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Aleitamento Artificial

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Aleitamento Artificial (AA)Aleitamento Artificial (AA)
monicamano@nutmed.com.br
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Aleitamento Artificial (AA)Aleitamento Artificial (AA)
Indicado quando:
O aleitamento materno é contra-indicado ou falho
Dividida em fórmulas infantis:
Fórmulas industrializadas (FI)
Prontas para uso
Fórmulas caseiras
A base de outros leites que não o humano
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Aleitamento Artificial (AA)Aleitamento Artificial (AA)
Ao indicar, considerar:
Idade da criança;
Maturidade fisiológica da criança;
Condição clínica;
Aspecto sócio-econômico familiar.
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Leite de vaca (LV)Leite de vaca (LV)
AAP
Desaconselha o uso de LV antes do 1º ano de vida
Victora, no Brasil, mostrou que:
O risco de mortalidade infantil (diarréia e infecção) é 
maior com FI do que com LV
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Problemas relacionados ao Problemas relacionados ao 
uso do LVuso do LV
Anemia ferropriva;
Baixo teor de ferro
< biodisponibilidade
Leva a perda fecal
De 1,3 µg de ferro/g de fezes para 2,7 µg de ferro/g de fezes 
Risco aumentado de alergia;
2,5% das crianças no 1º ano de vida (Accioly)
0,4 a 7,5% de 0 a 2 anos (Euclydes)
Proteínas alergênicas
Betalactoglobulina (Ausente no LM)
Caseina
Alfalactalbumina
Albumina sérica bovina
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Problemas relacionados ao uso Problemas relacionados ao uso 
do LVdo LV
Sobrecarga renal;
RN
Baixa TFG
Baixa capacidade em concentrar solutos
Alto teor de solutos:
Na, K, Cl e proteína
⇒ Risco de hipernatremia e acidose
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Problemas relacionados ao uso Problemas relacionados ao uso 
do LVdo LV
Sobrecarga renal;
Consumo de sódio:
0 a 6 meses – 120 mg/dia
6 a 12 meses – 200 mg/dia
⇒ Com LV pode chegar a 500 mg/dia
Carga de soluto renal
LV
⇒ 46mOsm/100Kcal
FI
⇒ 20,1mOsm/100Kcal
LM
⇒ 13,9mOsm/100Kcal
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Problemas relacionados ao uso Problemas relacionados ao uso 
do LVdo LV
Aminoacidemia
3 a 4 x + tirosina, fenilalanina e metionina
RNPT
⇒ Risco aumentado de aminoacidemia com dano para o SNC
Hipocalcemia neonatal;
Alto teor de P e baixo de lactose
Relação Ca:P
1,2:1
< biodisponibilidade de Ca
LM 58%
FI 40%
LV 38%
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Problemas relacionados ao uso Problemas relacionados ao uso 
do LVdo LV
Deficiência de ácidos graxos essenciais;
Concentração limitada de linoléico
Retardo no crescimento
Lesões cutâneas
Aumento da fragilidade e permeabilidade das membranas
Comprometimento neurológicos - Pode ser irreversível
Deficiência de vitaminas e minerais;
Carotenóides
Frações licopeno e alfa-caroteno
Zn, Cu
Vitaminas C, E e A, acido fólico e neacina
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Problemas relacionados ao uso Problemas relacionados ao uso 
do LVdo LV
Deficiência de nucleotídeos;
Tornam-se essenciais quando o suprimento endógeno é 
insuficiente
Infecções gastrointestinais;
Mais sentidas nos 1os meses de vida
Imaturidade intestinal e imunológica
Colonização por coliformes e enterococcus x 
bifidobactérias
14,2 x > risco de morte por diarréia
Infecções respiratórias;
Colonização por Haemophilus influenzae e Moraxella 
catarrhalis
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Problemas relacionados ao uso Problemas relacionados ao uso 
do LVdo LV
Morte súbita na infância (MSI);
Toxinas envolvidas
Staphylococcus aureus e Clostridium perfríngens
Crescimento e desenvolvimento cognitivo;
Econômicos. 
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Comparação do LM com LVComparação do LM com LV
Nutriente LM LV
Energia (Kcal) 68 63
Proteína (g) 1,05 3,2
Caseína - Albumina 40:60 82:18:00
Lipídeos (g) 4,2 3,5
Sat:Insat 50:50:00 -
Carboidrato (g) 7,2 4,6
Vitamina A (µg) RE 50 56:80
Vitamina D (µg) 0,06 1
Vitamina E (µg) 0,23 0,04
Vitamina K (µg) 0,21 0,1 - 0,4
Vitamina C (µg) 4 3
Tiamina (mg) 0,02 0,04
Riboflavina (mg) 35 91
Niacina (µg) 150 166
Piridoxina (µg) 9,3 55
Ácido Pantatênico (mg) 0,18 0,33
Folato (µg) 8,5 6
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Preparo das fórmulas caseirasPreparo das fórmulas caseiras
Fórmulas lácteas podem ser elaboradas com:
Extrato de soja;
Leite de cabra;
Leite de vaca e de outros mamíferos (búfala).
Fórmulas à base de soja
Baixo teor de metionina;
Pouco palatável;
Indicadas na presença de intolerância ao LV ou outra 
ptn animal;
Custo elevado.
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Preparo das fórmulas caseirasPreparo das fórmulas caseiras
Leite de cabra em comparação ao LV:
Muito utilizado no N e NE
Contém mais:
Ca, Cl, K;
Ferro,
⇒ Conteúdo semelhante porém + biodisponível
Lipídeo;
⇒ ácidos graxos de cadeia curta, média e essenciais.
Proteína. 
Pobre em:
Folato
⇒ > risco de anemia megaloblástica quando não suplementado;
B12 e vitamina C;
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Preparo das fórmulas caseirasPreparo das fórmulas caseiras
O industrializado é 5 vezes + caro que o LV;
Indicados na alergia ao LV,
Cuidado risco de alergia cruzada;
Seu consumo tem aumentado em outras regiões;
Elevada carga de soluto renal;
LC
⇒ 339mOsm/l
LV
⇒ 308mOsm/l
Maior risco de desidratação hipernatrêmica e acidose 
metabólica;
Risco de contaminação por brucelose.
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Modificações do LVModificações do LV
Objetivos:
Reduzir os riscos à saúde;
Diluição
Reduzir teor protéico e eletrolítico;
Acréscimo de farinha e açúcar, às vezes óleo
correção da densidade energética;
Correção das deficiências vitamínicas e minerais
Introdução da alimentação complementar.
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Esquemas de diluiçãoEsquemas de diluição
1º mês de vida
Diluição ao ½ (1 parte de leite e 1 de água), acréscimo de 
carboidratos a 8% (sendo 5% de açúcar e 3% de 
oligossacarídeos);
De 1 a 4 meses
Diluição a 2/3 ( 2 partes de leite e 1 de água), acréscimo 
de carboidratos a 8% (sendo 5% de açúcar e 3% de 
oligossacarídeos);
Apartir do 5º mês
Leite integral.
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Esquemas de diluiçãoEsquemas de diluição
Leite tipo C pasteurizado – 3% de gordura
De 0 ao final do 3º mês
Diluição:
⇒ 2/3
» 2 partes de leite e 1 de água;
⇒ acréscimo de carboidratos a 8%
» 5% de açúcar e 3% de oligossacarídeos
⇒ acréscimo de carboidratos a 6%
» 4% de açúcar e 2% de oligossacarídeos e 1% de óleo vegetal
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Contra Contra -- indicaçõesindicações
Leite desnatado
Até o 1º de vida;
Achocolatados
Até o 1º de vida;
LV in natura não submetido a tratamento térmico
Amido
Antes dos três meses de vida;
Mel
Antes do 1º ano de vida.
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Fórmulas infantis modificadas Fórmulas infantis modificadas 
ou fórmulas industrializadasou fórmulas industrializadas
São baseadas na composição do LM;
Elaboradas com LV e este modificado quanto a:
Proteína
Tratamento térmico
Adição de soro
⇒ Melhorar a relação caseína:proteína do soro
» LV – 20:80 e LM – 40:60
Minerais e eletrólitos
Desmineralização parcial
Acréscimo de ferro;
Vitaminas
Igualar ao LM;
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Fórmulas infantis modificadas Fórmulas infantis modificadas 
ou fórmulas industrializadasou fórmulas industrializadas
Caloria
Retirada parcial da gordura do LV;
⇒ + saturada
Adição de óleos vegetais soja, milho, amendoim;
⇒ + poliinsaturados
Acréscimo de carboidratos como:
⇒ maltodextrina, sacarose e amido;
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Fórmulas infantis modificadas Fórmulas infantis modificadas 
ou fórmulas industrializadasou fórmulas industrializadas
Estas fórmulas são divididas em:
Fórmulas de partida para lactentes sadios para o 1º 
semestre;
Seguimento ou seqüenciais (follow up) para o 2º 
semestre. 
FI especiais:
FI para RNPT ou RNBP:
⇒ Têm baixa osmolalidade;
⇒ Maior teor protéico;
⇒ Acrescido de taurina;
⇒ Contém um mix de lipídeos;
⇒ Objetiva estimular o crescimentomais rápido.
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Fórmulas infantis modificadas Fórmulas infantis modificadas 
ou fórmulas industrializadasou fórmulas industrializadas
À base de soja
⇒ Indicadas para:
» alergia ao LV (1/3 a 1/5 das crianças alérgicas a LV, são também 
alérgicas a proteína do leite de soja)
» Crianças de famílias vegetarianas;
» Galactosemia;
» Deficiência primária de lactase;
» Intolerância secundária de lactose;
⇒ Algumas adicionadas de metionina, taurina e carnitina, ressalva para 
os RNPT com peso inferior a 1800g:
» Biodisponibilidade de Ca, P, Fe e Zn está comprometida,
» Contaminação por Al (varia de 600 a 1300 ng/ml),
» Concentração de isoflavonas e fitoestrógenos (979 ng/ml x 5,3 
ng/ml no LV x 4,2ng/ml no LM)
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Fórmulas infantis modificadas Fórmulas infantis modificadas 
ou fórmulas industrializadasou fórmulas industrializadas
Isentas de lactose
Indicadas na deficiência de lactase, que pode ocorrer 
após lesão na mucosa decorrente de infecção GI .
Hidrolisadas
Indicadas nos casos de:
⇒ Intolerância à proteína do LV e de soja;
⇒ Alergia alimentar;
⇒ Diarréia crônica ou aguda grave.
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Inconvenientes do preparo das Inconvenientes do preparo das 
fórmulas fórmulas 
Erros de diluição:
Muito diluídas;
Hiponatremia
Irritabilidade
Coma
Desnutrição em graus variados
Muito concentradas;
Obesidade
Tetania
Desidratação hipernatrêmica
Contaminação.
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Passos:
Calcular o vet
Peso x recomendação (FAO, 85)
Escolher a fórmula
Determinar a capacidade gástrica da criança
De 25 a 30ml/Kg/mamada
Cálculo das necessidadesCálculo das necessidades
Idade Energia Proteína
(meses) (Kcal/Kg) (g/kg)
0 a 3 116
3 a 6 99 1,85
6 a 9 95 1,65
9 a 12 101 1,5
Média no 1o ano de vida 103
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Cálculo das necessidadesCálculo das necessidades
Passos:
O vet da mamadeira
Número de mamadeiras
volume total do dia/capacidade gástrica encontrada
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Avaliação da evolução corporalAvaliação da evolução corporal
PESO - Ao final do 1º ano:
Peso = aumento de 3x o peso ao nascer, onde:
ganham 33g/dia
ganham 28g/dia
ESTATURA - Ao final do 1º ano:
Aumento de 1,5x comprimento ao nascer,onde:
e ganham 1,1mm/dia até 2º mês
0,4mm/dia até o 1º ano de idade 
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Classificação do estado Classificação do estado 
nutricionalnutricional
Crianças menores de 7 anos de idade:
P/I - muito adequado, situação global do 
indivíduo, sem diferenciação do 
comprometimento agudo do crônico
Pontos de corte
⇒ ≤ P 0,1 = peso muito baixo para idade
⇒ ≥ P 0,1 e ≤ P 3 = peso baixo para idade
⇒ ≥ P 3 e ≤ P 10 = risco nutricional
⇒ ≥ P 10 e ≤ P 97 = adequado ou eutrófico
⇒ ≥ P 97 = risco de sobrepeso

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