Buscar

Doenças do sistema genital masculino

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Doenças do sistema genital masculino 
(penis) 
As principais enfermidades do pe ̂nis são: anomalias 
congênitas, alterac ̧ões do tamanho, estenose do 
meato uretral externo, fimose e parafimose, 
balanite, postite, tumores, doenc ̧a de Peyronie, 
hipospadia e epispadia. 
Anomalias conge ̂nitas. Ause ̂ncia completa do pênis, 
ou agenesia do pe ̂nis, e ́ uma anomalia extremamente 
rara, resultante de falha no desenvolvimento do 
tube ́rculo genital. O pe ̂nis duplo ou difalo e ́, tambe ́m, 
uma rara anomalia. 
Alteraço ̃es do tamanho. O aumento do tamanho do 
pe ̂nis (macropenissomia ou megalope ̂nis) pode ser 
observado em crianças que apresentam neoplasia 
ou hiperplasia das ce ́lulas de Leydig (“virilização 
precoce”) ou hiperplasia conge ̂nita das suprarrenais 
(“pequeno Hércules”). A diminuição do tamanho do 
pe ̂nis (micropenissomia ou micropênis) e ́ observada 
nos estados intersexuais que exibem traços 
feminilizantes, no infantilismo e no hipogenitalismo. 
Estenose do meato uretral externo. A estenose do 
meato uretral externo, comum em crianças, pode 
ter repercussões graves sobre o aparelho urinário, 
pois, tal como em um sistema de vasos 
comunicantes, a estenose do orifi ́cio uretral externo 
altera as características hidrodinâmicas ao longo de 
todo o sistema formado pelas vias urinárias, levando 
a dilatac ̧ão da uretra, bexiga de esforço, 
trabeculac ̧ão vesical, divertículos vesicais, 
ureteropielocaliectasia, culminando com 
hidronefrose. 
Fimose e parafimose. A fimose e ́ uma afecção na 
qual o orifício prepucial e ́ tão pequeno que não se 
consegue expor a glande. Pode ser congênita ou 
adquirida; o tipo conge ̂nito e ́ o mais comum e, quando 
adquirida, origina‐se, em geral, de um processo 
inflamatório acompanhado de edema e formação de 
tecido cicatricial. Não se deve confundir a fimose 
com a exuberância ou hipertrofia prepucial, condic ̧ão 
em que o prepú‐ cio é longo, mas não impede que se 
exponha com facilidade a glande. 
Parafimose e ́ o estrangulamento do pe ̂nis por um 
anel fibrótico, provocando dor de intensidade 
progressiva. Se a pele for retraída à força, o anel 
constritivo pode estrangular a glande, tornando difícil 
ou impossível o retorno à situac ̧ão primitiva. A glande 
ingurgitada edemacia, fica túrgida e torna‐se cianó‐ 
tica. Lesões isque ̂micas prolongadas podem redundar 
em gangrena seca da glande. Nessas condições, em 
geral, e ́ necessário o tratamento de urge ̂ncia. 
Balanite e postite. Balanite e ́ a inflamac ̧ão aguda ou 
crônica da glande; postite, a do prepúcio. Em geral, 
apresentam‐se juntas (balanopostite). Balanite 
isolada pode ser observada em pa‐ cientes 
circuncidados. As principais causas são: reac ̧ão 
ale ́rgica ou irritac ̧ão química (preservativo de látex, 
geleia contraceptiva); infecções fúngicas (Candida 
albicans), bacterianas (estafilococos, estrep‐ 
tococos, Borrelia vicentii), afecções mucocutâneas 
(líquen plano, psoríase, eritema fixo, doença de 
Behçet), reação medicamentosa (sulfas, 
tetraciclinas, barbitúricos). Na maioria dos casos de 
balanopostite, constatam‐se condições higie ̂nicas 
precárias, sobretudo quando o paciente sofre de 
fimose ou apresenta exuberância prepucial, as quais 
dificultam a retração da pele. A balanopostite 
costuma causar distúrbios miccionais e até 
corrimento uretral profuso; adenopatia inguinal 
dolorosa pode estar presente. A ̀s vezes, por detrás 
de uma balanopostite recidivante, esconde‐se um 
processo diabe ́tico. 
Tumores. Com a denominação de tumores do pe ̂nis, 
incluem‐se lesões neoplásicas e não neoplásicas. 
As lesões benignas incluem os cistos, os angiomas, 
os nevos, os condilomas acuminados e os papilomas 
hirsutos. Os cistos penianos podem ser congênitos 
ou adquiridos. Os conge ̂nitos aparecem na rafe 
penoescrotal‐perineal em conseque ̂ncia de seu 
fechamento incompleto. O tipo dermoide e ́ o mais 
frequente. Os cistos epiteliais originam‐se de 
traumatismo ou após postectomia. 
A papilomavirose humana, provocada por alguns 
tipos de Papillomavirus humano (HPV) – do qual se 
conhecem atual‐ mente mais de 60 tipos –, 
apresenta‐se mais comumente de maneira 
vegetante (Figura 139.2), denominada condiloma 
acuminado (“crista de galo”); no entanto, pode 
aparecer de outras maneiras, com crescimento 
plano (não vegetante) ou invertido (endofítico). Está 
relacionada com a neoplasia intra‐ epitelial peniana. 
Não obstante ser sexualmente transmissível, sabe‐
se hoje que existe transmissão não sexual, ate ́ 
mesmo transplacentária. Este fato explica, por 
exemplo, o encontro do vírus no produto de 
circuncisão de rece ́m‐nascidos. 
Os papilomas hirsutos (papilomas coronais ou pápu‐ 
las penianas peroladas) são diminutas pápulas de 
coloração cinza‐avermelhada ou branco‐
esverdeada, que se dispõem em fileiras irregulares 
ao longo da corona da glande. Em geral, são 
assintomáticos e acometem preferencialmente 
adultos jovens. Os papilomas hirsutos penianos são 
desprovidos de importân‐ cia clínica, considerados 
hipertrofia das glândulas de Tyson. 
Das neoplasias malignas do pe ̂nis, a mais frequente 
e ́ o car‐ cinoma escamoso ou de células 
epidermoides, cujo pico de incidência está em torno 
dos 60 anos de idade. 
Doença de Peyronie. A doença de Peyronie, também 
denomina‐ da induratio penis plastica, cavernosite 
fibrosa, fibrose do pe ̂‐ nis e síndrome do pe ̂nis 
encurvado, e ́ de causa desconhecida, ocorrendo 
geralmente em homens de 40 a 50 anos. 
Caracteriza‐se por infiltrac ̧ão fibrosa das bainhas 
que reco‐ brem os corpos cavernosos, causando 
contratura da fáscia que reveste o corpo 
cavernoso. Seus sintomas são dor e encurvamento 
do pe ̂nis durante a erec ̧ão, reduc ̧ão da capacidade 
eretora distal à placa de fibrose, interfere ̂ncia com 
o coito e impote ̂ncia sexual gradativa. A curvatura 
do pe ̂nis se faz no sentido da lesão. A dor e ́ 
diretamente proporcional à extensão da fibrose e 
menos intensa nos pacientes mais idosos. 
Hipospadia e epispadia. Na hipospadia, o meato 
uretral externo localiza‐se na face ventral ou 
inferior do pe ̂nis, ou mesmo no períneo. É a anomalia 
congênita mais comum da uretra. O pe ̂nis 
hipospádico apresenta excesso de prepúcio na 
superfície dorsal – “pe ̂nis encapuc ̧ado” – e acúmulo 
de tecido fibroso na superfície ventral, distalmente 
ao meato uretral. 
Na epispadia, o meato uretral externo localiza‐se na 
face dorsal ou superior do pe ̂nis. As epispadias 
masculinas classificam‐se em balânica, peniana, 
penopúbica e completa. As características da 
epispadia masculina são pe ̂nis redu‐ zido de tamanho, 
encurvado para cima e com excesso de pre‐ púcio 
em sua face ventral ou inferior. 
(bolsa escrotal) 
As afecções escrotais mais comuns são: edema, 
gangrena, elefantíase, abscessos, fístulas e 
neoplasias. 
(Testiculos) 
As afecções testiculares compreendem a anorquia, 
a poliorquia, as distopias (criptorquidia e ectopia), a 
hidrocele, a hematocele, a quilocele, a torção do 
testículo, a orquite e as neoplasias. 
Anorquia. Anorquia e ́ a ause ̂ncia conge ̂nita dos 
testículos. As crianc ̧as anórquicas desenvolvem, em 
conseque ̂ncia da falta de secreção testicular, trac ̧os 
eunucoides, com ause ̂ncia dos caracteres sexuais 
secundários e alterac ̧ões da estrutura esquele ́tica, 
representadas por aumento da estatura e da 
envergadura, ale ́m de alongamento desproporcional 
das extremidades inferiores em relação ao tronco. 
Poliorquia. Poliorquia e ́ a presença de mais de 2 
testículos no mesmo indivíduo. É uma anomalia 
congênita extremamente rara. Não há alterac ̧ões 
funcionais. 
Distopias testiculares (criptorquidia e ectopia). 
No início do desenvolvimento fetal, os testículos te ̂m 
localização lombar. Por volta do terceiro mês da vida 
intrauterina, deslocam‐se para a fossa ilíaca, em 
consequência, sobretudo, de um rearranjo corporal. 
No quinto mês, situam‐se no nível do anel inguinal 
interno. A partir do se ́timo mês, migram ao longo do 
canal inguinal para se fixarem no fundo da bolsa 
escrotal. 
A criptorquidia ou criptorquia e ́ um defeito de 
desenvolvimento, no qual o testículo fica retido em 
alguma parte de seu trajeto normal. Em outras 
palavras, o testículo encontra‐se na sua via 
anatômica, mas sem chegar à bolsa escrotal. 
Conforme o local da parada, a criptorquidia pode ser 
lombar, ilíaca ou inguinal. É possível classificá‐la, 
tambe ́m, em intra‐abdominal e intra‐ canalicular. 
Na ectopia testicular, condição que não deve ser 
confundida com a criptorquidia, a gônada localiza‐se 
fora de seu trajeto normal. Testículo ectópico, 
portanto, e ́ aquele que migrou para uma posic ̧ão 
anatômica anormal. As apresentac ̧ões mais comuns 
de ectopia testicular são: inguinal, superficial, 
perineal, pubiana, crural, peniana e no hilo esple ̂nico. 
Na ectopia inguinal superficial, a mais comum, após 
ultrapassar o anel inguinal externo, o testículo migra 
superolateral‐ mente ate ́ uma posic ̧ão superficial à 
aponeurose do músculo oblíquo externo. 
Ao contrário do testículo retrátil, quando acessível à 
palpac ̧ão, não e ́ possível levar o testículo 
criptorquídico para o interior da bolsa escrotal. 
Testículos retráteis ou migratórios 
(pseudocriptorquidia ou criptorquidia fisiológica) 
ascendem ao conduto inguinal pela contrac ̧ão 
intermitente do músculo cremaster. 
Hidrocele. É o acúmulo do líquido seroso no interior da 
túnica vaginal do testículo ou nas bainhas do funículo 
es‐ permático por hiperproduc ̧ão (inflamação do 
testículo e seus ape ̂ndices) ou reabsorc ̧ão diminuída 
(obstruc ̧ão linfática ou venosa do cordão 
espermático) 
Pode ser primária ou secundária (traumática, 
infecciosa ou neoplásica). As hidroceles primárias são 
mais frequentes nos indiví‐ duos acima de 40 anos 
e desenvolvem‐se vagarosamente, tornando‐se, 
com o passar do tempo, grandes e tensas. As 
secundárias, mais comuns nos indivíduos entre 20 e 
40 anos de idade, são quase sempre de 
aparecimento súbito, com sintomas e sinais que 
denunciam sua causa. 
Nos recém‐nascidos, cujos processos vaginais se 
acham fechados, observam‐se, com frequência, 
resquícios de líquido peritoneal no interior da túnica 
vaginal do testículo. Este e ́ o tipo comum de hidrocele, 
chamada não comunicante ou infantil, a qual se 
manifesta clinicamente como tumefação ovoide, 
translúcida e flutuante. 
Quando uma hidrocele aparece pela primeira vez em 
crian‐ ças com mais de 2 anos de idade, e ́ possível 
notar que ela apresenta variac ̧ão volume ́trica ao 
longo do dia, estando ausente ou diminuta pela manhã 
e maior à tarde. Essas variac ̧ões de tamanho 
ocorrem em razão da perviedade e da tortuosidade 
da conexão tubular entre o peritônio e o testículo, 
que tornam possível o retorno do líquido ao interior 
da cavidade peritoneal durante a noite, enquanto a 
criança permanece deitada. É chamada hidrocele 
comunicante ou congênita. 
Hematocele. É o acúmulo de sangue no interior da 
túnica vaginal, em geral em decorrência de lesão dos 
vasos espermáticos. A hemorragia pode ser de 
origem cirúrgica, traumática ou neoplásica. 
Em pacientes com escorbuto, pode ocorrer 
espontanea‐ mente diabetes, sífilis, discrasias 
sanguíneas, orquites e epididimites. Hematocele 
transitória, consequente a traumatismo de parto, 
com escurecimento da bolsa escrotal, é comum em 
recém‐nascidos. Na hematocele aguda, a tumoração 
apresenta características semiológicas idênticas às 
da hidrocele, salvo que não e ́ transparente à 
transiluminac ̧ão e pode ser dolorosa. 
Quilocele. É o depósito de quilo – cujo aspecto é o de 
emulsão branca, leitosa, contendo glóbulos de 
gordura – na cavidade da túnica vaginal do testículo. 
Nas regiões tropicais, a quilocele é ocasionada princi‐ 
palmente pela obstruc ̧ão dos vasos linfáticos do 
escroto, especialmente da túnica vaginal, por 
microfilárias. Pode ser tambe ́m de origem 
inflamatória ou conge ̂nita. Torc ̧ão do testículo. A 
torc ̧ão do testículo – rotac ̧ão axial, torc ̧ão ou vólvulo 
do cordão espermático – e ́ um acidente vascular 
que pode produzir isquemia, atrofia e gangrena da 
gônada. A torc ̧ão testicular pode ser intra ou 
extravaginal. 
Na torc ̧ão extravaginal, ou torc ̧ão do cordão 
espermático propriamente dita, o testículo e sua 
túnica ficam torcidos no nível do anel inguinal 
externo. É o tipo de torc ̧ão menos comum, 
ocorrendo preferencialmente na primeira infância. 
A torc ̧ão testicular intravaginal, ou torc ̧ão testicular 
propriamente dita, aparece com mais frequência 
entre 10 e 15 anos de idade, ou seja, em torno da 
puberdade; raramente ocorre acima dos 35 anos.A 
torc ̧ão testicular surge após traumatismo, durante 
esforço exagerado ou, mais raramente, durante 
atividades normais e ate ́ mesmo durante o sono. 
Manifesta‐se clinicamente por dor lancinante, de 
apareci‐ mento súbito, podendo às vezes ser 
precedida de dor abdominal, imprecisa, que se irradia 
para a virilha. O paciente pode referir‐se a crises 
dolorosas anteriores que desaparece‐ ram 
espontaneamente ou após a palpac ̧ão e/ou 
manipulac ̧ão do testículo (“torc ̧ão intermitente”) ou 
mencionar uma crise dolorosa do outro lado que 
necessitou de tratamento ou seguiu‐se de atrofia 
testicular. 
Ao exame físico, a pele escrotal pode ser normal ou 
aver‐ melhada, quente e edemaciada. A tumefação 
e ́ confinada ao escroto; todo o testículo apresenta‐
se tumefato, extremamente doloroso, com 
superfície lisa, não sendo possível palpar o epi‐ 
dídimo em sua posic ̧ão habitual. O testículo 
comprometido acha‐se caracteristicamente mais 
elevado que o oposto, devido ao encurtamento do 
cordão espermático e ao espasmo dos músculos 
cremastéricos (sinal de Brunzel). Este dado semio‐ 
lógico e ́ mais significativo quando percebido à 
esquerda, pois, como se sabe, a gônada esquerda 
tem uma posic ̧ão mais baixa. A hiperestesia 
testicular torna difícil a palpac ̧ão e impede que se 
procurem os sinais indicativos da natureza da 
tumefação intraescrotal. O testículo e o epidídimo 
aumentam de tama‐ nho rapidamente, constituindo, 
no prazo de poucas horas, uma volumosa e única 
tumefação, não sendo possível distinguir as 
diferentes estruturas. A torção testicular pode ser 
indistinguível da epididimite ou da orquite aguda. 
Orquite. Orquite é a inflamação aguda ou crônica do 
testículo. Orquite aguda, envolvendo apenas o 
testículo, constitui uma entidade rara. Quase sempre 
ela e ́ conseque ̂ncia da extensão de um processo 
inflamatório epididimário, o que caracteriza a 
epidídimo‐orquite. 
Na orquite pioge ̂nica, pode haver formação de 
abscesso, o qual, quando roto, dá origem à chamada 
piocele. A orquite aguda aparece de modo súbito e, 
na maioria das vezes, e ́ acompanhada de febre alta, 
náuseas e vômitos. A dor testicular e ́ intensa e 
irradia‐se para a virilha; a pele escrotal apresenta‐
se avermelhada e edemaciada. O testículo com‐ 
prometido aumenta de volume e fica doloroso a ̀ 
palpac ̧ão; a elevac ̧ão manual do testículo reduz a dor. 
Cumpre salientar, entretanto, que este sinal não e ́ 
infalível – nota‐se frequentemente hidrocele aguda 
concomitante. 
Na orquite traumática, que pode aparecer após 
vasectomia, traumatismo, manipulac ̧ão cirúrgica sem 
história pre ́via de infecção, verifica‐se uma reação 
granulomatosa testicular provavelmente resultante 
do extravasamento de proteínas e espermatozoides 
destruídos. Os testículos apresentam‐se 
aumentados de volume e dolorosos. Não se deve 
esquecer que o aparecimento de um “caroço” no 
testículo após traumatismo, por mínimo que seja, 
pode ser manifestac ̧ão deneoplasia maligna 
preexistente. 
(Epididimo) 
As principais doenc ̧as do epidídimo são as 
epididimites, a espermatocele e as neoplasias 
epididimárias. 
Epididimite. é a mais comum das afecções intra‐ 
escrotais, podendo afetar todos os grupos etários, 
sendo mais comum no jovem e no homem de meia‐
idade. Os germes chegam ao epidídimo pelos vasos 
deferentes, a partir de infecções urinárias, 
uretrais, prostáticas ou vesicos‐ seminais. As 
epididimites, quase sempre, são pioge ̂nicas. Surgem 
na vige ̂ncia de estenose da uretra, cistite, uretrite, 
prostatite e vesiculite. As epididimites específicas 
podem ser de origem gonocócica, tuberculosa, 
sifilítica, blastomicótica, brucelótica ou esquistos‐ 
somótica. Com o advento dos antibióticos, a 
epididimite blenorrágica tornou‐se menos comum, 
bem como a lue ́tica. Na epididimite aguda, o paciente 
apresenta dor intensa, de aparecimento súbito, em 
um ou em ambos os testículos, com ou sem febre. 
Sintomas de infecção urinária podem tambe ́m 
ocorrer, incluindo polaciúria, disúria, nictúria e ardor 
à mic‐ ção. Pode haver sintomas siste ̂micos 
indicativos de processo infeccioso, tais como astenia, 
anorexia, sudorese e mal‐estar. A pele escrotal 
torna‐se quente, avermelhada e brilhante. Como o 
epidídimo situa‐se por trás do testículo, a epididi‐ 
mite compromete a pele dorsal do escroto. Daí a 
necessidade de examinar sempre a superfície 
posterior da bolsa escrotal. Transcorridos alguns 
dias, a pele adquire colorac ̧ão bronzeada e as 
camadas cutâneas mais superficiais passam a 
descamar. Ao fazer uma palpac ̧ão cuidadosa – e 
delicada –, é possível individualizar o epidídimo, que 
se encontra extremamente doloroso e aumentado 
de volume 2 a 3 vezes. Quando não se consegue 
distinguir o epidídimo do testículo, provavelmente e ́ 
pelo desenvolvimento de uma hidrocele secundária. 
Na epididimite tuberculosa, o comprometimento do 
órgão e ́ lento, o que a diferencia da epididimite aguda. 
A maioria dos pacientes queixa‐se de tumefac ̧ão 
intraescrotal, dor surda e imprecisa. A principal 
característica semiológica da epididi‐ mite 
tuberculosa e ́ a ause ̂ncia de hiperestesia ou de dor 
aguda. O epidídimo apresenta‐se com consiste ̂ncia 
endurecida, nodular, aumentado de tamanho de 2 a 
3 vezes, opaco à transiluminação e fixo. Havendo 
hidrocele secundária, torna‐se flutuante, embora 
não seja transparente ao teste de transiluminac ̧ão. 
O canal deferente torna‐se irregular, espessado, 
assemelhando‐se a um rosário ou anel de contas. 
Este dado e ́ altamente sugestivo de tuberculose. 
Espermatocele. Espermatocele é uma formação 
cística intraescrotal resultante da obstruc ̧ão dos 
túbulos epididimários responsáveis pelo transporte 
dos espermatozoides. As espermatoceles são 
indolores, irredutíveis, de consiste ̂ncia mole, 
flutuantes, translúcidas e de superfície lisa, de 
evolução lenta. 
(cordao espermatico) 
As doenc ̧as do cordão espermático compreendem 
as vasi‐ tes, as funiculites e a varicocele. 
Vasite e funiculite. A infecção do cordão 
espermático pode compreender o ducto deferente 
isoladamente – vasite – ou parte de seus 
componentes anatômicos – funiculite –, o que é 
mais comum. Tais processos infecciosos, em geral, 
são inespecíficos e prove ̂m de prostatite, vesiculite, 
epidídimo‐orquite ou, mais raramente, de infecção 
em outras regiões do organismo. 
Na vasite tuberculosa, o deferente encontra‐se 
espessado e com aspecto que lembra um “colar de 
pe ́rolas”. 
A vasite nodosa e ́ uma inflamação do canal 
deferente que pode ocorrer após a vasectomia, 
caracterizando‐se por reação aos 
espermatozoides, com formac ̧ão de granulomas. CC 
Varicocele. é a dilatac ̧ão e tortuosidade das veias do 
plexo pampiniforme do cordão espermático. 
Caracteristicamente, é uma afecção da puberdade, 
que vai se tornando incomum com o passar dos anos. 
As varicoceles primárias são de aparecimento lento, 
geral‐ mente em indivíduos com menos de 40 anos 
de idade, desapa‐ recendo o novelo venoso quando 
o paciente fica deitado. As varicoceles secundárias 
surgem repentinamente, acometendo com mais 
frequência indivíduos acima de 40 anos de idade. O 
novelo venoso não desaparece na posic ̧ão deitada. 
Podem resultar da compressão venosa por 
neoplasias renais, hidronefrose, arte ́rias renais 
acessórias ou neoplasias retroperitoneais. Os 
pacientes podem ser assintomáticos ou se queixar 
de dor testicular de intensidade e características 
variáveis, sensac ̧ão de peso ou de desconforto 
intraescrotal, sobretudo quando as veias ficam 
túrgidas. 
Principais afeccões em que há 
aumento da bolsa escrotal. 
• Edema escrotal: a pele da bolsa fica tensa 
e e ́ possível comprovar depressão do 
edema à compressão. Costuma associar-se 
ao edema generalizado (insuficie ̂ncia 
cardíaca, síndrome nefrótica). Não 
transilumina 
• Orquite: a pele da bolsa pode tornar-se 
avermelhada com outros sinais 
inflamatórios. O testículo fica doloroso e 
hipersensível à palpac ̧ão. Processo agudo. 
Não transilumina 
• Torc ̧ão do cordão espermático: aumento do 
volume, edema e pele avermelhada. Dor 
espontânea e à palpac ̧ão. Trata-se de uma 
urge ̂ncia que precisa de diagnóstico rápido, 
em virtude do comprometimento da 
circulação 
• Cistos epidermoides: presença de lesões 
císticas indolores na pele da bolsa escrotal, 
apresentam consiste ̂ncia firme e não há 
sinais inflamatórios. Transiluminam 
• Epididimite tuberculosa: o aumento da bolsa 
deve-se ao aumento do epidídimo. Pode ser 
dolorosa. Não transilumina 
• Varicocele: as veias varicosas do cordão 
espermático provocam, à palpac ̧ão, a 
sensac ̧ão de “saco de minhocas”. 
Consiste ̂ncia mole, distinguindo-se a 
estrutura firme dos testículos. Nítido 
predomínio no lado esquerdo (95% dos 
casos) 
• Espermatocele: massa cística indolor e 
móvel, logo acima do testículo. Transilumina 
• Tumor testicular: no início, quase sempre 
tem aspecto de um nódulo duro e irregular. 
A ̀ medida que cresce, pode substituir a 
totalidade do testículo. Não transilumina 
• Hidrocele: massa indolor, que ocupa o espac ̧o 
dentro da túnica vaginal. Os dedos do 
examinador conseguem penetrar acima da 
massa na bolsa escrotal. Transilumina 
• Hérnia escrotal: em geral, corresponde a 
hérnia inguinal indireta. Como se exterioriza 
pelo anel inguinal externo, os dedos do 
examinador não conseguem penetrar acima 
da massa. Pode ser reduzida, com 
desaparecimento da massa. 
(prostata) 
As doenças da próstata compreendem a hiperplasia 
benigna, o câncer, o sarcoma, a prostatite, os 
abscessos e a litíase. CC 
Hiperplasia benigna da próstata. 
Sintomas irritativos (fase de compensação): 
polaciúria, nictúria, urge ̂ncia urinária, incontine ̂ncia ou 
urge ̂ncia ocasional. A ̀ medida que os lobos prostáticos 
se hiperplasiam, estreita‐se o lúmen da uretra, o 
que implica aumento do resíduo urinário, diretamente 
proporcional à obstruc ̧ão. Para vencer o obstáculo, 
o músculo detrusor contrai‐se cada vez com mais 
força, acarretando hipertrofia de suas fibras. No 
início, há equilíbrio entre a capacidade expulsiva da 
bexiga e a resiste ̂ncia uretral (fase de 
compensação). 
A bexiga torna‐se hipersensível e, à medida que ela 
se distende, o paciente sente necessidade de urinar. 
Durante certo tempo, esta vontade inicial de urinar 
e ́ passível de inibic ̧ão. Então, a bexiga relaxa e passa 
a ter capacidade para receber mais urina. 
Havendo hipertrofia do músculo detrusor, suas 
fibras contraem‐se vigorosamente e entram em 
espasmo, originando os sintomas de bexiga irritável 
(nictúria, polaciúria, urge ̂ncia urinária e incontine ̂ncia 
urinária de urge ̂ncia). 
A ̀ proporc ̧ão que o processo obstrutivo avanc ̧a, na 
tentativa de assegurar o esvaziamento da bexiga, as 
fibrasmusculares do detrusor tornam‐se cada vez 
mais hipertrofiadas. Nesta fase de compensac ̧ão, o 
paciente apresenta dificuldades para começar a 
micção e, para efetuá‐la, e ́ necessário algum 
esforço. O jato urinário fica diminuído quanto à forc ̧a 
e ao calibre. 
Com o agravamento da obstruc ̧ão, o músculo 
detrusor entra em exaustão, tornando‐se incapaz 
de esvaziar adequada‐ mente a bexiga (fase de 
descompensação). O resíduo urinário aumenta cada 
vez mais e surgem manifestac ̧ões clínicas mul‐ 
tiformes. 
O paciente queixa‐se de sensac ̧ão de incompleto 
esvaziamento da bexiga, gotejamento terminal, 
incontine ̂ncia urinária paradoxal ou de 
transbordamento. O paciente levanta mais vezes à 
noite para urinar, e encurta o espac ̧o entre as 
micções diurnas. O jato urinário fica mais fino e mais 
fraco. Há urge ̂ncia para urinar e, às vezes, o 
paciente urina nas calças antes de chegar ao 
sanitário. etrusor e a resiste ̂ncia uretral pode 
conduzir ao quadro de retenção aguda de urina. E ́ 
necessário lembrar‐se de que um resíduo urinário 
elevado e ́ sinônimo de urina estagnada, condic ̧ão que 
favorece a proliferação bacteriana. 
Ao cortejo sintomatológico, são acrescidas, então, as 
manifestações da infecção urinária (disúria, ardor a ̀ 
micção, urina turva e malcheirosa). Na hiperplasia 
dos lobos laterais (hiperplasia bilobular), a próstata 
apresenta‐se, em seu conjunto, sime ́trica, elástica, 
lisa, regular, saliente, arredondada, lembrando uma 
“bola de te ̂nis”. 
A ̀ palpac ̧ão, a hiperplasia da próstata e ́ comparável 
à consistência da região tenar em estado de 
contratura, com o polegar completamente oposto ao 
dedo mínimo. O aumento isolado do lobo mediano não 
e ́ adequadamente avaliado ao toque retal. O lobo 
anterior costuma permanecer rudimentar e o lobo 
posterior é a sede habitual de alterac ̧ões malignas. 
É oportuno mencionar que o toque retal não fornece 
informações seguras sobre o tamanho da próstata 
e de seus efeitos obstrutivos. Vale dizer, o grau de 
crescimento prostático e ́ avaliado mais pelas queixas 
do paciente e pelo resíduo urinário do que pelo 
tamanho da glândula à palpação. 
Nas fases mais avanc ̧adas, aparecem sinais e 
sintomas indicativos de complicações por obstruc ̧ão 
urinária ou pelo esforc ̧o para urinar, destacando‐se 
he ́rnia inguinal, hemorroidas, anemia e insuficie ̂ncia 
renal. 
Câncer da próstata. 
A neoplasia maligna da próstata mais frequente e ́ o 
adenocarcinoma (95% das neoplasias prostáticas). 
Quanto mais idoso o paciente, maior a probabilidade 
de apresentar adenocarcinoma prostático. A 
disseminac ̧ão linfática e ́ responsável pelo 
acometimento precoce dos linfonodos ilíacos 
internos e obturadores. As metástases ósseas 
disseminam‐se atrave ́s das veias periprostáticas ou 
do sistema venoso vertebral, o que explica a pre‐ 
ferência pelos ossos da bacia, coluna lombossacra e 
cabeças femorais. 
Aproximadamente 80% dos adenocarcinomas são, 
no início, androge ̂nio‐dependentes. Isto e ́, seu 
crescimento e ́ acelerado pelos androge ̂nios e inibido 
pelos estroge ̂nios. 
O adenocarcinoma da próstata pode ser 
inteiramente assintomático – nos estágios iniciais, 
quase sempre e ́ – ou apresentar sintomas urinários 
ou siste ̂micos. Nos casos avançados, os sintomas são 
decorrentes da dificuldade de eliminação da urina, de 
infecção urinária ou de ambos. Na verdade, os 
sintomas são ide ̂nticos aos observados na hiperplasia 
benigna da próstata. Hematúria total ou terminal 
costuma ocorrer tardiamente. Sintomas de 
insuficie ̂ncia renal, consequentes à obstruc ̧ão dos 
orifícios ureterais pela neoplasia primária ou à 
compressão extrínseca dos ureteres por linfonodos 
compro‐ metidos, podem dominar o quadro clínico. 
Aliás, em alguns pacientes, os primeiros sintomas 
dependem a metástases. Dor na coluna lombar, nas 
costelas, nos ossos sacroilíacos e ao longo dos 
nervos espinais pode ser consequente a metástases 
do câncer prostático. Essas metástases tambe ́m 
podem oca‐ sionar ciatalgia uni ou bilateral 
O quadro clínico do adenocarcinoma da próstata 
pode ter como características: gânglios 
supraclaviculares esquerdos (“gânglios‐sentinela”) 
aumentados de volume e de consiste ̂ncia endurecida, 
fraturas patológicas, hepatomegalia nodular ou 
paraplegia abrupta em conseque ̂ncia de colapso de 
um corpo vertebral. 
As características do carcinoma da próstata ao 
toque retal variam conforme o estágio da neoplasia. 
Nos estágios iniciais, a próstata e ́ inteiramente 
normal. Os estágios intermediários caracterizam‐se 
pela presenc ̧a de nódulos circunscritos, duros, cuja 
consiste ̂ncia lembra a sensa‐ ção tátil provocada 
pelas articulac ̧ões dos dedos. Nos estágios 
avanc ̧ados, a próstata e ́ de consiste ̂ncia lenhosa, 
pe ́trea, irregular, assime ́trica, fixa, com apagamento 
do sulco mediano. 
Prostatite. 
A prostatite e ́ um processo inflamatório, agudo ou 
crônico, da glândula prostática, causado por 
microrganismos, notadamente gram‐negativos. Os 
germes – Escherichia coli, Neisseria gonorrhoeae, 
Pseudomonas, Klebsiella, Proteus, estreptococos, 
estafilococos, clamídia – alcançam a próstata por via 
hematogênica (após infecção aguda do trato 
respiratório superior, extrac ̧ão de dentes 
infectados), por via ascendente, a partir da uretra 
(uretrite por gonococos, clamídia, ureaplasma), ou a 
partir do reto, por extensão direta do processo 
inflamatório ou atrave ́s dos vasos linfáticos. 
O diagnóstico de prostatite aguda e ́ essencialmente 
clínico. Febre, calafrios, dor lombossacra e perineal, 
mialgia, artralgia, corrimento uretral, sintomas de 
irritac ̧ão vesical (polaciúria, urge ̂ncia, nictúria, disúria, 
arde ̂ncia miccional) são os principais sintomas. Pode 
haver hematúria inicial ou terminal, quase sempre 
acompanhada de dor. O toque retal mostra uma 
próstata aumentada de volume, mole, quente e 
extremamente dolorosa. Quando há suspeita clínica 
de prostatite aguda, não e ́ conveniente massagear 
a próstata, em virtude do risco de septicemia. 
A prostatite crônica e ́ bem mais modesta em suas 
manifestações clínicas, podendo, inclusive, 
permanecer assintomática. Alguns indivíduos 
queixam‐se de uma vaga sensac ̧ão dolorosa, 
desconforto perineal, arde ̂ncia ejaculatória ou corri‐ 
mento uretral aquoso pela manhã. Sintomas leves de 
irritac ̧ão vesical e distúrbios sexuais, às vezes, 
fazem parte do quadro. Ao toque retal, a próstata 
apresenta‐se de tamanho normal com áreas de 
fibrose, diagnosticadas pela consiste ̂ncia física.

Continue navegando