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Centro Universitário Christus – Unichristus Curso de Odontologia – manhã Imunologia Resumo – Imunologia das Imunodeficiências - Características clássicas dos pacientes que apresentam algum tipo de redução da resposta imunológica. - Pode ser originada devido a uma doença, devido às complicações de uma doença, induzida por um tratamento, induzida por algum tipo de microrganismos. · DEFINIÇÃO: defeitos genéticos, adquiridos ou induzidos com redução da resposta imunológica e aumento da susceptibilidade a infecção, pode ser quantitativa ou qualitativa e podem ter várias origens. · TIPOS: congênita (algum defeito genético de reconhecimento dos MHC, o paciente já nasce com a doença), adquirida (infecções e doenças, o paciente adquire ao longo da vida), induzida (tratamentos para transplantes ou doenças autoimunes). · RISCOS: aumento da susceptibilidade de infecções locais, sepse (infecções sistêmicas) e canceres. - Inabilidade dos mecanismos efetores da imunidade -> déficit de produção de citocinas, enzimas e outros mediadores -> redução da atividade de macrófagos, neutrófilos e células NK, LTCD4 e LTCD8. · Imunodeficiências congênitas - Doença granumatulosa: causada devido a mutação em genes do complexo oxidase dos macrófagos e outros fagócitos que causam defeito na síntese de espécies reativas de oxigênio e combate. - Deficiência na adesão leucocitária tipo 1: causada pela mutação do gene que codifica integrinas que causam defeitos de rolamento, adesão e transmigração de leucócitos. - Deficiência na adesão leucocitária tipo 2: causada pela deficiência nos genes de codificação de selectinas que causam deficiência na expressão de selectinas e rolamento de leucócitos. - Síndrome de Chédiak-Higashi: causada pela mutação do gene LYST que causam deficiência na fusão dos lisossomos nos fagossomos. - Defeitos no Toll-like: causada pelas mutações nos genes ativadores de toll induzido por NF-KB que causam defeito na ativação mediada por toll. - Imunodeficiências genéticas: defeito em algum gene -> maturação ou ativação de células do sistema imune -> deficiência na maturação ou ativação do sistema imune -> déficit de combate a infecção. - Tratamento: imunização passiva, transplantes de medula e acompanhamento estreito. · Imunodeficiências adquiridas - É decorrente de complicações biológicas de outras doenças. - É decorrente do tratamento de outra doença. - Imunossupressão: desnutrição protéico-calórico, irradiação e quimioterapia, metástases e leucemias envolvendo a medula óssea, imunossupressão dos transplantes, esplenectomia e infecção pelo HIV. - Desnutrição: redução dos metabólitos, redução da disponibilidade de aminoácidos, necessários a ativação e maturação das células do sistema imune, aumento da susceptibilidade a infecções, cânceres: linfoma de Burkitt e anergia: falta de resposta do sistema imune. - Cânceres: desordens linfoproliferativas: leucemias, linfomas, síndromes miclodisplásicas; síntese de mediadores autócrinos: interleucinas, fatores de crescimento, aplasia de medula. - Infecções: HTLV -> paraparesia espática tropical, tropismo por linfócitos, estímulo dos LTCD4 e LTCD8 e autoativação da bainha de mielina; destruição de estruturas nervosas importantes; induz doenças autoimunes; imunodeficiência: síndrome da imunodeficiência adquirida. · HIV/AIDS: - LTR: transcrição do genoma viral. - gag: proteínas do núcleo, nucleocapsídeo e matriz. - pol: transcriptase reversa. - eno: proteínas do envelope. - vif: supera o efeito inibidor da célula do hospedeiro. - vpr: aumenta a replicação viral. - tat: necessária para alongamento da transcrição. - ver: exportação nuclear de partículas do RNA. - vpu: inibe a expressão de CD4 na célula hospedeira. - nef: inibe a expressão do CD4 e MHC I pela célula hospedeira. · Citocinas aumentam transcrição. - Transcrição em macrófagos: resistentes a morte por HIV, menos CD4 via independente de gp41/120, reservatórios. - Transcrição em linfócitos. - Fase aguda: linfócitos de mucosas, receptores CD4, co-receptores CCR5. - Primeira semana: 60% das células de memória são infectadas, 80% morrem. - Sintomatologia da infecção viral: replicação viral nos linfonodos, alta carga viral inicial, infecção geral de células expressando CD4, células Th. - Infecção crônica: produção de células CD4 tão rápido quanto, 10% das células dos linfonodos carregam o vírus. - Queda de LCD4 -> aumenta a susceptibilidade a infecções -> aumento da síntese de citocinas pelos LTCD4 restantes -> aumento da replicação viral e lise das células remanescentes. · Infecções oportunistas: · GRUPO I: candidíase, leucoplasia pulosa, CMV, GUN, sacorma de Kaposi. · GRUPO II: ulcerações atípicas, doenças de glândulas salivares, herpes, HPV, varicela-zostes. · GRUPO III: osteomielite, distúrbios neurológicos, sinusite, carcinoma epirdemóide. · Tratamento HIV/AIDS: - Inibidores de CD4, CCR5 ou CXCR3. - Inibidores de transcriptase reserva. - Inibidores de tradução proteica. - Inibidores de fusão. - Síndrome da reconstrução imune inflamatória: terapia antiviral -> diminuição da carga viral -> aumento do CD4. - Momentos de infecções oportunistas: reconstituição rápida do sistema imune, reconhecimento dos microrganismos. - Exacerbação da resposta imune: descontrole imunológico, falta de reconhecimento adequado. - Alteração dos padrões de resposta imune: Th1 e TH2 - Incidência: 10 – 45%, 3 meses após inicio TARV. OBS: a SIRI apesar de ser um fenômeno vem documentado, ainda carece de uma maior caracterização e sistematização do diagnóstico e da terapêutica, quanto pior e mais longa a imunodepressão, maior o risco da sua ocorrência. · Imunodeficiências induzidas - Transplantes: susceptibilidade a infecções oportunistas - Dose terapêutica imediatamente após o transplante -> compensar a rejeição do transplante. - Dose de ataque em recidivas de doenças autoimunes -> compensar a recidiva ou reincidência de doenças autoimunes. - Interferências nos exames hematológicos. - Profilaxia antibiótica. - Hemostasia -> realizar transfusões plaquetárias: plaquetas < 40.000. - Controle de infecções virais e fúngicas -> prescrição de antifúngicos e antivirais. · DIABETE MELLITUS: - Doença crônica. - Deficiência de insulina. - Resistência periférica a sua ação. - TIPO 1: destruição das células B-pancreáticas, pacientes jovens: baixo de 30 anos, 1A: autoimune 1B: idiopático. - TIPO 2: déficit parcial na produção de insulina, resistência periférica, pacientes adultos: entre 45 e 64 anos e aumento do número de casos em pacientes jovens.
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