além de outras aptidões distintas. (TAVARES,2010). 3.1 Forças “Ponto forte é a diferenciação conseguida pela empresa variável controlável que lhe proporciona uma vantagem operacional no ambiente empresarial (onde estão os assuntos não controláveis pela empresa).’’ (OLIVEIRA, 2007, p.37) Castro (2005) diz que as forças podem ser administradas para buscar as oportunidades e também neutralizar as ameaças. As forças são pontos mais favoráveis da empresa quando se olha seus produtos, unidades de negócios ou serviços, são fatores totalmente controláveis pela própria organização e de alta relevância para o planejamento estratégico. (MARTINS, 2007) 3.1.1 Fraquezas Castro (2005) afirma que os pontos fracos que debilitam a empresa, podem virar peça de ações estratégicas a fim de fortalecer a mesma e reverter a situação. Para Tavares (2010) “As fraquezas podem levar a empresa a um fraco desempenho. Métodos de produção obsoletos, carência de recursos tecnológicos, política de incentivo inadequada, entre outros fatores, podem comprometer o desempenho da empresa” As fraquezas são os pontos mais negativos da empresa em relação aos seus produtos, unidade de negócios ou serviços, são fatores totalmente controláveis pela empresa porém mal administrados, é de alta relevância para o planejamento estratégico. (MARTINS, 2007) 3.2 Ambiente Externo Kotler (2000) em análise ao ambiente externo diz: “uma unidade de negócios tem que monitorar importantes forças macroambientais (oportunidade): econômico-demográficas, tecnológicas, político-legais e socioculturais.” E sobre os agentes microambientais, Kotler (2000) diz: “microambientais (ameaças): clientes, concorrentes, distribuidores, fornecedores; que afetam sua capacidade de obter lucro.” Chiavenato e Sapiro (2003) afirmam que para ao analisar o ambiente externo, tem que levar em consideração o surgimento de novos mercados, a mudança de hábitos do consumidor, produtos substitutos e também a entrada de novos concorrentes. Para Castro (2005) a análise ambiental externa é feita a partir do reconhecimento dos sistemas ou grupos que influem a empresa direta ou indiretamente, ou as que são influenciadas pela mesma. Nessa ocasião os eventos e mudanças futuras são analisados, a fim de buscar as oportunidades e ameaças à empresa. 3.2.1 Ameaças Martins (2007) nos relata que as ameaças são os aspectos mais prejudiciais do serviço/produto da empresa em relação ao mercado de onde está ou será inserido. São elementos que não são controlados pela empresa e são de extrema relevância para o planejamento estratégico. “Ameaça é a força ambiental incontrolável pela em presa, que cria obstáculo a sua ação estratégica, mas que poderá ou não ser evitada, desde que conhecida em tempo hábil.” (OLIVEIRA, 2007, p.38) 3.2.2 Oportunidades Segundo Martins (2007), as oportunidades são os pontos mais positivos do serviço/produto da empresa em relação ao mercado de onde está ou será inserido. São elementos que não são controlados pela empresa e são de extrema relevância para o planejamento estratégico. Rezende (2008) afirma que as oportunidades para a empresa são os fatores externos e não controlados pela mesma e que podem gerar uma situação favorável desde que há condições ou interesse em utilizá-la. As oportunidades estão diretamente ligadas ao lucro da empresa, pois ampliam sua receita. Elas refletem como chances que uma organização tem para satisfazer seus clientes, compensando as necessidades que não foram satisfeitas pelo mercado analisando assim, as possibilidades de sucesso no novo negócio. (MARTINS, 2006) 4 Estudo de Caso: Metalúrgica INOX PARAÍSO. A empresa Metalúrgica INOX PARAÍSO, foi fundada no ano de 1995 por Francelino Teixeira em São João do Paraíso, 3° distrito de Cambuci-situado no Estado do Rio de Janeiro. Inicialmente chamada de “Oficina Metalúrgica Inox Paraíso”, pois era originada de uma família de tradição em ferraria, fabricava peças feitas de ferro para cavalos de serviços em sítios e fazendas da região. No ano de 1998, Francelino Teixeira, o então proprietário, transfere a oficina para o município de Itaperuna, no interior do Estado do RJ, em busca de um mercado consumidor maior. A princípio a empresa se localizou ao lado de sua própria residência para otimizar custos. Nessa época, já devidamente registrada e com o nome atual, a empresa começa a produzir freios e bridões para cavalos. Em 2005, a empresa ganha uma nova localização, passando para um lugar próprio onde se encontra até então. Francelino relata que foi uma grande conquista a aquisição desse novo espaço, pois a partir daí suas vendas cresceram e sua empresa passou a ser mais conhecida na região. A empresa é do tipo familiar e registrada como microempresa, com tradição de quase 20 anos no mercado. Atualmente, a empresa emprega cinco trabalhadores assalariados e registrados, com seus dois filhos que o ajudam na confecção das peças e administração da empresa. Na área de e-comerce, seus produtos são comercializados pelo site e telefone. Seus clientes são de todo o Brasil e suas vendas são destinadas a revendedores atacadistas. 5 Resultados Para a elaboração do estudo de caso, foi realizada uma pesquisa de campo na empresa objeto do estudo, a Inox Paraiso. Junto a esta pesquisa, procedeu-se uma entrevista junto ao proprietário para entender como funciona os processos internos da empresa, tais como as questões referentes a produção, entrega, preço, fornecedores, colaboradores, administração e visão de mercado. De posse dessas informações e munido de todo material pesquisado, foi desenvolvido a ferramenta denominada Matriz SWOT desta empresa para auxiliar na implementação do planejamento estratégico da mesma. Análise SWOT aplicada a empresa Inox Paraíso Ambiente interno Ambiente externo Forças Qualidade nos produtos; Treinamento dos colaboradores; Satisfação dos clientes; Reconhecimento da marca; Localização; Fornecedores confiáveis; Inovação em produtos; Colaboradores alinhados. Oportunidades Expansão geográfica; Mercado com grande potencial de parcerias; Lançamentos de produtos; Eventos na área; Mercado Online; Concorrentes diretos e indiretos. Fraquezas Ausência de gestão eficiente; Entrega precária; Atrasos na produção; Equipamentos obsoletos; Falta de controle das vendas; e das compras de matérias-primas; Descontrole dos custos; Sucessão indefinida; Ausência de sistemas de Informação. Ameaças Alta da moeda estrangeira; Sazonalidade das vendas; Concorrência nordestina; Mudanças Econômicas e Políticas; Mercado online. 6 Plano de ação A partir da Matriz SWOT, foram destacadas algums mudanças a serem realizadas na organização, tais como: 6.1 Oportunidades A empresa deve se estruturar a fim de buscar expandir geograficamente o raio de suas vendas, atrair compradores ainda não conhecidos, pois, por ser um mercado com grande potencial para parcerias, há sempre compradores em demanda. Devido ao fato do surgimento de novas ideias em produtos, recomenda-se que a empresa participe mais ativamente das feiras do setor, para se inteirar de novidades tecnológicas, pois a partirdestes encontros, terá mais acesso ao seu público e consequêntemente, mais oportunidades de apresentar seus produtos, aumentando então, sua área competitiva. 6.2 Ameaças Atentar-se às condições econômicas em relação ao câmbio, para comprar o material na hora certa a fim de adquirir com melhor preçoe sem que haja falta de matéria-prima . Referindo-se a sazonalidade das vendas, uma vez identificada, aconselha-se uma ação de venda no mês de baixa e uma campanha de preços mais atrativos nessa parte do ano, para que esta queda não seja sentida de forma tão brusca. Para ser mais atrativo que seus concorrentes nordestinos, o qual possuem preços mais baixos, embora a qualidade seja inferior, é indicado cotar suas matérias primas com mais de um fornecedor, e também atender a todos os gostos e bolsos, a fim de ter produtos com preços competitivos e produtos com a qualidade de sua marca. 6.3 Fraquezas Dentre as necessidades de melhoria da empresa, destacamos o quesito entrega, a qual deve ser meticulosamente acertada, para isso, a melhoria nos atrasos da fase de produção seria peça para essa mudança. Realizar uma linha de produção clara e eficiente pois influencia diretamente na satisfação do cliente. Quanto aos equipamentos antigos, é aconselhável a troca, porém tendo em vista a economia atual e da situação da empresa, recomendamos que momentaneamente, melhorando os outros aspectos de linha de produção e organização de compra, minimizaria os impactos que a falta de tecnologia atual tem feito para empresa. Para que isso ocorra, deve ser feito uma cotação prévia da necessidade mínima de materiais e a quantidade mínima de cada uma, para que o estoque não seja zerado e somente depois solicitar o material. Quanto a organização logística, indica-se que a empresa conte com um sistema, mesmo que padrão, para organizar as vendas e custos, pois um controle mais efetivo destes temas, darão mais estabilidade financeira e clareza para tomadas de decisões. Quanto a parte de sucessão da empresa, aconselha-se ao proprietário que comece a pensar no assunto, pois como sucessores, existem dois filhos e ambos necessitam ser preparados para esta transição, mesmo que não aconteça momentaneamente. 6.4 Forças Destacamos os seus pontos fortes pois quando reconhecidos, não “retrocedem”. Dentre estes quesitos estão a altíssima qualidade dos produtos e a inovação dos mesmos, pois a empresa faz peças personalizadas e é o maior diferencial entre a concorrência, gerando a satisfação dos clientes e o reconhecimento da marca. Ambas forças carregam a imagem da empresa frente ao mercado. Os treinamentos dos colaboradores são bem realizados, gerando assim a padronização dos produtos, menos desperdício e alinhamento entre os setores, este ponto favorece a organização e reflete diretamente na lucratividade, pois profissionais bem treinados são mais eficientes. Por fim, destaca-se a localização da empresa que fica situada em um local de fácil acesso para a distribuição e o recebimento de mercadorias, segundo o proprietário. 6.5 Visão Ser referência no mercado de aço inox em nosso campo de atuação, priorizando a qualidade de nossos produtos, serviços e o relacionamento com nossos clientes. 6.6 Missão A Inox Paraíso tem por missão, produzir e comercializar produtos destinados a equinos e mulinos que atendam as necessidades dos clientes e sem prejudicar os animais. Priorizando a responsabilidade ambiental e social, atendendo as necessidades do mercado com inovação e melhorias. 6.7 Valores Ética e transparência; responsabilidade sócio-ambiental; profissionalismo e segurança; satisfação e sucesso dos clientes CONSIDERAÇÕES FINAIS De acordo com que menciona Chiavenato (2000) “...que as empresas não atuam sem saber onde querem e podem chegar, tudo é pensado, organizado e planejado…” Uma empresa ganha muitos benefícios ao se organizar com um planejamento, o gestor consegue saber como a empresa está e aonde quer chegar, auxilia os gestores a tomarem uma decisão mais acertada ciente dos riscos que podem ocorrer, gerencia melhor seu quadro de funcionários distribuindo as tarefas de acordo com a melhor forma de produção. No presente estudo, foi realizada uma entrevista para conhecer a história da empresa, analisar e entender como trabalham, com tudo, foi elaborado a matriz SWOT. O objetivo do trabalho foi alcançado, vez que, foram identificados os pontos fortes, fracos, ameaças e oportunidades da organização objeto de estudo e elaborado a MISSÃO, VISÃO E VALORES da mesma. No ambiente externo existem muitos pontos fortes, isso ajuda a ter um envolvimento bom com seus clientes, mas estes pontos precisam ser potencializados para que o tenham um retorno maior das suas vendas. Também existem grandes oportunidades que não devem ser esquecidas, devem utilizá-las da melhor forma para que elas possam se tornar grandes pontos fortes. Na área interna, as fraquezas necessitam de grande atenção, são pequenos pontos que se não forem trabalhados, podem fazer com que suas vendas caiam, produtos percam qualidade e o lucro consequentemente seja menor. Não existe uma quantidade grande de ameaças, mas foram identificadas algumas questões que necessitam um pouco de cuidado. É importante que saibam como driblar a concorrência para sair na frente com as vendas e saber equilibrar seus gastos nas épocas que vendem menos. Referências: ANDION, Maria Carolina, FAVA, Rubens, Gestão empresarial / Fae School. Curitiba: Associação Franciscana de Ensino Bom Jesus, 2002. ANDRADE, R. O. B. de; AMBONI, N. Estratégias de gestão: processos e funções do administrador. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. CASTRO, A. M. G. et al. Metodologia de planejamento estratégico das unidades do MCT. Brasília, DF: Ministério da Ciência e Tecnologia, Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, 2005. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: O novo papel dos recursos humanos nas organizações. 4ª ed. 2014-Barueri, São Paulo. CHIAVENTO, Idalberto. Introdução à Teoria da Administração. 6ª ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000. CHIAVENATO, Idalberto; SAPIRO, Arão. Planejamento Estratégico: fundamentos e aplicações. 1. ed. 13° tiragem. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. 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