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Impetigo, celulite, erisipela, escabiose e pediculose

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Vict�ria K. L. Card�so
Impetigo, celulite, erisipela, escabi�se e
pedicul�se
Impetigo
É uma forma de piodermite superficial que
não forma cicatrizes e se apresenta sob duas
formas clínicas: o impetigo não bolhoso
ou crostoso (70% dos casos) e o impetigo
bolhoso. - causa bacteriana -
● Nos países desenvolvidos, ambos têm o
Staphylococcus aureus como etiologia
predominante.
● Já a forma crostosa, pode ser causada
pela associação do Staphylococcus
aureus com o Streptococcus pyogenes.
Impetigo crostoso: mais comum nos países
em desenvolvimento, podendo ocorrer em
adultos e crianças, com maior frequência em
crianças, mas raramente < 2 anos.
● Principais agentes etiológicos:
○ S. aureus.
○ S. aureus + S. beta hemolítico do
grupo A.
● Esse tipo de impetigo pode ocorrer de
forma primária ou secundária (como
por exemplo, sobre uma dermatose de
contato, em picadas de insetos, na
pediculose ou na escabiose).
● Fatores que mantêm a doença: higiene
precária e desnutrição.
● Início da lesão: vesícula ou pústula
sobre uma base eritematosa que se
rompe com facilidade, cujo
ressecamento forma uma crosta
aderente e amarelada - melicérica.
○ As lesões medem entre 1-2 cm e
predominam em áreas expostas,
especialmente face e ao redor
do nariz e da boca.
■ A linfadenopatia
regional indicando
presença de
Streptococcus.
Impetigo bolhoso:
● Principal agente etiológico: S. aureus,
que produz uma toxina epidermolítica.
Vict�ria K. L. Card�so
● Pode ser considerado como uma forma
localizada da síndrome da pele
escaldada.
● Início da lesão: vesículas que formam
bolhas flácidas de paredes finas com
conteúdo claro, que depois se tornam
turvas.
○ As bolhas se rompem e formam
uma erosão rasa rodeada com
restos da bolha (colarete).
○ A confluência das bolhas forma
figuras policíclicas.
● Locais mais afetados: face.
○ Mas, qualquer parte da pele
pode ser atingida.
○ A linfadenomegalia não é
comum, diferente do impetigo
crostoso.
● Muito importante no período neonatal,
geralmente ocorrendo após a 2°
semana de vida.
○ Pode ocorrer ao nascimento no
caso de ruptura prematura de
membranas
Tratamento do impetigo:
● Deve ser individualizado, mas
geralmente é uma doença autolimitada
e dura até 3 semanas.
○ O tempo pode se estender
conforme haja novas lesões por
inoculação.
● Limpeza delicada, com água e sabão
ou com sabonetes antissépticos de
triclosan, iodopovidona e clorexidina,
para remover as crostas e os restos de
bolhas, evitando o espalhamento da
doença.
○ Não recomenda-se o uso diário
de sabonetes antissépticos, pois
pode propiciar o aparecimento
de bactérias resistentes.
○ Crostas muito aderidas: uso de
compressas úmidas com água
morna durante o banho para a
remoção.
● Boa higiene: limpeza constante das
mãos, corte das unhas.
● Para evitar o contágio de outras
crianças, o paciente deve ser afastado
das atividades escolares até 24h do
início da terapêutica.
● Tratamento tópico:
○ Antibióticos tópicos quando há
poucas lesões ou apenas 1
região acometida.
■ Mupirocina 3X ao dia por
7 dias, com Retapamulina
2X ao dia por 5 dias.
Vict�ria K. L. Card�so
● Tratamento sistêmico: para quando
ocorrem mais lesões ou acometimento
é de 2 ou mais regiões.
○ Cefalexina ou amoxicilina com
ácido clavulânico.
○ Pode ser usado também a
penicilina benzatina.
○ Indicações para esse tipo de
tratamento:
■ Lesões mais profundas
(tecido subcutâneo e
fáscia muscular).
■ Febre.
■ Linfonodomegalia.
■ Faringite com infecções
próximas à cavidade oral.
■ Se houver infecção no
couro cabeludo.
Celulite
É uma infecção aguda da pele que envolve
tecidos subcutâneos com eritema (sem limites
nítidos), dor e edema; muito comum em
crianças nos MMII e SS. - causa bacteriana -
A doença se inicia com um pequeno trauma
na pele, de forma endurada, dolorosa e
eritematosa, que serve como porta de
entrada para bactérias.
Principais agentes etiológicos:
Staphylococcus e Streptococcus do grupo A.
Obs: celulite em face pode causar meningite
bacteriana - internação e tratamento
endovenoso.
Tratamento: deve ser avaliado conforme a
extensão e a localização.
● Caso de hospitalização: quando
houver lesões em face, na cervical ou
com comprometimento do estado
geral.
○ Há indicação de tratamento
endovenoso com penicilina
resistente à penicilina (oxacilina
100 a 200 mg/kg, a cada 6h) ou
à cefalosporina de 1° geração.
○ Coleta de cultura com agulha
fina, quando possível -
recomendação de hemocultura.
● Tratamento ambulatorial: compressa
morna e uso de cefalexina (50-100
mg/kg, a cada 6h por 7 dias) ou
Vict�ria K. L. Card�so
amoxicilina (30-50 mg/kg, a cada 12h
por 7 dias) com ácido clavulânico.
Erisipela
É uma forma superficial de celulite com
comprometimento linfático, geralmente
decorrente de uma infecção por
Streptococcus do grupo A, mas pode ser por
Streptococcus dos grupos B, C e G.
Na maioria das vezes ocorre a partir da
penetração da bactéria por um trauma na
pele e ocasionalmente pode ter origem
hematogênica.
Clínica:
● Início súbito (diferente das outras
celulites).
● Febre.
● Mal-estar geral.
● Presença de área eritematosa bem
delimitada e marginada.
● Presença de linfangite ascendente e
formação de bolhas sobre a placa
eritematosa, quando o Streptococcus
atinge os vasos linfáticos.
Pode ser necessário realizar cultura por
aspiração com agulha fina nos casos mais
graves, que precisem de internação, quando
as lesões prévias são por mordeduras de
animais ou imersão em água ou em pacientes
imunossuprimidos
Escabiose
É a famosa “sarna”, doença contagiosa
transmitida pelo contato direto pele a pele
com pessoas infectadas, podendo ocorrer por
roupas e fômites também. - parasita -
● O diagnóstico é essencialmente clínico
e epidemiológico, mas pode ser
comprovado por dermatoscopia ou por
exame microscópico em raspado das
escamas das lesões, em busca de ovos
ou fezes do parasita.
● Mais comum em regiões rurais e de
baixa renda, além da presença de
imunodeficiências primárias e
síndrome de Down.
● Lactentes: doença mais disseminada e
pode acometer palmas, plantas, face e
couro cabeludo.
Vict�ria K. L. Card�so
● Escolares e adolescentes: maior
acometimento dos espaços
interdigitais, axilas, punhos, região
glútea e genital.
● Adulto: presença de túnel.
● Ag. etiológico: Sarcoptes scabiei,
variedade hominis.
● Clínica:
○ Início insidioso com o
aparecimento.
○ Lesões papulovesiculares,
nódulos e túneis.
○ Eritema com muito prurido
(principalmente de noite).
○ Sinais de escoriações que
alteram o aspecto da lesão, com
impetiginização secundária,
determinando o aparecimento
de pústulas.
● Diagnóstico diferencial: dermatite
atópica, dermatite de contato,
exantemas virais e acropustulose da
infância nos lactentes.
● Tratamento: apresenta a pior resposta
ao tratamento e TODAS as pessoas
que convivem com o paciente devem
ser tratadas.
○ Loções anti-pruriginosas e
anti-histamínicos.
○ Permetrina loção: 1° escolha e
deve ser aplicada em todo o
corpo e couro cabeludo à noite
e deixa o produto durante a
noite (8-14h) e lavar pela
manhã.
■ Repetir a aplicação após
7-14 dias.
○ Ivermectina oral: 0,2 mg/kg em
dose única, repetindo a dose em
7 dias.
○ Enxofre 5-10% em creme ou
loção: indicado para menores
de 2 meses e deve ser aplicado 3
das consecutivos a noite.
○ Anti-histamínicos quando
houver prurido intenso.
○ A infecção secundária, quando
existente, deve ser tratada com
antibióticos tópicos ou
sistêmicos, de acordo com a
gravidade e extensão das lesões.
Pediculose
Vict�ria K. L. Card�so
Trata-se do “piolho”, comum em crianças de
3-11 anos, mais comum em meninAs (pelos
cabelos longos), transmitido por contato
direto, pentes, escovas, toalhas…
● Ag. etiológico: Pediculus humanos, var.
capitis.
● Clínica: prurido intenso, eritema,
descamação e possível escoriação que
pode levar à infecção secundária.
Pediculose do corpo: comum em pessoas que
vivem em condições precárias de higiene.
● Ag. etiológico: Pediculus humanus var.
corporis.
● Clínica: pápulas eritematosas,
causadas pela picada do inseto,sinais
de escoriações, prurido e infecção
secundária.
● Tratamento: troca e lavagem das
roupas e melhora da higiene.
Pediculose púbica: primariamente na região
púbica, mas pode acometer cabelos,
sobrancelhas e cílios. Adquire-se por contato
sexual íntimo e prolongado.
● Ag. etiológico: Phthirus pubis.
● Clínica: mácula cerúlea (mancha
azul-acinzentada), prurido, eczema e
infecção secundária.
● Tratamento: depilação da região
púbica, aplicação de vaselina e
posterior extração mecânica das
lêndeas.

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