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P R Á T I C A S D E E N F E R M A G E M N A S A Ú D E D O A D U L T O Abcesso Pulmonar e Empiema Pleural Docente: Fellipe de Freitas Pereira. Acadêmicas: Ana Cristina Gonçalves, Ana Júlia Américo, Brenda Araújo, Gissele Rodrigues, Milena Aguiar e Samara Andrade O presente trabalho traz abordagens associadas a dois de variados distúrbios que acometem a via respiratória inferior, especificamente tratando-se dos pulmões – órgãos esponjosos localizados na caixa torácica, recobertos por uma membrana serosa, denominada pleura - Abcesso Pulmonar e Empiema Pleural. Dessa maneira, a seguir serão levantados conceitos, fisiopatologias, atribuições do profissional de enfermagem no cuidado e, demais aspectos importantes para melhor compreensão destas temáticas. INTRODUÇÃO Apresentar informações sobre os conceitos do “Abcesso Pulmonar e Empiema Pleural”, seus elementos causais, manifestações clínicas, dentre outros pontos relevantes associados à essas patologias; a fim de ampliar o conhecimento dos discentes de Enfermagem a respeito das mesmas. OBJETIVO Abcesso Pulmonar O abcesso pulmonar consiste na necrose do parênquima pulmonar, no qual durante a radiografia do tórax, é revelado uma cavidade de pelo menos 2 cm e cuja classificação pode ser em agudo ou crônico. CONCEITO O abcesso pulmonar é causado por passagem das bactérias da cavidade oral para os pulmões, podendo ser único ou múltiplo, assim como primário e secundário, estando relacionados a processos infecciosos, por aspiração ou pneumonia e condições preexistentes, como doença obstrutiva, bronquiectasias (dilatações dos brônquios) ou imunodepressão, dentre outras causas, respectivamente. CAUSA FISIOPATOLOGIA Abscessos pulmonares são cavidades com pus que se originam no pulmão. Esses abscessos, causados por micro-organismos geralmente bactérias, se instalam no pulmão e provocam a necrose do tecido. Esse processo necrótico pode estender-se até alcançar o lúmen de um brônquio ou espaço pleural, estabelecendo uma comunicação com o sistema respiratório e/ou com a cavidade pleural. Febre; Falta de ar e cansaço; Tosse com secreção mucopurulenta, que pode conter um odor desagradável e rajas de sangue; Dor no tórax que pode se agravar com a respiração; Perda do apetite; Perda de peso; Suor noturno e calafrios SINTOMAS OS PRINCIPAIS SINTOMAS DE ABSCESSO PULMONAR INCLUEM: Exame Físico; Radiografia do Tórax; Hemograma; Tomografia Computadorizada; Cultura do escarro pulmonar. DIAGNÓSTICO Antibióticos de a 4 a 6 semanas (Clindamicina, Moxifloxacino ou Ampicilina/Sulbactam); Acompanhamento com Nutricionista; Acompanhamento com um Fisioterapeuta para melhorar a função respiratória. TRATAMENTO O TRATAMENTO PODE SER REALIZADO DA SEGUINTE FORMA: Empiema; Fibrose Pulmonar; Pulmão Encarcerado; Insuficiência Respiratória; Fistula Broncopleura; Cutâneo-pleural. COMPLICAÇÕES AS COMPLICAÇÕES QUE PODEM OCORRER NO ABCESSO PULMONAR SÃO: Administrar antibióticos e tratamento IV, conforme prescrição, e monitorar o aparecimento de efeitos adversos; Iniciar a fisioterapia respiratória, conforme prescrição, para a drenagem do abscesso; Avaliar se o cliente apresenta tosse adequada; Ensinar a realizar exercícios de respiração profunda e tosse; Incentivar o consumo de dieta hiperproteica e hipercalórica. CUIDADOS DE ENFERMAGEM Empiema Pleural O empiema refere-se a um acúmulo de líquido purulento e espesso no espaço pleural. A princípio, o líquido pleural é límpido, com baixa contagem de leucócitos. No entanto, com frequência, evolui para um estágio fibropurulento e, em seguida, para um estágio em que envolve o pulmão em uma membrana exsudativa espessa (empiema loculado). CONCEITO Infecção hematogênica do espaço pleural; Iatrogênicas; Traumatismo torácico; Procedimentos Diagnósticos. Pode-se dizer, que a maioria dos empiemas pleurais surge a partir de uma infecção pulmonar pré-existente. Abaixo, algumas causas que podem resultar nessa complicação: CAUSA FISIOPATOLOGIA Fase I – Exsudativa: Caracterizada por líquido fluido e livre na cavidade pleural, sem formar septações. Fase II – Fibrinopurulenta: A secreção já é purulenta, espessa, com presença de fibrina e grande número de células, em que predominam os polimorfonucleares. Fase III – Crônica: Com a proliferação mais acentuada de fibroblastos, forma-se uma membrana envoltória mais espessa e consistente, capaz de restringir a reexpansão do pulmão. Dor torácica; Dispneia; Tosse; Quadro toxicêmico geral. SINTOMAS NA FASE AGUDA, OS PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS SÃO: OS EMPIEMAS MAIS CRÔNICOS PODEM APRESENTAR: Sinais inflamatórios locais, com abaulamento do hemitórax afetado; Flutuação; Drenagem espontânea da coleção purulenta. Ultrassom; Tomografia computadorizada; Toracocentese para obtenção de material para análise: citometria, pH, glicose, LDH, proteínas. DIAGNÓSTICO Antibióticos; Toracocentese terapêutica; Drenagem pleural; Agentes trombolíticos; Pleuroscopia; Toracotomia e decorticação; Drenagem aberta e pleurostomia. TRATAMENTO Paquipleurite; Bronquiectasia; Pleurisia colesterínica; Abcessos metastáticos; Tecido fibroso. COMPLICAÇÕES Verificar a posição da cabeceira manter entre 30° a 45°, melhorando a ventilação; Monitorar o cliente quanto à presença de sibilos, sons respiratórios diminuídos, dispneia e hipoxemia; Observar o dreno, se não está obstruído e qual coloração da secreção; O treinamento da musculatura inspiratória e a reeducação respiratória podem ajudar a melhorar os padrões respiratórios ineficazes. CUIDADOS DE ENFERMAGEM CONCLUSÃO Conclui-se que o presente trabalho abordou duas variáveis de distúrbio do trato respiratório inferior, de forma que o abcesso pulmonar consiste em uma colecção de tecido necrosado e supurativo localizado no parênquima pulmonar, refletindo uma infecção devido elevada carga de microrganismos e/ou déficit dos mecanismos de depuração do trato respiratório. Já o epiema pleural surge de uma de uma infecção pulmonar pré-existente causando presença de um líquido com aspecto purulento e espesso na cavidade pleural. MONTEIRO, Rita et al. 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