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Roma: Origem e Influência Cultural

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA 
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO 
CENTRO DE EDUCAÇÃO – CEDUC 
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
COMPONENTE CURRICULAR: História Antiga Ocidental
DOCENTE: ANSELMO RONSARD CAVALCANTI
DISCENTE: Arthur Franklin Ferreira Lopes
 
Atividade Avaliativa (Unidade II)
Questão: Dissertar, com as próprias argumentações, um texto de, no mínimo, 02 (duas) laudas escolhendo e analisando dois assuntos trabalhados da Unidade II. A apreciação e escrita deverá ser agregada de bom repertório intelectual, podendo também usar outras fontes teóricas
Roma foi sem sombra de dúvidas um dos impérios mais poderosos do mundo. As suas construções e cultura se espalharam por todo o ocidente, assim aterrorizando e influenciando outras civilizações. A sua origem pode ser explicada de várias maneiras, no entanto a que é mais conhecida conta a história de que Roma foi fundada por Rômulo, um nobre que vivia nas Colinas Albanas. A tradição diz que ele junto de seu irmão que se chamava Remo foram atirados no Rio Tibre a mando de seu tio Amúlio. Os meninos levados para margem pelas águas são amamentados por uma loba e resgatados por uma tribo de pastores guerreiros. Com o passar dos anos, mais precisamente em 753 a.C, ao descobrirem suas identidades, então Rômulo e seu irmão Remo voltam para a cidade em que nasceram, Alba, e lá após matar Amúlio devolvem o trono que havia sido arrancado de seu avô. Outras lendas também fizeram parte do imaginário do povo de Roma, em uma delas Enéias, que era um troiano que havia escapado da destruição de sua cidade ganha certo destaque. Partindo de uma profecia contida na Ilíada, ele que foi um dos únicos heróis de Tróia a sobreviver ao saque, recebe uma mensagem dizendo que um dia ele e seus descendentes governariam os troianos. Embora no quinto século tenha existido um lugar chamado de Eneia, onde cunhavam moedas de Enéias carregando seu pai, o que ganhou grande destaque nesse período foi a migração para o ocidente em busca da nova Tróia. A lenda de Enéias é uma grande parte da história complexa das relações políticas e culturais entre Roma e outras civilizações, principalmente a grega, isso pelo fato de que as primeiras referências encontradas quanto a este mito foram produzidas por dois historiadores que viviam na  Grécia no final do quinto século.
Entretanto, a fundação da cidade de Roma não é apresentada como um ato único, mas sim como um processo que se desenvolveu de maneira lenta e gradual. A constituição da sociedade romana foi sem dúvidas influenciada por um povo que estendia a sua cidadania admitindo novos elementos em seu interior, podemos observar isso quando pensamos que Roma foi lar para muitos migrantes e refugiados que traziam consigo tradições e costumes distintos. Também, podemos citar a questão da manumissão dos romanos, ela fazia com que um escravo liberto pudesse se tornar um cidadão. A consolidação de Roma apresentou diversos períodos, um deles, logo em seu início foi mais defensivo do que propriamente expansionista. Contudo, com o passar dos anos os romanos começaram a apresentar uma estratégia ofensiva aos povos que ameaçavam a sua soberania, assim além de zombar dos inimigos, eles obtinham lucros oriundos de guerras vencidas. Com o avançar da história, Roma demonstrou grande coerência na política de conquistas, onde baseavam o seu domínio na romanização dos inimigos, fazendo assim com que eles se transformassem em pequenas civilizações romanas.
Uma das estratégias era padronizar a arquitetura e o planejamento de suas cidades importantes, assim  utilizando isso como arma para a transformação de povos conquistados. As províncias seguiam o modelo da capital, e tudo era construído como se fossem réplicas, que faziam com que as pessoas se sentissem dentro do centro da administração, mesmo que na verdade não estivessem. Igualmente, na estruturação da cidade era seguido um ritual, onde a maioria delas representava um tabuleiro de xadrez. A paixão deles pelas formas geométricas buscava transpor a ideia de perfeição, e com isso criar na população um sentimento de inferioridade à grandeza do Império. Com a padronização de sua arquitetura, os romanos conseguiram seduzir principalmente as massas. Os escravos eram os encarregados de fazerem as grandes construções, e embora aceitassem fazer aquele trabalho, muitos deles se rebelaram contra as condições que a eles eram impostas. Entretanto, como outras civilizações utilizavam essas representações, fica difícil saber se essa tradição teve seu inicio em Roma, porém entre os arquitetos  antigos podemos destacar o romano Vitrúvio como um dos mais importantes  adeptos dessa linha, ele percebe que no corpo humano existia uma simetria  que tempos mais tarde seria representada por Leonardo da Vinci em sua obra “O Homem Vitruviano”.  A cada nova cidade criada, os romanos conseguiam reproduzir todo o cotidiano de sua capital do estilo implantado em suas edificações.  Essa tática estava contida na estratégia de romanização, na qual incluíam a  expansão da cidadania romana, a introdução dos cultos, entre outros
Na capital romana a população era dividida entre patrícios e plebeus. Os primeiros eram os que possuíam mais posses, eram grandes latifundiários e tinham também muitos escravos, já o segundo grupo era formado em sua grande maioria por um grupo de pessoas menos favorecidas. No entanto, à medida que o império se desenvolvia surgia uma série de grupos que se diferenciavam culturalmente dos romanos, como é o caso dos judeus e dos próprios cristãos. Já nas províncias, existia uma divisão entre oligarcas locais e os romanos, sendo que após conquistados, os territórios obedeciam a política de romanização implementada. Nessas cidades, a divisão social era bem próxima da existente na capital, os romanos exerciam seu poder para que o povo achasse que a nova cultura e os novos costumes estavam sendo implementados como forma de favor, e não de imposição. A população romana vivia sobre grande opressão proveniente dos imperadores, que privilegiava as classes mais favorecidas.
Roma foi projetada para que as atividades mais importantes fossem centralizadas, isso justifica o fato do Fórum, que era o principal centro comercial do período Imperial, ser localizado no centro de cada cidade romana. No entanto, com o crescimento populacional e das atividades econômicas, aquele projeto inicial romano de uma cidade quadrada, semelhante a um tabuleiro de xadrez, sofreu sérios problemas.  Estes passaram a ser solucionados a partir da vitória de César, cada imperador como forma de tentar superar os feitos de seus antecessores, financiados pelas conquistas em batalhas com outros povos, fundaram novas cidades e construíam novos templos e monumentos, buscando assim enaltecer a grandeza do Império.
A capacidade dos romanos em construir monumentos como o coliseu pode ser comparada com o poder dos avanços e da tecnologia de hoje. Roma desenvolveu grande eficiência em suas construções, essa por sua vez, só pode ser alcançada por outras civilizações já nos tempos modernos, com o advento da computação. Exercendo seu domínio territorial com técnicas e táticas que resultavam na política de romanização, eles se expandiram de maneira inimaginável para a época, e assim dominaram o ocidente por mais de cinco Séculos. 
Referências Bibliográficas
1) FLEMING, Maria Isabel. Introdução à História e Arqueologia de Roma.
2) FREITAS, João Carlos. Território e territorialidade no Império Romano: a utilização do padrão urbanístico das cidades construídas enquanto tática de romanização.

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