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Diabetes mellitus

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1 Beatriz Erdtmann Silveira – Medicina – TXIX 
Bioquímica – Prof Luís Fernando – Aula 01 e 02 
Diabetes mellitus 
PÂNCREAS 
Função exócrina – ácinos 
Função endócrina – ilhotas pancreáticas 
Células principais das ilhotas: 
• Células alfa – 20%, secreção do 
glucagon (hiperglicemiante) 
• Células beta – 68%, secreção de 
insulina (hipoglicemiante) 
• Células delta – 10%, secreção de 
somatostatina (inibidor da 
secreção de glucagon e insulina) 
• Célula PP (polipeptídeo 
pancreático) – 2%, estimulação de 
enzimas gástricas e intestinais e 
inibição da motilidade intestinal 
Insulina, glucagon, catecolaminas, 
hormônio do crescimento e 
glicocorticoides – regulação da 
concentração de glicose no sangue 
INSULINA 
O estímulo mais importante para gerar a 
síntese e a liberação da insulina é a 
própria glicose 
ESTÍMULO DA GLICOSE SANGUÍNEA → 
CÉLULAS BETA → SÍNTESE DE INSULINA E 
LIBERAÇÃO DE INSULINA E PEPTÍDEOS C 
DOS GRÂNULOS SECRETORES 
Ações metabólicas da insulina: 
1.Iniciar a síntese de DNA em certas 
células e estimular seu crescimento e 
diferenciação 
2.Aumentar a velocidade de transporte 
da glicose para determinadas células do 
organismo (células dos músculos 
estriados, do miocárdio, fibroblastos e 
adiposas) – principal função metabólica 
3.Captação de glicose pelos outros 
tecidos periféricos, especialmente o 
cérebro, é independente de insulina 
4.É o hormônio anabólico mais potente 
que se conhece 
5.Induz a lipogênese 
 
A glicose interage com o receptor de 
glicose da célula beta (GLUT-2), 
ocorrendo a capitação e metabolização 
da glicose no citoplasma (via glicolítica 
da célula beta), induzindo a sinalização 
nuclear e transcrição do DNA (produção 
do RNAm), para a tradução no retículo 
endoplasmático rugoso com a produção 
de pré-pró-insulina 
A pré-pró-insulina apresenta o peptídeo 
C, que quando ela se torna ativa perde 
esse peptídeo – mostrando a marcação 
da síntese de insulina 
 
2 Beatriz Erdtmann Silveira – Medicina – TXIX 
A quantidade de peptídeo C presente 
mostra a quantidade de insulina foi 
sintetizada – cada molécula de peptídeo 
C marca uma molécula de insulina 
DIABETES MELLITUS: DEFINIÇÕES 
Síndrome de etiologia múltipla, 
decorrente da falta de insulina e/ou da 
incapacidade da insulina de exercer 
adequadamente seus efeitos 
Não é uma única entidade, mas um 
grupo de desordens metabólicas que 
apresente uma característica em 
comum, a hiperglicemia 
CARACTERÍSTICAS 
A diabetes mellitus se caracteriza por 
hiperglicemia crônica com distúrbios do 
metabolismo dos carboidratos, lipídeos e 
proteínas 
Suas consequências a longo prazo 
incluem danos, disfunção e falência de 
vários órgãos, especialmente rins, olhos, 
nervos, coração e vasos sanguíneos 
Com frequência apresenta os sintomas 
clássicos: perda inexplicada de peso, 
polidipsia e poliúria 
Antes do surgimento de hiperglicemia 
mantida, acompanhada do quadro 
clínico do DM, passa por um estágio 
intermediário caracterizado por valores 
glicêmicos situados entre a normalidade 
e a faixa diabética 
• Fase cinzenta/ pré-diabético 
Apesar de todas as formas de diabetes 
mellitus terem em comum a 
hiperglicemia, os processos patogênicos 
envolvidos no desenvolvimento da 
mesma variam muito 
A grande maioria dos casos de diabetes 
se enquadram em duas grandes 
categorias: o diabetes tipo 1 e o tipo 2 
Várias causas monogênicas e 
secundárias são responsáveis pelo 
restante dos casos 
Apesar dos principais tipos de diabetes 
apresentarem mecanismos patogênicos 
diferentes, as complicações a longo 
prazo, assim como as principais causas de 
morbidade e mortalidade, são as mesmas 
COMPLICAÇÕES A CURTO PRAZO 
(QUADRO AGUDO) 
Não tem insulina = estado catabólico 
• Célula muscular – menor 
glicogênese e mais glicogenólise; 
maior liberação de aminoácidos 
(alanina) 
• Célula adiposa – aumento da 
lipólise e dos níveis de ácidos graxos 
livres, que leva a esterificação 
hepática e formação de acetil-
CoA, que oxida nas mitocôndrias, 
resultando em copos cetônicos = 
acidose metabólica = maior 
suscetibilidade a infecções, diminui 
a capacidade de tampão do 
bicarbonato (pois o Na se liga aos 
corpos cetônicos) 
Hiperglicemia que excede o limiar renal = 
glicosúria (perda de glicose na urina) = 
aumenta diurese e poliúria = ativação do 
centro da sede = polidipsia 
 
3 Beatriz Erdtmann Silveira – Medicina – TXIX 
Soluto maior que solvente = desidratação 
= polidipsia 
COMPLICAÇÕES A LONGO PRAZO 
(QUADRO CRÔNICO) 
Responsáveis pela maior parte da 
morbidade e mortalidade, que resulta de 
complicações graves envolvendo artérias 
musculares de grande e médio calibre 
(doença macrovascular), assim como da 
disfunção capilar nos órgãos-alvo 
(doença microvascular) 
A doença macrovascular causa 
aterosclerose acelerada, resultando em 
aumento do risco do infarto do miocárdio, 
AVE e gangrena das extremidades 
inferiores 
Os efeitos da doença microvascular são 
mais profundos na retina, nos rins e nos 
nervos periféricos 
Aparecem aproximadamente 20 dias 
após o início da hiperglicemia 
Geralmente o controle da glicemia evita 
as suas ocorrências, mas também estão 
associados a outros fatores 
Principais complicações – 
• Eventos cardiovasculares 
• Nefropatia 
• Retinopatia 
• Neuropatia (AVE) 
• Infecções 
CLASSIFICAÇÕES 
Diabetes tipo 1 – destruição das células 
beta levando à deficiência absoluta de 
insulina 
• Imunológico – mais comum 
• Idiopático 
Diabetes tipo 2 – resistência insulínica com 
deficiência relativa de insulina 
Defeitos genéticos da função das células 
beta – diabetes do adulto no jovem 
Defeitos genéticos no processamento da 
insulina ou na sua ação – defeitos na 
conversão da proinsulina, mutações no 
gene da insulina, mutações no receptor 
da insulina 
Defeitos no pâncreas exócrino – 
pancreatite crônica, pancreatectomia, 
neoplasias, fibrose cística, 
hemocromatose, pancreatopatia 
fibrocalculosa 
Endocrinopatias – acromegalia, síndrome 
de Cushing, hipertiroidismo, 
feocromocitoma, glucagonoma 
Infecções – citomegalovírus, vírus 
coxsackie B 
• Mais ligada a DM tipo 1 
Drogas – glicocorticoides, hormônio 
tireoidiano 
Síndrome genéticas associadas ao 
diabetes – síndrome de Down, de 
Klinefelter e de Turner 
Diabetes mellitus gestacional 
DM TIPO 1 
Resulta de grave falta ou absoluta de 
insulina, causada por destruição 
imunológica das células beta, 
desencadeada por uma interação 
complexa entre fatores genéticos e 
ambientais 
Inicia-se mais frequentemente na 
infância, tornando-se manifesto e grave 
na puberdade, normalmente após a 
destruição de 90% das células beta 
 
4 Beatriz Erdtmann Silveira – Medicina – TXIX 
Os pacientes são dependentes de 
insulina, pois sem a mesma eles 
desenvolvem complicações metabólicas 
graves, como cetoacidose aguda e 
coma 
Constitui de 5 a 10% do total de diabéticos 
Cerca de 70 a 80% dos pacientes 
apresentam auto-anticorpos contra 
células das ilhotas, dirigidos 
principalmente contra a descarboxilase 
do ácido glutâmico (GAD65), tirosina 
fosfatases (IA-2 e IA-2 beta) e insulina 
__________________________MECANISMOS 
IMUNOLÓGICOS DESENCADEADORES DA 
DESTRUIÇÃO DAS CÉLULAS BETA 
Linfócitos T que reagem contra Ags nas 
células beta causando danos celulares 
Citocinas produzidas localmente 
danificando as células beta 
Auto-anticorpos produzidos contra as 
ilhotas 
_______________________CARACTERÍSTICAS 
Geralmente diagnosticada ainda 
crianças ou jovens 
Diminuição progressiva dos níveis de 
insulina 
São magros 
Apresentam quadro agudo e clássico dos 
4Ps: 
• Poliúria (aumento do volume 
urinário) 
• Polidpisia (aumento da sede) 
• Polifagia (aumento da fome) 
• Perda ponderal 
DM TIPO 2 
Não há evidências da participação de 
mecanismos auto-imunes 
Está associadaao estilo de vida do 
indivíduo (é comum em obesos) e os 
fatores genéticos são mais importantes do 
que no tipo 1 
A obesidade e o excesso de ingesta 
alimentar são fatores agravantes para 
esse diabetes (80% dos tipo 2 sã obesos), 
principalmente a obesidade abdominal 
Esse é o tipo mais comum, 
correspondendo a 90% do total de 
diabéticos 
É um distúrbio multifatorial complexo que 
envolve 2 defeitos metabólicos: 
• Uma redução da resposta dos 
tecidos periféricos à insulina: 
resistência à insulina 
• Distúrbio na secreção de insulina 
pela célula beta (deficiência 
relativa de insulina) 
Cetoacidose ocorre penas em situações 
especiais, como durante infecções 
graves 
_________________RESISTÊNCIA À INSULINA 
É definida como a resistência aos efeitos 
da insulina na captação, metabolismo ou 
armazenamento da glicose 
É reconhecida como um fenômeno 
complexo e tem como possíveis fatores 
responsáveis: 
• Defeitos genéticos no receptor de 
insulina na via de sinalização da 
insulina (pouco comum) 
• Obesidade

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