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[RSB] Mobile - Manual Básico do Trader de Futuros pdf (1)

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introdução
O mercado financeiro proporciona um oceano de possibilidades de negociações. Diversas são as modalidades de 
investimento, assim como são as possibilidades de análise – é comum ao operador adepto do buy and hold partir de uma 
abordagem analítica fundamentalista para definir onde e de que maneira se posicionar, tendo em vista o teor de longo prazo 
referente à modalidade em questão; já o operador de daytrade comumente se vale de ferramentas de análise técnica, devido à 
instantaneidade inerente à modalidade em pauta. Os diferentes modos de análise mercadológica não competem entre si, mas 
sim, se complementam e se aplicam de maneira mais ou menos assertiva, a depender da situação em que forem utilizados.
O caminho a ser percorrido para se encontrar no mundo dos investimentos é longo, tortuoso, desconexo e repleto de 
armadilhas – a quantidade de informação enganosa e de baixa qualidade que se tem disponível e se dissemina na área é 
assustadora. A presente apostila, no entanto, tem como objetivo servir de guia para o operador iniciante/intermediário, 
filtrando informações confiáveis, delimitando os caminhos a serem trilhados de acordo com a experiência adquirida, os 
elementos essenciais a serem incorporados na psicologia e no modus operandi, buscando sempre afunilar e simplificar as 
questões basilares para a compreensão substancial do mercado, abarcando tanto a parte teórica quanto a parte prática do que 
se é importante entender para tornar possível a realização de negociações intradiárias bem sucedidas no mercado de futuros.
O principal balizador dos conceitos aqui apresentados em se tratando de análise técnica, price action, 
indicadores, gerenciamento de riscos, sistema operacional e psicologia das massas é uma das mais completas 
obras sobre trading, escrita pelo Dr. Alexander Elder, “Como se Transformar em um Operador e Investidor de 
Sucesso”. Na seção de psicologia individual e de mercado, os paralelos traçados entre a psicologia trader e os padrões 
comportamentais têm base na obra “Compreender o Behaviorismo: Ciência, Comportamento e Cultura”, de William 
M. Baum. Alguns dos conceitos apresentados, no entanto, são próprios dos autores da presente obra, deduzidos a 
partir de estudos comparados, submetidos a testes práticos ou adquiridos através da própria experiência de mercado.
mercado público de ações
O mercado de ações é um ambiente público e 
organizado para negociação de alguns títulos mobiliários e 
imobiliários (ações, opções de ações, fundos imobiliários, 
entre outros). As transações podem ocorrer por intermédio 
das bolsas de valores ou nos chamados mercados de 
balcão, mercados esses em que são comercializados títulos 
não negociados em bolsas. Nas economias modernas, 
a grande maioria das operações no mercado acionário 
ocorre por intermédio das bolsas de valores.
Para investir em ações, é necessário que o investidor 
procure uma corretora para abrir uma conta. É usando 
o sistema das corretoras, também conhecidos como 
plataformas de negociação ou home-broker, que o 
investidor tem acesso às ordens de compra e venda dos 
papéis negociados na Bolsa. Investir em ações é uma 
maneira relativamente barata de se tornar sócio das 
grandes companhias de capital aberto, dado que a ação 
é a menor parcela do capital social dessas companhias. O 
investimento em ações permite que o pequeno investidor 
participe da regulação do mercado, e acompanhe a 
evolução e o crescimento do lucro das referidas empresas, 
além de ter todos os direitos e deveres de um sócio.
O mercado de ações é um tema bastante complicado 
no Brasil. Não somente pela questão política, visto que 
boa parte da classe média foi excluída da participação 
acionária, como também por conta da lacuna histórica 
da educação financeira, que com o passar das décadas 
ficou restrita aos noticiários especializados e aos círculos 
acadêmicos de economia. O mercado brasileiro é pujante 
e ao mesmo tempo um pouco repugnante, entretanto, 
é preciso reconhecer que investir é um direito e uma 
necessidade. Sem isso, perdemos dinheiro. E perdemos 
todos os dias, seja com a inflação dos preços ao consumo, 
ou com os juros aplicados sobre o nosso crédito e o nosso 
Tesouro.
É preciso então, investir. Investir é o melhor método 
de aprendizagem do mercado. Às vezes ganhamos, e às 
vezes perdemos. Buscamos entender cada dia mais para 
que possamos nos proteger das perdas. É preciso proteger 
o capital. Temos que aprender a cuidar melhor do nosso 
dinheiro se temos como objetivo acompanhar o calor das 
crescentes de mercado e nos proteger do frio das recessões. 
Como então investir melhor para render melhor? Não 
existe método ou caminho milagroso para fazer isso. É 
preciso entender, e a melhor forma de entender, nesse 
caso, é buscar a raiz das relações de mercado.
A unidade básica que define as relações praticadas 
no mercado de ações é o preço. É a oscilação dos preços 
que nos permite realizar as operações de compra e 
de venda. Sem ele, não haveria sentido em nenhuma 
relação de mercado, pois não fariam sentido as lógicas 
de acumulação e distribuição. Não haveria lógica para a 
oferta, inclusive, nem para a demanda, pois não haveria 
medida de abundância ou escassez que pudesse definir o 
valor ou a necessidade de um determinado produto.
Existem diversos métodos de avaliação do mercado, 
desde a análise dos demonstrativos financeiros das 
empresas, para compreender se elas estão em crescimento 
ou não, até análises mais puristas, que se baseiam na 
avaliação da dinâmica ou movimentação dos preços 
para determinar as probabilidades de comportamentos 
futuros. A criação desses métodos remonta ao Japão do 
século XVIII, onde traders de arroz de Osaka estocavam 
sua mercadoria em armazéns e em troca recebiam cupons 
com a cotação do momento.
Com o tempo, os japoneses perceberam que era 
possível acompanhar a oscilação dos preços das sacas de 
arroz. A relação sazonal entre oferta e demanda, quando 
incorporada a partir das práticas econômicas de regulação 
estatal dos preços, imprimia a elas um comportamento 
cíclico que alternava momentos de expansão e 
encolhimento. É nesse período que surge a modalidade 
de Análise Gráfica hoje denominada Candlestick, e, 
hoje, credita-se a esse momento o surgimento da Análise 
Técnica, mesmo que timidamente.
Os estudos ocidentais sobre o 
comportamento dos preços têm início 
na segunda metade do século XIX, 
com as Teorias de Charles Dow, que 
abordaremos mais adiante neste 
volume. 
As teorias de Dow são a base do 
pensamento ocidental sobre o mercado 
de ações e todo o resto decorre de seus 
fundamentos.
bolsa de valores no Brasil
ativo
O primeiro mercado de ativos do Brasil começou no 
Rio de Janeiro, em meados do século XIX. Os corretores 
trabalhavam na informalidade, anotando a evolução dos 
preços em lousas de pedra. A procura pelos ativos foi 
tão extensa que um grande ciclo de alta foi seguido de 
uma crise, que ficou conhecida à época como Crise do 
Encilhamento. Em São Paulo, as negociações começaram 
somente com a euforia provocada pelas grandes 
produções de café e pela urbanização vigorosa vivenciada 
pela cidade no início do século XX. Na capital paulista, 
mercadorias, câmbio, títulos e futuros eram negociados 
por duas principais instituições financeiras: a mais antiga, 
Bolsa Livre de São Paulo, ou Bovespa, e a BM&F, Bolsa de 
Mercadorias e Futuros. 
No século XXI, a BM&F absorveu as operações da 
bolsa do Rio de Janeiro, e posteriormente, fundiu suas 
operações com a Bovespa. A última grande revolução do 
mercado foi em 2007, quando a recém-criada BM&F/
Bovespa realizou seu último pregão viva-voz, dando início 
à era das plataformas de negociação e dos chamados 
pregões eletrônicos. Abordaremos o funcionamento das 
plataformas mais adiante, no capítulo 5 deste volume. 
Atualmente, a B3 (Brasil, Bolsa, Balcão, anteriormente 
conhecida como BM&F/Bovespa) é a única bolsa de 
valores de mercadorias e futuros em operação no território 
nacional,sendo seu controle de responsabilidade de uma 
autarquia especial do governo federal, a Comissão de 
Valores Mobiliários (CVM).
Conceituamos enquanto ativo tudo aquilo que 
apresenta valor agregado e possui capacidade de operação 
entre duas partes – um comprador e um vendedor. Sendo 
assim, podemos considerar que carros, imóveis, bens de 
consumo, alimentos ou aparelhos tecnológicos são ativos 
e servem como ótimo exemplo para o entendimento para 
o leitor.
Existem também outros ativos financeiros um pouco 
mais complexos de serem entendidos – justamente 
aqueles que iremos operar. Dentro do Mercado Público de 
Ações, podemos observar operações cujo valor agregado é 
diretamente relacionado à natureza do ativo: ações, como 
geralmente chamamos os papéis de título de uma empresa, 
são influenciadas pelo valor de mercado da instituição 
em questão. No caso das empresas, o valor do papel de 
título é influenciado por questões econômicas e políticas. 
Tomaremos o caso da Vale como exemplo: a quebra de 
uma barragem cria um contexto político favorável à 
desvalorização de seu valor de mercado, influenciando o 
valor representado para o investidor no home broker ou 
nas plataformas de negociação intradiária.
Essa representação também muda de acordo com a 
classe do ativo; papéis de título serão representado por seu 
valor unitário (ex.: R$20,00), assim como paridades entre 
Dólar e Real são representadas por um valor fracionado, 
com cinco casas decimais após a vírgula (ex.: 4.000,00). 
Entraremos, posteriormente, nessas representações de 
forma mais aprofundada para melhorar o entendimento 
do leitor. O importante aqui, para compreendermos as 
relações de mercado de forma mais completa, é salientar 
a existência de um indicador chamado “Índice”, uma 
espécie de termômetro da economia nacional se baseando 
nas empresas cujo ativo financeiro se destaca entre 
aqueles com maior volume de negociação.As empresas 
que compõem o Índice e a sua saúde financeira são 
de responsabilidade dos agentes administradores de 
mercado, mais especificamente a B3. 
No Brasil, nosso Índice se chama Ibovespa (ou Índice 
da Bovespa) e, assim como os demais ìndices do mundo, 
é uma carteira teórica de ações cuja representação é feita 
em pontos.
agentes do mercado
emissores
administradores
intermediários
Utilizemos de exemplo uma pontuação de 100.000 
pontos: teoricamente, a junção de todas as empresas que 
sustentam a representação do Índice, caso fosse uma 
carteira de ação de um investidor, apontam para um valor 
de investimento de R$100.000,00. Ou seja, cada ponto do 
Índice representa R$1 em uma carteira de ações teórica. 
Apesar de as empresas maiores, em âmbito nacional, 
possuírem maior influência na oscilação de pontos 
do Índice, o resumo que o indicador dá é justamente 
motivado pelo balanço de valorização e desvalorização 
das empresas.
Em si, o Índice ou paridades entre moedas não são, 
necessariamente, Ativos. Porém, existem situações onde 
uma operação é baseada em um Ativo com valor derivado, 
o que comentaremos com mais profundidade no capítulo 
4 deste material.Para tais situações, o valor deriva de um 
ativo primário, podendo ser um Índice ou uma paridade 
de câmbio, apresentando capacidade real de operação.
Os emissores são o grupo de empresas que possuem 
seus ativos listados nas Bolsas de Valores e também os 
fundos de investimento que captam recursos através da 
emissão e venda de títulos e letras de crédito em geral. O 
ganho destinado a essa parcela do mercado é proveniente 
da venda de títulos e ativos em geral, além da valorização 
apurada nos ativos que eles mesmos detêm. São exemplos 
de emissores as companhias abertas e os fundos de 
investimento.
Os administradores de mercado são empresas 
ou órgãos responsáveis pela manutenção da saúde do 
mercado, como bolsas de valores, depositárias, câmaras 
de compensação e liquidação. Através do controle de 
taxas, instituições como a B3, o Conselho de Política 
Monetária (COPOM), o Conselho Administrativo de 
Defesa Econômica (CADE) e a Comissão de Valores 
Mobiliários (CVM) regulam a atividade dos demais 
agentes. Os ganhos dessa parcela do mercado se dão 
através da cobrança de taxas de registro, do roteamento, 
e dos impostos sobre operações financeiras. 
Os intermediários são aqueles com quem lidamos 
mais constantemente durante nossa rotina de operações. 
Como investidores, teremos acesso aos ativos desejados 
através de bancos, corretoras ou agentes. A principal fonte 
de renda dessa parcela do mercado é a cobrança da taxa 
conhecida como corretagem. A corretagem representa 
grande parte da perda dos investidores pessoais e é um 
dos pontos a se analisar no seu gerenciamento de risco, 
assunto que abordaremos mais adiante.
Na rotina do investidor, são vários os intermediários: 
os bancos de investimento, as corretoras de mercadorias, 
as corretoras de títulos e valores mobiliários, as 
distribuidoras de títulos e de valores mobiliários, os 
agentes autônomos de investimento, os administradores 
de carteiras.
O mercado possui diversos 
agentes envolvidos em transações 
que acontecem à velocidade de um 
clique através de sistemas eletrônicos 
integrados. Todos os agentes envolvidos 
nas transações têm acesso a alguma 
das pontas do sistema e cada atuação 
individual mantém as engrenagens do 
mercado em constante funcionamento. 
Os principais atores e aqueles que se 
beneficiam diretamente das transações 
ocorridas nas Bolsas de Valores 
são os Emissores, Intermediários, 
Administradores de Mercado, e nós, os 
Investidores. 
investidores
renda fixa
A parte mais frágil, porém, mais importante do 
mercado, somos nós, os investidores, pois somos o espelho 
daquilo que um determinado mercado é capaz de alcançar. 
Afinal, somos o pulmão da economia e a grande base de 
sustentação dos movimentos do mercado. O grupo dos 
investidores é composto por pessoas físicas, instituições, 
empresas, estrangeiros e outros.
O mercado brasileiro, entretanto, oferece pouca 
segurança aos investidores. Com movimentações atípicas, 
muitas vezes motivadas por cenários de instabilidade 
política e desconfiança do ambiente de negócios, o 
mercado pode se mostrar um desafio para muitos 
investidores iniciantes. 
A receita está diretamente ligada ao tipo de 
investimento que foi realizado, podendo apurar ganhos ou 
perdas em diversas janelas de tempo, como a duração de 
um pregão (diário) ou até mesmo intervalos de anos. 
Os demais participantes do ecossistema financeiro 
são os analistas de mercado de valores mobiliários, as 
empresas de auditoria, as consultorias.
A Renda Fixa pode ser fixada em um percentual 
mensal ou seguir algum índice como a taxa Selic, o CDI 
– Certificado de Depósito Interbancário –, a inflação ou 
outro, sendo o CDI o índice referencial mais utilizado para 
operações de Renda Fixa. Como nos investimentos em 
geral, essa categoria também oferece ativos com perfis 
de riscos e objetivos variados. Existem diversos tipos de 
aplicações na Renda Fixa. Eles são caracterizados por 
objetivos, risco, emissor, rentabilidade e etc. Abaixo, estão 
os investimentos mais populares da Renda Fixa:
O CDB (Certificado de Depósito Bancário) funciona 
como um empréstimo do dinheiro do investidor para a 
instituição bancária. Em troca, o investidor recebe uma 
taxa de rentabilidade que é definida no momento da 
compra. Tal investimento se diferencia das LC (Letras de 
Câmbio) por sua relação com o órgão emissor do título 
– no último, o órgão é uma Corretora de Valores, porém 
possui o mesmo objetivo financeiro.
O Tesouro Direto é um título público de renda fixa. 
Ele é emitido pelo Tesouro Nacional, que é um órgão do 
Governo Federal junto à Secretaria do Tesouro Nacional 
(STN). Assim, qualquer pessoa pode “emprestar” dinheiro 
modalidades 
de investimento
Ao iniciar no mundo das finanças, 
possuímos algumas opções de 
investimento definidas por sua relação 
com a classe do ativo e com o tempo em 
que o investidor permanece na operação.Nos casos em que possuímos 
rendimentos previsíveis, conceituamos 
a operação como “Renda Fixa” e, no caso 
contrário, categorizamos as operações 
enquanto “Renda Variável”.
renda variável
A Renda Variável é uma modalidade de investimento 
focada em operações sem um rendimento pré-estabelecido 
e/ou previsível, ou seja: o operador não possui um limite 
de ganhos, logo, depende de sua capacidade de análise, do 
acaso (ou sorte) e do capital disponível para investir.
Existem diversas formas de investir em Renda 
Variável, alguns exemplos abrangem Ações, Fundos 
de Ações, Mercado Futuro, Câmbio, Commodities 
e Derivativos. Além das classes de investimento, as 
modalidades de Renda Variável se dividem, também, 
relacionadas ao período que o operador permanece dentro 
de uma operação.
Denomina-se Buy And Hold as operações pensadas 
para o longo prazo. A característica principal desse tipo 
de investimento é, literalmente, “comprar e segurar”: 
normalmente as empresas que pagam os melhores 
dividendos.
No caso do Swing Trade, utilizado principalmente em 
operações com papéis de título de empresas, as operações 
duram entre alguns dias e algumas semanas geralmente. 
Sua duração tem relação direta com a dinâmica de 
mercado e valorizações reais de um determinado ativo – 
normalmente empresas que apresentam oscilações nos 
seus balanços trimestrais.
Por fim, o Day Trade é a modalidade de investimento 
que consiste em comprar e vender ativos em operações 
intradiárias – ou seja, que durem até 24 horas. Nessa 
modalidade de investimento, necessitamos de uma 
plataforma de negociação que apresente um “gráfico 
intraday”; o prazo dos nossos contratos é o fim do pregão.
Os ativos mais negociados dentro do Day Trade 
são referentes ao Mini Dólar e o Mini Índice. Eles são 
intermediados pelo Mercado Futuro por permitirem 
que o operador negocie suas ações em minicontratos (a 
centésima parte de um papel de título). Em resumo, isso 
nos permite utilizar as maiores empresas do mercado 
como indicador para operações num índice – como nos 
casos da Itaú e Vale relacionadas ao B3. 
para o Governo através do investimento em um título do 
Tesouro Direto.
LCI e LCA são, respectivamente, a Linha de Crédito 
Imobiliário e a Linha de Crédito do Agronegócio. 
Correspondem a títulos de Renda Fixa emitidos por 
bancos, tendo como diferencial entre si apenas o foco 
do investimento. Os recursos captados pelo emissor 
são utilizados para o financiamento das atividades 
imobiliárias ou do agronegócio e, em troca, o investidor 
obtém uma taxa de rentabilidade anual que é definida no 
momento da compra.
O Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) 
é um título de Renda Fixa, emitido por instituições 
securitizadoras , com o objetivo de financiar o setor 
agrícola. É muito semelhante às LCAs, as quais também 
são títulos do agronegócio cujo objetivo é financiar o 
setor com recursos privados. As emissões são originadas 
através de negócios entre produtores do campo, suas 
cooperativas ou terceiros, abrangendo financiamentos ou 
empréstimos destinados à produção, à comercialização, 
ao beneficiamento ou à industrialização de produtos, de 
insumos ou máquinas e de implementos utilizados na 
produção agropecuária.
Outros investimentos de renda fixa menos populares, 
mas destacáveis, são o Agente de Custódia, a Caderneta de 
Poupança, o Título Financeiro, o Cupom de Título, entre 
outros. 
Securitização ou titularização, é 
uma prática financeira que consiste em 
agrupar vários tipos de ativos financeiros 
(notadamentetítulos de crédito, tais como 
faturas emitidas e ainda não pagas, 
dívidas referentes a empréstimos, 
entre outros), convertendo-os em títulos 
padronizados negociáveis. Assim, a 
dívida é transferida, vendida, na forma 
de títulos, para vários investidores, 
convertendo uma dívida (duplicatas, 
cheques, notas promissórias) em título 
lastreável e negociável entre instituições 
financeiras.
day trade
Antes de entramos de fato na explicação sobre Day 
Trade, precisamos falar acerca do mercado futuro. Por 
que esse mercado é um dos que mais cresce no mundo? 
Porque ele tem uma função que nenhum outro ativo 
tem, o poder da venda descoberta. A venda descoberta 
é quando o operador negocia um acordo de venda sem 
antes ter comprado a ação. Isso ocorre porque o mercado 
de futuros é um Derivativo, o que permite características 
específicas dessa fatia de mercado. Comentaremos com 
mais profundidade a respeito dos Derivativos no capítulo 
adiante. 
O operador que trabalha com futuros pode ter uma 
oportunidade a mais que um operador que negocia 
ações (que podem levar dias, semanas, meses, anos), 
principalmente no mercado intradiário (Day Trade), no 
qual se realizam compras e vendas no gráfico intraday. 
Tais operações têm início às 08h e encerramento às 18h 
nos dias úteis. Durante o tempo em que estão abertas, as 
negociações se chamam pregão.
Geralmente, o operador de Day Trade consegue 
enxergar diversas oportunidades nas quais ele se vê 
em situações em que o gráfico está em desvalorização. 
Ele pode usufruir de indicadores, de análises gráficas e 
técnicas que o guiem para um ponto de entrada de venda 
para que ele lucre com a desvalorização. 
Já sabemos que tratando de futuros se pode vender 
antes de comprar, logo, estamos mais flexíveis às oscilações 
do mercado, por isso devemos entender em que padrão 
nos encontramos. Cada operador tem seu estilo de operar, 
alguns se identificam com vendas, outros com compras e 
outros não têm preferência e se adaptam aos dois. 
Os operadores que trabalham com venda podem ser 
caracterizados por serem chamado de bears, essa metáfora 
é feita porque o ataque dos ursos é desferido de cima 
para baixo. No mercado financeiro, os “ursos” buscam a 
desvalorização do ativo justamente por operarem com 
vendas, sendo assim, para que suas operações tenham 
êxito eles precisam exercer pressão de mercado para que 
os ativos apontem na direção desejada.
por que operar no 
mercado futuro?
Já os operadores que trabalham somente com compra, 
chamam-se bulls, fazendo referência aos “touros”, cuja 
arma de ataque são os chifres que são movimentados 
de baixo pra cima. No mercado, os “touros” buscam 
a valorização do ativo com a mesma mentalidade dos 
“ursos”.
Ainda que cada um tenha sua particularidade 
operacional, todos têm o mesmo objetivo: obter êxito 
em suas operações. Existem diversos métodos que se 
encaixam para cada operador. A duração da operação é 
um distintivo entre métodos, alguns preferem executar 
poucas entradas ao decorrer do gráfico. Outros, 
entretanto, preferem oscilações maiores de mercado para 
que possam obter um ganho considerável com menos 
entradas. Iremos falar desses dois métodos citados agora, 
chamados de Scalper e o Surfer.
o scalper
A operação a partir do método Scalper é gira em torno 
da obtenção de lucro com várias entradas de curtíssima 
duração nas pequenas oscilações do mercado ao longo 
do dia. Os scalpers realizam entre dezenas a algumas 
centenas de operações em um único dia, acreditando que 
pequenos movimentos no mercado são mais fáceis de 
prever/aproveitar do que os grandes. Muitos “pequenos 
lucros” podem se tornar grandes ganhos ao final do dia se 
o scalping for realizado com atenção, foco e disciplina para 
sair na hora certa. O stop gainx do scalper é posicionado a 
poucos pontos de sua entrada, visando a rápida execução 
da operação. Como esse tipo de operação visa um pequeno 
rendimento, não cabe ao scalper se dispor a arcar com 
grandes perdas em uma operação, logo o seu stop loss 
também é curto, pois não compensa correr grandes riscos 
para baixos lucros por operação. 
Uma característica do scalping é que, devido à 
necessidade de respostas e ações rápidas do scalper de 
acordo com os movimentos do mercado, é necessário, 
enquanto estiver operando, absoluto foco no gráfico 
do ativo operado. Pelo fato de os scalpers realizarem 
várias operações no dia,é de extrema importância 
atentar às taxas de corretagem por operação, sempre 
acompanhando a lista de ordens. Algumas corretoras 
fornecem condições especiais para scalpers com preços 
de corretagem baixíssimos. 
ativos mini e
mini contratos
o surfer
Diferentemente do scalper, o surfer é o trader que busca 
os grandes movimentos mercadológicos intradiários. 
Ele realiza uma quantidade significativamente menor 
de trades do que o scalper, tendo em vista que as 
oportunidades de entrada ocorrem com bem menos 
frequência. Além disso, é de interesse do surfer enxugar 
ao máximo o número de entradas a fim de manter a 
corretagem baixa. Dessa forma, os pontos de entrada que 
os surfers buscam são os pontos de reversão ou de início 
de tendência. O stop gain é consideravelmente distante do 
ponto de entrada, visto que o movimento que se espera 
captar com a entrada é um movimento longo de tendência. 
O mesmo ocorre com o stop loss, que deve ser também 
posicionado a uma distância razoável do ponto de entrada, 
pois há sempre a possibilidade de uma falsa reversão – o 
gráfico aparenta mudar de tendência, mas tal mudança 
posteriormente se revela um mero pullback e o gráfico 
volta a seguir a tendência anterior à falsa reversão. 
Como a expectativa de ganho por operação é alta pelo 
supracitado motivo, deve-se calcular bem a posição do 
stop loss, a fim de reduzir ao máximo o valor da perda, 
tirando o mínimo do espaço de mobilidade para o gráfico 
seguir contrário à entrada executada antes de vir, de 
fato, a reverter, nas situações em que a reversão não se 
dá concomitantemente à execução da ordem. Grandes 
aliados do surfer são os osciladores na análise técnica e a 
análise fundamentalista como um todo.
O ambiente do Mercado Público de Ações é complexo 
de forma bastante específica. Os diferentes ativos 
operáveis possuem características variadas e a sua 
formação está diretamente ligada à forma espontânea que 
o mercado adquire: muitas vezes, classes de ativos criadas 
para um propósito começam a adquirir um objetivo 
completamente diferente daquele imaginado inicialmente 
– na maioria das vezes, o intuito final aponta para a 
especulação e alavancagem, como iremos aprofundar 
posteriormente.
Uma dessas classes de investimento é chamada de 
Derivativo, um ativo operável com promessa de transação 
futura. Para que fique mais simples, analisemos o seguinte 
exemplo: uma mineradora que faz exportações pagas em 
dólar fica sujeita às variações na cotação da moeda para 
garantir seus lucros, logo, se o dólar cai, o faturamento da 
empresa também cai.
Para se proteger de tal situação, algumas empresas 
utilizam os Derivativos como forma de preservar o 
próprio capital, assim a instituição tem a possibilidade 
de efetuar uma “venda futura”. Tal operação consiste no 
comprometimento do vendedor em entregar, futuramente, 
o ativo ao comprador.
Dessa forma, caso o dólar protagonize uma 
desvalorização, o empresário está coberto por um 
comprometimento do comprador em entregar o valor 
acertado. Como afirmado acima, em muitas situações, 
um ativo criado com um objetivo inicial não continua com 
a mesma finalidade ao passar do tempo e, considerando 
a característica especulativa e espontânea do mercado 
de ações, oportunidades de ocupação por parte de 
investidores interessados em “alavancar” para obter 
lucros são percebidas e aproveitadas na maioria das vezes.
Em relação à sua conceituação, os Derivativos são 
classificados enquanto uma derivação de um ativo 
qualquer. Essa derivação é concebida pura e simplesmente 
pela especulação criada a partir da oscilação de preços do 
ativo primário: sua possível valorização ou desvalorização 
futura motiva a operação daqueles que querem proteger 
seu capital ou alavancar.
Entretanto, a formação dos contratos de vendas 
e compras futuras não é, porque não deve ser, 
completamente livre ou aleatória. Em todos os casos 
existem vencimentos de contratos, e as várias formas de 
determinar tais períodos criam particularidades bastante 
complexas para cada tipo de operação.
Em alguns casos, por exemplo, a determinação de 
valor, de vencimento e de ativo derivado é estabelecida 
pelas duas partes da operação. Nos casos do Mercado a 
Termo e Opções, o vencimento é determinado no ato da 
formação do contrato e as operações realizadas criam um 
valor específico.
No caso do Mercado a Termo, existe a necessidade 
do contrato ser formado à vista, diferente de operações 
em Opções que subentendem um valor determinado 
para ocupar uma posição de compra. Tal exigência cria 
uma característica de valor relativo relacionada à opção 
adquirida pelo comprador. Em resumo, independente 
da particularidade da operação, acontece a atribuição de 
valor a um contrato de compra ou venda futura que se 
relaciona diretamente com o preço do ativo primário.
Necessitamos entender a funcionalidade de um 
Derivativo para que entendamos as características 
do Minicontrato, pois todas essas questões estão 
intrinsecamente relacionadas à constituição das 
características dos ativos operados futuramente.
O caso realmente importante, aqui, é o do Mercado 
Futuro. Em tais operações, existe uma padronização 
por parte dos administradores de mercado sob as 
regras de vencimento determinando o fechamento de 
todos os Minicontratos ao fim do pregão. Isso significa 
que no momento da abertura de um pregão não há, 
em ativo, nenhuma ordem desta natureza. Isso gera 
uma característica intradiária como base desse tipo de 
operação que tem como possibilidade a execução baseada 
no ativo chamado de Minicontrato, citado anteriormente e 
conceito base deste capítulo.
Antes de entendermos a função e conceituação do 
Minicontrato, precisamos tocar em um último ponto a 
respeito dos Derivativos. Diferente de um ativo primário, 
as operações futuras adquirem valor relativo a uma 
natureza especulativa. Ativos não necessitam de algo ou 
alguém para adquirirem tal característica, então, quando 
observamos um Derivativo, podemos perceber que se 
trata nada menos que um valor derivado de especulação.
No caso de um ativo primário, o valor deriva de algo 
físico – uma commodity, uma paridade entre moedas, 
um índice, etc. –; no caso dos Derivativos, deriva de uma 
especulação, daí sua nomenclatura. Não existe, então, 
uma liquidez física para essa classe de ativos, o que 
termina diferenciando o preço do ativo primário, pois esse 
possui um vínculo direto com a materialidade. 
Considerando que os administradores de mercado 
são responsáveis pela saúde da instituição, as regras 
referentes à liquidez desse ativo, para que haja estabilidade 
de conjuntura e valor, são de responsabilidade de tais 
agentes financeiros.
Por fim, é necessário salientar: ainda que a liquidez 
específica dos Derivativos contribua para a diferença de 
preço entre o ativo primário e seu derivado, a especulação, 
a questão de se tratar de um ativo diferente do primário e 
o fato de ser um futuro de ativo contribuem também – e 
talvez com maior peso – para a diferenciação existente.
O conceito de alavancagem consiste 
na prática de investir em um ativo 
consideravelmente mais caro do que 
o valor investido inicialmente pelo 
operador. Tal prática só é possível na 
classe dos Derivativos, pois esse ativo se 
sustenta numa relação de cobertura por 
parte do investidor junto à quantidade 
de dinheiro investida, trataremos disso 
mais adiante. No fim das contas, o que 
realmente importa é a diferença entre 
os valores de compra e venda, pois eles 
determinam se o investidor possui lucro 
ou prejuízo e se este último cabe dentro 
dos valores investidos como garantia.
mini contratos
Em 1997, a CME (Chicago Mercantile Exchange), uma 
bolsa de Derivativos de Chicago, introduziu o conceito de 
Minicontrato para o índice americano S&P 500, um dos 
principais ativos do mundo. A situação exigia uma resposta 
rápida do mercado financeiro, pois o ativo havia ficado caro 
o suficiente para espantar a classe média de operações.
O conceitofinanceiro introduzido pela bolsa de Chicago 
no dia 9 de Setembro daquele ano dizia respeito a fracionar 
o contrato “cheio” do S&P em 50 partes e construir um 
ambiente favorável para o desenvolvimento financeiro da 
classe média. Consequentemente, o Minicontrato atraía 
o bruto da economia nacional para a bolsa de valores. 
Essas duas questões são diretamente relacionadas: o 
volume de dinheiro operado por bolsas cujo valor do ativo 
é muito caro e a presença da classe média nos ativos, visto 
que um mercado composto de forma consideravelmente 
elitista possui menor volume de negociação.
No Brasil, a B3 introduziu o conceito de Minicontrato 
no mercado fazendo a partição do ativo “cheio” em 100 
partes, visto que o ativo é Derivativo e pode ter regras 
específicas determinadas pelos agentes administradores 
de mercado. O intuito era, justamente, o de atrair a 
classe média brasileira para as negociações da Bolsa, 
aumentando assim o volume de negociações diárias.
Os principais ativos de futuros no Brasil, hoje, são 
o Dólar Mini e o Índice Mini. Para que tenhamos uma 
compreensão melhor da capacidade e da estrutura 
financeira que permite a entrada alavancada em tais 
ativos, observemos as características de cada um deles.
Nesse caso, o valor mínimo para uma operação do 
Ibovespa “cheio” seria de R$15.000 para os 5 contratos. 
A ideia do Minicontrato entra na equação para fracionar 
o volume necessário e diminuir o fluxo de valorização/
desvalorização.
A determinação para o Ibovespa Mini é a de que suas 
operações terão como base o valor de 20% do ativo “cheio”, 
o que modifica drasticamente a conta. Aproveitando 
o exemplo dado anteriormente: caso o índice Bovespa 
ocupe a posição de 100.000 pontos, o valor necessário 
para a operação será R$3.000. É importante salientar esse 
fato para que o operador perceba a capacidade de operar 
um ativo cujo valor é R$100.000 possuindo R$15.000 
– no caso do índice “cheio” – ou R$3.000 – no caso do 
índice “mini”. Além disso, o Ibovespa Mini é um ativo 
com grande liquidez, o que o permite criar uma grande 
variação de pontuação diariamente e pode ser operado 
com operações de um contrato apenas.
Podemos efetuar vendas descobertas justamente por 
se tratar de um ativo futuro, o que abre a possibilidade de 
operar tanto em tendências de alta, quanto em tendências 
de baixa. Os rendimentos ou perdas desse tipo de 
investimento são relacionados à diferença entre a compra 
e a venda – e vice-versa –, gerando alto potencial de lucro 
para o investidor que decide operar alavancado.
Justamente por tais características, o ativo se mostra 
relativamente arriscado, visto que, seguindo a lógica do 
Minicontrato, operamos com base em valores maiores dos 
que investimos inicialmente.
índice mini
100.000 x R$1 – 85%
(pontuação do ativo) x (unidade para 
índice “cheio”) - (alíquota de corte)
No caso do índice Bovespa, as negociações do ativo 
“cheio” se dão por meio de uma limitação mínima para 
compras – o investidor deve comprar, pelo menos, um lote 
de 5 ativos do “índice cheio”. Além disso, necessitamos de 
uma margem de garantia para abrir contratos de compra 
e venda futura, sendo 15% o valor tanto para índice “cheio” 
e “mini”, quanto para dólar “cheio” e “mini”.
A conta a ser feita para encontrar valores mínimos 
deve ser a multiplicação, por exemplo, da pontuação do 
índice pela unidade base e a identificação do valor de 15% 
da quantia encontrada anteriormente. Especificamente 
para do índice “cheio”, a unidade é de R$1; caso o índice 
ocupe a posição de 100.000 pontos o cálculo seria:
Identificação Meses
G Fevereiro
J Abril
M Junho
Q Agosto
V Outubro
Z Dezembro
Identificação Meses
F Janeiro
G Fevereiro
H Março
J Abril
K Maio
M Junho
N Julho
Q Agosto
U Setembro
V Outro
X Novembro
Z Dezembro
dólar mini
O Dólar Mini segue a mesma lógica do Minicontrato 
para o índice, porém com diferenciações nos valores para 
abertura de contratos e para as datas de vencimentos.
Primeiramente, a representação de valor do Dólar, 
no Brasil, se dá entre a paridade do Real com o Dólar 
possuindo seis dígitos. Tomaremos como exemplo o 
valor de 3.948,50. Os dois últimos números compõem o 
que chamamos de tick, conceito relacionado à variação 
mínima de um ativo numa plataforma de negociação. Tais 
números se movimentam como valor unitário – nesse 
caso, a unidade é “50” para tais casas decimais.
Sendo assim, primeiro valor superior seria de 3.985,00 
e o primeiro valor inferior seria o de 3.984,00. O cálculo 
da margem de cobertura dos futuros de Dólar se sustenta 
no cálculo no qual o valor representado entre tal paridade 
é relacionado aos valores de R$50.000 e R$5.000 para 
Dólar “cheio” e “mini”, respectivamente. 
Para saber mais sobre o universo 
das corretoras e os valores cobrados 
para mini contratos e margem de 
cobertura, acesse o site da RSB e 
baixe nosso Guia das Corretoras.
Como todas as operações com derivativos, os contratos 
fracionados do principal índice brasileiro possuem um 
vencimento, apesar do fato de serem fechados todos ao 
fim do pregão. O ativo do Ibovespa “cheio” corresponde 
à nomenclatura “IND” e o Ibovespa Mini corresponde 
à “WIN”. Em ambos os casos, o ativo é acompanhado 
de uma letra de vencimento bimestral e dois números 
que correspondem ao ano em exercício – por exemplo: 
INDQ19 e WINQ19.
Os vencimentos acontecem junto à mudança da letra 
de identificação. Segue a tabela de acordo com os meses:
Utilizemos um valor “inteiro” para simplificar 
o exemplo: caso o Dólar tenha valor de mercado de 
4.000,00, multiplicaremos tal valor por R$50.000 e 
R$5.000 e iremos retirar 85% para encontrar o capital 
mínimo para operações com Dólar futuro.
No caso do Dólar “cheio”, esse valor seria de R$30.000 
para operar um lote de 5 contratos – quantidade mínima 
também para tal ativo – ou de R$3.000 para o Dólar 
“mini”.
Vale ressaltar que, diferente do Índice “mini”, no 
Minicontrato futuro de Dólar a valorização mínima 
relacionada a um tick é de R$5 – no caso do Ibovespa, a 
valorização seria de R$0,20.
Por fim, as datas para fechamento de Dólar futuro são:
margem de cobertura
Além do que já comentamos anteriormente sobre a 
margem de cobertura contratual, existe uma margem de 
cobertura financeira relacionada ao agente intermediário. 
Considerando que, ao fim, nossos lucros e prejuízos são 
derivados de diferenças no posicionamento do preço do 
ativo operado, necessitamos ter também uma margem 
de garantia para continuar operando e nos certificar à 
corretora que iremos pagar nossas despesas operacionais.
Isso acontece porque necessitamos efetuar o 
pagamento de corretagens, mensalidade da plataforma 
de negociação intradiária e outras taxas operacionais. 
Geralmente, as corretoras possuem um mecanismo de 
segurança no qual as posições do operador são zeradas 
caso este venha a ficar -70% do valor investido. Podemos 
resumir tal funcionalidade da seguinte maneira: o 
operador possui uma garantia de que pode ficar negativo 
em até 70% de x, sendo “x” o valor de montante investido 
por parte do operador, junto à corretora, durante o 
momento da execução da operação.
Fora tais cálculos, por uma espontaneidade no 
mercado financeiro, os agentes intermediários – as 
corretoras – determinam um valor mínimo como 
margem de cobertura. Tal valor aponta para o mínimo de 
investimento que o operador necessita para a abertura de 
um Minicontrato; atualmente, os valores variam entre 
R$25 e R$80 dependendo da corretora escolhida pelo 
operador.
Tocamos nesse ponto específico para informar ao 
leitor a evolução nas condições de investimento, a partir 
da criação de um ativo até o seu estabelecimento de forma 
mais robusta.
plataformas
Como comentamos anteriormente, plataformas de 
negociação intradiárias são utilizadas especificamente 
para operações na bolsa de valores em que o fechamento 
da operação tenha vencimento ao fim do pregão. Tais 
plataformas nos permitem executar operações de compra 
e venda, assim como analisaras oscilações no preço dos 
ativos utilizando indicadores. Voltaremos a comentar 
sobre o que são e quais as finalidades dos indicadores mais 
adiante, no módulo de análise técnica.
O importante – além do fato de possibilitar operações 
– no caso das plataformas é a capacidade dada ao 
investidor de fazer análises por conseguir desenhar linhas 
de tendência, analisar picos (ou Topos) e Fundos de preço, 
fazer aproximações ou distanciamentos, identificar pontos 
de suporte e resistência e analisar players de mercado e 
como eles se posicionam.
Existem várias plataformas de negociação no mercado 
para escolha do aspirante a operador. A plataforma 
escolhida pela RSB para operar é a de desenvolvimento 
da Nelogica® e se chama Profit Chart. Comentaremos a 
seguir sobre essa plataforma específica.
profit chart
A Nelogica® é uma desenvolvedora de plataformas 
voltadas para operações de diversas modalidades no 
mercado financeiro. A plataforma Profit, que conta com as 
versões ProfitTraining, ProfitOne, ProfitPlus e ProfitPro, 
está nas listas de plataformas das principais corretoras do 
país. De design simples e intuitivo, é uma ótima escolha 
tanto para o trader iniciante que está conhecendo as 
ferramentas de análise e as dinâmicas mercadológicas, 
quanto para quem já tem experiência e procura uma 
plataforma objetiva e funcional.
Com recursos para perfis diversos, inclusive o Day 
Trade, a Profit une funcionalidades de tape reading e de 
análise técnica, dispondo do book de ofertas e do times 
and trades para leitura de fluxo, e de um arsenal de 
gráficos temporais e atemporais, proporcionando uma 
análise gráfica bastante completa.
simulador e replay de mercadoplataforma de testes
Simuladores de mercado são ferramentas de 
operações com dinheiro fictício, dentro das próprias 
plataformas, que nos permite colocar em prática o que 
aprendemos sobre análises de mercado sem que exista, 
necessariamente, um risco de operação – justamente 
porque o operador não está investindo seu dinheiro como 
base das operações.
No caso dos replays de mercado, a ferramenta opera 
basicamente da mesma maneira que o simulador. Porém, 
diferentemente do simulador, o replay não acontece em 
paralelo ao pregão em ativo. Por isso, o simulador se 
limita a funcionar durante dias úteis em que a bolsa de 
valores brasileira (B3) está funcionando e o replay pode 
ser configurado fora do horário de funcionamento dos 
pregões.
A Nelogica® disponibiliza o download grátis da 
plataforma para testes com duração de 15 dias. Passados os 
15 dias, recomendamos o download da plataforma através 
de uma corretora a sua escolha (para mais informações, 
leia a cartilha “Guia das Corretoras RSB”). Para realizar o 
download gratuito da plataforma, é só seguir o tutorial 
abaixo:
1. Acesse o site da Nelogica® através do 
link<https://www.nelogica.com.br/>;
2. Na página inicial, clique em “Testar 
Agora”;
3. Selecione a plataforma que deseja 
testar, entre “ProfitTraining”, “ProfitOne”, 
“ProfitPlus” e “ProfitPro”. Nós, da RSB, 
recomendamos a ProfitPro por ser 
mais completa em funcionalidades e 
dispor das ferramentas necessárias para 
a compreensão e assimilação das técnicas 
ensinadas em sala de aula;
4. Selecionada a plataforma, você será 
encaminhado para um campo de login ou 
cadastro. Realize o cadastro, caso não o tenha 
feito, respondendo a algumas questões 
simples referentes a dados pessoais, de 
localização e complementares;
5. Realizado o cadastro, basta seguir o 
passo-a-passo recomendado no próprio site 
para download e instalação da plataforma 
escolhida.
Para saber mais sobre as plataformas 
de negociação, acesse o site da RSB e 
baixe nossas cartilhas de contratação, 
instalação e configuração da sua 
ProfitChart Nelogica.
mercado, mesmo que com dinheiro fictício, podendo fazer 
operações e testar seus Trade Systems.
• SuperDOM
Permite identificar a profundidade de mercado em 
uma ferramenta avançadíssima que permite envio, 
modificação e cancelamento de ordens com um clique, 
podendo observar os melhores preços para abertura de 
posições.
• Replay
Uma função importante que nos permite operar 
qualquer dia, de qualquer ativo, independente de hora. O 
operador pode entrar à noite, se estiver sem tempo pelo 
dia, para fazer suas operações e ainda tem a opção de 
acelerar o tempo;
• Gerenciamento de Risco
Dispõe de uma gestão de risco completa para traders, 
aprimorando o processo operacional e o controle de envio 
de ordens;
• Relatório de performance
Janela que compila seus dados de operação, separados 
por datas, mostrando porcentagens de acertos/perdas, na 
qual o operador tem uma visão ampla de suas operações. 
Sendo assim, vemos pontos a serem melhorados, evolução 
do patrimônio e grau de eficiência operacional.
• Estratégias
Dispõe de uma ferramenta com linguagem Delphi que 
possibilita desenvolver setups em um ambiente avançado, 
fazendo você se diferenciar dos demais traders.
• Ordens OCO
Possibilita encaminhar stop gain e loss automáticos, 
pré-definindo com facilidade suas saídas de ganho e de 
perda e, caso o gain seja executado, o loss é cancelado, e 
vice-e-versa.
• Ordem Original
Um mecanismo que exibe o tamanho da boleta 
originalmente encaminhada por determinado player, 
possibilitando que o operador perceba grandes agressões 
que pressionam os preços.
• Livro Visual
Permite observar o acumulado de ofertas por nível de 
preço diretamente no gráfico, exibindo pontos de baixa e 
de alta liquidez.
• Filtro no Book
Considera as ofertas relevantes, excluindo lotes 
pequenos e robôs do book do operador, otimizando a sua 
leitura de mercado.
Serão citadas abaixo algumas funções da plataforma, 
que irão ajudar o operador a encontrar ferramentas 
que vão auxiliar sua operação. Vale lembrar que, cada 
corretora tem suas próprias funções, ou seja, antes 
de fazer seu contrato com ela, saiba se a mesma tem 
as funcionalidades que combinam com o seu perfil.
• Sinal Real Time
Auxilia no acompanhamento e na análise dos 
movimentos gráficos do mercado financeiro em tempo 
real de pregão.
• Chart Trading
Ferramenta geralmente usada para lançar ordens de 
compra ou venda diretamente no gráfico.
• Livro de Ofertas
Nos mostra o total de ofertas (compra e venda) no 
mercado, e as pressões de cada. Ou seja, a disputa entre 
compradores e vendedores.
• Sistema de Gráficos Completo
Programa que oferece gráficos de periodicidades 
diversas (30min, 10min, 5min), gráficos atemporais 
(Renko e por pontos) e recursos avançadíssimos como o 
gráfico tape reading.
• Indicadores
Disponibiliza indicadores técnicos que podem ser 
utilizados pelo operador para confirmar e guiar sua 
análise, a fim de obter uma boa entrada e saída em uma 
operação.
• Times and Trades
Mostra a atuação contínua dos players com ordens 
significativas, e reage às ações dos principais participantes 
do mercado.
• Volume and Price
Um gráfico em barras que identifica níveis de preço 
com alto volume de negociação e de atuação dos players, 
que servem como referências para suportes e resistências.
• Netrix
Função que monitora ofertas relevantes e atuação 
dos players, adiantando-se a grandes lotes e percebendo 
a força de liquidez compradora ou vendedora do mercado.
• Módulo de Simulação
Sistema integrado da plataforma que serve para que 
operadores iniciantes tenham a sensação de estar no 
funções do profit chart
• Cross Order
Encaminha ordens para minicontratos analisando as 
informações do contrato cheio (para dólar futuro e índice 
futuro) agilizando seu trading.
• Mapa de Fluxo
Ajuda a identificar preços de maior ou menor 
liquidez, percebendo a intenção de compra e venda dos 
participantes diretamente no gráfico e se há permanência 
dessas ordens.
• Trailing Stop
Permite definir a movimentação do seu stop loss à 
medida que o mercado vai a seu favor, alcançando maiores 
lucros e reduzindo os riscos no operacional.
• Volume At MarketVerifica o acúmulo de ordens limitadas encaminhadas 
nos níveis de preço, apresentando análises a respeito de 
defesas de preço e de absorções de mercado.
roteamento de ordens
Além das opções de compra e venda contidas na 
boleta, também é possível programar uma compra 
ou uma venda diretamente no gráfico, segurando o 
botão do teclado referente à operação que se quer abrir/
programar e clicando no ponto desejado com o botão 
esquerdo do mouse, se guiando pela escala de preços. 
Para abrir uma ordem instantânea manualmente, ela 
deve ser colocada exatamente em cima do valor de 
mercado atual. É usual que as teclas de atalho sejam 
SHIFT para realizar compras, e ALT para realizar vendas. 
 
 Existem quatro tipos de ordens: as abertas, as 
executadas, as canceladas e as rejeitadas.
• Abertas
São todas as ordens colocadas no gráfico que ainda não 
foram executadas, ou seja, que ainda não foram atingidas 
pelo valor de mercado. Logo, não passam de ordens 
programadas que podem ser livremente movimentadas 
e canceladas, além de não sofrerem incidência de 
corretagem;
• Executadas
São todas aquelas que já foram “tocadas” pelo mercado, 
ou que foram abertas instantaneamente, nas quais já se 
tem definida uma posição (o trader já está “comprado” 
ou “vendido”). A corretagem incide nas executadas. Para 
fechar uma ordem executada, precisa-se executar outra 
ordem de sentido contrário (caso haja uma compra em 
aberto, precisa-se executar uma venda, e vice-versa).
• Canceladas
São todas as ordens, executadas ou abertas, que foram 
canceladas. Quando uma ordem em aberto é cancelada, 
não se incide corretagem. Já quando uma ordem executada 
é cancelada, incide corretagem no cancelamento da 
mesma forma que incidiria em uma execução de sentido 
contrário para fechar a ordem.
• Rejeitadas
São as que, por qualquer razão (fundos insuficientes, 
problemas na plataforma, na corretora, no sistema, na 
internet, etc.) não puderam ser abertas e/ou executadas. 
Sobre essas ordens, não se cobra corretagem.
• Ordens OCO
É a combinação de duas entradas (stop loss/gain), 
em que, se uma for ativada, a outra é automaticamente 
cancelada. O que garante que, independente do 
movimento do preço, só uma ordem é executada.
• Estratégia de Roteamento
Permite que o planejamento de uma estratégia de 
entrada para cada método operacional do operador. Às 
vezes, o operador procura grandes oscilações no mercado, 
em outras ocasiões prefere buscar poucos pontos. Abrindo 
o editor de estratégia conseguimos fazer um sistema para 
cada método.
análise técnica
Antes de nos focarmos na Análise Técnica como 
um todo, precisamos primeiro entender os conceitos e 
as observações deixados por Charles Heny Dow, antigo 
jornalista, editor e fundador do Wall Street Journal. Suas 
ponderações a respeito do mercado de capitais serviram 
de base para a formação conceitual daquilo que viria a 
ser chamado de “Teoria de Dow”, termo utilizado pela 
primeira vez por S.A Nelson e título do livro escrito por 
Robert Rhea. Outro grande responsável pela formação 
da teoria, de forma mais robusta, foi William Hamilton, 
autor de O Barômetro do Mercado de Ações, no qual os 
fundamentos da análise de Dow foram abordados de 
forma mais detalhada.
Por analisar de forma mais atenta a oscilação dos 
preços dos ativos, Dow percebeu um padrão de repetição 
nas oscilações financeiras: diferente da análise mais 
comum, na época, o jornalista se focou na relação dos 
ativos com o preço – motivo pelo qual é chamado de “pai 
da análise técnica”. Suas ponderações apontam na relação 
da valorização ou desvalorização de um ativo com o tempo 
e com os preços de fechamento.
Isso significa que movimentos de queda não são, 
necessariamente, ruins. Desvalorizações podem significar 
correções de mercado e compor aquilo que a teoria batiza 
de “ondas” – tendo em vista que um conjunto das ondas 
pode ter uma direção, por exemplo, de valorização. Tais 
ondas podem ser analisadas de forma mais completa 
se divididas pelo período de análise: um maior, ou 
“movimento primário”, segundo Dow; um médio, ou 
“movimento secundário; e um menor, ou “movimento 
terciário”.
a teoria de Dow
O movimento primário tem como pressuposto 
a análise dos preços de um ativo num período longo 
(um ano, por exemplo) e é composto por movimentos 
secundários e terciários. Normalmente, tanto no Swing 
Trade quanto no Day Trade, serão protagonistas os 
movimentos secundários e terciários, pois estes são os 
mais frequentes em períodos mensais, semanais e diários. 
Ao postular sobre tais eventos envolvendo preço, tempo e 
fechamentos, Dow fundamenta o conceito de “tendência”, 
utilizado até hoje nas análises de mercado.
Chamamos de “tendência de alta” o movimento 
de valorização de um ativo no qual os topos e fundos 
formados posteriormente são maiores que os formados 
anteriormente – assim como a “tendência de baixa” é 
formada pelo exato oposto. Sendo assim, um movimento 
primário é uma tendência de longo prazo formada por 
movimentos secundários e terciários; estes dois últimos 
movimentos se complementam e agem como impulsões 
e correções, conceitos abordados por Ralph Nelson Elliott.
Movimentos secundários agem como “movimentos 
de correção”, pois vão de maneira contrária ao movimento 
primário. Segundo a teoria, este movimento é mais rápido 
e mais violento que um movimento primário e estabelece 
a formação de topos e fundos. Movimentos terciários, 
por sua vez, são diários e representam um “freio” da 
onda secundária; são movimentos mais indefinidos e 
com baixas variações de preço onde se percebe uma 
diminuição no volume de operações realizadas.
Considerando tais ponderações de Dow, Hamilton 
analisou a formação de tais ondas e entendeu que 
movimentos secundários formam de 1/3 a 2/3 das 
variações de mercado e que, geralmente, ao fim de seus 
movimentos existe um período de “apatia” do ativo – onde 
podemos identificar a construção de uma movimento 
terciário.
Sendo assim, a Teoria de Dow se fundamenta em seis pontos: 
1º: Os índices levam em consideração todos os acontecimentos dignos de nota por parte do mercado: eventos políticos, 
acidentes, especulação; outros fatores que influenciam o preço do ativo são levados em consideração de forma natural 
e espontânea pelo mercado financeiro – se o índice protagoniza uma desvalorização, os ativos deste índice tendem a 
apresentar um movimento similar ao do índice e vice-versa;
2º: O mercado realiza três movimentos: primário, secundário e terciário;
3º: A tendência de maior prazo (primária) possui três estágios: o de acumulação, o de participação pública e o de 
distribuição. No primeiro estágio, grandes players de mercado se posicionam antes que os demais por ocuparem posições 
privilegiadas – por questões financeiras, de informação e de experiência; no segundo estágio, o grande público investidor 
percebe o início de uma tendência e segue tal direção até que o preço do ativo se torne alto o suficiente para os players 
começarem a finalizar as operações, o que caracteriza o estágio de distribuição;
4º: As médias construídas a partir dos ativos e dos índices devem apresentar um conjunto de confirmações: o índice de 
consumo de um país, por exemplo, deve estar confirmando a tendência do índice de ativos da bolsa deste mesmo país para 
que uma economia saudável seja identificada com veracidade;
5º: Formações de tendências vêm acompanhadas por aumento do volume como confirmação de que o mercado 
realmente confirma aquela direção que o ativo está seguindo – ainda assim, Dow considerava o preço de fechamento como 
sendo um indicador mais importante que o volume;
6º: Uma tendência continuará até que seus topos e fundos sejam rompidos por preços de fechamento. Rompimentos são 
constituídos quando, em uma tendência de alta, topos e fundos posteriores são formados com preço menores aos anteriores 
e o exato oposto em tendências de baixa. 
Tendo como pressuposto o conceito da Teoria de Dow, podemos entender aquiloque é batizado como Análise Técnica 
justamente por esta ser formada, testada e utilizada para operações que se sustentam naquilo que Dow nos deixou como 
estudo de mercado. Como vimos anteriormente, o jornalista se atentou à procura de padrões na movimentação dos preços, 
independente de outros fatores, justamente por considerar que o preço “desconta tudo”. É justamente nisso que consiste a 
Análise Técnica: o pensamento que podemos entender em que contexto o mercado está, o que já aconteceu e o que tende a 
acontecer.
Levaremos em conta pontos apresentados anteriormente para fundamentar os princípios de tal análise e identificar as 
informações mais importantes para nos guiar em nossas operações. As próximas abordagens são de essencial importância 
para entender como e quanto utilizar a Análise Técnica, e todo operador do mercado financeiro que pretende fazer 
investimentos se baseando nos preços dos ativos deve internalizar tais abordagens:
1º: As variações de preço, no mercado público de ações, descontam tudo. Isso quer dizer que podemos operar com 
ativos diretamente na visualização de preço, pois o próprio mercado balanceia tais informações naturalmente, como 
afirmamos anteriormente. A grande questão desse ponto diz respeito, justamente, àqueles que utilizam da modalidade 
de investimento intradiário (Day Trade). As variações de mercado acontecem em tempo real, e o operador deve estar bem 
informado sobre possíveis oscilações de mercado relacionadas aos contextos políticos e econômicos, pois tais oscilações 
acontecem em tempo real durante investimentos mais curtos.
2º: A movimentação dos preços cria padrões gráficos de tendência. Uma movimentação financeira saudável nunca 
acontece em quedas ou valorizações ininterruptas. Todo ativo que se tende a uma valorização passa por situações de 
desvalorização para uma correção de preço – tal correção é necessária para evitar a saturação de mercado. Sendo assim, 
ativos em tendência de queda se valorizam para corrigir seu preço, assim como ativos em tendência de alta caem para correr 
uma correção de preço. A identificação de tendências é fundamental para análises técnicas e para fundamentar operações.
3º: O mercado público de ações opera sob uma lógica de repetições. Quando identificamos um movimento primário, a 
informação que obtemos é de que o mais provável é que o mercado continue tal movimento – até que nos sejam apresentados 
indicativos de reversão. Em resumo: sabemos que o mercado se repete, dadas as circunstâncias.
Tudo está diretamente conectado ao pensamento de que operamos junto com outros seres humanos e ninguém está 
ileso ao contexto psicológico. Sendo assim, existe uma presença muito grande da psicologia coletiva no mercado público 
de ações – as motivações de compra e venda estão diretamente ligadas a tal contexto, e isso tem um grande impacto no 
mercado, principalmente na questão ligada às tendências.
fundamentos da análise técnica
por que utilizar a análise técnica?
Análises, principalmente para o investidor iniciante, 
não são utilizadas individualmente na maioria dos casos. 
As análises, técnica ou fundamentalista, são também 
sustentadas entre si quando um investidor utiliza notícias 
e o contexto político e econômico para dar entradas 
em operações. Tratando do investidor de operações 
intradiárias de forma mais específica, a Análise Técnica 
é interessante por conseguir limitar o acúmulo de 
informações, sua interpretação e a tomada de decisão com 
base na visualização de preço.
No caso de swing traders, estes possuem a 
possibilidade de visualizar tendências e entender 
melhores pontos de entrada para operações – quando, 
por exemplo, um preço atinge seu fundo ao fim de uma 
correção e começa a dar continuidade a uma tendência. É 
uma forma de condensar todas as informações necessárias 
para tomar a decisão de comprar ou não um ativo, de forma 
que a Análise Fundamentalista se torna uma confirmação 
daquela informação colhida na Análise Técnica. Além 
disso, o operador que faz uso de tal método analítico possui 
a capacidade de identificar preços e movimentações 
importantes de um determinado ativo – suportes, 
resistências, perda de volume, ou indefinições que indicam 
operações perigosas – com mais rapidez. 
Por último, necessitamos tocar no ponto da especulação 
financeira. O mercado de capitais é um mercado 
especulativo e, no fim das contas, o que realmente o 
movimenta e influencia as decisões de compra e venda é 
a oferta e demanda, assim como as agressões ao preço. 
Considerando que o preço desconta tudo, segundo Dow, 
temos uma visualização de mercado na qual essa dinâmica 
de compradores e vendedores é que realmente determina 
as direções de mercado e podemos ter análises mais 
fidedignas para investimentos mais curtos – entre dias, 
semanas e alguns meses. 
gráficos da
análise técnica
Neste capítulo apresentaremos o que está 
representado nos gráficos da Análise Técnica, assim como 
suas diferentes visualizações, períodos e escalas – das 
mais utilizadas até as suas alternativas. Precisaremos 
entender como são feitas as representações e quais 
informações podemos extrair delas antes de começar a 
tentar entender como interpretar as variações de preço. 
Nos aprofundaremos mais em tal questão no próximo 
capítulo deste material.
Além disso, tentaremos explicar a relação entre a 
representação gráfica do preço dos ativos e a sua relação 
com a quantidade de operações executadas. A variação 
dos preços está diretamente ligada às pressões exercidas 
pelos players de mercado cuja participação na especulação 
é decisiva. Portanto, é interessante termos em mente a 
importância de entender quais forças de mercado estão 
presentes na construção da oscilação de preço para 
confirmar ou contrapor nossas análises.
período ou frequência
É muito comum nos depararmos com o conceito 
de “período” ou “frequência”, sendo batizado de “time-
frame” pelos agentes de mercado, pela literatura ou 
por envolvidos com a prática financeira de forma geral. 
Independentemente da forma de visualização gráfica 
escolhida pelo operador, escolhemos um intervalo de 
tempo ou de valorização/desvalorização de preço para 
basear nossa análise.
As variações de preço dos ativos são, muitas vezes, 
aceleradas o suficiente para criar desafios na hora de 
serem representadas de forma coesa: imaginemos que 
analisamos um gráfico de linhas em que a ponta de tal 
linha muda instantaneamente à cada mudança de preço 
do ativo em questão. Ficaria impossível de analisar de 
forma clara tal representação.
Conseguimos contornar tal adversidade criando um 
determinado intervalo – de preço do ativo ou de tempo 
– para que, por exemplo, a ponta da linha só crie uma 
posição estável depois que o intervalo se mostre completo. 
Em resumo: determinamos que a ponta da linha ficará 
se movimentando durante um determinado período (ou 
frequência) até que este seja finalizado.
Podemos determinar frequências de dias, horas, 
minutos ou de uma distância de preços, independente 
de qual seja. Interessante pontuar que quanto menor 
o período determinado para efetuar uma análise mais 
imediato é seu resultado, portanto time-frames menores 
são, geralmente, utilizados para operações de Day Trade.
Em contrapartida, podemos utilizar períodos maiores 
para fazer análises técnicas direcionadas à modalidade do 
Swing Trade, um ponto importante para exemplificar a 
versatilidade da Análise Técnica.
preços escalas
Utilizemos mais uma vez o exemplo dado 
anteriormente: se determinarmos um período onde uma 
linha marca o preço de fechamento do intervalo, teremos 
um preço de abertura – o fechamento da frequência 
anterior – e um preço de fechamento. Olhares mais atentos 
podem perceber que perdemos informações importantes 
se nos utilizarmos de tal visualização gráfica.
Preços de máxima e mínima são igualmente 
importantes para nossa análise, ainda que os preços 
de fechamento sejam os que realmente determinam 
rompimentos, reversões e mudanças de tendência.Enquanto não nos aprofundamos de fato nas 
representações gráficas, podemos não entender de fato a 
importância e a forma como tais preços são apontados de 
forma coesa mas, por ora, necessitamos apenas nos ater à 
existência de quatro preços dentro de um período:
• Abertura: o preço inicial do ativo escolhido durante 
um determinado período;
• Fechamento: o último preço deste mesmo ativo 
dentro do intervalo definido;
• Máxima: o maior preço atingido durante a 
frequência escolhida;
• Mínima: o menor preço negociado pelos investidores 
para um ativo numa determinada frequência.
Além disso, outra informação necessária ao analisar 
as oscilações de preço de um ativo é o volume negociado 
durante o período escolhido. Tal informação pode nos 
apontar a volatilidade do ativo mostrando a facilidade ou a 
dificuldade em ocorrer uma variação de preço.
São formas de representação da variação do preço 
do ativo que estão diretamente ligadas às características 
pessoais de cada operador, assim como suas respectivas 
modalidades de investimento.
Trabalhamos, de forma geral, com duas formas de 
representação de tal variação:
• Escala Aritmética:
Utilizada de forma mais numerosa dentro do mercado 
financeiro, determina a visualização da variação de preço 
do ativo se baseando em uma unidade. No caso das ações, 
tais unidades são os próprios centavos presentes na variação 
de preço; no caso de índices, possuímos uma escala em 
pontos. Independente do ativo, as variações desta escala 
são feitas de forma que 1 é 1 de fato. Então, se temos uma 
valorização de 1 ponto ou 1 real num ativo, a representação 
da escala não mudará de acordo com o investimento do 
operador, mas mostrará o quanto o ativo valorizou ou 
desvalorizou no período determinado em escalas iguais;
fluxo
Diretamente ligado ao volume de negociação de 
um ativo, temos o fluxo de negociação. Antes de nos 
aprofundarmos em suas particularidades, devemos 
chamar a atenção do leitor ao nosso objetivo em abordar 
o fluxo neste material.
Existe uma estratégia de análise do mercado que 
se baseia única e exclusivamente nos movimentos do 
mercado, o Tape Reading. Nos “pregões viva voz”, antes 
da migração completa das negociações para home brokers 
e plataformas de negociação, as operações lançadas no 
mercado eram impressas numa fita que poderia ser lida 
e analisada pelos investidores para que estes se informem 
sobre como os grandes players estariam se comportando.
Atualmente, diferente dos antigos pregões, possuímos 
algumas ferramentas que podemos utilizar para analisar 
tal fluxo – os livros de ofertas abertos e fechados e a 
ferramenta “Times and Trades”. Existem algumas 
diferenças entre a análise antiga de tal fluxo e a atual 
mas não entraremos em tais pormenores justamente 
porque não é nosso objetivo aqui introduzir o investidor 
ou potencial investidor na análise do Tape Reading, mas 
precisaremos, mais adiante, da compreensão de fluxo para 
que saibamos identificar preços de difícil ultrapassagem 
de um determinado ativo – os suportes ou resistências, 
abordaremos melhor esta questão posteriormente.
Nosso objetivo introduzindo o conceito de fluxo 
neste material é justamente ajudar o leitor a entender a 
importância da movimentação de preço na oscilação do 
mercado e como identificar sinais para confirmação ou 
contraponto da Análise Técnica.
O conceito de Fluxo é assim batizado por subintender 
a característica fluída do mercado. A maioria dos ativos 
operados de forma mais numerosa no Mercado Público de 
Ações têm uma variação de preço considerável, mesmo em 
operações intradiárias, e tal fenômeno determina preços 
onde o investidor teria um melhor ponto de entrada para 
uma operação.
• Escala Logarítmica
Utilizada em menor número, permite que o investidor 
tenha uma ideia de seus ganhos ou perdas em forma de 
porcentagem. Tal escala utiliza uma distância de preço que 
subintende uma valorização de 100% no investimento, ou 
seja, a distância representada entre R$2 e R$4 é a mesma 
que representada entre R$4 e R$8, pois se o investidor 
fez a compra de um ativo no preço de R$5, para ter uma 
valorização de 100%, o ativo precisará valorizar até o valor 
de R$10. Logo, as distâncias entre todos esses valores 
são representadas tendo proporções iguais, o que facilita 
a análise de ganhos ou perdas em percentuais e não em 
valores.
Isso se dá pelo fato de que as oscilações do mercado 
são diretamente ligadas à relação das compras e vendas 
com agressões: um preço só se modifica porque alguém 
paga mais caro ou mais barato. Em ativos com grande 
volume de negociações, como o índice Futuro ou o Dólar 
Futuro, as pressões de compra e venda determinam a 
direção para onde o preço do ativo aponta, grosso modo.
Para que uma tendência seja executada de forma 
saudável, precisamos de correções de preço antes que a 
tendência seja seguida, como vimos no capítulo anterior. 
Tomando isso como base, podemos entender que existem 
players de mercado que estão interessados em criar 
valorizações ou desvalorizações de um ativo para benefício 
próprio, tendo o ganho como objetivo.
Tais personagens possuem a capacidade de criar 
pressões no mercado para que o ativo pare ou continue 
uma tendência, aumentando o volume de negociação 
e indicando boas entradas para o investidor pessoal. 
Isso acontece, pois o interesse pessoal na valorização 
ou desvalorização do ativo motiva a pressão comentada 
anteriormente. As agressões citadas acima terminam 
criando uma variação de preço, na qual existem dois 
preços principais; próximo ao preço ofertado pelo 
mercado para um ativo, podemos perceber os melhores 
preços para venda e compra.
Um operador cujo objetivo é comprar não irá escolher 
uma posição longe do preço ofertado, pois pagaria mais 
caro que o menor preço de venda ofertado. Assim como 
o operador que deseja vender procura o menor ponto de 
compra para alocar sua operação.
Isso só existe, pois quem compra escolhe comprar 
mais barato e quem vende escolhe vender mais caro; é 
uma relação de agressão, pois um dos lados sai lesado da 
operação, a priori. Sendo assim, temos indicativos para 
encontrar o preço real de um ativo observando o fluxo de 
compra e venda. 
Geralmente tais preços são de difícil ultrapassagem 
por parte do ativo justamente pela dificuldade de atingir 
determinado patamar, pois, se tal preço é alcançado, um 
dos dois pesos de mercado sai perdendo na dinâmica de 
compradores e vendedores.
Para que fique mais claro: imaginemos a situação onde 
um operador de carros adquire um carro com um ano de 
uso. O fato de ser um carro usado desvaloriza seu preço 
e torna a operação atrativa para o investidor, que paga 
um valor consideravelmente menor que o dono inicial. 
Independentemente da motivação do dono inicial do 
veículo de efetuar a venda, o investidor criou uma situação 
de agressão financeira para lucrar com a operação.
Voltando para ativos do mercado financeiro, se 
um determinado preço está sendo ocupado em grande 
quantidade por parte dos vendedores, existe uma parcela 
considerável de operadores que irão ser agredidos por 
parte do mercado se aquele preço específico for alcançado 
e eventualmente rompido. Não faria sentido vender um 
ativo num preço mais barato que aquele que o mercado 
está ofertando, pois assim o vendedor estaria sendo 
agredido por parte dos compradores.
Por fim, se possuímos um grande volume de contratos 
de compra numa determinada posição, o mais comum 
é que tal posição esteja abaixo do preço ofertado pelo 
mercado para aquele ativo. A dificuldade em atingir 
tal ponto se dá justamente pelo fato de que existem 
compradores dispostos a pagar mais caro que este valor 
específico, o que termina segurando o preço e evitando 
sua queda.
O fluxo nos permite, então, encontrar pontos de 
difícil alcance e ultrapassagem por parte do ativo, assim 
como a identificação de quais players estão comprando, 
vendendo, em qual volume de negociação e em qual preço 
estão posicionados.
Também conhecidocomo “Book de ofertas”, possui duas formas de visualização para que fique mais completo o 
entendimento do operador por parte dos lançamentos que ainda não foram executados (livro fechado) e dos que já foram 
executados (livro aberto). Estes nomes são dados justamente por relacionar a natureza da operação em curso, se ela foi já 
foi “aberta” ou não.
No caso do Book aberto, podemos identificar quais players já executaram ações de compra ou venda, o tamanho do lote 
operado e a pontuação aonde foi posicionado o lançamento. Já no Book fechado, temos uma visualização do tamanho dos 
lotes posicionados em uma pontuação e a quantidade de operadores responsáveis por tais operações sem que tenhamos a 
informação de quem está criando tais lançamentos.
Essas duas visualizações se complementam para que tenhamos uma melhor compreensão dos responsáveis pela 
oscilação do ativo e quais as suas intenções. Nosso objetivo ao analisar o fluxo por meio do Book é encontrar preços que nos 
ajudem a efetuar operações de forma mais consistente e proteger nosso capital.
Podemos nos basear no exemplo de uma operação cujo objetivo é conquistar um ganho considerável. Para “surfarmos” 
no mercado, devemos movimentar nosso Stop Gain algumas vezes, ao longo da operação (como comentado no capítulo 3 
deste material), e utilizar preços com grande volume de negociação para garantir um lucro na operação, proteger o capital 
pessoal e nos reservar de sermos colocados para fora da operação por uma variação de mercado.
A partir do momento que possuímos informações sobre o fluxo financeiro, podemos nos aproveitar das pressões 
compradora e vendedora para confirmar pontos de entrada e proteger nosso capital investido e/ou nosso lucro.
livro de ofertas
gráficos de candle
Candlesticks são formas gráficas de visualizar os 
quatro preços principais durante um período e são 
também as formas de visualização do preço de um ativo 
mais utilizadas no mundo para a Análise Técnica. É 
uma estrutura criada no Japão, nas antigas bolsas de 
arroz de Osaka, como mencionamos anteriormente, e 
ocidentalizada pelo investidor Steven Nison.
 Tal estrutura ficou popular dentro do mercado 
público de ações justamente por agrupar os quatro preços 
principais da frequência determinada pelo operador de 
forma gráfica e permitindo uma análise de preço mais 
consistente, coesa e rápida. Seu nome no ocidente faz 
referência à aparência da estrutura de uma vela, pois 
possui um corpo – responsável por representar a variação 
de preço entre abertura e fechamento – e um “pavio” ou 
“sombra” – que indica os preços de máxima e mínima, se 
existentes.
Geralmente são representados pelas cores verde e 
vermelho para simbolizar valorização ou desvalorização 
durante o período, respectivamente. Conceitualmente 
é importante entender a construção dessa estrutura 
para conseguir extrair todas as informações de variação 
de preço que um candle pode oferecer ao investidor: 
estruturas que apontam para uma desvalorização têm um 
preço de abertura maior que o preço de fechamento e por 
isso são simbolizadas pela cor vermelha – e o exato oposto 
para estruturas de valorização.
Entender a formação dos candles nos ajuda também a 
compreender melhor a importância dos time-frames para 
nossas análises. Num período de 15 minutos, por exemplo, 
temos, na maioria dos casos, uma marcação de máxima e 
mínima, pois é um período suficiente para que o ativo crie 
uma variação de preço considerável; sendo assim, teremos 
outros tipos de representação
linha
Existem outras formas de representação gráfica 
da oscilação do preço, resultando nas mais diversas 
expressões visuais, que podem levar em consideração 
outras questões, que não necessariamente o tempo, para 
construir suas estruturas.
É o alinhamento dos pontos de fechamento dos preços 
negociados. Sua desvantagem se dá na relação da sua 
incapacidade prática de demonstrar preços importantes 
para a análise dos investidores. Preços de máxima e 
mínima ficam perdidos ao fechamento do time-frame, 
marcando apenas os preços de fechamento.
a marcação do preço de abertura deste candle, seus preços 
de máxima e mínima e seu preço de fechamento, que 
aponta para o preço do ativo exatamente 15 minutos após 
a abertura.
Vale lembrar também que o candle subentende 
que o período de intervalo entre sua abertura e seu 
fechamento é medido se baseando exclusivamente no 
tempo, independentemente dos valores que o ativo atingiu 
em suas movimentações. Tal questão cria vantagens 
e desvantagens para essa representação, pois é uma 
estrutura mais aleatória, como veremos mais adiante, mas 
que possui uma capacidade específica de criar padrões 
que se repetem.
A análise da construção gráfica de candles é batizada 
de Price Action, e alguns dos conceitos postulados por 
tal análise apontam para a repetição gráfica de alguns 
“tipos” de candle. Podemos, por exemplo, entender qual 
é a força de uma tendência se estamos entrando em uma 
correção no preço do ativo ou se existe perda de volume 
financeiro durante o período determinado, tudo isso pela 
representação gráfica do candle. Falaremos mais sobre 
isso posteriormente.
R$50
R$60
R$70
R$80
R$90
R$100
Nov Dez Jan Fev
áreas e barras
OHLC
renko
Assemelha-se na forma de representação de preço 
ao gráfico de linha, mas leva em consideração outras 
particularidades do mercado como Volume Financeiro. 
Tais particularidades são inseridas no gráfico por meio de 
histogramas – janelas que são configuradas, geralmente, 
junto ao gráfico para nos apresentar um indicador de 
mercado e que permitem combinar análises do preço de 
um ativo em uma determinada hora, em conjunto com as 
informações do indicador.
Assemelha-se muito à ideia de Candlestick, mas 
nos apresenta barras com marcações para aberturas e 
fechamentos. A parte do corpo da barra que ultrapassa 
esses níveis de abertura e fechamento funciona da mesma 
maneira que as “sombras” dos candles, e nos indicam os 
preços de mínima e máxima.
Estrutura de representação gráfica, também japonesa, 
focada exclusivamente no preço. Como contraponto à 
forma construída pelos candles com base no tempo, 
o Renko é construído baseado na variação de preço. 
Podemos determinar o intervalo de variação por tick – 
variação mínima do ativo num gráfico – sendo este último 
equivalente a um Renko.
Por exemplo: a determinação de que uma plataforma 
de negociação irá apresentar valores de oscilação de preço 
do Índice Futuro num valor de seis Renko significa dizer 
que meu ativo terá um período de seis ticks – ou seja, 
trinta pontos.
Isso quer dizer que o período entre a abertura 
e o fechamento de um Renko é de trinta pontos, 
independentemente do tempo necessário para que ocorra 
tal movimentação. Diferente de outras estruturas já 
citadas, o Renko não possui “sombra”: o termo que batiza 
tal representação gráfica significa “tijolo” em japonês e é 
justamente o que o Renko se propõe, ser uma estrutura 
sólida, sem “sombras” e que mostra apensa a variação de 
preço. Sua grande vantagem é uma leitura de tendências 
mais fácil que na análise de candles.
Em contrapartida, sua desvantagem aponta 
justamente para o fato de não existirem valores de mínima 
e máxima e pela maior popularidade do candle como 
forma de representação mais comum e, portanto, mais 
estudada e compreendida.
heikin-ashi
Uma ferramenta de análise técnica que cria médias 
de preço para eliminar uma variação violenta de 
mercado. Tem como objetivo criar um valor médio das 
movimentações financeiras numa determinada “vela” e 
ajuda a identificar topos e fundos de uma tendência para 
facilitar a visualização das informações do mercado por 
parte do operador.
Possui a capacidade de retirar informações muitas 
vezes desnecessárias para a análise do operador, mas 
possui a desvantagem de não representar o preço de 
forma pontual – como no Renko e nos candles.
Além disso, para que a estrutura gráfica entregue 
informações suficientes para