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Estudos Disciplinares V - Avaliação - TI I - 2021

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Curso ESTUDOS DISCIPLINARES V 
Teste AVALIAÇÃO - TI I 
Iniciado 22/03/21 15:48 
 
• Pergunta 1 
1 em 1 pontos 
 
(Enade-2011) Leia o poema a seguir: 
 
Retrato de uma princesa desconhecida 
Para que ela tivesse um pescoço tão fino 
Para que os seus pulsos tivessem um quebrar de caule 
Para que os seus olhos fossem tão frontais e limpos 
Para que a sua espinha fosse tão direita 
E ela usasse a cabeça tão erguida 
Com uma tão simples claridade sobre a testa 
Foram necessárias sucessivas gerações de escravos 
De corpo dobrado e grossas mãos pacientes 
Servindo sucessivas gerações de príncipes 
Ainda um pouco toscos e grosseiros 
Ávidos cruéis e fraudulentos 
Foi um imenso desperdiçar de gente 
Para que ela fosse aquela perfeição 
Solitária exilada sem destino 
 
ANDRESEN, Sophia. M. B. Dual. Lisboa: Caminho, 2004. p. 73. 
 
No poema, a autora sugere que: 
 
Respostas: a. Os príncipes e as princesas são naturalmente belos. 
 b. Os príncipes generosos cultivavam a beleza da princesa. 
 c. A beleza da princesa é desperdiçada pela miscigenação 
racial. 
 d. O trabalho compulsório de escravos proporcionou 
privilégios aos príncipes. 
 e. O exílio e a solidão são os responsáveis pela manutenção 
do corpo esbelto da princesa. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: D 
Comentário: O enunciado da questão apresente o poema 
“Retrato de uma princesa desconhecida”, de autoria da 
escritora portuguesa Sofia de Melo Breyner Andresen (Porto, 
1919 – Lisboa, 2004). No início do texto, a autora faz o retrato 
descritivo de uma princesa: pulsos delicados, olhos frontais e 
limpos, espinha direita, cabeça erguida etc. Em seguida, 
argumenta que, para que tais características de beleza e 
sofisticação existissem, foi necessário o trabalho de 
“sucessivas gerações de escravos (...) servindo sucessivas 
gerações de príncipes (...) ávidos cruéis e fraudulentos”. 
 
Acrescenta que foi necessário “um imenso desperdiçar de 
gente” para que a princesa “fosse aquela perfeição solitária 
exilada sem destino”. 
A – Alternativa incorreta: Andresen não afirma que os 
príncipes e as princesas são naturalmente belos. Segundo a 
poetisa, foi necessária a exploração do trabalho escravo para 
que a princesa fosse bela. 
B – Alternativa incorreta: Andresen não afirma que os 
príncipes generosos cultivavam a beleza da princesa. 
Segundo a poetisa, os príncipes foram “ávidos cruéis e 
fraudulentos” e a beleza da princesa foi obtida por meio da 
exploração do trabalho escravo. 
C – Alternativa incorreta: Andresen não cita a miscigenação 
racial. 
D – Alternativa correta: Segundo Andresen, o trabalho 
compulsório de escravos proporcionou privilégios aos 
príncipes. 
E – Alternativa incorreta: Andresen não afirma que o exílio e a 
solidão fizeram com que a princesa mantivesse a silhueta 
esbelta. 
 
• Pergunta 2 
1 em 1 pontos 
 
Leia o texto a seguir: 
 
EUA e China anunciam acordo para reduzir emissão de gases poluentes 
 
“Os presidentes Barack Obama, dos Estados Unidos, e Xi Jinping, da China, 
assinaram nesta quarta-feira (12.11.2014) em Pequim um acordo para a luta 
contra a mudança climática, que incluirá reduções de suas emissões de 
gases do efeito estufa na atmosfera. 
 
A iniciativa constitui o primeiro anúncio de corte das emissões de gases 
poluentes por parte da China e mais um pelos EUA. Pelo acordo, os EUA 
pretendem cortar entre 26% e 28% as emissões de gases em até 11 anos, ou 
seja, até 2025, o que representa um número duas vezes maior que as 
reduções previstas entre 2005 e 2020. 
 
Os chineses se comprometem a cortar as emissões até 2030, embora isso 
possa começar antes. Segundo o presidente chinês, até lá 20% da energia 
produzida no país vai ter origem em fontes limpas e renováveis. Estados 
Unidos e China representam juntos 45% das emissões planetárias de CO 2, 
um dos gases apontado como culpado pela mudança climática. A União 
Europeia representa 11%. No mês passado, o bloco se comprometeu a 
reduzir em pelo menos 40% as emissões até 2030, na comparação com os 
 
níveis de 1990.” 
 
Disponível em: <https://goo.gl/srpqzq>. Acesso em 14 nov. 2014 (com 
adaptações). 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas: 
I- O comprometimento da China em reduzir as emissões de poluentes até 
2030 significa que a poluição proveniente do país continuará em crescente 
aumento por mais uma década. 
II- Apesar da importância do acordo entre Estados Unidos e China, a União 
Europeia será responsável por um corte maior nos volumes de gases 
poluentes emitidos do que o corte dos dois países, uma vez que reduzirá 
40% das emissões. 
III- Se Estados Unidos e China, juntos, cumprirem a meta de cortar 28% da 
emissão dos gases poluentes, eles serão responsáveis por 27% das 
emissões planetárias em 2025. 
 
Assinale a alternativa correta: 
Respostas: a. Nenhuma afirmativa está correta. 
 b. I está correta. 
 c. I e II estão corretas. 
 d. II e III estão corretas. 
 e. III está correta. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: A 
Comentário: I – Afirmativa incorreta. Justificativa: o texto não 
afirma que a poluição proveniente dos gases emitidos pelos 
chineses continuará em crescimento até a data estipulada no 
acordo. A informação é de que os chineses se comprometem 
a cortar as emissões até 2030, embora isso possa começar 
antes. 
II – Afirmativa incorreta. Justificativa: o texto afirma que EUA e 
China são responsáveis por quase metade das emissões de 
poluentes no mundo. Mesmo que a Europa tenha uma 
redução percentual maior das emissões de gases, o impacto 
não será o mesmo do provocado pela redução da emissão de 
gases dos dois países. 
III – Afirmativa incorreta. Justificativa: porcentagens são 
valores relativos, que dependem do valor total sobre o qual 
são aplicadas. A redução de 28% na emissão de gases seria 
calculada com base no volume de gases emitidos pelos dois 
países, e não sobre o total das emissões planetárias. 
 
 
• Pergunta 3 
1 em 1 pontos 
 
Leia o texto a seguir: 
 
São Paulo, a capital mundial do grafite 
 
 
“A cidade mais populosa da América Latina concentra um dos mais 
grandiosos museus a céu aberto de arte urbana do mundo. Quando estiver 
andando por São Paulo, olhe para cima. Ou para os lados. Não importa muito 
se está caminhando por um bairro de classe média ou pela periferia. Há uma 
característica comum às diferentes regiões da maior cidade mais populosa da 
América Latina: os grafites e pichações, que vêm tomando conta dos muros 
nos mais de 1.500 quilômetros quadrados da área de extensão, estão 
transformando São Paulo na capital mundial do grafite. 
 
De maneira geral, a arte urbana não agrada a todos os gostos. Mas é 
unânime a opinião de que São Paulo é uma cidade cinza, e o grafite insere 
cor a esse cenário. ‘O grafite é uma manifestação artística que faz parte do 
cotidiano de todos, quer você goste ou não. Ele se impõe’, dizem os irmãos 
Otávio e Gustavo Pandolfo, mais conhecidos como Os Gêmeos. A dupla de 
artistas é conhecida, ao redor do mundo, pelos trabalhos que misturam certo 
realismo fantástico com personagens bem característicos, sempre com cores 
e figuras geométricas parecidas. 
 
Os irmãos começaram a grafitar em 1987 no bairro onde cresceram, o 
Cambuci, na zona sul da capital paulista. ‘A arte não é para você gostar, é 
para você refletir e pensar’, completa Thiago Mundano, 27 anos, que se 
autointitula ‘artivista’, por atrelar o grafite a ações sociais. 
 
Na Avenida Cruzeiro do Sul, na zona norte da capital, bem próximo a uma 
das duas rodoviárias da cidade, um grupo de 58 artistas fez 66 painéis, 
criando, em 2011, o primeiro Museu Aberto de Arte Urbana de São Paulo 
(MAAU). Eles levaram para as ruas uma das maiores características dessa 
arte: a acessibilidade. ‘O fato de a arte estar na rua já é muito mais 
democrático. A pessoa não precisa entrar numa galeria fechada para ver’, diz 
a artista e grafiteira Prila Paiva, 35 anos. 
 
Organizado com autorização da Prefeitura, esse museu é uma exceção. 
Como ogrande negócio do grafite é ocupar a cidade, os artistas nem sempre 
pintam em muros autorizados. Existe um aspecto de subversão, que 
envolve, entre outras coisas, ‘a adrenalina de pichar’, segundo Mundano. 
Para ele, tudo é relativo. ‘Um outdoor é tão agressivo quanto um grafite. Eu 
posso achar ruim, para a minha filha, por exemplo, abrir a janela de casa e 
dar de cara com uma mulher de calcinha e sutiã numa propaganda para 
vender lingerie’. 
 
São Paulo adotou, em janeiro de 2007, a Lei Cidade Limpa, durante a gestão 
do ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD), proibindo a propaganda em outdoors e 
em imóveis públicos e privados. Já em relação aos grafites, ainda não houve 
um acordo entre artistas e o poder público. Por isso, de um lado, a Prefeitura 
apaga, cobrindo com tinta cinza, muitos dos muros grafitados. De outro, 
grafiteiros e pichadores pintam os locais apagados novamente. ‘Nunca 
sentimos, por parte da prefeitura, interesse de entender e respeitar a cultura 
do grafite’, contam Os Gêmeos. 
 
‘Existem problemas sérios em São Paulo que precisam desse dinheiro do 
contribuinte, em vez de ser investido em tinta cinza para apagar trabalhos de 
arte’. Mesmo assim, no final da gestão de Kassab, a Prefeitura publicou um 
guia bilíngue de lugares para ver os grafites na cidade, com uma pequena 
ficha de alguns artistas. 
 
Por tratar-se de uma arte muito efêmera, um dia a obra está lá e no outro 
pode já ter sido apagada, o consultor financeiro Ricardo Czapski e a 
produtora cultural Marina Gonzalez tiveram a ideia de eternizar algumas 
pinturas. Eles acabam de lançar o livro Graffiti em São Paulo, que nasceu de 
um acervo de mais de dez mil fotos que Czapski tirou, por cinco anos, de 
muros grafitados. ‘O grafite tem uma recepção muito boa em todos os níveis. 
Não tem mais aquela má impressão da arte marginal’, diz Gonzalez. Com o 
passar dos anos, além do reconhecimento do público, o grafite foi se 
tornando um negócio mais rentável. Hoje, a arte urbana está presente em 
galerias e exposições pelo Brasil e pelo mundo. 
 
Pimp My Carroça: Exemplo do cunho social que o grafite pode desenvolver, 
em 2007, Thiago Mundano começou a pintar as carroças dos mais de 20.000 
catadores de lixo reciclável de São Paulo que transportam, em um carrinho 
improvisado, toneladas de papelão, vidro e alumínio para os centros de 
reciclagem. ‘Percebi que essas pessoas são invisíveis, ninguém olha para 
elas’, diz Mundano. 
 
A meta, na época, era pintar 100 carroças, mas, com o tempo, Mundano viu 
que apenas pintar não bastava. As carroças precisavam de itens de 
segurança, como tintas refletoras para a noite, espelhos retrovisores, luvas e 
cordas para os catadores. Assim, nasceu o projeto Pimp My Carroça. 
 
Por meio do site de crowdfunding Catarse, Mundano arrecadou 64.000 reais 
(27,8 mil dólares), de 792 apoiadores. O projeto cresceu, se transformou em 
um evento no centro de São Paulo, onde as carroças foram pintadas e os 
catadores ganharam camisetas, alimentos e uma consulta com um clínico 
geral. 
 
De lá pra cá, o Rio de Janeiro e Curitiba, a capital do Paraná, no Sul do país, 
receberam uma edição do projeto, contabilizando mais de 120 voluntários e 
um número já incontável de carroças pintadas. O próximo passo é 
desenvolver um aplicativo para que qualquer um possa localizar os catadores 
que estiverem mais próximos e entregar a eles o lixo reciclável.” 
 
Disponível em: <https://goo.gl/zuZU2e>. Acesso em 05 jun. 2016 (com 
adaptações). 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas: 
I- Apesar de haver controvérsias quanto à aceitação do grafite e da pichação 
como formas de arte, há indícios de que o reconhecimento dessas 
expressões artísticas está aumentando, como a criação do Museu Aberto de 
Arte Urbana de São Paulo. 
II- O grafite agrava o preconceito social contra as pessoas mais pobres, uma 
vez que se trata de uma manifestação popular que não alcança o prestígio 
das artes oficialmente reconhecidas. 
III- De acordo com o texto, o grafite e a pichação são comparáveis 
aos outdoors e deveria haver uma legislação semelhante à Cidade Limpa 
para proibir essas manifestações. 
IV- A acessibilidade, a efemeridade e a relação com causas sociais são 
características da arte urbana. 
 
Está correto o que se afirmar apenas em: 
 
Respostas: a. I e II. 
 b. II e III. 
 c. III e IV. 
 d. I e IV. 
 e. I, II e IV. 
Feedback 
da resposta: 
Resposta: D 
Comentário: I – Afirmativa correta. Justificativa: o texto 
menciona ações que mostram o reconhecimento do grafite 
como obra de arte, como a publicação do livro com figuras de 
arte urbana e a criação do Museu Aberto de Arte Urbana de 
São Paulo. 
II – Afirmativa incorreta. Justificativa: o texto não afirma que o 
grafite agrava preconceitos e o aponta como uma forma de 
expressão de arte popular. 
III – Afirmativa incorreta. Justificativa: o texto não propõe uma 
lei semelhante à implantada pelo prefeito Kassab para proibir 
as manifestações de grafite. 
IV – Afirmativa correta. Justificativa: a arte urbana é efêmera, 
pois pode ser apagada ou coberta por outra, e acessível a 
todos que circulam pela cidade. Normalmente, essas 
expressões têm relação com causas sociais, pois são 
manifestações populares. 
 
 
• Pergunta 4 
1 em 1 pontos 
 
(Enade-2010) Leia o excerto a seguir: 
 
“De agosto de 2008 a janeiro de 2009, o desmatamento na Amazônia Legal 
concentrou-se em regiões específicas. Do ponto de vista fundiário, a maior 
parte do desmatamento (cerca de 80%) aconteceu em áreas privadas ou em 
diversos estágios de posse. O restante do desmatamento ocorreu em 
assentamentos promovidos pelo INCRA, conforme a política de Reforma 
Agrária (8%), unidade de conservação (5%) e em terras indígenas (7%).” 
 
Disponível em: <www.imazon.org.br>. Acesso em 26 ago. 2010 (com 
adaptações). 
 
 
Infere-se do texto que, sob o ponto de vista fundiário, o problema do 
desmatamento na Amazônia Legal está centrado: 
 
Respostas: a. Nos grupos engajados na política de proteção ambiental, 
pois eles não aprofundaram o debate acerca da questão 
fundiária. 
 
b. Nos povos indígenas, pois eles desmataram a área que 
ocupavam mais do que a comunidade dos assentados pelo 
INCRA. 
 
c. Nos posseiros irregulares e proprietários 
regularizados, que desmataram mais, pois muitos ainda 
não estão integrados aos planos de manejo sustentável da 
terra. 
 
d. Nas unidades de conservação, que costumam burlar leis 
fundiárias; nelas, o desmatamento foi maior do que o realizado 
pelos assentados pelo INCRA. 
 
e. Nos assentamentos regulamentados pelo INCRA, nos quais 
o desmatamento foi maior do que o realizado pelos donos de 
áreas privadas da Amazônia Legal. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: C 
Comentário: na citação do enunciado, informa-se que 80% 
desse desmatamento ocorreram em áreas privadas ou em 
diversos estágios de posse. Pede-se que seja feita uma 
inferência a respeito da centralização, do ponto de vista 
fundiário, do problema do desmatamento na Amazônia Legal. 
A – Alternativa incorreta: o texto do enunciado não faz 
referência aos grupos engajados na política de proteção 
ambiental. Não foi afirmado que o problema do desmatamento 
na Amazônia Legal está centrado no fato de esses grupos não 
terem aprofundado o debate sobre a questão fundiária. 
B – Alternativa incorreta: de agosto de 2008 a janeiro de 2009, 
7% do desmatamento na Amazônia Legal ocorreram em 
assentamentos promovidos pelo INCRA em terras indígenas. 
Esse percentual de desmatamento é significantemente inferior 
aos 80% ocorridos em áreas privadas ou em diversos estágios 
de posse. Além disso, os assentamentos promovidos pelo 
INCRA em terras indígenas são parte do total de 
assentamentos realizados por esse órgão. 
C – Alternativa correta: de agosto de 2008 a janeiro de 2009, 
80% do desmatamento na Amazônia Legal ocorreram em 
áreas privadas ou em diversos estágios de posse. Logo, 
podemos inferir que esse problema está centrado em ações 
de posseiros irregularese proprietários regularizados, muitos 
dos quais ainda não estão integrados aos planos de manejo 
sustentável da terra. 
D – Alternativa incorreta: o texto do enunciado não faz 
 
referência às unidades de conservação e ao fato de elas 
burlarem leis fundiárias. 
E – Alternativa incorreta: pelas informações do enunciado, 
verificamos que, de agosto de 2008 a janeiro de 2009, 20% do 
desmatamento na Amazônia Legal ocorreram em 
assentamentos promovidos pelo INCRA, conforme a política 
de Reforma Agrária (8%), unidade de conservação (5%) e em 
terras indígenas (7%). Esse percentual não supera o relativo 
ao desmatamento realizado pelos donos de áreas privadas, 
pois 80% aconteceram em áreas privados ou em diversos 
estágios de posse. 
 
• Pergunta 5 
1 em 1 pontos 
 
Leia o texto a seguir: 
 
Quem tem o direito de falar? 
Estabelecer que minorias só podem falar dos problemas de seu grupo é 
uma forma astuta de silenciamento 
 
“A política não é uma questão apenas de circulação de bens e riquezas. Ou 
seja, ela não se funda simplesmente em uma decisão a respeito de como as 
riquezas e os bens devem circular, como eles devem ser distribuídos. 
Embora essa seja uma questão central que mobiliza todos nós, ela não é 
tudo, nem é razão suficiente de todos os fenômenos internos ao campo que 
nomeamos ‘política’. Na verdade, a política é também uma questão de 
circulação de afetos, da maneira com que eles irão criar vínculos sociais, 
afetando os que fazem parte destes vínculos. 
 
A maneira com que somos afetados define o que somos e o que não somos 
capazes de ver, o que somos e não somos capazes de sentir e perceber. 
Definido o que vejo, sinto e percebo, define-se o campo das minhas ações, a 
maneira com que julgarei, o que faz parte e o que está excluído do meu 
mundo. 
 
Percebam, por exemplo, como um dos maiores feitos políticos de 2015 foi a 
circulação de uma mera foto, a foto do menino sírio morto em um naufrágio 
no Mar Mediterrâneo. 
Nesse sentido, foi muito interessante pesquisar as reações de certos 
europeus que invadiram sites de notícias de seu continente com posts e 
comentários. 
 
Uma quantidade impressionante deles reclamava daqueles jornais que 
decidiram publicar a foto. Por trás de sofismas primários, eles diziam 
basicamente a mesma coisa: ‘parem de nos mostrar o que não queremos 
ver’, ‘isto irá quebrar a força de nosso discurso’. 
 
Pois eles sabiam que seu fascismo ordinário cresce à condição de 
administrar uma certa zona de invisibilidade. É necessário que certos afetos 
não circulem, que a humanização bruta produzida pela morte estúpida de um 
 
refugiado não nos afete. Todo fascismo ordinário é baseado em uma 
desinfecção. Toda verdadeira luta política é baseada em uma mudança nos 
circuitos hegemônicos de afetos. Prova disso foi o fato de tal foto produzir o 
que vários discursos até então não haviam conseguido: a suspensão 
temporária da política criminosa de indiferença em relação à sorte dos 
refugiados. 
 
Mas essa quebra da invisibilidade também se dá de outras formas. De fato, 
sabemos como faz parte das dinâmicas do poder decidir qual sofrimento é 
visível e qual é invisível. Mas, para tanto, devemos antes decidir sobre quem 
fala e quem não fala, qual fala ouvirei e qual fala representará, para mim, 
apenas alguma forma de ressentimento. 
 
Há várias maneiras de silêncio. A mais comum é simplesmente calar quem 
não tem direito à voz. Isso é o que nos lembram todos aqueles que se 
engajaram na luta por grupos sociais vulneráveis e objetos de violência 
contínua (negros, homossexuais, mulheres, travestis, palestinos, entre tantos 
outros). 
 
Mas há ainda outra forma de silêncio. Ela consiste em limitar sua fala. Assim, 
um será a voz dos negros e pobres, já que o enunciador é negro e pobre. O 
outro será a voz das mulheres e lésbicas, já que o enunciador é mulher e 
lésbica. A princípio, isto pode parecer um ato de dar voz aos excluídos e 
subalternos, fazendo com que negros falem sobre os problemas dos negros, 
mulheres falem sobre os problemas das mulheres, e por aí vai. 
 
No entanto, essa é apenas uma forma astuta de silêncio, e deveríamos estar 
mais atentos a tal estratégia de silenciamento identitário. Ao final, ela quer 
nos levar a acreditar que negros devem apenas falar dos problemas dos 
negros, que mulheres devem apenas falar dos problemas das mulheres. 
 
Pensar a política como circuito de afetos significa compreender que sujeitos 
políticos são criados quando conseguem mudar a forma como o espaço 
comum é afetado. Posso dar visibilidade a sofrimentos que antes não 
circulavam, mas quando aceito limitar minha fala pela identidade que 
supostamente represento, não mudarei a forma de circulação de afetos, pois 
não conseguirei implicar quem não partilha minha identidade na narrativa do 
meu sofrimento. 
 
Minha produção de afecções continuará circulando em regime restrito, 
mesmo que agora codificada como região setorizada do espaço comum. Ser 
um sujeito político é conseguir enunciar proposições que implicam todo 
mundo, que podem implicar qualquer um, ou seja, que se dirigem a esta 
dimensão do ‘qualquer um’ que faz parte de cada um de nós. É quando nos 
colocamos na posição de qualquer um que temos mais força de 
desestabilização de circuitos hegemônicos de afetos. 
O verdadeiro medo do poder é que você se coloque na posição de qualquer 
um.” 
 
Disponível em: <goo.gl/oWm9nF>. Acesso em 13 jun. 2016. 
Leia as afirmações a seguir: 
I- Segundo o autor, grupos de minorias estão sendo silenciados, pois 
vivemos em um regime autoritário, não democrático. 
II- O autor defende que os políticos sejam os legítimos representantes dos 
grupos minoritários, já que as minorias tendem a ser silenciadas na 
sociedade. 
III- A publicação da foto do menino sírio, morto no naufrágio ao tentar chegar 
à Europa como imigrante, foi, segundo o texto, uma forma de 
sensacionalismo da imprensa e, por isso, gerou conflitos políticos. 
 
Assinale a alternativa correta: 
Respostas: a. Todas as afirmativas são corretas. 
 b. I e II são corretas. 
 c. II e III são corretas. 
 d. III é correta. 
 e. Nenhuma alternativa é correta. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: E 
Comentário: I – Afirmativa incorreta: o autor não afirma que 
vivemos em um regime autoritário e aponta como 
silenciamento a restrição de fala a apenas sujeitos 
representativos de determinado grupo. 
II – Afirmativa incorreta: o autor afirma que a política é 
também uma questão da circulação dos afetos e não atribui 
aos políticos o papel de representar grupos identitários. 
III – Afirmativa incorreta: de acordo com o texto, a divulgação 
da foto contribuiu para a quebra de invisibilidade de uma 
questão importante no cenário atual. 
 
 
• Pergunta 6 
1 em 1 pontos 
 
(Enade 2007) Leia o excerto a seguir: 
Vamos supor que você recebeu de um amigo de infância e seu colega de 
escola um pedido, por escrito, vazado nos seguintes termos: “Venho mui 
respeitosamente solicitar-lhe o empréstimo do seu livro de Redação para 
Concurso, para fins de consulta escolar”. 
 
Essa solicitação em tudo se assemelha à atitude de uma pessoa que: 
 
Respostas: a. Comparece a um evento solene vestindo smoking completo 
e cartola. 
 b. Vai a um piquenique engravatado, vestindo terno 
completo, calçando sapatos de verniz. 
 c. Vai a uma cerimônia de posse usando um terno completo e 
calçando botas. 
 
 d. Frequenta um estádio de futebol usando sandálias de couro 
e bermudas de algodão. 
 e. Veste terno completo e usa gravata para proferir uma 
conferência internacional. 
Feedback 
da 
resposta: 
Resposta: B 
Comentário: a questão propõe que se faça uma analogia entre 
o uso da linguagem em uma situação específica de 
comunicação e a forma de se vestir em determinados 
eventos. Para fazer essa comparação, o leitor deve avaliar a 
linguagem utilizada na frase “Venho mui respeitosamente 
solicitar-lhe o empréstimo do seu livro de Redação para 
Concurso, para fins de consultaescolar”. O tratamento 
empregado, o formalismo exagerado e a presença de 
marcadores, como “mui respeitosamente” e “para fins de 
consulta escolar”, são inadequados à informalidade 
apresentada na contextualização da questão (o pedido de 
empréstimo de livro feito por um amigo de infância e colega de 
escola). Além de verificar, nas alternativas, situações de 
inadequação, deve-se identificar o tipo de inadequação. No 
enunciado, temos o uso de linguagem formal em situação 
informal. Nas alternativas, devemos procurar um caso de uso 
de roupa formal em evento informal. 
A – Incorreta: não é inadequado uma pessoa comparecer a um 
evento solene vestindo smoking completo e cartola. Um evento 
solene é uma situação que requer o uso de trajes sociais. 
B – Correta: de maneira análoga à situação apresentada no 
enunciado, é inadequado uma pessoa ir a um piquenique 
usando gravata, vestindo terno completo e calçando sapatos 
de verniz. Um piquenique é uma situação que requer o uso de 
roupas descontraídas. 
 
C – Incorreta: é inadequado um homem vestindo terno ir a uma 
cerimônia de posse calçando botas. Uma cerimônia de posse 
requer o uso de sapatos sociais. 
D – Incorreta: não é inadequado uma pessoa ir a um estádio 
de futebol usando sandálias de couro e bermudas de algodão. 
Um jogo de futebol é uma situação que requer o uso de roupas 
descontraídas. 
E – Incorreta: não é inadequado uma pessoa proferir uma 
conferência internacional vestindo terno completo e usando 
gravata. Uma conferência requer o uso de trajes sociais. 
 
• Pergunta 7 
1 em 1 pontos 
 
Leia o texto a seguir: 
 
O que Portugal tem a ver com o Brasil 
Alexandra Lucas Coelho 
 
 
“Os portugueses não parecem ter uma boa relação com os brasileiros, disse-
me uma alemã, conhecedora profissional de Portugal e Brasil. Estávamos na 
Alemanha, o Brasil temia uma guerra civil, foi há dez dias. Agora, de volta a 
casa, continuo a pensar na observação desta veterana, que nada tinha de 
provocadora, era só vontade de entender. Mas é impossível ignorar o que se 
tem manifestado em Portugal de equívoco face ao Brasil ao longo destes 
dias. 
 
Segundo um desses equívocos, provável pai dos outros, o tema da 
colonização encerrou-se, chega de falar dele, é passado. Penso o contrário, 
que mal começamos, que é presente, e a atual crise brasileira acentua isso. 
Não só pelo que expõe das estruturas brasileiras, como pelo que revelou do 
olhar de Portugal sobre o Brasil, e sobre si mesmo. 
 
Com esse nome, o Brasil viveu 322 anos de ocupação portuguesa e 194 de 
independência. Se alguém acredita que o tempo da independência poderia já 
ter curado o tempo da ocupação, precisa de voltar à história luso-brasileira, 
porque o alcance da violência vai longe, e em muitas direções. 
 
Esses 322 anos atuam diariamente naquilo que é hoje o Brasil, na clivagem 
entre São Paulo e o Nordeste, nos milhões que ainda moram em favelas na 
relação Casa-Grande & Senzala das elites com os empregados, na violência 
da polícia que continua a ser militar, no desmando oligárquico dos que 
controlam aparelhos e estados, no saque catastrófico da natureza, na traição 
aos grupos indígenas, na evangelização dos pobres, radicalizando o 
conservadorismo num país onde se morre de aborto. Não é elenco para uma 
crônica, tem sido e será para muitas, livros, bibliotecas. 
 
O lulismo fez coisas importantes contra parte dessa herança (nas 
desigualdades mais urgentes, na cultura), não fez o suficiente contra boa 
parte disto (na educação, na saúde, na polícia), fez coisas que pioraram isto 
(um capitalismo com consequências devastadoras no ambiente e nas 
questões indígenas) e historicamente produziu uma geração que o critica e 
supera pela esquerda num caldo inédito de periferias politicamente 
empoderadas e uma nova faixa politizada vinda da elite. 
 
A violência sistêmica brasileira tem raízes nas duas violências fundadoras da 
colonização portuguesa, extermínio indígena e escravatura africana. Os 
portugueses não inventaram a escravatura, mas inauguraram o tráfico em 
grande escala. Dos 12 milhões de indivíduos que as potências europeias 
deportaram de África até ao século XVIII, 5,8 milhões foram traficados por 
Portugal. Isto significa 47 por cento, ou seja, quase metade do tráfico foi 
assegurado por Portugal, e a maioria destinava-se a sustentar a colonização 
do Brasil. 
 
A escravatura é um horror antiquíssimo, sim, e entre os séculos XV e XVIII a 
forma portuguesa de a praticar foi secundada por ingleses, espanhóis, 
franceses, holandeses, sim. Mas a Portugal coube esta iniciativa: deportação 
em massa, para nela assentar a exploração brutal de um território gigante, à 
custa do qual um território minúsculo viveu, como toda uma bibliografia tem 
mostrado de forma cada vez mais desassombrada. 
 
Não aprendi isto na escola, e tenho sérias dúvidas de que a maior parte dos 
portugueses faça ideia de que Portugal, sozinho, deportou tantos africanos 
como os judeus mortos no Holocausto, com a ajuda teológica e logística da 
Igreja Católica, depois de ter levado ao extermínio de ninguém sabe quantos 
índios, provavelmente não menos de um milhão.” 
 
Com base no texto, assinale a alternativa correta: 
 
Respostas: a. Para entender o que ocorre no Brasil atualmente, o tema da 
colonização portuguesa é passado, encerrou-se, é 
desnecessário falar dele. 
 
b. Os atuais problemas brasileiros, das mais diversas 
naturezas, tiveram origem no sistema português de 
colonização do Brasil, cujos reflexos são sentidos até hoje. 
 
c. Os atuais problemas brasileiros se agravaram com o lulismo, 
que pôs fim à herança colonial portuguesa, deu poder às 
periferias e politizou as elites. 
 
d. Os portugueses, que inventaram o sistema escravocrata, 
introduziram uma violência sistêmica no território brasileiro 
contra índios e africanos. 
 
e. O fato de os portugueses terem sido responsáveis por mais 
da metade do tráfico em grande escala de africanos 
escravizados deixou um peso na história brasileira equivalente 
ao Holocausto. 
Feedback 
da resposta: 
Resposta: B 
Comentário: A – Incorreta: há muitos reflexos da colonização 
na atualidade brasileira, por isso o passado não pode ser 
ignorado. 
B – Correta: “A violência sistêmica brasileira tem raízes nas 
duas violências fundadoras da colonização portuguesa, 
extermínio indígena e escravatura africana”. 
C – Incorreta: o texto não afirma que os problemas se 
agravaram com o lulismo e nem que ele pôs fim à herança 
colonial. 
D – Incorreta: a escravidão não foi inventada pelos lusos. 
E – Incorreta: a escravidão deportou da África tantas pessoas 
quantas as que foram mortas no Holocausto dos judeus na 
Segunda Guerra Mundial. Não se afirma que as duas 
tragédias tenham tido pesos históricos equivalentes. 
 
 
• Pergunta 8 
1 em 1 pontos 
 
Leia o texto a seguir: 
Geografia e meio ambiente: uma análise da legislação dos resíduos 
sólidos. 
 
Fernanda Sampaio da Silva 
 
“O processo de industrialização foi responsável por grandes transformações 
urbanas. Influenciou a multiplicação de diversos ramos de serviços que 
caracterizam a cidade moderna. Também influenciou no desenvolvimento 
dos meios de transporte e comunicação, que interligaram distintas regiões. 
Foi responsável pela maior produtividade e pela consequente elevação da 
produção agrícola. Contribuiu ainda com o êxodo rural. 
 
Além disso, introduziu um novo modo de vida e novos hábitos de consumo, 
criou novas profissões, promoveu uma nova estratificação da sociedade e 
uma nova relação desta com a natureza. Algumas das tecnologias existentes 
hoje no mercado ainda trazem problemas ao meio ambiente. 
 
Entre os resíduos gerados pelo avanço desenfreado da produção e do 
consumo são encontrados os resíduos sólidos industriais, que podem trazer 
impactos com consequências para a saúde das pessoas e ao meio ambiente, 
desde uma escala local até mesmo global. 
 
Para que se possa reduzir a geração de resíduos sólidos industriais, 
minimizandopossíveis impactos negativos ao meio ambiente, é necessário 
que haja um processo de gestão para a diminuição de resíduos durante o 
processo produtivo e/ou, quando possível, substituição do material utilizado, 
por outro que tenha maior facilidade de ser reciclado. Portanto, a reciclagem 
é um elemento importante para a minimização de resíduos em lixões e 
aterros sanitários. 
 
[...] Assim, a geração e a disposição dos resíduos sólidos industriais em 
locais inapropriados constituem um problema ambiental e, por isso, seu 
gerenciamento deve ocorrer de forma correta e dentro da legislação, para 
que não seja comprometida a qualidade de vida das pessoas e do meio 
ambiente. 
 
O controle do acondicionamento, armazenamento e destinação final dos 
resíduos sólidos perigosos deve ocorrer de acordo com a norma ABNT – 
NBR 1004 de 2004, que faz uma classificação dos resíduos. Os resíduos são 
classificados em Classe I quando se trata de resíduos sólidos perigosos 
(classificados pelo seu grau de risco a saúde pública) e Classe II quando são 
resíduos não perigosos. 
 
Os resíduos de Classe II são subdivididos em: Classe II A, quando não são 
inertes e Classe II B, inertes. Os resíduos sólidos gerados devem ser 
controlados nas indústrias, pois fazem parte do licenciamento pelo órgão 
ambiental competente. 
 
Por isso, para que esse órgão tenha conhecimento dos resíduos gerados, o 
Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA dispõe de uma resolução 
com o objetivo de inventariar os resíduos sólidos gerados em todo o país, 
para que seja elaborado o Plano Nacional para Gerenciamento de Resíduos 
Sólidos Gerados. O inventário é elaborado a partir de informações como 
quantidade, formas de acondicionamento e armazenamento e destinação 
final, enviadas trimestralmente ao órgão estadual competente (Resolução 
CONAMA nº 313/2002).” 
 
Disponível em: <https://goo.gl/06swDe>. Acesso em 12 nov. 2014 (com 
adaptações). 
 
Com base nas informações do texto, analise as afirmativas: 
I- O controle da geração de resíduos sólidos industriais depende da 
conscientização do consumidor a fim de que modifique seus hábitos. 
II- A redução na geração de resíduos sólidos está atrelada ao gerenciamento 
do acondicionamento, do armazenamento e da destinação final dos resíduos 
classificados como perigosos. 
III- A Resolução CONAMA nº 313/2002, que trata do Plano Nacional para 
Gerenciamento de Resíduos Sólidos, tem como objetivo conscientizar a área 
industrial para que exista a redução da geração de resíduos sólidos. 
 
Com base nas informações do texto, assinale a alternativa correta: 
 
Respostas: a. I está correta. 
 b. II está correta. 
 c. I e III estão corretas. 
 d. III está correta. 
 e. Nenhuma afirmativa está correta. 
Feedback 
da resposta: 
Resposta: E 
Comentário: I – Afirmativa incorreta: os resíduos sólidos são 
gerados, como destaca o texto, pelos processos produtivos e, 
assim, a sua redução depende das indústrias, e não da 
conscientização do consumidor. 
II – Afirmativa incorreta: o texto destaca que os resíduos são 
gerados no processo de produção. III - Afirmativa incorreta: 
de acordo com o texto, a resolução tem o objetivo de 
inventariar os resíduos sólidos gerados em todo o país. 
 
 
• Pergunta 9 
1 em 1 pontos 
 
Leia o texto a seguir: 
Obesidade, consumo e política: uma conversa sobre as mudanças 
mundiais na alimentação 
Por que estamos engordando? O que a política tem a ver com os 
alimentos? Por que não vemos publicidade de legumes na TV? 
“Essas e outras questões relacionadas às transformações na alimentação e 
suas consequências no cenário internacional foram abordadas por Pedro 
Graça, diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação 
Saudável do Ministério da Saúde de Portugal e doutor em Nutrição Humana 
pela Universidade do Porto. Em visita ao Brasil, ele participou do Seminário 
 
Internacional: Escolhas Alimentares e seus Impactos, no Sesc Santos. 
Confira algumas questões levantadas. 
Estamos engordando: Ao comparar gráficos da presença da obesidade nas 
populações dos Estados Unidos e da área rural de Bangladesh, por exemplo, 
o professor Pedro Graça conclui: essa é uma epidemia global. A obesidade 
cresceu nos últimos 20 anos não só em países industrializados, com ampla 
oferta de alimentos, mas chegou até áreas rurais da Ásia. 
Os mais pobres engordam mais: Até recentemente, acreditava-se que essa 
era uma epidemia que atingia principalmente as populações que estavam 
melhorando economicamente, associada ao acesso à alimentação, ao 
acesso à caloria, à gordura, à proteína. Mas não é bem assim: ‘O que nós 
estamos a viver é não só o aumento da doença no mundo inteiro, mas, ao 
contrário do que se esperava, quem é mais afetada é a população mais 
carente, mais vulnerável. Pobreza e obesidade se aproximam de tal maneira 
que a pessoa pode ter fome e ser obesa ao mesmo tempo. Coisa que para 
nós da biologia é um paradoxo’, afirma. 
Somos treinados para engordar: ‘Nós somos uma máquina de engordar’. Isso 
porque a capacidade de acumular reservas de energia na forma de gordura 
foi essencial para a sobrevivência do ser humano, diante da escassez de 
alimentos. ‘O ser humano está preparado para lidar com a fome há dois 
milhões de anos. E começou a lidar com excesso de calorias há 50 anos. 
Não estamos preparados biologicamente para isso’, afirma Pedro. 
O que mudou?: Diversas alterações demográficas causaram mudanças na 
alimentação: a entrada da mulher no mercado de trabalho e na vida 
acadêmica, o envelhecimento da população e a necessidade de se trabalhar 
mais horas são alguns exemplos. E, se aumenta o tempo do trabalho, o que 
fica para trás é o tempo de cozinhar e de ficar com os filhos. Os alimentos 
que já vêm prontos têm, portanto, muito mais apelo do que aqueles que 
exigem tempo e conhecimentos culinários para o preparo. Além disso, em 
muitos lugares é mais fácil e barato encontrar produtos ultraprocessados e 
calóricos – ricos em açúcar, sal e gordura – em vez de alimentos frescos. 
Você já viu propaganda de alface na TV?: Provavelmente não. Mas vemos 
diariamente publicidade de produtos ultraprocessados e supercalóricos, não 
é mesmo? Pedro Graça chama atenção para o fato de que grandes indústrias 
alimentícias lucram muito, enquanto quem trabalha no campo com frutas e 
legumes, em geral, tem ganhos pequenos e são os que mais sofrem com as 
oscilações na economia e nos preços dos alimentos. Assim fica fácil entender 
como um lado tem muito mais capacidade de investir e produzir comunicação 
(publicidade, marketing etc.) do que o outro. 
É preciso reconhecer o ambiente: De acordo com o pesquisador W. Philip 
James, durante décadas pensou-se que a atenção e o esforço individual 
fossem suficientes para prevenir a obesidade, porém depois de décadas 
desse esforço, as taxas de ganho de peso continuaram a subir. Essa 
epidemia reflete a presença de um ambiente tóxico ou obesogênico. Isso 
significa que não adianta ensinar as pessoas sobre alimentação saudável, se 
não há um ambiente favorável a isso, ou seja, se não há oferta de alimentos 
saudáveis em local próximo, a preços acessíveis. 
 
‘Eu tenho primeiro que me preocupar com as condições que existem ou que 
eu posso criar para que o suco de laranja apareça, para em seguida dizer 
como é importante consumir suco de laranja’, exemplifica Pedro Graça.” 
 
Disponível em: <https://goo.gl/926x1l>. Acesso em 08 jun. 2016 (com 
adaptações). 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta: 
I- De acordo com o texto, o cuidado com o peso é uma questão de educação 
individual e a obesidade aumenta entre os mais pobres por falta de instrução. 
II- As alterações no modo de vida têm responsabilidade pelo aumento da 
obesidade, uma vez que há incentivo ao consumo de produtos 
ultraprocessados, mais práticos do que os alimentos frescos. 
III- A melhora econômica facilita o acesso da população aos alimentos e, 
consequentemente, aumenta a prevalência de obesidade.IV- A propaganda e o marketing 
têm influência sobre a venda de produtos industrializados e atingem apenas 
as regiões urbanas. 
 
Assim: 
Respostas: a. Nenhuma afirmativa está correta. 
 b. I e II estão corretas. 
 c. II está correta. 
 d. III e IV estão corretas. 
 e. II e III estão corretas. 
Feedback da 
resposta: 
Resposta: C 
Comentário: I – Afirmativa incorreta: o texto afirma que a 
obesidade não é um problema individual, pois é favorecida 
pelo ambiente da vida moderna. 
II – Afirmativa correta: o texto afirma que em muitos lugares é 
mais fácil e barato encontrar produtos ultraprocessados e 
calóricos – ricos em açúcar, sal e gordura – em vez de 
alimentos frescos. 
III – Afirmativa incorreta: o texto afirma que a obesidade 
cresce mais entre os menos privilegiados economicamente. 
IV – Afirmativa incorreta: a propaganda e o marketing não 
atingem apenas as áreas urbanas. 
 
 
• Pergunta 10 
0 em 1 pontos 
 
(Enade-2011) Leia o excerto a seguir: 
“Em reportagem, Owen Jones, autor do livro Chavs: a difamação da classe 
trabalhadora, publicado no Reino Unido, comenta as recentes manifestações de 
rua em Londres e em outras principais cidades inglesas. Jones prefere chamar 
atenção para as camadas sociais mais desfavorecidas do país, que desde o início 
dos distúrbios, ficaram conhecidas no mundo todo pelo apelido chavs, usado 
pelos britânicos para escarnecer dos hábitos de consumo da classe trabalhadora. 
 
 
Jones denuncia um sistemático abandono governamental dessa parcela da 
população: ‘Os políticos insistem em culpar os indivíduos pela desigualdade’, diz. 
‘Você não vai ver alguém assumir ser um chav, pois se trata de um insulto criado 
como forma de generalizar o comportamento das classes mais baixas. Meu medo 
não é o preconceito e, sim, a cortina de fumaça que ele oferece. 
 
Os distúrbios estão servindo como o argumento ideal para que se faça valer a 
ideologia de que os problemas sociais são resultados de defeitos individuais, não 
de falhas maiores. Trata-se de uma filosofia que tomou conta da sociedade 
britânica com a chegada de Margaret Thatcher ao poder, em 1979, e que 
basicamente funciona assim: você é culpado pela falta de oportunidades. [...] Os 
políticos insistem em culpar os indivíduos pela desigualdade’.” 
 
Suplemento Prosa & Verso, O Globo, Rio de Janeiro, 20 ago. 2011, p. 6 
(adaptado). 
 
Considerando as ideias do texto, avalie as afirmações a seguir. 
I- Chavs é um apelido que exalta hábitos de consumo de parcela da população 
britânica. 
II- Os distúrbios ocorridos na Inglaterra serviram para atribuir deslizes de 
comportamento individual como causas de problemas sociais. 
III- Indivíduos da classe trabalhadora britânica são responsabilizados pela falta de 
oportunidades decorrente da ausência de políticas públicas. 
IV- As manifestações de rua na Inglaterra reivindicavam formas de inclusão nos 
padrões de consumo vigente. 
 
É correto apenas o que se afirmar em: 
Respostas: a. I e II. 
 b. I e IV. 
 c. II e III. 
 d. I, III e IV. 
 e. II, III e IV.

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