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FMU FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS TERMOTERAPIA SÃO PAULO 2021 FMU FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS AMANDA RODRIGUES BENTO DANTAS RA: 1861932 CAROLINA SANTOS CORREA RA: 1861397 LUZINEIDE CIRILO DOS SANTOS RA: 1859224 NAYARA SILVA SANTOS RA: 1865948 Trabalho apresentado a disciplina de Fisioterapia da FMU Faculdades Metropolitanas Unidas, como exigência parcial para composição da média do semestre. Orientador: Prof. Msc. Fábio Novelli SÃO PAULO 2021 3 INTRODUÇÃO A Termoterapia é uma modalidade terapêutica que utiliza a mudança de temperatura dos tecidos do corpo como forma de tratamento de doenças ou traumas. É dividida em dois tipos: a crioterapia e a terapia com calor que pode ser superficial ou profunda. Na crioterapia podem ser utilizados cobertores de água fria circulante, bolsas de gelo reutilizáveis, cubos de gelo envolvidos em toalhas, imersão fria (em recipientes com água e gelo), compressas frias, duchas ou sprays de vapor frio, banhos de contraste (alterna entre frio e calor), imersão dos membros em recipientes contendo água e gelo, bandagens de gel, botas comerciais para crioterapia, massagem usando gelo e recursos de turbilhonamento. O calor superficial pode ser aplicado através de compressas ou bolsas quentes, água morna e cobertores ou colchões aquecidos. O calor profundo vem sendo utilizado através da aplicação do ultrassom terapêutico. Alguns cuidados devem ser tomados para não haver dano aos pacientes como a temperatura adequada dos equipamentos e o tempo de utilização necessário de contato destes ao corpo do animal. Ainda não há um padrão de frequência para a realização das técnicas. A Termoterapia e Crioterapia são técnicas muito utilizadas na Medicina Veterinária Equina para recuperação de animais atletas, antes e após os exercícios, as quais auxiliam na prevenção e recuperação de lesões musculoesqueléticas provenientes da rotina de campeonatos e treinos intensos. 4 TERMOTERAPIA A termoterapia é uma modalidade terapêutica que utiliza a mudança de temperatura dos tecidos corpóreos como forma de tratamento de doenças ou traumas auxiliando numa recuperação mais rápida do paciente. É dividida em dois tipos: a crioterapia (que utiliza o frio) e a terapia de calor (ou hipertermoterapia) que pode ser superficial ou profunda. Na crioterapia podem ser utilizados cobertores de água fria circulante, bolsas de gelo reutilizáveis, cubos de gelo envolvidos em toalhas, imersão fria (em recipientes com água e gelo), compressas frias, duchas ou sprays de vapor frio, banhos de contraste (alterna entre frio e calor), imersão dos membros em recipientes contendo água e gelo, bandagens de gel, botas comerciais para crioterapia, massagem usando gelo e recursos de turbilhonamento. O calor superficial pode ser aplicado através de compressas ou bolsas quentes, imersão em água morna e cobertores ou colchões aquecidos. O calor profundo vem sendo utilizado através da aplicação do ultrassom terapêutico. A aplicação de técnicas que utilizam de mudanças de temperatura é um dos poucos procedimentos terapêuticos que têm sido utilizados historicamente como uma ferramenta adjuvante no alívio da dor, útil no tratamento das desordens musculoesqueléticas dos cães. CRIOTERAPIA A crioterapia é indicada principalmente para edema, traumatismo, inflamações, hemorragia, queimaduras de primeiro grau pequenas e superficiais, dor pós-cirúrgica e após exercícios. Utilizada em problemas musculares, tendões, ligamentos e articulações. A aplicação o frio promove respostas celulares, vasculares e do SNS que irão ajudar no alívio da dor, resposta inflamatória e, consequentemente, na recuperação do paciente. Ela provoca a diminuição do metabolismo do tecido lesado e da taxa metabólica celular promovendo uma redução da quantidade de oxigênio necessária 5 para sobrevivência da célula diminuindo o número de células destruídas pela hipóxia causada pela lesão e assim uma quantidade menor de mediadores inflamatórios é liberada na área. Outros efeitos conseguidos pela aplicação do frio são a vasoconstrição que diminui a circulação sanguínea, o edema também reduz hemorragias. Essa técnica também diminui a velocidade de condução nervosa ao reduzir o limiar das terminações nervosas aferentes e a sensibilidade dos fusos musculares (proprioceptores), reduz a excitabilidade dos sensores terminais livres e o metabolismo tecidual aumentando a duração do período refratário, assim, aumentando o limiar da dor e liberando endorfinas, como também, reduzindo os espasmos musculares. E suprime a resposta inflamatória à medida que reduz a liberação de mediadores inflamatórios, a síntese de prostaglandinas e a permeabilidade capilar. As complicações mais frequentes são queimaduras e paralisia nervosa. Deve ser aplicada com cuidado sobre nervos superficiais, feridas abertas, fraturas, áreas onde pode haver danos aos nervos motores ou sensoriais, em pacientes com hipertensão, em áreas com sensibilidade diminuída ou ausente e em pacientes muito jovens ou muito velhos. Nunca deve ser realizada antes de atividade física vigorosa, pois o frio aumenta a rigidez das fibras colágenas, resultando em diminuição da flexibilidade muscular. TERAPIA COM CALOR O calor superficial é indicado principalmente na analgesia elevando o limiar da dor, relaxamento muscular, aumento da amplitude articular e de movimento, na reabilitação de injúrias crônicas, maior mobilidade das estruturas musculoesqueléticas, na cicatrização de feridas crônicas e antes de exercícios físicos. Promove hiperemia e dilatação dos vasos sanguíneos cutâneos, aumento na transferência de metabólitos pelas membranas dos capilares, relaxamento muscular, extensibilidade do tecido conjuntivo. Quando aplicado antes de 6 alongamentos, exercício ou alguma técnica de manipulação, pode haver menor dano tecidual e maior amplitude de movimento Deve-se ter cuidado para não causar queimadura e dor no paciente, sendo assim, é necessário estar sempre acompanhando de perto o paciente e suas reações e comportamento para conseguir intervir retirando ou ajustando a fonte de calor. Podem ser utilizadas toalhas para isolar bolsas térmicas, por exemplo. O tratamento com calor profundo é realizado na medicina veterinária com o uso do ultrassom terapêutico. Ele alcança tecidos mais profundos, aumentando a velocidade de condução do estímulo nervoso e do limiar de dor, promovendo a cicatrização estimulando as células inflamatórias, reduzindo espasmo, contratura muscular e desfazendo aderências, pois aumenta efetivamente a extensibilidade das fibras de colágeno do tecido. As principais indicações do US terapêutico são em tecidos moles encurtados, inflamação subaguda ou crônica, dor e uma restrita amplitude de movimento causada, principalmente, pela imobilização articular ou repouso por períodos prolongados. Devido a vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular, não é recomendada realização da técnica em lesões iniciais. Não usar em fase aguda de processos inflamatórios e pacientes termo e fotossensíveis, situações de sangramento agudo, tromboflebite, febre e presença de inchaço ou edema e com a sensação dérmica comprometida. E ter cuidado em pacientes com a circulação prejudicada, regulação térmica ineficiente e com dor crônica pois podem ter uma alteração na percepção da dor Para pacientes que estão incapacitados de mudar de posição, vocalizar ou demonstrar outros sinais de desconforto e para aqueles com a sensação dérmica comprometida, o aquecimento superficial terapêutico não pode ser seguramente monitorado.7 TÉCNICAS UTILIZADAS Não existe um consenso ou padrão para a realização das técnicas de termoterapia. Alguns estudos indicam a utilização da crioterapia por 15 a 20 minutos a cada 4 a 8 horas e a terapia com calor com variação de 10 a 30 minutos quatro vezes ao dia. A temperatura tecidual na utilização do calor superficial deve ser elevada pelo menos 3 a 4°C acima do normal Na crioterapia a pele deve adquirir uma temperatura em torno de 13,8°C, pois é onde ocorre ideal redução do fluxo sanguíneo local, sendo que o caráter analgésico aparece quando a temperatura está em torno de 14,4°C. Na crioterapia contínua por imersão em água e gelo, o método pode ser feito no intervalo de 24-48 horas sem risco de danos ao paciente. 8 TERMOTERAPIA NA MEDICINA EQUINA Uma grande vantagem da fisioterapia é auxiliar no condicionamento físico e na reabilitação do paciente, antecipar a identificação de lesões teciduais mesmo que o animal não tenha manifestação clínica, possibilitando tratamento e recuperação mais rápidos. A utilização de técnicas empregadas na espécie equina teve início na década de 70 e posteriormente começou a ser realizada em pequenos animais. A Termoterapia e Crioterapia são técnicas muito utilizadas para recuperação de equinos atletas. Devido ao esforço físico exercido nas competições, estes animais são mais predispostos a incidência de lesões musculoesqueléticas, como consequência da rotina de campeonatos e treinos intensos, sendo necessária escolha de uma técnica terapêutica que associe a melhora de seu desempenho à manutenção da saúde animal. A termoterapia promove maior alongamento, sendo realizada nos animais para facilitar a prática dos exercícios físicos, com propósito de promover menor dano tecidual e maior amplitude de movimento, já a crioterapia é realizada no animal após o exercício, com intuito de promover analgesia, como também, redução de espasmos musculares e redução do risco de resposta inflamatória. As técnicas fisioterapêuticas na medicina equina tem tido um grande avanço, pode-se mencionar a importância econômica, visto que, caso este atleta sofra alguma lesão, o prejuízo será maior do que o investimento empregado, promoção e melhora à saúde física, psicológica e o desempenho animal, além de fortalecer o vínculo afetivo entre o cavalo e o homem. 9 CONSIDERAÇÕES FINAIS A termoterapia e crioterapia podem ser boas escolhas por serem de execução delicada, não invasiva e bem tolerada pela maioria dos animais, podendo ser aliada ao tratamento e prevenções de lesões em diversas áreas como ortopédica, cirúrgica ou clínica. É de extrema importância que o Médico Veterinário se atente a monitoração da temperatura ideal para uma boa execução das técnicas e prevenção de queimaduras para não acarretar danos a pele e tratamento do paciente Se faz necessário estudos mais aprofundados para estabelecimento de protocolos padrão desses tratamentos, os quais todos os profissionais sigam a fim de que as falhas sejam reduzidas e ocorra melhor efetividade na terapia. 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALBUQUERQUE S. P.; AGUIAR A.; SILVA O. L; MAGGI L. E; SOUZA F.S.; TERMOTERAPIA EM CÃES - ENCICLOPÉDIA BIOSFERA, Centro Científico Conhecer, GOIÂNIA, v.14 n.26, p. 670-677, 2017 – Disponível em: http://www.conhecer.org.br/enciclop/2017b/agrar/termoterapia.pdf - Acesso em: 05/03/2021. ARAÚJO, LÍVIA MEDALHA; FISIOTERAPIA EQÜINA: TERMOTERAPIA, MODALIDADES DE FRIO E DE CALOR UTILIZADAS NO TRATAMENTO E NA REABILITAÇÃO DE EQÜINOS, Rev. Acad., Curitiba, v.4, n.4, p. 57-64, out./dez. 2006. - Disponível em: https://periodicos.pucpr.br/index.php/cienciaanimal/article/view/9528 - Acesso em: 05/03/2021 FARINELLI, FABÍOLA. Recursos fisioterapêuticos em medicina equina. (Revisão de Literatura). Repositório UFMG- Disponível em: https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/SMOC-9JXGHP- Acesso em: 10/03/2021.
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