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1 UNIJUÍ– Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul DACEC – Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação Curso de Administração MAURO A. LUDWIG Professor Orientador Cleber Cervi PLANO DE MARKETING NA EMPRESA PEÇAS SÃO JOSÉ Trabalho de Conclusão de Curso Três Passos, RS, 2º Semestre de 2015 2 Mauro A. Ludwig Professor Orientador Cleber Cervi PLANO DE MARKETING NA EMPRESA PEÇAS SÃO JOSÉ Trabalho de Conclusão de Curso Trabalho de Conclusão de Curso em Administração da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), como requisito à obtenção do Grau de Bacharelado em Administração. Três Passos, RS, 2º Semestre de 2015 3 AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar a Deus, por sempre estar ao meu lado, me conduzindo pelo melhor caminho. Aos meus pais que são a minha inspiração para persistir na realização de meus sonhos, minha âncora nos momentos de apreensão e stress causados pela correria do dia-a-dia. Ao meu irmão por suas preciosas contribuições e pelo apoio recebido, por mais que as vezes possa pensar que foi de maneira despercebida, mas colaborou muito. A todos os professores que transmitiram seus conhecimentos com tanta sabedoria, mas em especial ao meu orientador Cleber Cervi, pela sua dedicação a este trabalho, entendendo pacientemente minhas dificuldades e ideias. A todos os amigos, colegas e parentes que de alguma maneira ou outra contribuíram para esta conquista. Muito Obrigado! 4 DEDICATÓRIA “O entusiasmo é, inclusive, mais importante que os conhecimentos profissionais”. Sir Edward Victor Appleton 5 PLANO DE MARKETING NA EMPRESA PEÇAS SÃO JOSɹ 1Trabalho resultante do Trabalho de conclusão do Curso de Administração da UNIJUÍ Mauro A. Ludwig², Cleber Cervi³ 2Graduando em Administração pela UNIJUÍ, 3Professor/orientador do trabalho Introdução O mercado consumidor vem se atualizando constantemente, onde os avanços tecnológicos têm sido fundamentais para o desenvolvimento das empresas e da sociedade. Perante o cenário atual as organizações estão em constante procura pelo sucesso, o qual depende de um bom trabalho do marketing, na busca pelo crescimento com menor custo e maior valor agregado, o marketing surge como peça principal, devido à grande concorrência despojada no mercado onde a Peças São José atua. Kotler (2000) descreve o marketing como sendo o processo de planejar e executar a concepção, a determinação de preço, a promoção e a distribuição de ideias, bens e serviços proporcionando o cumprimento das metas individuais e organizacionais. Para Cobra (1992), o principal papel do marketing é identificar as necessidades não satisfeitas pelos consumidores e disponibilizar ao mercado produtos que, além de satisfazer essas necessidades, tragam retorno as organizações. Diante disso, a organização Peças São José primando por competitividade e maior lucratividade, tem procurado a diferenciação no mercado. Para tanto, este estudo teve como objetivo principal, a elaboração de um plano de marketing para a empresa Peças São José, com o propósito de alavancar as vendas. Metodologia Para o desenvolvimento da metodologia, foram adotados os autores Teixeira et. al (2009), Zamberlan et. al. (2014), Mattar (2002), Vergara (2007). A pesquisa foi classificada quanto à natureza como uma Pesquisa Aplicada, quanto à abordagem como qualitativa, quanto aos objetivos, como exploratória e descritiva e quanto aos procedimentos técnicos como bibliográfica, documental, de campo, participante e estudo de caso. A pesquisa é caracterizada como exploratória principalmente pelo fato de a empresa em questão não possuir um plano de marketing formalizado. Considera-se um estudo de caso, pois se buscou avaliar as práticas de marketing, mesmo que informais, utilizadas pela empresa Peças São José. A realização da pesquisa se deu na organização Peças São José, com dois colaboradores em seu quadro funcional e um proprietário. A coleta de dados foi através de um questionário aplicado ao gestor 6 da organização e observações realizadas in loco pelo pesquisador. O questionário foi respondido no mês de agosto. O passo seguinte da pesquisa foi a realização da análise dos dados que se deu de forma qualitativa por meio das respostas fornecidas pelo gestor e com base no referencial teórico construído. Resultados A Peças São José está localizada na Rua Tupinambás, sob o Nº 865, no município de Tenente Portela/RS, tem como seu principal negócio a distribuição de peças para caminhões, trabalha com toda a linha de suspensão de veículos pesados, molas, suporte de molas, lonas de freio, entre outras peças. Com o propósito de atingir o objetivo principal deste trabalho que, é elaborar um plano de marketing para a empresa em estudo, se fez um acompanhamento minucioso das estratégias utilizadas atualmente pela organização. Ao mesmo tempo foi realizada uma busca em livros, sites e demais bibliografias para se habilitar em uma análise no que tange o cruzamento de dados, ou seja, após a coleta de dados, ter uma base conceitual para entender o caso é fundamental para se conseguir analisar e propor ações de melhoria. Neste sentido, Ackoff (1974) diz que o planejamento é a fixação de um futuro desejado pela empresa e a definição de meios eficazes para alcança-lo. Para desenvolver as principais ações que definirão o plano estratégico de marketing da empresa, foi realizado um questionário com o proprietário, buscando saber a situação atual da mesma. No decorrer do estudo pôde-se perceber alguns gargalos ou pontos fracos, para os quais foram propostas algumas ações, que auxiliará na tomada de decisões. Diante disso, o resultado deste trabalho é criar ações para atingir o objetivo principal, que é desenvolver um plano estratégico de marketing para a Peças São José. Para alcançar esse objetivo, foi elaborado o plano de ação, que visa alavancar as vendas da empresa abrangendo diversas áreas, como 4P’s, análise do mercado, segmentação e posicionamento. Desta forma, se utilizou uma ferramenta muito conhecida no processo de planejamento, o 5W2H, que define o que deve ser feito, vai determinar o tempo para a execução, quem fará, onde, quanto custará e como as ações definidas serão realizadas. O planejamento pode ser definido como uma das atividades mais importantes de uma empresa, por isso ao desenvolver um planejamento é preciso ter conhecimento da causa, saber agir estrategicamente, assim, definindo as melhores ações a serem tomadas pela empresa para se obter o sucesso desejado. 7 Conclusões Analisando os resultados deste estudo chegou-se à conclusão de que houve mais pontos positivos do que negativos referentes as atividades realizadas pela empresa. É claro, que muitas coisas ainda precisam ser incorporadas visando a uma maior competitividade para com a proposta da organização. Na concepção do autor, para proporcionar o crescimento organizacional num todo, desde o aumento nas vendas até mesmo na expansão do negócio, todos os envolvidos precisam entender a proposição da excelência na prestação dos serviços. Nesta ideia, acredita-se que o proprietário e colaboradores devem estar alinhados de quais os procedimentos devem tomar para que as ações propostas neste plano sejam realizadas plenamente. Com a conclusão deste trabalho, o acadêmico acredita ter um parecer claro da situação da Peças São José e especificamente na área do marketing e após a realização das ações que constam no plano de ação, vislumbrará a alavancagem das vendas, o que com certeza é o maiordesejo da organização. Palavras chave: Autopeças; Plano Estratégico de Marketing; Peças São José, Plano de Ação. Referências Bibliográficas ACKOFF, R. Planejamento Empresarial. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1974. COBRA, M. Administração de marketing. 2. ed. São Paulo: Atlas, 1992. KOTLER, P. Administração de marketing: a edição do novo milênio. 10 ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000. MATTAR NETO, João A. Metodologia Científica na Era da Informática. São Paulo: Ed. Saraiva, 2002. TEIXEIRA, Enise B; ZAMBERLAN, Luciano; Rasia, Pedro C. Pesquisa em Administração. – Ijuí: Ed. Unijuí, 2009 (Coleção Educacional a Distância. Série Livro-Texto). VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 9ª Ed. São Paulo: Editora Atlas S.A., 2007. ZAMBERLAN, Luciano. Pesquisa em Ciências Sociais Aplicadas. UNIJUÍ: Editora UNIJUÍ, 2014. 8 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1: Conteúdo de um Plano de Marketing ........................................................................ 20 Figura 2: Matriz SWOT ............................................................................................................ 28 Figura 3: Matriz BCG ............................................................................................................... 29 Figura 4: Mix de Marketing ..................................................................................................... 32 Figura 5: Níveis de produto ...................................................................................................... 34 Figura 6: 5W2H ........................................................................................................................ 39 Figura 7: Fachada da Peças São José ....................................................................................... 46 Quadro 1: Matriz SWOT Peças São José ................................................................................. 55 Quadro 2: Matriz BCG ............................................................................................................. 62 Quadro 3: Plano de Ação 5W2H .............................................................................................. 63 9 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 11 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO .......................................................................... 12 1.1 Apresentação do Tema ..................................................................................................... 12 1.2 Questão de Estudo ............................................................................................................ 13 1.3 Objetivos ............................................................................................................................ 13 1.3.1 Objetivo geral .............................................................................................................. 13 1.3.2 Objetivos específicos ................................................................................................... 14 1.4 Justificativa ....................................................................................................................... 14 2 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................................. 16 2.1 Conceitos de Marketing ................................................................................................... 16 2.2 Plano de Marketing .......................................................................................................... 17 2.2.1 Sumário Executivo ....................................................................................................... 20 2.2.2 Análise do ambiente de marketing ............................................................................... 21 2.2.2.1 Macroambiente ...................................................................................................... 22 2.2.2.2 Microambiente ...................................................................................................... 23 2.2.2.3 Análise do Mercado .............................................................................................. 24 2.2.3 Objetivos de Marketing ............................................................................................... 30 2.2.4 Estratégias de Marketing ............................................................................................. 30 2.2.5 Mix de Marketing ........................................................................................................ 32 2.2.5.1 Produto .................................................................................................................. 33 2.2.5.2 Preço ...................................................................................................................... 35 2.2.5.3 Praça ...................................................................................................................... 36 2.2.5.4 Promoção ............................................................................................................... 37 3 METODOLOGIA ................................................................................................................ 40 3.1 Classificação Pesquisa ...................................................................................................... 40 3.1.1 Pesquisa quanto à natureza .......................................................................................... 40 3.1.2 Pesquisa quanto à abordagem ...................................................................................... 41 3.1.3 Pesquisa quanto aos objetivos ...................................................................................... 41 3.1.4 Pesquisa quanto aos procedimentos técnicos ............................................................... 42 3.2 Universo amostral e sujeitos da pesquisa ....................................................................... 43 10 3.3 Coleta de Dados ................................................................................................................ 43 3.4 Análise e interpretação dos dados ................................................................................... 44 4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS .................................................. 45 4.1 Caracterização da Organização ...................................................................................... 45 4.2 Análise do Ambiente de Marketing ................................................................................ 46 4.2.1 Microambiente ............................................................................................................. 46 4.2.2 Macroambiente .......................................................................................................... 49 4.2.3 Segmentação e Posicionamento ................................................................................... 51 4.2.4 Análise do Mercado Alvo ............................................................................................ 52 4.2.5 Análise SWOT ............................................................................................................. 53 4.4 Estratégias de Marketing ................................................................................................. 57 4.5 Mix de Marketing ............................................................................................................. 58 4.5.1 Produto ......................................................................................................................... 58 4.5.2 Preço ............................................................................................................................59 4.5.3 Praça ............................................................................................................................. 60 4.5.4 Promoção ..................................................................................................................... 60 4.7 Plano de Ação 5W2H ........................................................................................................ 62 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 68 APÊNDICE ............................................................................................................................. 72 11 INTRODUÇÃO A presente pesquisa é resultado do estudo realizado durante o Trabalho de Conclusão de Curso em Administração da Unijuí. Estudo que proporcionou ao acadêmico uma aproximação com o que é um plano estratégico de marketing O estudo realizado tem o objetivo de relacionar teoria com a prática, e possibilitar ao acadêmico expandir os seus conhecimentos, pois o marketing vem ganhando cada vez mais espaço dentro das empresas. As organizações começaram a perceber que precisam de um diferencial para conseguir se manter num mercado tão competitivo. O marketing muitas vezes possui entendimentos diversos, as atividades começam com conceitos variáveis, servindo interesses dos consumidores, nesse sentido, Boone e Kurtz (2009, p. 8) contextualizam o marketing como sendo “o processo de planejar e executar a concepção, a fixação de preço, a promoção, e a distribuição de ideias, produtos, serviços, organizações e eventos para criar e manter relacionamentos”. De acordo com Kotler (1998), um plano de marketing é uma ferramenta pela qual indivíduos e grupos obtêm aquilo que desejam através da criação e troca de produtos e valores, por meio das quais diversas variáveis são analisadas, alternativas são avaliadas e decisões são tomadas. O plano visa diagnosticar a situação atual da Peças São José, através de uma análise que tem por objetivo identificar os pontos fortes e fracos, além das ameaças e oportunidades para após definir um plano estratégico de marketing, por fim, posicionar a Peças São José no mercado competitivo. O presente documento sistematizador está estruturado da seguinte forma: na primeira parte contextualiza-se o estudo, apresentando o tema, a questão de estudo, os objetivos e a justificativa. Na segunda parte apresenta-se o referencial teórico que vem distribuído nos seguintes tópicos: conceitos de marketing, ambiente de marketing, mix de marketing, estratégias de marketing, plano de marketing, análise de mercado. Num terceiro momento o trabalho aborda os procedimentos metodológicos que vem subdividido em quatro tópicos que abordam: a classificação do estudo, os sujeitos da pesquisa, a coleta de dados seguido da análise interpretação destes dados. Por fim, a quarta etapa mostra o diagnóstico e a análise dos resultados, seguidos da conclusão, da bibliografia e do apêndice. 12 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO Nesse capítulo será abordada a contextualização do estudo, sendo que está subdividida em apresentação do tema, caracterização da organização, questão do estudo, objetivos e justificativa. 1.1 Apresentação do Tema Na visão de Bassi (2000), uma correta avaliação da natureza das necessidades dos consumidores entre homogêneas ou diferenciadas é o aspecto inicial para avaliar o potencial de sobrevivência das empresas. Segundo Kotler (2000), pessoas, grupos e organizações selecionam, compram, usam e descartam artigos, serviços, ideias ou experiências para satisfazer suas necessidades e seus desejos. Pagnoncelli (1993) complementa ainda que a função de uma empresa é satisfazer as necessidades dos clientes em geral, oferecendo uma vasta e ampla variedade de produtos com qualidade e preços acessíveis além de um atendimento otimizado e diferenciado. Quem não satisfizer plenamente as necessidades do cliente estará fadado ao fracasso. Ou seja, o marketing tem grande importância para empresas e para o desenvolvimento do mercado, pois se trata de uma ferramenta para busca da satisfação das necessidades e desejos dos consumidores através da troca. O Marketing hoje começa a ser aceito como algo bem maior que propaganda como alguns ainda acham. Hoje ele é o diferencial para muitas empresas. O marketing em sua visão holística deve ser responsável por fazer uma ligação entre os setores da empresa (Produção, Finanças, Gestão de Pessoas, entre outros) e os clientes, para que as decisões sejam direcionadas a satisfação do consumidor. Uma empresa voltada para o marketing consegue obter vantagem em relação aos seus concorrentes que não possuem orientação para o marketing. Criatividade, fidelização de clientes, conhecimento do mercado e lucratividade são alguns dos elementos extremamente positivos que uma organização adquire tendo o marketing presente em suas ações. Com o rápido avanço tecnológico que estamos vivendo o consumidor consequentemente está se tornando cada vez mais exigente. Ele possui maior acesso sobre o 13 que é tendência em produtos novos, assim como faz comparações de preços, marcas e até mesmo da credibilidade que uma organização possui no mercado. Para ter sucesso é importante que as empresas tenham um ótimo plano marketing, pois permite identificar os pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças, além de dar sugestões para o gestor. Estas informações são de grande utilidade para o administrador, pois terá uma direção certa para elaborar suas estratégias e identificar e corrigir as falhas dos mecanismos de marketing. Desta forma, o tema desta pesquisa será a realização de um plano de marketing para a empresa Peças São José. O plano de marketing permitirá identificar o público-alvo, as fraquezas e fortalezas, oportunidades e ameaças que moldam o ambiente da empresa, adquirindo informações e obtendo conhecimento. Na criação das estratégias o marketing deve ser colocado no centro de qualquer ação da empresa, pois caso ocorra mudança por parte do mercado consequentemente deve-se ocorrer nas estratégias também. 1.2 Questão de Estudo A necessidade que a empresa Peças São José tem para aprimoramento, podendo divulgar melhor sua marca e seus serviços a fim de suprir as necessidades de seus clientes, vendendo produtos de qualidade e prestando serviços diferenciados para os clientes. Sendo assim, após a análise dos pressupostos citados formula-se a presente questão de estudo: quais são as ações que melhor se adequam com a empresa Peças São José para elaborar um planejamento estratégico de marketing? 1.3 Objetivos Os objetivos estão divididos em geral e específicos, conforme citados posteriormente. 1.3.1 Objetivo geral Elaborar um plano estratégico de marketing através de ações adequadas com a empresa Peças São José. 14 1.3.2 Objetivos específicos Identificar os riscos e oportunidades no ambiente onde a empresa está inserida; Identificar os pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças no mix de marketing; Definir as estratégias para a empresa Peças São José; Definir o plano de ação para atingir as metas; 1.4 Justificativa Com o rápido avanço tecnológico que estamos vivendo o consumidor, consequentemente, está se tornando cada vez mais exigente. Ele possui maior acesso sobre o que é tendência em produtos novos, assim como faz comparações de preços, marcas e até mesmo da credibilidade que uma organização possui no mercado. Deste modo as empresas estão percebendo que precisam de um algo a mais para se destacar nesse mercado cada vez mais competitivo e igual. O diferencial que muitas organizações estão encontrando para fixar sua marca na visão dos consumidores é o marketing. O que está faltando é elas compreenderem que o marketingnão é apenas propaganda para vender mais. Muitas organizações compreendem que estão aplicando o marketing e utilizando esta ferramenta de modo adequado, quando na verdade estão fazendo bem ao contrário dos propósitos do marketing. Por exemplo, quando uma empresa está com grandes estoques de um produto que está saindo pouco, até mesmo pela baixa qualidade, faz grandes promoções e campanhas para “empurrar” algo ao consumidor que talvez ele nem necessite, sabemos que isto é um falso marketing, pois, marketing é servir, satisfazer e não enganar, induzir e tirar vantagem dos clientes. Pensando desta maneira, o autor detectou a necessidade de realizar um Plano de Marketing na empresa Peças São José, com o intuito de identificar fragilidades e potencialidades que venham a contribuir para o sucesso da empresa. Sabendo da importância de um Plano Estratégico de Marketing para qualquer organização, que se pretende suprir as dificuldades que o mercado impõe. Possibilitando que a 15 empresa tenha participação no mercado onde está inserida de maneira qualificada, conforme os propósitos de toda e qualquer organização que objetive o sucesso. É importante salientar que o autor do trabalho possa construir uma ampla visão sobre a área estudada, identificando os pontos fortes e fracos e a relação que o marketing tem com as demais áreas, e como as ações proferidas por esse setor influenciam no resultado final da organização como um todo, além de analisar a utilização dos 4P’s e demais ferramentas do marketing. 16 2 REFERENCIAL TEÓRICO O referencial teórico aborda vários conceitos, e a partir disto, forma um quadro teórico que servirá de base e suporte para o estudo, observações e inter-relações que serão realizadas na empresa. De acordo com os estudos de Vergara (2013), o autor do trabalho e o leitor, passam a conhecer os conceitos, passando a dominar mais o assunto, ou seja, conseguindo analisar de melhor forma à investigação. O referencial teórico está estruturado da seguinte maneira: o primeiro assunto abordado refere-se a conceitos de marketing, o segundo à análise do ambiente de marketing, já o terceiro aborda o mix de marketing, seguido do item estratégias de marketing, o quinto assunto é plano de marketing e, por fim, a análise de mercado. 2.1 Conceitos de Marketing Para Kotler (1998), marketing define-se como o processo social e gerencial através de pessoas e grupos que obtêm aquilo que desejam e de que necessitam, criando e trocando produtos e valores uns com os outros. Complementava ainda Kotler (1998) que o conceito de marketing é para atingir as metas organizacionais e preciso determinar as necessidades e desejos dos mercados alvo e proporcionar a satisfação desejada de forma mais eficiente que seus concorrentes. Segundo Dias (2004), o conceito de marketing pode ser entendido como a função empresarial que cria continuamente valor para o cliente e gera vantagem competitiva duradoura para a empresa, por meio da gestão estratégica das variáveis controláveis de marketing: produto, preço, praça, comunicação e distribuição. Marketing é um “sistema total de atividades de negócios que direciona o fluxo de bens e serviços de produtores para os consumidores ou usuários a fim de satisfazê-los e realizar os objetivos da empresa” (SANDHUSEN, 1998). Afirma Kotler (1998), que o conceito do marketing é ajudar as organizações atingir seus objetivos traçados, as empresas privadas o principal objetivo é ter lucros, e as empresas públicas e que não visam lucro é manter sua sobrevivência e atração de recursos suficientes para desempenhar seu trabalho. A ação da concorrência é a competitividade que há no cenário existente, a procura pelo crescimento de espaço e lucratividade faz com que é preciso sempre estar inovando e aperfeiçoado suas áreas, para estar à frente da concorrência. 17 No entendimento de Churchill e Peter (2003), marketing é definido como “processo de planejar e executar a concepção, estabelecimento de preços, promoção e distribuição de ideias, bens e serviços afim de criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais”. Vergara (2013), apresenta o conceito de marketing como uma atividade corporativa criativa que envolve o planejamento e a execução da concepção, determinação de preço, promoção e distribuição de ideias, produtos e serviços em uma troca que não apenas satisfaz as necessidades atuais dos consumidores, mas também antecipa e cria suas necessidades futuras com determinado lucro. Para o autor Kotler (1998) O marketing não é apenas vender, pois começa antes do recebimento do produto. A venda acontece quando o produto é fabricado, já o marketing começa na avaliação de desejo ou necessidade, medindo sua intensidade para verificação da existência de possibilidade de atingir lucros. Desta forma, o marketing é considerado de fundamental importância à gestão administrativa e aos seus processos, na formalização e meios de se alcançar os objetivos empresariais. Pensando nisso, vê-se a necessidade de estudar a maneira de elaborar um plano estratégico de marketing. 2.2 Plano de Marketing Inicialmente aborda-se a nomenclatura planejamento, pois entende-se que é cada vez mais importante definir as estratégias e coloca-las em prática para se municiar perante a constante alteração do mercado e do meio onde a empresa está inserida. Para Ackoff (1974), o planejamento é a fixação de um futuro desejado pela empresa e a definição de meios eficazes para alcançá-lo. O autor destaca que o planejamento pode ser definido como uma das atividades intelectuais mais complexas e difíceis em que uma pessoa pode se envolver. Por isso é preciso ter sabedoria e agir estrategicamente no desenvolvimento de um planejamento. Las Casas (1994, p. 255) define o planejamento como "uma prática que ajuda no direcionamento das atividades da empresa, considerando o ambiente presente e a previsão futura." O planejamento também é uma das principais ferramentas do administrador. Ainda, no entender de Las Casas (1994), é importante uma empresa possuir um planejamento formal, escrito e com um método para utilização, pois assim ele será muito mais eficaz quando comparado ao planejamento informal, que por vezes, não é posto em prática. 18 Segundo Backer (2005), o planejamento estratégico de marketing sugere que a empresa procure conhecer os desafios que irá enfrentar e o efeito que eles irão causar sobre o resultado final. É importante a empresa se concentrar nas necessidades dos clientes e explorar as opções que lhe darão uma vantagem competitiva em relação aos concorrentes. Plano de marketing é uma importante ferramenta de serviço, para dar direção e alicerce para o desenvolvimento da organização. É um dos conceitos mais importantes do processo de marketing, e tem por finalidade mostrar os principais aspectos relacionados ao mercado pretendido pela organização e as estratégias de marketing que tem que ser adotadas no sentido de aperfeiçoar o desenvolvimento organizacional. Segundo Las Casas (2005), o plano de marketing deve trabalhar em sintonia com o plano estratégico geral da empresa estabelecendo objetivo, metas e estratégias. É a formação do plano estratégico através da relação entre os planos táticos e o produto. Na visão de Cobra (1992), o plano de marketing identifica as oportunidades mais promissoras no negócio, mostra como penetrar com sucesso, obter e manter as posições desejadas nos mercados identificados. De acordo com Kotler (2000), um plano de marketing indica o modo para chegar aos objetivos traçados, identificando as oportunidades de mercado, considerando todos os elementos do composto mercadológico em um plano de ação coordenado. O autor ainda complementa que plano de marketing ajuda o administrador a entender todas as ideias, os fatos e as conclusões de uma maneiralógica a fim de poder ser seguida por todos da organização. Já segundo Cobra (1992), um plano de marketing foca as oportunidades que podem gerar bons resultados para a organização, mostrando como executar com sucesso para obter as posições desejadas nos mercados. Na interpretação de Dias (2004), para um plano de marketing alcançar os objetivos determinados, tem que possuir algumas características básicas quanto ao processo de qualidade das informações. Por exemplo, o plano de marketing tem que ser: Bem organizado, realizado de maneira lógica visando facilitar a busca de informações; Claro, de simples compreensão e a medida do possível com diagramas e gráficos facilitando a apresentação de informações; Completo, abrangendo todas as áreas para servir de guia para as ações da empresa; 19 Coerente, de acordo com a realidade da empresa e do mercado; Honesto, contendo informações sérias; Racional, levando a conclusões e recomendações realistas para a empresa; Persuasivo, com argumentos para justificar as ações propostas; Atual, de maneira sistêmica acompanhando as mudanças do setor. Para Cobra (2003), o plano tem que ser estruturado da seguinte maneira: Claro: o plano não pode ser redigido de maneira ambígua, e sim ser dito com clareza o que tem que ser realizado e a maneira mais adequada de proceder; Quantificado: todas as atividades têm que ser orçadas e, se possível, quantificadas para o desempenho ser monitorado apropriadamente; Focado: o foco deve estar bem determinado, ou seja, o que se pretende atingir precisa ser pronunciado de forma objetiva e quantificada; Realista: o plano, para ser exequível precisa ser realista, ou seja, estar de acordo com todos os compromissos traçados; Concordância: todas as pessoas comprometidas com a execução têm que estar devidamente notificadas com o processo. Consistência: entre os recursos disponíveis e os planos, caso não ocorrer, o plano, em parte ou no todo poderá não ser alcançado; Responsabilidade: para cada etapa do planejamento, é preciso definir Responsabilidades específicas para cada área-chave da empresa. Sem indivíduos Responsabilizados o plano poderá não atingir os pressupostos traçados; Comunicação: não basta planejar, é preciso comunicar a todas as áreas da empresa as etapas correspondentes do plano, pois sem estar devidamente informada, o indivíduo na empresa não vai estar comprometida com os resultados; Implantação e acompanhamento: o planejamento precisa ser devidamente implantado e acompanhado. Já anos atrás o mesmo Cobra (1992), falava que modelos de plano de marketing alertam para a impossibilidade de uma única tipologia ser representativa para todas as empresas. Peculiaridades do mercado de atuação e da própria organização têm que ser consideradas na escolha ou construção do exemplo de planejamento de cada empresa. O mais importante é que empresa adote o modelo mais adequado possível e crie a cultura do planejamento. 20 Como descrito por Ambrósio (1999), o Plano de Marketing resume o planejamento estratégico da empresa e se constitui em um processo de intenso raciocínio e coordenação de pessoas, recursos financeiros e materiais, cujo foco central é a total satisfação do consumidor. Kotler e Armstrong (1998), dizem que é necessário um plano de marketing para cada negócio, produto ou marca, pois por melhores que sejam os planos, eles só serão eficazes se forem implementados de forma adequada. Na figura a seguir apresenta-se um modelo de plano de marketing sugerido pelos autores o qual será estudado nas próximas seções. Figura 1: Conteúdo de um Plano de Marketing Sumário Executivo Situação Atual do Marketing Análise das ameaças e oportunidades Definição dos objetivos de Marketing Estratégias de Marketing Mix de Marketing Plano de Ação Fonte: Adaptado de Kotler e Armstrong (1998) 2.2.1 Sumário Executivo O sumário executivo é o resumo do plano de marketing. É preciso ter as principais características da organização, incluindo o momento da empresa e os objetivos e estratégias a alcançar. Segundo Ferrel e Hartline (2005), é uma síntese a respeito do plano de marketing, mas quase igual um resumo, abordando os principais importantes pontos questionados no plano, destacando as metas propostas e apontando a direção estratégica de marketing adotada no projeto. Kotler (1998), explica que o sumário executivo incide em um breve resumo do plano proposto, com as principais metas e recomendações, direcionando à administração da organização com o propósito de uma rápida avaliação, de modo que haja um conhecimento do objetivo prestado, da meta a ser seguida e da maneira mais viável para uma realização serem aceitas. Um ponto importante é que o sumário executivo apesar de ser o primeiro item do plano de marketing é o último a ser elaborado, na posição de Richers (2000). A explicação é óbvia. 21 Por ser um resumo das outras partes do plano, o sumário executivo tem que ser desenvolvido quando terminadas as outras partes. 2.2.2 Análise do ambiente de marketing Para ser implantado um plano de marketing primeiramente deve ser feita uma análise do ambiente, importando os conceitos do Planejamento Estratégico, com objetivo de conhecer o ambiente onde se encontra a organização, identificando as ameaças e oportunidades que podem ser encontradas no mercado e os pontos fortes e fracos da empresa diante das realidades detectadas. Segundo os estudos de Kotler e Armstrong (1998), o ambiente de marketing é um conjunto de forças internas e externas que afetam as organizações, fazendo com que os administradores desenvolvam boas ações de marketing afim de manter bons relacionamentos com seus clientes. O ambiente de marketing é constituído de ameaças e oportunidades, sendo que as empresas bem-sucedidas sabem o quanto é fundamental para o sucesso as observações e avaliações constantes das mudanças do ambiente. No entendimento de Gabriel (2010), as empresas controlam seu ambiente interno, e também podem dominar de certa forma o microambiente de marketing, alterando-os para buscar seus objetivos. Já sobre o macroambiente a empresa não consegue ter controle, pois são acontecimentos incontroláveis. O ambiente de marketing, segundo Kotler (2000), é constituído pelo ambiente interno e o externo, onde são inclusos os participantes imediatos envolvidos na produção, distribuição e promoção da oferta. Sendo eles a empresa, os fornecedores, os distribuidores, os revendedores por fim o público alvo. E no ambiente geral está o ambiente demográfico, econômico, natural ou meio ambiente, tecnológico, político legal e sociocultural. De acordo com Kotler (2000), a empresa que se destaca no mercado tem uma visão adequada do ambiente interno e externo. O profissional de marketing de uma organização é o principal responsável por identificar e fazer as mudanças significativas do ambiente, através do acompanhamento das tendências e sempre buscando as oportunidades. A administração de marketing tem que ser orientada para monitorar o meio ambiente como objetivo de descobrir novas oportunidades, desenvolver vantagens competitivas e sustentar o crescimento. Cobra (1992), explica que o processo de administração de marketing é influenciado por três ambientes: o interno, externo ou operacional e o macroambiente. 22 Quando ocorrer mudanças importantes no macroambiente poderá afetar o mercado para alguns produtos da empresa. O contrário, quando ocorrer alterações tanto no ambiente interno quanto no externo poderá surgir oportunidades para alterações no próprio negócio da organização. 2.2.2.1 Macroambiente Segundo Kotler (2000), o macroambiente consiste em forças demográficas, econômicas, físicas, tecnológicas, político-legais e socioculturais que afetam suas vendas e seus lucros.Uma parte importante da coleta de informações ambientais inclui a avaliação do potencial de mercado e a previsão da demanda futura. Kotler e Armstrong (2003), destacam seis forças principais do macroambiente são forças demográficas, forças econômicas, forças naturais, forças tecnológicas, forças político e forças culturais. a) Ambiente Demográfico: reflete a estrutura etária de todas as pessoas, e suas mudanças na estrutura familiar, alterações populacionais geográficas, e crescente diversidade étnica racial. b) Ambiente Econômico: Um dos grandes problemas a inflação, distribuição de renda e taxas de juros. É preciso se manter constantemente atualizado a respeito destes fatores a fim de tirar o máximo proveito das situações, maximizando as oportunidades e minimizando as ameaças c) Ambiente Natural: Existem quatro tendências do ambiente natural com os quais as empresas devem estar conscientes: escassez de matérias-primas, aumento do custo da energia, aumento da poluição e intervenção governamental na administração dos recursos naturais mostram o risco da falta de certas matérias-primas, o aumento de custos da energia, os crescentes níveis de poluição e a crescente intervenção governamental na administração dos recursos naturais. d) Ambiente Tecnológico: mostra rápidas mudanças tecnológicas, oportunidades ilimitadas de inovação, destacam que é a força mais significativa, e qual está em constante transformação e que as novas tecnologias que surgem são inseridas ao novo mercado. O maior objetivo dos profissionais de marketing deve atentar para quatro tendências da área: rapidez das mudanças tecnológicas; orçamentos elevados para pesquisa e desenvolvimento, concentração em pequenos aprimoramentos e o alto crescimento. 23 e) Ambiente político: mostra uma crescente legislação governamental sobre os negócios e participação dos grupos de interesse público, constituído por leis, agências governamentais e grupos de pressão. f) Ambiente cultural: mostra uma crescente legislação governamental sobre os negócios e participação dos grupos de interesse público, constituído por leis, agências governamentais e grupos de pressão. “As organizações reagem aos acontecimentos do macroambiente e as que reagirem mais rápida e adequadamente normalmente conseguirão vantagem competitiva no mercado. Por isso é necessário analisar cautelosamente o macroambiente e quais das suas forças podem afetar o negócio ou produto da organização, para que se possa potencializar oportunidades ou anular e combater ameaças” (GABRIEL, 2010 p. 34). 2.2.2.2 Microambiente Para Kotler e Armstrong (2003), é através da análise do microambiente que se consegue identificar os pontos fortes e fracos da empresa. O microambiente de marketing é representado pelos fornecedores, intermediários de marketing, clientes, concorrentes e o público. Já Segundo Kotler (1998) a empresa ao fazer planos de marketing, a gestora de marketing leva em consideração outros intermediários da organização, tais como a alta administração, os departamentos de finanças, pesquisa e desenvolvimento, compras, produção e contabilidade. De acordo com Kotler e Armstrong (1998) o microambiente composto pelas forças próximas à empresa que afetam a sua capacidade de servir seus clientes. Empresa, segundo Kotler e Armstrong (1998), é formalizada por grupos inter-relacionados dentro do ambiente interno, fazem parte desta inter-relação, a alta administração o departamento de finanças, compras, produção, contabilidade, pesquisa e desenvolvimento. O primeiro dizia Kotler e Armstrong (1998), a empresa é formada por grupos inter- relacionados dentro do ambiente interno, fazem parte desta inter-relação, a alta administração o departamento de finanças, compras, produção, contabilidade, pesquisa e desenvolvimento. o ambiente interno da empresa, e tem vários departamentos e níveis gerenciais, na medida em que esse ambiente afeta decisões de administração de marketing. O segundo, os escritores Kotler e Armstrong (1998) falam que fornecedores são um elo importante no sistema geral da empresa ao consumidor. Eles enxergam os recursos necessários 24 para a empresa produzir seus bens e serviços, e podem afetar seriamente o marketing, inclui os fornecedores que são responsáveis por prover os recursos necessários para empresa. O terceiro componente, para Kotler e Armstrong (1998), os intermediários do marketing ajudam as organizações a promover, vender e distribuir seus bens aos compradores finais. Incluem revendedores, firmas de distribuição física, agencias de serviços de marketing. Segundo Kotler e Armstrong (1998), os intermediários financeiros são os bancos, financeiras, seguradoras e outros negócios que ajudam nas transações financeiras ou fazem seguros contra riscos ligados à compra e venda de bens. O quarto componente Kotler e Armstrong (1998), é os clientes, que hoje em dia estão muito mudados, são mais difíceis de agradar, são mais inteligentes, exigentes e mais conscientes em relação aos preços, perdoam menos e são abordados por mais concorrentes com ofertas iguais ou melhores. Complementa ainda Kotler e Armstrong (1998) que os clientes potenciais podem ser classificados como quentes mornos e frios. O quinto componente Kotler e Armstrong (1998), afirmam que para ser bem-sucedido a empresa precisa satisfazer as necessidades e os desejos dos consumidores melhor que seus concorrentes. Não há estratégia competitiva de marketing que se adapte a todas as companhias. Cada companhia deve considerar seu próprio tamanho e sua posição na indústria comparados aos seus concorrentes. O sexto componente consiste em todos os públicos que tem interesse real ou potencial ou impacto na habilidade da organização de alcançar seus objetivos: público financeiro, imprensa, governo e órgãos de defesa do consumidor, comunidade local e público interno. Segundo Kotler e Armstrong (1998), a empresa pode preparar planos de marketing para seus públicos principais e também para seus mercados clientes. Por exemplo, quando uma empresa deseja uma resposta especifica de um público particular, como boa vontade e também conseguir comentários favoráveis ou doações e forma de tempo ou dinheiro, deve planejar uma oferta agradável para produzir a resposta desejada do público. 2.2.2.3 Análise do Mercado Para Kotler (1998), o mercado é caracterizado por todos os consumidores potenciais que compartilham de uma necessidade ou desejo específico, dispostos e habilitados para fazer uma troca que satisfaça necessidades ou desejos. O autor descreve que o tamanho do mercado depende da quantidade de pessoas que demonstram interesse e possuem recursos para oferecer em troca da sua satisfação. 25 Segundo Aaker (2001), fazer uma análise do mercado depende do contexto e da dimensão do mercado. Por isso, essa análise deve incluir a avaliação do tamanho, do crescimento, da lucratividade do mercado, sua estrutura de custos, os canais, as tendências e os fatores chaves de sucesso. Portanto, Aaker (2001, p. 32) define os contextos de mercado da seguinte forma: · Tamanho: A principal característica deste mercado deve ser o seu tamanho, assim como analisar o fluxo das vendas e identificar o potencial para vendas adicionais que poderiam ser feitas se novos usuários fossem atraídos. · Perspectiva de crescimento: Deve-se analisar as tendências de crescimento através de dados históricos que irão proporcionar uma perspectiva útil e ajudar a separar a esperança da realidade · Lucratividade do mercado: A lucratividade depende de diversos fatores: o número e o vigor dos concorrentes atuais, a ameaça dos concorrentes, a ameaça de produtos substitutos, o impacto dos fornecedores sobre os lucros e o poder dos compradores para forçar a redução de preços. · Estrutura de custos: Nesse mercado se faz necessário entender quanto o valoragregado representa nos componentes de custo, assim como é importante definir a estratégia da empresa de baixo custo. · Canais de distribuição: É necessário conhecer os canais de distribuição do mercado, pois o acesso a um canal de distribuição eficaz e eficiente é geralmente um fator-chave de sucesso. · Tendências de mercado: As tendências dentro do mercado podem afetar as estratégias da empresa, assim como as estimativas sobre a lucratividade do mercado. Por isso é muito importante conhecer as tendências desse mercado. · Fatores-chave de sucesso: Esse é um fator onde a empresa necessita ter um diferencial competitivo em relação a seus concorrentes e o mercado. Por isso deve-se desenvolver as melhores estratégias que se tornarão fatores-chave de sucesso no futuro. Na seleção do mercado-alvo se deve dar importância à avaliação dos segmentos de mercado, a quantos e quais segmentos atender na avaliação dos segmentos de mercado. No entendimento de Gabriel (2010), o público alvo é o conceito central do marketing, ele é a razão do existir. Esse público-alvo podem ser empresas, clientes, grupos de interesse, fornecedores e os públicos governamentais, financeiros, internos, ligados a mídia, locais e ainda públicos em geral. Na maioria das vezes esses públicos têm objetivos, necessidades e produtos diferentes, o que exige estratégias e planos de marketing diferentes, ou seja, específicos para cada público. 26 Kotler (2000), destaca a importância aos seguintes elementos: atratividade global do segmento e objetivos e recursos da empresa. Com relação ao tamanho e o crescimento do segmento, é importante que a empresa esteja informada sobre os dados que irão lhe permitir conjugar, de melhor forma possível, tamanho e crescimento do segmento. Para algumas empresas, a melhor opção consiste em vender em grandes quantidades, atingir um índice de crescimento elevado e, por consequência, aumentar os lucros também. Mas, essa estratégia nem sempre é a melhor para algumas empresas, uma vez que atingir segmentos maiores implica maiores recursos da empresa. Dessa forma, é imprescindível conciliar o tamanho dos segmentos com a disponibilidade dos recursos. Segundo Cobra (1998), destaca as características que tornam o segmento atrativo, como tamanho, crescimento, aproveitamento, economias de escala e baixo risco. Quanto ao tamanho e o crescimento do segmento, é importante que a empresa esteja informada sobre os dados que irão lhe permitir conjugar, de melhor forma possível, tamanho e crescimento do segmento. Para Kotler (2000), a segmentação de mercado é uma decisão a ser tomada para aumentar a eficácia do marketing na empresa. Consiste na identificação de um grupo que possui as mesmas preferências, poder de compra, localização geográfica, atitudes de compra e hábitos de compra similares. Em outro momento, por mais atrativo que seja um segmento, deverá estar alinhado com os objetivos e recursos da empresa. Caso contrário, a empresa será penalizada ao adotar um segmento contrário às suas reais potencialidades. Necessários ainda para uma gestão estratégica de marketing de sucesso, deve-se considerar mais dois pontos: diferenciação e posicionamento, o que irá determinar o modo como os consumidores enxergarão o produto. Para algumas empresas, a melhor opção consiste em vender em grandes quantidades, atingir um índice de crescimento elevado e, por consequência, aumentar os lucros também. Mas, essa estratégia nem sempre é a melhor para algumas empresas, uma vez que atingir segmentos maiores implica maiores recursos da empresa. Após a definição do segmento de mercado, é necessário definir a forma como a empresa irá se posicionar nesse mercado. Para Kotler (1998), posição é o lugar que o produto vai ocupar na cabeça dos consumidores comparados aos produtos concorrentes, ou seja, é a forma como os consumidores definem os produtos. No entender de Cobra (1992), a empresa busca obter vantagens competitivas nos mercados que definiu atuar. Desta forma, busca o melhor posicionamento no mercado e define quais os atributos ou benefícios de produtos deverão ser enfatizados e quais deverão ser 27 relegados. Para definir o melhor posicionamento é essencial ter definido o composto de marketing. De acordo com Silva et al. (2004), as melhores metodologias utilizadas para análises de mercado são demonstradas por matrizes, pois elas apresentam algumas vantagens como: agilidade no desenvolvimento; ênfase à análise; evitam longas descrições para explicar uma conclusão; são mais convincentes que as mesmas informações redigidas; possibilitam comparar as informações; valorizam o planejamento estratégico de marketing; agilizam o entendimento para quem o lê e proporcionam mais qualidade como apoio visual. As matrizes referenciadas na bibliografia são a SWOT, BCG, e 5W2H. MATRIZ SWOT A Análise da MATRIZ SWOT é uma ferramenta utilizada para realizar a análise do ambiente, permitindo organizar todas as informações disponíveis e obter uma leitura transparente da organização diante do mercado, para chegar no objetivo alcançado. A análise SWOT é um sistema simples para posicionar ou verificar a posição estratégica da empresa de acordo com o ambiente interno, através das forças e fraquezas, e do ambiente externo, avaliando as oportunidades e ameaças. De acordo com Ghemawat (2000), a matriz SWOT, que significa: Strength (Força), Weakness (Fraqueza), Oportunity (Oportunidade), Threat (Ameaça), começou a ser desenvolvida nos anos 60, em escolas americanas de administração. Segundo McDonald (2004), a análise SWOT utiliza os dados coletados na etapa da análise da situação para apontar uma ameaça ou uma oportunidade em relação ao meio ambiente externo. Magalhães e Sampaio (2007), descrevem os elementos para compor a análise SWOT: Forças: são condições internas e competências em estruturas, processos e pessoas objetivando dar a empresa vantagens competitivas no atendimento dos desejos do mercado. Fraquezas: são as limitações, desvantagens e dificuldades nas condições e competências internas que dificultam ou enfraquecem o desenvolvimento ou a implementação de estratégias de marketing. Oportunidades: são as condições favoráveis nos ambientes e as alterações culturais e comportamentais ocorridas no mercado, que podem ser transformadas em benefícios pelas empresas que souberem tratá-las de maneira adequada. Ameaças: são condições externas a empresa, barreiras de mercado ou concorrentes, que podem impedir, inibir ou reduzir a consecução dos objetivos de marketing. Algumas ameaças têm que ser consideradas como o surgimento de novos riscos para o setor. 28 A análise SWOT dá uma orientação estratégica útil. Primeiramente é preciso acertar o que está errado. Em seguida, aproveitar ao máximo as oportunidades apontadas no mercado. Além disso, prestar atenção a outros problemas e áreas. É importante: eliminar possíveis pontos fracos da empresa identificados em áreas nas quais a organização passa por ameaças graves de concorrentes e tendências desfavoráveis em um ambiente de negócios dinâmico; capitalizar as oportunidades descobertas na qual a empresa tem pontos fortes significativos; corrigir possíveis pontos fracos identificados em áreas que contêm oportunidades potenciais; e monitorar as áreas nas quais a corporação identificou pontos fortes para não ser surpreendido no futuro por possíveis riscos latentes. A mudança é a única constante em qualquer negócio, área ou mercado. Mudança constante significa que a análise SWOT não pode ser feita uma única vez; é preciso rever a matriz regularmente à medida que os concorrentes aumentam substancialmente e o ambiente na qual a empresa está inserida mude. A análise da MATRIZ SWOT é um instrumento extremamente útil e tem que ser utilizado continuamente com o intuito de clarear o destino a ser seguido e realizado.A estratégia SWOT resume-se em eliminar os pontos fracos em áreas na qual há riscos e fortalecer os pontos fortes em áreas onde se identificam oportunidades. Figura 2: Matriz SWOT Fonte: Magalhães e Sampaio (2007). 29 MATRIZ BCG A Matriz BCG (Boston Consulting Group), também conhecida como de matriz de portfólio de produtos é utilizada para análise de portfólio de produtos. É através dela que a empresa analisa os produtos que têm potencial de crescimento no mercado e precisam de investimentos e as mercadorias com baixo crescimento que mantém as vendas. Mintzberg e Quinn (2001) destaca que para uma empresa ter sucesso, ela precisa ter um portfólio de produtos com diferentes participações de mercado e diferentes taxas de crescimento, visando obter um equilíbrio no fluxo de caixa. A figura 03 explicita quatro tipos de produtos diferentes assim nominados: os produtos em questionamento, que exigem altos níveis de investimento e representam baixo retorno devido à baixa participação no mercado; os produtos Estrela, que exigem grande investimentos e são líderes de mercado, garantindo a receita da empresa; os produtos Vaca leiteira, que possuem um baixo crescimento no mercado, por isso não são necessários altos investimentos. Esse produto garante os lucros e o movimento do caixa da empresa, é a base da empresa; e os produtos Abacaxi, que devem ser evitados e minimizados pela empresa, pois possuem uma baixa participação no mercado e um baixo crescimento, sendo que não é viável investir em tal produto. Figura 3: Matriz BCG Fonte: www.oficinadanet.com.br/marketing-o-que-e-a-matriz-bcg 30 2.2.3 Objetivos de Marketing Depois de feita a análise da situação, o passo seguinte é estabelecer os objetivos, que devem ser estruturados conforme a definição do negócio da empresa e de sua missão. Portanto, os objetivos, segundo Las Casas (2005), são os fins que a organização pretende atingir através de sua existência e operações. Os objetivos de marketing para o autor Kotler (1998), serve para estabelecer determinadas metas para lembrança de marca, cobertura de distribuição e assim por diante. Churchill e Peter (2003), salientam que os objetivos descrevem os resultados pretendidos com a realização da missão, como o nível de lucro desejado pela empresa, posição de mercado, reputação, responsabilidade social ou nível de qualidade. Assim, conclui-se que a definição dos objetivos é o ponto chave para o processo de planejamento estratégico de marketing. Conforme Westwood (1996), o objetivo de marketing preocupa-se com o equilíbrio entre os produtos e seus mercados. 2.2.4 Estratégias de Marketing Segundo Mintzberg e Quinn (2001), estratégia pode ser definida como um plano que busca alcançar as metas estabelecidas pela empresa. A estratégia ajuda na tomada de decisões em uma organização, visando analisar as suas competências e deficiências internas e o meio onde está inserida. De acordo com Oliveira (1992), o conceito básico de estratégia é a relação da empresa com o seu ambiente. É através dessa relação que se definem as estratégias que maximizam os resultados da empresa. Estratégias de Marketing são planos desenhados para atingir objetivos do marketing, uma boa estratégia de marketing deveria integrar os objetivos, políticas, e sequências de ação num todo coerente da organização, o objetivo de uma estratégia de marketing é colocar a organização numa posição de cumprir eficazmente e eficientemente a sua missão. Ainda Kluyver (2007), entende de que a estratégia é a forma como a empresa se posiciona ao visar vantagens competitivas. Para isso, é necessário decidir quais setores pode participar, quais produtos e serviços oferecer e como alocar recursos corporativos. Para Cobra (1992), estratégia, em um sentido mais amplo, é um plano pronto com o intuito de realizar o melhor uso de recursos para atingir uma meta. Estratégias de marketing, 31 ainda de acordo com o autor, consistem em políticas, procedimentos e programas relativos às características do produto, preço, serviço e comunicação com os consumidores e outros públicos. Já Porter (2002) resumiu-as em três tipos genéricos: Liderança total em custos: a empresa realiza um grande empenho para reduzir ao máximo os custos de produção e distribuição, podendo, assim, proporcionar preços menores que a concorrência e obter maior participação de mercado; Diferenciação: a empresa reúne energia para alcançar desempenho superior em uma determinada área de benefício para o consumidor, valorizada por grande parte do mercado. Por exemplo, comprometer-se para ser líder em serviços, em qualidade, em estilo, em tecnologia etc., mas não é possível liderar em todas as áreas. Foco: a empresa aborda um ou mais segmentos de mercado menores, em vez de ir atrás de um grande mercado. Para tanto, tem que conhecer as necessidades dos segmentos escolhidos e obter lideranças em custos ou encontrar uma maneira de diferenciação dentro do segmento- alvo. Conforme Cobra (1992), a elaboração de estratégias depende, num primeiro momento, da avaliação das alternativas estratégicas viáveis, dependendo do binômio produto/mercado para a formulação de quaisquer alternativas estratégicas. Uma vez decidida à estratégia produto/mercado, a empresa estará apta a determinar as estratégias em cada área. Na visão do autor, são três os tipos estratégias: global, operacional e funcional. Estratégia global: visa analisar as opções de ação e direcionamento para a empresa, em nível macro; Estratégia operacional: visa identificar e determinar as prioridades e escaloná-las, ao mesmo tempo em que propõe diretrizes básicas de ação, levanta necessidades de recursos e planeja a distribuição dos recursos; Estratégia funcional: é a estratégia por área funcional da empresa, ou seja, por departamentos ou divisão, quem faz o que, como faz, o que faz e quanto faz. McDonald (2004), indica que as estratégias de marketing são baseadas nos 4P’s, produto, preço, praça e promoção. A organização precisa desenvolver ações a respeito dos 4P’s para garantir vantagens diante da concorrência para que cada estratégia de certo é vital o conhecimento do produto, o mercado, o público-alvo e a concorrência, pois um simples descuido resulta em surpresas desagradáveis, além de ser perigoso chegar ao ponto de não existir tempo hábil para mudar a estratégia e corrigir o erro. 32 2.2.5 Mix de Marketing Segundo Kotler (2000), McCarthy foi o inventor da ferramenta, que hoje é conhecida como os 4p de marketing que são; produto, preço praça, propaganda, a empresa pode alterar seu preço, ou a quantidade da força de suas vendas e suas despesas com a propaganda no curto prazo, mas ao mesmo tempo ela pode modificar seus canais de distribuição no longo prazo. Kotler e Armstrong (1998), complementa que o composto de marketing é o conjunto de táticas da empresa para criar um forte posicionamento, são ferramentas que a empresa usa para atingir seus objetivos no mercado-alvo. O mix de marketing pode ser definido como um conjunto de ferramentas de marketing que a empresa usa para produzir a resposta que deseja no mercado-alvo. Kotler (1998), afirma que o mix de marketing (4P`s) representa a visão que a organização tem das ferramentas de marketing disponíveis para se posicionar frente a seus clientes, empresas de sucesso são aquelas que conseguem moldar seu mix de marketing de forma a aumentar a sua proposição de valor em relação a seus concorrentes. Na figura 1 pode- se observar o composto de marketing segundo Kotler e Armstrong (2007). Figura 4: Mix de Marketing Fonte: Kotler e Armstrong (2007) 33 Para Las Casas (2011), o mix de marketing é composto pelos 4P’s (produto, preço, praça e promoção) que são ferramentas de marketing usadas pelas empresas para conquistar seus objetivos.2.2.5.1 Produto Pode-se destacá-lo como o mais importante dos 4 ps, pois é o que as organizações têm a oferecer a seus clientes. Existem muitos conceitos referentes ao termo “produto”, mas todos chegam a definições parecidas. Segundo Las Casas (2011, p. 255), “produto é o objeto principal de comercialização. Ele é desenvolvido para satisfazer o desejo ou a necessidade de determinado grupo de consumidores”. No produto a empresa foca suas expectativas, busca agregar valores e benefícios que sejam reconhecidos pelos clientes para melhor aceitação. Kotler (2000), fala que o produto é algo que pode ser oferecido ao mercado para satisfazer uma necessidade ou desejo, conceituado produto como a oferta de uma empresa que satisfaz a uma necessidade, são conjuntos de atributos tangíveis e intangíveis, os quais podem incluir embalagem, rótulo, marca, cor, preço e qualidade. Um produto pode ser uma mercadoria, um serviço, um lugar ou uma pessoa. Segundo Sparemberger e Zamberlan (2008), marcas, embalagens, serviços aos clientes também são considerados produto. Não somente são adquiridos por suas características físicas, mas pelos benefícios que estes podem proporcionar ao cliente. Kotler (1998), especifica que a quantidade de estoque afeta de certa forma a satisfação do cliente, onde o principal problema é manter um equilíbrio em seus estoques. O estoque pequeno demais resulta em produtos esgotados e consequentemente insatisfação do cliente, e o estoque grande demais resulta em custo e dinheiro parado. Para a definição do estoque adequado, o administrador deve comparar os custos dos estoques com as vendas para obter os lucros resultando com a satisfação. No planejamento de uma oferta no mercado, Kotler (2000), destaca que os envolvidos com marketing devem pensar em cinco níveis hierárquicos de produto, sendo que cada nível agrega mais valor para o cliente. Na figura 2 pode-se ver os níveis de produtos conforme Kotler (1998). 34 Figura 5: Níveis de produto Fonte: Kotler (1998) O benefício central corresponde ao nível fundamental, encontrado em qualquer produto ou serviço. É o que o cliente está realmente comprando. O produto básico consiste nos atributos mínimos que um determinado produto ou serviço deve oferecer. Já o produto esperado envolve, não só os atributos mínimos, mas também os atributos que um cliente espera de um produto ou serviço. O quarto nível, o produto ampliado, possui características que excedem as expectativas dos clientes. Nível no qual concorrentes de um produto ou serviço costumam estabelecer atributos diferenciados. E o último nível abrange todas as características e atributos que um determinado produto possa ter no futuro. Corresponde ao nível no qual as empresas fidelizam seus clientes e diferenciam sua oferta. O modo como uma empresa influencia a percepção dos consumidores com relação às características de um produto, é chamado de posicionamento do produto. Este tem como objetivo influenciar a demanda, por meio da criação de um produto com características específicas requeridas pelos consumidores e uma imagem definida que o diferencia da concorrência. 35 2.2.5.2 Preço Segundo Kotler (2000), é muito importante e complexa que se deve levar em conta no momento da implementação da estratégia de marketing é o preço. O preço é o elemento do mix de marketing que produz receita, também tem muita flexibilidade, pois pode ser alterado com rapidez e também informa ao mercado o posicionamento de valor pretendido pela empresa para seu produto ou marca. Cobra (1992), o preço é ainda hoje a principal variável do composto. A importância da política de preços é sentida com maior intensidade em determinadas ocasiões: quando a empresa vai estabelecer o preço do produto pela primeira vez; a concorrência ameaça os negócios da empresa com uma política mais agressiva; a demanda dos produtos da empresa relaciona-se com os preços praticados; os objetivos da empresa tem ligação com o retorno sobre os investimentos e sobre o retorno sobre vendas; os objetivos de lucratividade e de participação de mercado determinam uma política flexível de preços. Preço, no entendimento de Las Casas (2011), é o único elemento do composto de marketing que gera receita: os demais são custos. O preço é o grande responsável pela geração de receita na venda. Já Kotler e Keller, (2006), preço funciona como o principal determinante na escolha dos consumidores. Embora outros fatores tenham se tornado fundamentais nas últimas décadas, o preço permanece como um dos elementos mais importantes na determinação da participação de mercado e da lucratividade das organizações, Ainda o Kotler (1998), entendia que a determinação do preço é baseada na comparação da qualidade do produto e o próprio preço o que resulta em nove tipos de estratégias: Estratégia Premium: produto de alta qualidade e preço alto visa atingir a parcela alta do mercado; Estratégia de penetração: produto de alta qualidade visa obter rápida penetração de mercado praticando um preço médio, isto é, pouco abaixo do normal; Estratégia de super barganha: produto de alta qualidade, a um preço baixo, significa rápida introdução no mercado, à custa da concorrência e sobretudo dando condições vantajosas ao distribuidor; Estratégia de preço alto: para uma qualidade média, um preço alto significa uma tentativa de valorização do produto e rápida lucratividade; Estratégia de qualidade média ou comum: a prática de um preço condizente com a qualidade objetiva uma parcela justa do mercado, nem mais nem menos; 36 Estratégia de barganha: um produto de qualidade média e um preço baixo significa uma barganha com distribuidores e consumidores; Estratégia de bater e correr: nada mais é do que tirar uma vantagem inicial e sair rapidamente do mercado, pois um preço alto com qualidade baixa é uma ação predatória; Estratégia de artigos de qualidade inferior: um preço médio para um produto de baixa qualidade está ligado a uma política de tirar vantagem da imagem de marca; e Estratégia de preços baixos: a produtos de baixa qualidade corresponde uma estratégia de preço baixo, para vender em quantidade. 2.2.5.3 Praça Na visão de Cobra (1997), uma área geográfica é relativamente fácil de ser identificada e de aplicação acessível a diferentes programas de marketing. Já para Las Casas (2011), sobre a praça ele define que o que caracteriza esse tipo de distribuição é que os fornecedores devem estar presentes nos mercados que desejem atuar. A Praça, está relacionada como conjunto de empresas interdependentes envolvidas no processo do produto ou serviço. Sua estratégia está no relacionamento com as organizações, de modo a satisfazer os clientes, incluindo canais de distribuição, cobertura, locais, estoque e transportes. Então distribuir bens e serviços envolve levar os produtos até os clientes de forma rápida e segura que segundo Churchill e Peter (2003,) dizia que uma rede organizada de órgão e instituição que executam todas as funções necessárias para ligar os produtos aos usuários finais, a fim de realizar a tarefa de marketing. Para Kotler e Armstrong (2005), o varejo relaciona todas as atividades envolvidas na venda de bens ou serviços diretamente a consumidores finais para seu uso pessoal. O termo praça, também é denominado de canal de distribuição, diz respeito ao destino que o produto percorre desde a produção até o consumo. Kotler (1998) no estudo dos 4P’s, explica que praça, ou distribuição, é sinônimo de área, espaço, mercado geográfico, que a expressão mais utilizada é a distribuição, para caracterizar todas as atividades estratégicas e de planejamento desenvolvidas pela empresa para tornar-se um produto disponível à aquisição, uso e consumo dos diversos públicos. 37 2.2.5.4 PromoçãoPara Cobra (1992) promoção é uma atividade que objetiva à incrementação de vendas, do tipo não pessoal, mas que geralmente inclui a propaganda para anunciar seus eventos. Já para Kotler (1998) A promoção precisa ser usada corretamente, é saber preparar seu orçamento, para lhe ajudar a desenvolver estratégias competitivas para o agrado do consumidor, e sempre buscando alcançar o lucro desejado, as empresas podem usar as mesmas campanhas promocionais e de propaganda usadas no país de origem ou mudá-las de acordo com o mercado local, se pensar em expandir seu negócio. Contempla Kotler (1998), o objetivo de propaganda é uma tarefa específica de comunicação a ser realizada para um público-alvo específico durante um determinado período, a promoção é mais um dos componentes que constitui o composto de marketing de uma organização. A comunicação é a parte visível do marketing aos olhos do consumidor, não sendo até mesmo entendida de maneira correta, por um leigo, por exemplo, e sendo misturada ao próprio conceito de marketing. Para Kotler e Armstrong (2005), promoção envolve as atividades que comunicam os pontos fortes do produto e convencem os clientes-alvo a comprá-lo. O objetivo da promoção é divulgar todos os benefícios dos produtos para os consumidores visando satisfazer seus desejos e suas necessidades. Neste existem algumas ferramentas que auxilia na melhor divulgação do produto, que são: promoção de vendas, propaganda, força de vendas, relações públicas e marketing direto. A promoção é ligada às atividades relacionadas à divulgação da marca, da empresa ou dos produtos e serviços. Há vários tipos de promoção, entre eles: propaganda (divulgação paga), publicidade (divulgação gratuita), lobby, promoção de vendas, assessoria de imprensa, relações públicas, entre outros. O empenho promocional desempenha um importante papel para qualquer tipo de organização, desde as de produção de bens de consumo, até as de utilidade pública, sendo importante a transmissão de informação da empresa para os consumidores. Para Magalhães e Sampaio (2007), a promoção implica em decidir a respeito do posicionamento de comunicação do produto e de todas as ações utilizadas para construir a imagem essencial e a postura absoluta e relativa no mercado. Inclui ainda decidir sobre a personalidade do produto ou serviço e associações de imagens e conceitos, por exemplo, ser mais popular ou sofisticado, mais tradicional ou contemporâneo, mais tecnológico ou humano e assim por diante. 38 A promoção de Vendas, no entendimento de Kotler (2000), a promoção de vendas representa atividades com objetivo a divulgação de serviços ou produtos nos mercados desejados. De acordo com Costa e Talarico (1996), “a empresa deve comunicar-se com seus públicos de maneira eficaz, suficiente, impactual e persuasiva, obedecendo a um planejamento, coerente com os objetivos mercadológicos traçados, e utilizando às estratégias de comunicação mais adequadas aos objetivos”. De fato, o produto tem que tornar-se único na mente do cliente. Segundo Kotler (1998), afirma que o quarto P do mix, o de promoção engloba todas as ferramentas de comunicação que devem fazer chegar uma mensagem ao público-alvo, enquadrada em cinco amplas categorias: (1) propaganda, (2) promoção de vendas, (3) relações públicas, (4) força de vendas e (5) marketing direto. Através da promoção que a empresa comunica e persuade os clientes, revendedores, fornecedores e diversos públicos. 2.2.6 Plano de ação Conforme Kotler e Arsmstrong (1998), neste ponto as estratégias de marketing devem transformar-se em ações específicas que atendam algumas perguntas que a empresa deve realizar no momento da elaboração do plano de ação. Para Campos (2004), o 5W2H é uma ferramenta responsável por diagnosticar os problemas, organizar as tarefas relevantes em um plano de ação e auxiliar os gestores na tomada de decisões em cada tarefa apontada. O mesmo autor diz que a origem desse plano vem do inglês e significa as iniciais das perguntas a serem respondidas: What? (O que será feito), Why? (Por que será feito), Where? (Onde será feito), When? (Quando será feito), Who? (Quem fará), How? (Como será feito) e How Much? (Quanto custará), conforme ilustra a figura 06. 39 Figura 6: 5W2H Fonte: www.portaldomarketing.com.br/Artigos2/5W+2H 40 3 METODOLOGIA Neste tópico que se refere aos procedimentos metodológicos, são demonstradas as estratégias a serem empregadas para a execução do estudo. Conforme Zamberlan et al. (2014, p. 112) os aspectos relacionados à metodologia correspondem a classificação do estudo, o universo amostral e os sujeitos da pesquisa, o procedimento de coleta de dados, bem como o a análise e interpretação dos dados coletados. 3.1 Classificação Pesquisa Segundo Vergara (2007), há várias maneiras para fazer classificação da pesquisa, porém, a autora propõe quanto aos fins e quanto aos meios: Quanto aos fins, a pesquisa é exploratória, descritiva, explicativa, metodológica, aplicada e intervencionista. Quanto aos meios, a pesquisa é classificada como: bibliográfica, documental, experimental, participante, pesquisa-ação, pesquisa de campo, estudo de caso e pesquisa de laboratório. Gil (1999), destaca que a classificação da pesquisa se dá quanto a natureza, a abordagem, aos objetivos e os procedimentos técnicos, a pesquisa pode apresentar muitas possibilidades quanto ao seu tipo, sendo que o pesquisador deve saber escolher a que melhor se adapta a responder seu problema. Para fins de elaboração deste trabalho qualificou-se a pesquisa quanto à natureza, a abordagem, objetivos e procedimentos técnicos. 3.1.1 Pesquisa quanto à natureza Para Zamberlan et al. (2014), no que se refere à natureza, a pesquisa pode ser classificada em dois grupos, pesquisa básica e pesquisa aplicada. O trabalho realizado é caracterizado como pesquisa aplicada, uma vez que se busca realizar um plano de marketing nas Peças São José, identificando problemas, ameaças e oportunidades. Este tipo de pesquisa segundo Vergara (2007), tem como principal objetivo conhecer e produzir novos conhecimentos, fazendo experimentos de hipóteses que possam gerar aplicações práticas no futuro, destaca que tem como principal objetivo fazer resultados práticos visando solucionar problemas que podem acontecer. Esta pesquisa se baseia em levantar um referencial 41 teórico para fornecer ideias produtivas para determinado problema, em uma área de conhecimento especifica, a fim de se chegar a conclusões e apresentar soluções alternativas. 3.1.2 Pesquisa quanto à abordagem Conforme Vergara (2013), a pesquisa quanto à abordagem se classifica em quantitativa e qualitativa. A pesquisa quantitativa tem como método geralmente a coleta de dados que se dá de uma grande amostragem, a fim de obter resultados confiáveis, uma vez que os resultados representam uma realidade de toda a população alvo da pesquisa. Este método envolve técnicas estatísticas a fim de se chegar ao resultado desejado, na maioria das vezes através de números. Já a pesquisa qualitativa dificilmente pode ser mensurável em números, este método busca a interpretação dos fenômenos e busca por significados. Este trabalho caracteriza-se como uma pesquisa qualitativa, pois conforme Zamberlan et al. (2014), o pesquisador tende a analisar os dados indutivamente, sendo que o processo e seu significado são os focos principais de abordagem. 3.1.3 Pesquisa quanto aos objetivos Segundo Vergara (2007), toda pesquisa possui seus objetivos, que se diferenciam de uma pesquisa para outra, relação aos objetivos mais gerais podem ser classificadas em exploratórias, descritivas e explicativas. Para este estudo, ao analisar a empresa Peças São José, adotou-se a pesquisa exploratória e descritiva a) Pesquisa exploratória Conforme Vergara
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