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Unidade III FILOSOFIA E DIMENSÕES HISTÓRICAS DA EDUCAÇÃO FÍSICA Prof. Mário Sigoli Unidade III A história do futebol no Brasil. A história da Educação Física no Brasil. Eugenia, higiene e nacionalismo, ideais brasileiros no início do século XX. A institucionalização do Esporte Brasileiro. A quebra do paradigma no esporte feminino brasileiro. As estruturas esportivas brasileiras contemporâneas. Educação Física e Epistemologia. Aspectos pedagógicos da educação física contemporânea. Educação Física e aspectos da saúde. A história do futebol no Brasil Em 1894, retorna ao Brasil Charles Miller, filho de pais ingleses, funcionários da São Paulo Railway, empresa responsável pela grande expansão da malha ferroviária brasileira. Charles Miller foi estudar na Inglaterra, em Southamptom, na Banister Court School, onde destacou-se como um excelente jogador de football. Trouxe em sua bagagem duas bolas, uma bomba para enchê- las, além de uniformes, apito e um livro de regras. http://i.dailymail.co.uk/i/pix/2014/06/07/article- 0-1E8537C100000578-987_306x423.jpg Os primórdios do futebol no Brasil Apesar dos esforços de Charles Miller, a primeira partida de futebol ocorreu somente em 1895, em um terreno baldio da várzea do Carmo, entre as ruas Santa Rosa e do Gasômetro, entre funcionários da São Paulo Gas Company e da Estrada de Ferro São Paulo Railway, em São Paulo. Outros jogos amistosos passaram a acontecer entre membros de colônias europeias, filhos de famílias abastadas, geralmente na Chácara da Família Dudley, no Bom Retiro, São Paulo. Os primórdios do futebol no Brasil Foi criada em 19 de dezembro de 1901 a Liga paulista de Football, formada pelas equipes do São Paulo Athletic Club (SPAC), a Associação Atlética Mackenzie College, O Sport Club Internacional de São Paulo, o Sport Club Germânia (atual Esporte Clube Pinheiros) e o Clube Athletico Paulistano. Além das equipes de origem aristocráticas, os times mais precários da periferia começaram a se organizar em regiões periféricas, favelas e na várzea dos rios. Desta forma, a população pobre e negra também teve acesso ao futebol. O futebol chega ao Rio de Janeiro Em 1897, o estudante Oscar Cox regressou de seus estudos na Suíça e introduziu o futebol na cidade do Rio de Janeiro. As primeiras equipes do estado foram o Rio Team, formada por Cox, em 1901, o Fluminense Foot-ball Club (1902), o Rio Foot-ball Club (1902), o Botafogo Foot-ball Club, o America Foot-ball Club, o Bangu Athletic Club (1904) – Flamengo (1911) e Vasco da Gama (1923). O futebol popular x o futebol aristocrático O futebol da periferia era jogado em terrenos irregulares, com bolas de meia adaptadas, que quicavam demais e exigiam mais habilidade e condução para viabilizar o jogo. O brasileiro pobre tinha agora uma opção de lazer democrática e, devido às circunstâncias, uma nova forma de jogar se desenvolveu, mais ágil e plástica, cheia de ginga e dribles. As equipes aristocráticas passaram a desejar a participação de brasileiros habilidosos em suas composições, o que gerou bastante polêmica no início. O negro no futebol brasileiro As equipes mais tradicionais repudiavam a ideia de jogar com atletas pobres, mulatos ou negros e mantinham seu isolamento aristocrático. Em 1923, o Clube Vasco da Gama montou uma equipe com diversos atletas negros, que foram contratados; os demais clubes contavam apenas com atletas brancos e amadores. Naquele ano, o Vasco da Gama sagrou-se campeão, mas foi expulso da Liga carioca de futebol. O negro no futebol brasileiro Aos poucos, o amadorismo e a inclusão de atletas negros foram sendo incorporados à realidade do futebol brasileiro, fato que foi impulsionado por ídolos negros ou mulatos, tais como Arthur Friendenreich (Clube Atlhetico Paulistano), Leonidas da Silva (Botafogo e São Paulo F.C.) e Pelé (Santos F. C.). Apesar da miscigenação e da grande variedade étnica presente nos clubes de futebol contemporâneos, ainda vemos manifestações racistas contra jogadores negros no Brasil e na Europa. Arthur Friendenreich (1892-1969) El Tigre foi a primeira grande estrela do futebol brasileiro. Defendeu os times do Paulistano, São Paulo e Flamengo, além da seleção Brasileira. https://pt.wikipedia.org/wiki/Arthur_Friedenreich Leônidas da Silva O Diamante Negro foi grande estrela nos times do Botafogo e do São Paulo F. C. e da seleção Brasileira. Artilheiro da Copa de 1938, com 08 gols. http://esportes.estadao.com.br/noticias/futebol,m aior-do-que-pele-leonidas-da-silva-o-diamante- negro-completaria-100-anos,1071909 Leônidas da Silva – o precursor do gol de bicicleta http://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/18830-isto-e-leonidas-da-silva Pelé, o rei do futebol Considerado o maior jogador de futebol de todos os tempos. Pelé foi o craque da equipe do Santos e da seleção nas Copas de 1958 e 1970. Em 1962, machucou-se no início da competição. Encerrou sua carreira em 1977, no New York Cosmos; somou 1282 gols em toda sua carreira. https://pt.wikipedia.org/wiki/Pel%C3%A9 Brasil o país do futebol O Brasil inicia suas participações em Copas do Mundo desde a primeira edição, em 1938, quando fica com a terceira colocação. Em 1950, o país foi sede da Copa e a final foi no grandioso estádio do Maracanã, que na ocasião comportava 200 mil pessoas, o resultado foi traumático, o Brasil favorito perdeu para o Uruguai, calando o magnífico estádio. Brasil o país do futebol A seleção brasileira sagra-se campeã em anos alternados nas edições de 1958, 1962 e 1970. O país explode em um nacionalismo esportivo, surge o país do futebol. Grandes ídolos surgiram: Rivelino, Pelé, Garrincha, Sócrates, Zico, Romário, Ronaldo e Neymar são apenas algumas das centenas de estrelas do futebol nacional reconhecidas no mundo inteiro. O Brasil ainda se sagrou campeão nas Copas de 1994 e 2002 e, em 2016, conquista o inédito título nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Ponto de reflexão Fanáticos pelo futebol não se dão conta que, por trás de algumas ações, estão interesses maiores envolvidos. Como é o caso da vinda da Copa do Mundo de Futebol para o Brasil em 2014. A realização do evento exigiu um esforço intenso e acelerado para a construção de gigantescos estádios, que foram financiados, em grande parte, pelo governo federal. Passados alguns anos do evento, inúmeras acusações de corrupção envolvendo governo e empreiteiras apareceram na mídia, como símbolo de uma gestão esportiva pouco comprometida com o bem-estar geral e mais interessada em sustentar-se no poder. Interatividade O Futebol no Brasil teve início no final do século XIX, em 1894 com o retorno de Charles Miller da Inglaterra. Miller foi estudante em Southamptom, na Banister Court School, onde destacou-se como um excelente jogador de football. Trouxe na mala duas bolas, uma bomba, uniforme um apito e um livro de regras. Quem foram os primeiros jogadores nos primórdios do futebol no Brasil? a) Atletas de outras modalidades esportivas tradicionais no país, tais como o remo e o ciclismo, já praticados em Clubes como O Clube de Regatas Flamengo, ou o Sport Club Corinthians Paulista na virada do século. b) Jogadores amadores da periferia das grandes cidades, atletas mulatos e negros, muito habilidosos devido aos campos irregulares e bolas de meia. c) Membros da aristocracia e trabalhadores de empresas estrangeiras que se reuniam em clubes da colônia europeia para jogar de forma amadora. Interatividade d) Jogadores profissionais contratados de equipes federadas da Europa, entre eles Oscar Cox da Suíça e Hans Nobiling da Alemanha. e) Marinheiros de embarcações inglesas que atracavam no porto de Santos e jogavam na praia e nos terrenosbaldios da Várzea. Resposta O Futebol no Brasil teve início no final do século XIX, em 1894 com o retorno de Charles Miller da Inglaterra. Miller foi estudante em Southamptom, na Banister Court School, onde destacou-se como um excelente jogador de football. Trouxe na mala duas bolas, uma bomba, uniforme um apito e um livro de regras. Quem foram os primeiros jogadores nos primórdios do futebol no Brasil? a) Atletas de outras modalidades esportivas tradicionais no país, tais como o remo e o ciclismo, já praticados em Clubes como O Clube de Regatas Flamengo, ou o Sport Club Corinthians Paulista na virada do século. b) Jogadores amadores da periferia das grandes cidades, atletas mulatos e negros, muito habilidosos devido aos campos irregulares e bolas de meia. c) Membros da aristocracia e trabalhadores de empresas estrangeiras que se reuniam em clubes da colônia europeia para jogar de forma amadora. A Educação Física brasileira e os pareceres de Rui Barbosa – 1882 A instituição de uma seção especial de ginástica em cada escola normal. A extensão obrigatória de ginástica para ambos os sexos. Em relação à mulher, preservar a harmonia das formas e as exigências da maternidade futura. A inserção da ginástica nos programas escolares como matéria de estudo, em horas distintas das do recreio, e depois das aulas. Equiparação, em categoria e autoridade, dos professores de ginástica aos de todas as outras disciplinas. A predominância da ginástica francesa Em 1907, com a chegada de uma Missão Militar francesa que se instalou em São Paulo para ministrar instrução na Força Pública do estado. Em 1909, foi criada uma escola para formar professores de esgrima e ginástica junto à Escola Militar do Estado de São Paulo. Em 1929, criação da Primeira escola de Educação Física do Brasil, na Vila Militar. Eugenia, higiene e nacionalismo, ideais brasileiros no início do século XX Na década de 1920, surge, no Brasil e no mundo, uma preocupação com a depuração da raça e o fortalecimento do povo. O “embranquecimento” da raça brasileira se tornou oficialmente parte do plano de desenvolvimento nacional, empregando diferentes categorias profissionais, tais como médicos, intelectuais, professores, instrutores de educação física. O principal veículo de implementação do plano de eugenia da raça brasileira era o fortalecimento do corpo da mulher através do exercício físico. A institucionalização do Esporte Brasileiro Em 1941, o Estado brasileiro legislou, através do Decreto Lei nº 3199, o estabelecimento de bases para a organização do esporte no Brasil, em seu primeiro capítulo, a Lei institui o Conselho Nacional de Desportos (CND). Clubes e federações esportivas passaram a ser atreladas de forma linear e submissa às deliberações do CND. A quebra de paradigma da mulher brasileira no esporte E em 1965, através da Deliberação 7/65, o CND criou a regra que dizia: às mulheres – item 2: não seria permitida a prática “de lutas de qualquer natureza, futebol, futebol de salão, futebol de praia, polo, rugby, halterofilismo e beisebol”. Em 1979, a equipe brasileira de Judô levou quatro atletas do sexo feminino para disputar de forma clandestina o Campeonato Sul-Americano. As atletas ganharam várias medalhas no Campeonato, o que mobilizou o CND a liberar a participação das mulheres em várias modalidades até então proibidas. Interatividade Como foi vista a participação da mulher na educação física brasileira no início do século XX? a) A mulher era proibida de fazer qualquer atividade física. b) A mulher tinha restrições quanto a prática, pois era tida como sexo frágil e devia preservar sua função reprodutiva. c) A mulher podia fazer as mesmas atividades que os homens, pois o mundo moderno já era livre de preconceitos. d) A mulher podia exercitar-se apenas com séries de força, saltos e lutas. e) As mulheres podiam praticar o futebol, mas apenas pelas manhãs. Resposta Como foi vista a participação da mulher na educação física brasileira no início do século XX? a) A mulher era proibida de fazer qualquer atividade física. b) A mulher tinha restrições quanto a prática, pois era tida como sexo frágil e devia preservar sua função reprodutiva. c) A mulher podia fazer as mesmas atividades que os homens, pois o mundo moderno já era livre de preconceitos. d) A mulher podia exercitar-se apenas com séries de força, saltos e lutas. e) As mulheres podiam praticar o futebol, mas apenas pelas manhãs. As estruturas esportivas brasileiras contemporâneas Atualmente, as ações de incentivo se destinam a categorias de atletas com destaque no cenário nacional e internacional, ou seja, se estimula o topo da cadeia de desenvolvimento esportivo e não se organizam os investimentos na base, na formação de novos atletas. A Política Nacional de Desenvolvimento Esportivo não consegue atingir efetivamente os incentivos ao esporte em nível municipal, na criação de escolinhas e categorias de base. As estruturas esportivas brasileiras contemporâneas Alguns projetos bem organizados recebem repasse de verba da Lei Agnelo-Piva, que prevê isenção fiscal para empresas apoiadora do esporte. No entanto, a abrangência destas iniciativas é amostral e grande parte da população é alienada da prática esportiva de base. As secretarias municipais de esporte têm, atualmente, grande responsabilidade no desenvolvimento de políticas formativas de esporte. No entanto, muitas prefeituras possuem má estruturação e o repasse para o esporte é muito pequeno. Educação Física e Epistemologia A educação física como área de conhecimento e intervenção profissional-pedagógica, que lida com a cultura corporal de movimento, objetivando a melhoria qualitativa das práticas constitutivas daquela cultura, mediante referenciais científicos, filosóficos e estéticos. Betti, 2005 Educação Física e Epistemologia A educação física, vista como prática social provida de história e contextualização social, contempla a possibilidade de engajamento pedagógico, de participação em práticas científicas. Bracht, 1995 Educação Física e Epistemologia A educação física não é uma disciplina científica, mas uma área de conhecimento e intervenção pedagógica que expressa projetos sociais e historicamente condicionados, os quais, por sua vez, levam à construção dos objetos da pesquisa científica. Áreas de ação da Educação Física: saúde, escola, lazer, esporte, estética, inclusão. Todas elas estão contidas nela como práticas sociais que se manifestam por meio da cultura do movimento corporal humano. Betti, 2005 Aspectos pedagógicos da educação física contemporânea Em 1998, foram publicados os Parâmetros Curriculares Nacionais da Educação Física (PCNs), documento produzido por uma força tarefa de professores da educação física, que buscou o estabelecimento de temas transversais e do diálogo entre as ideias discutidas até então. Um consenso foi estabelecido: a necessidade de direcionar o ensino da educação física a uma prática autônoma e consciente, que desenvolva o indivíduo em seus aspectos físicos, cognitivos e socioafetivos. Os principais objetivos estabelecidos pelos PCNs da Educação Física A compreensão da educação física como um veículo de formação e exercício da cidadania. O conhecimento das características culturais fundamentais norteia a prática da educação física com identidade nacional. Possibilita o conhecimento e a valorização da pluralidade das possibilidades e objetivos das práticas corporais. Interatividade Nos últimos 20 anos a educação física passou por transformações significativas no que se refere ao seu planejamento pedagógico. Muitas mudanças foram sugeridas, muitosdebates ocorreram e hoje é possível afirmar que existe um conjunto de conhecimentos possível de ser identificado como conteúdo da educação física escolar. Nesse sentido, levando em consideração a síntese das muitas concepções já publicadas, podemos afirmar que são conteúdos gerais: a) Ginásticas, esportes, lutas, danças e jogo. b) Brincadeiras, recreação, passeios e natação. c) Passeios, estética, treinamento, dramatização e jogo. d) Jogo, competição, atividade física, estética e teatro. e) Futsal, basquete, vôlei, handebol e atletismo. Resposta Nos últimos 20 anos a educação física passou por transformações significativas no que se refere ao seu planejamento pedagógico. Muitas mudanças foram sugeridas, muitos debates ocorreram e hoje é possível afirmar que existe um conjunto de conhecimentos possível de ser identificado como conteúdo da educação física escolar. Nesse sentido, levando em consideração a síntese das muitas concepções já publicadas, podemos afirmar que são conteúdos gerais: a) Ginásticas, esportes, lutas, danças e jogo. b) Brincadeiras, recreação, passeios e natação. c) Passeios, estética, treinamento, dramatização e jogo. d) Jogo, competição, atividade física, estética e teatro. e) Futsal, basquete, vôlei, handebol e atletismo. Abordagens filosóficas da Educação Física no Brasil Na década de 1970, o caráter biológico foi acrescido da tendência esportivista. A ideia do governo vigente era usar a educação física escolar como um instrumento de formação e detecção de atletas, que pudessem representar a nação em competições nacionais e internacionais. A partir do início de 1980, com o retorno de professores pós- graduados do exterior, novas abordagens filosóficas e pedagógicas passaram a ser defendidas como alternativas ao modelo hegemônico biológico esportivista. Abordagem da psicomotricidade Comprometida com o desenvolvimento integral da criança, extrapola os limites biológicos do rendimento corporal e valoriza os conhecimentos de ordem psicológica. A ação educativa deve ocorrer a partir de movimentos espontâneos da criança e de suas atitudes corporais. Abordagem desenvolvimentista Abordagem dirigida a crianças de quatro a catorze anos. Tem por objetivo caracterizar a progressão normal do crescimento físico, do desenvolvimento fisiológico, motor, cognitivo e afetivo social na aprendizagem motora. A educação física deve dar condições para que o comportamento motor do aluno seja desenvolvido por meio da interação entre o aumento da diversificação e da complexidade dos movimentos. Abordagem construtivista – interacionista Objetiva a construção do conhecimento a partir da interação do sujeito com o mundo. Critica as propostas tecnicistas hegemônicas, caracterizadas pela busca do desempenho máximo, sem considerar as diferenças individuais. Para a abordagem construtivista, deve-se respeitar o universo cultural do aluno. Abordagem crítico-superadora Reflexão pedagógica que desempenha um papel político- pedagógico, pois encaminha propostas de intervenção e possibilita reflexões sobre a realidade dos homens. Por meio do jogo, da ginástica, da dança e do esporte, busca criar condições educativas que contestem a realidade de injustiças sociais e que não reproduzem a ótica capitalista hegemônica e injusta. Abordagem crítico-emancipatória Busca uma ampla reflexão sobre a possibilidade de ensinar os esportes pela sua transformação didático-pedagógica e de tornar o ensino escolar um espaço de aquisição de uma competência crítica e emancipada, voltada para a formação da cidadania do jovem, indo além de mera instrumentalização técnica para o trabalho. Educação Física e aspectos da saúde Age como ferramenta de promoção de saúde, atuando na esfera física, melhorando o condicionamento corporal e combatendo o sedentarismo. Atua também nos aspectos psicológicos da saúde ao promover melhora significativa da autoestima e a formação de uma autoimagem positiva. Age em benefício da saúde no âmbito social, promovendo a inclusão em grupos de convívio em locais de práticas de exercício. Educação Física e aspectos da saúde No Brasil, o profissional de Educação Física foi inserido no SUS (Sistema Único de Saúde) através do NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família), agindo como propagador da educação para a saúde de forma preventiva, a fim de evitar o sedentarismo. O sedentarismo tem maior incidência na população com menor escolaridade, que possui menor acesso à informação sobre os benefícios do exercício, tem menor poder para a aquisição de planos em academias e ainda possuem menor tempo livre para a prática, devido à jornada dupla de trabalho. Interatividade “Quando o iniciante ouve o berimbau, assiste ao jogo, presencia sua primeira roda, fica deslumbrado. Sente algo no coração e, intuitivamente, compreende o que é o jogo da capoeira. Se acreditasse firmemente nesta primeira intuição, tudo estaria bem. Mas breve – na prática – esta revelação vai ser obscurecida: o iniciante procura uma academia, entra em contato com outros alunos, com capoeiristas mais adiantados, e se coloca sob a tutela de um professor. Na humildade e no desamparo de quem nada conhece, ele se esquece daquela primeira visão e, no inter-relacionamento com colegas e professor, aparecem todos os aspectos – positivos e, também, negativos – do ser humano e da sociedade em que vivemos. O iniciante sofre, sente-se impotente, não aceita e não compreende porque algo maravilhoso como a capoeira – ao ser veiculado, ensinado e praticado – contém as mesmas mazelas e mesquinharias que afligem o resto da humanidade.” CAPOEIRA, Nestor. “Os fundamentos da malícia”. Rio de Janeiro: Record, 1992, p. 123. Interatividade A prática pedagógica acima descrita apresenta sérias limitações, ainda hegemônicas na educação física brasileira, que precisam ser superadas. Para isso, sugere-se direcionar a prática pedagógica: I. Ao ensino das competências técnicas, vinculadas à educação de resultados, conforme o planejamento do professor. II. Em consonância com a aquisição de habilidades relacionadas ao desempenho. III. Ao cotidiano, trabalhando, a partir do conhecido, as possibilidades de aprendizagem da cultura corporal. IV. Ao contexto histórico e social de cada conteúdo e às possibilidades expressivas, críticas e criativas. Estão corretos somente os itens: a) I e II. b) II e III. c) III e IV. d) I, II e III. e) I, III e IV. Resposta “Quando o iniciante ouve o berimbau, assiste ao jogo, presencia sua primeira roda, fica deslumbrado. Sente algo no coração e, intuitivamente, compreende o que é o jogo da capoeira. Se acreditasse firmemente nesta primeira intuição, tudo estaria bem. Mas breve – na prática – esta revelação vai ser obscurecida: o iniciante procura uma academia, entra em contato com outros alunos, com capoeiristas mais adiantados, e se coloca sob a tutela de um professor. Na humildade e no desamparo de quem nada conhece, ele se esquece daquela primeira visão e, no inter-relacionamento com colegas e professor, aparecem todos os aspectos – positivos e, também, negativos – do ser humano e da sociedade em que vivemos. O iniciante sofre, sente-se impotente, não aceita e não compreende porque algo maravilhoso como a capoeira – ao ser veiculado, ensinado e praticado – contém as mesmas mazelas e mesquinharias que afligem o resto da humanidade.” CAPOEIRA, Nestor. “Os fundamentos da malícia”. Rio de Janeiro: Record, 1992, p. 123. Resposta A prática pedagógica acima descrita apresenta sérias limitações, ainda hegemônicas na educação física brasileira, que precisam ser superadas. Para isso, sugere-se direcionar a prática pedagógica: I. Ao ensino das competências técnicas, vinculadas à educação de resultados, conforme o planejamento do professor. II. Em consonância com a aquisição de habilidades relacionadasao desempenho. III. Ao cotidiano, trabalhando, a partir do conhecido, as possibilidades de aprendizagem da cultura corporal. IV. Ao contexto histórico e social de cada conteúdo e às possibilidades expressivas, críticas e criativas. Estão corretos somente os itens: a) I e II. b) II e III. c) III e IV. d) I, II e III. e) I, III e IV. ATÉ A PRÓXIMA! Slide Number 1 Unidade III � A história do futebol no Brasil � Os primórdios do futebol no Brasil Os primórdios do futebol no Brasil O futebol chega ao Rio de Janeiro O futebol popular x o futebol aristocrático O negro no futebol brasileiro O negro no futebol brasileiro Arthur Friendenreich (1892-1969) Leônidas da Silva Leônidas da Silva – o precursor do gol de bicicleta Pelé, o rei do futebol Brasil o país do futebol Brasil o país do futebol Ponto de reflexão Interatividade Interatividade Resposta A Educação Física brasileira e os pareceres de Rui Barbosa – 1882 A predominância da ginástica francesa Eugenia, higiene e nacionalismo, ideais brasileiros no início do século XX A institucionalização do Esporte Brasileiro A quebra de paradigma da mulher brasileira no esporte Interatividade Resposta As estruturas esportivas brasileiras contemporâneas As estruturas esportivas brasileiras contemporâneas Educação Física e Epistemologia Educação Física e Epistemologia Educação Física e Epistemologia Aspectos pedagógicos da educação física contemporânea Os principais objetivos estabelecidos pelos PCNs da Educação Física Interatividade Resposta Abordagens filosóficas da Educação Física no Brasil Abordagem da psicomotricidade Abordagem desenvolvimentista Abordagem construtivista – interacionista Abordagem crítico-superadora Abordagem crítico-emancipatória Educação Física e aspectos da saúde Educação Física e aspectos da saúde Interatividade Interatividade Resposta Resposta Slide Number 48
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