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Lesões de pele na criança

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ANNA LILLIAN CANUTO BITTENCOURT
Lesões de pele mais comuns em pediatria
BACTERIANAS
 Impetigo
• É uma piodermite (uma infecção da pele com pus);
• Causada por Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes;
 - Na maioria das vezes, é causada pelas duas bactérias ao mesmo tempo ou fica difícil para separar quem é de fato o agente causador, então trata os dois agentes.
• O contato com as lesões é transmissível.
• CLASSIFICAÇÃO:
IMPETIGO CROSTOSO:
 - Mais comum na faixa etária de pré-escolar e escolar (3-7 anos);
 - O tipo crostoso é mais comum ser causado pelo Streptococcus pyogenes;
 - Possui a seguinte evolução:VESÍCULA >> PÚSTULA >> CROSTA
 - No exame físico, é possível visualizar lesões em diferentes graus de 
evolução, nesse caso, há vesícula, pústula e crosta ao mesmo tempo;
 - Autoinoculação, ou seja, a criança coça a lesão e com a unha contaminada vai levando para outros lugares;
 - Geralmente tem relação com uma porta de entrada, por exemplo, a criança tinha um arranhão na perna que depois evoluiu para o impetigo;
 - Possui o risco de desenvolvimento das reações pós infecção por Streptococcus, como febre reumática e glomerulonefrite aguda;
 - Diagnóstico diferencial com a VARICELA!
 ○ A lesão do impetigo crostoso é menor;
 ○ A varicela não apresenta pústula;
 ○ A varicela pode evoluir para impetigo, já que a criança coça a lesão da varicela e pode infectar com o Streptococcus, evoluindo com infecção secundária bacteriana; 
 ○ A varicela possui um quadro clínico diferente, com evolução diferente (pega todas as áreas do corpo, a criança possui febre e com prurido mais intenso).
IMPETIGO BOLHOSO:
 - O tipo bolhoso é mais comum ser causado por Staphylococcus aureus;
 - Mais comum na faixa etária de lactentes jovens e recém-nascidos;
 - Não possui a fase de vesícula e crosta!!!!
 - No exame físico, é visualizado bolhas que se rompem e formam lesões erosivas;
• TRATAMENTO:
- Medidas gerais: lavagem de mãos, higiene dos locais afetados, evitar contato;
 ○ Evitar que a criança fique mexendo com as lesões.
- ATB TÓPICO (sempre trata os dois):
 ○ Mupirocina;
 ○ Ácido Fusídico;
 ○ Neomicina + Bacitracina (+ comum).
- Alguns estudos mostram que o Staphylococcus aureus já possui um certo grau de resistência à neomicina, porém não é tão visto na prática clínica. 
- ATB sistêmico é indicado em casos de múltiplas lesões (em vários locais do corpo) e/ou lesões em face (pelo risco de infecção por contiguidade para o SNC) e/ou presença de sintomas gerais (como a febre, principalmente):
 ○ Penicilina intramuscular (principalmente no impetigo CROSTOSO - Streptococcus pyogenes);
 > Idealmente, é a droga de escolha, por ser em dose única e de ação rápida, o que garantiria o tratamento.
 ○ Amoxicilina (principalmente no impetigo BOLHOSO - Staphylococcus aureus);
 ○ Cefalexina. 
MICOSES
 Tinea corporis
• Popularmente é conhecido como “impinge” ou “doença do cachorro”;
• Causada principalmente pelo fungo Microsporum canis;
 - Fungo presente no cachorro. 
• São placas anulares, bem circunscritas, com bordas eritematosas elevadas (ou seja, bordas um pouco mais elevada que a pele normal e vermelhinha, com centro plano e claro);
• A criança apresenta bastante prurido no local da lesão;
• Possui um pouco de descamação, mas não é tão comum quanto a ptiríase.
• TRATAMENTO:
 - Antifúngico tópico 2x ao dia por 2-3 semanas;
 ○ Cetoconazol;
 ○ Clotrimazol;
 ○ Miconazol;
 ○ Fluconazol.
 - Apenas usa um tratamento sistêmico quando o paciente apresenta várias lesões;
 - O tratamento precisa ser feito por, pelo menos, 14 dias, porque o fungo é um agente mais difícil de tratar, porque geralmente ele reativa.
 Tinea capitis
• Causada principalmente pelos fungos Trichophyton tonsurans e Microsporum canis;
• Presente na região do couro cabeludo e cabelo;
• São placas anulares, bem circunscritas, com bordas eritematosas elevadas;
• Alopécia tonsurante descamativa (fica com pelos pequenos);
• Área bem delimitada;
• Lesões pruriginosas;
• Consequência: queda de cabelo devido a infecção dos fungos nos folículos pilosos.
• TRATAMENTO:
 - Será um tratamento sistêmico porque as lesões aparecem em regiões que são mais difíceis de absorver o medicamento;
 ○ Griseofulvina/ terbinafina.
 - O medicamento sistêmico pode ser associado a um shampoo antifúngico.
 Pitiríase versicolor
• É causada pelo fungo Malassezia Furfur;
• Popularmente conhecido como “pano branco”;
• No exame físico é possível observar manchas e placas com descamação furfurácea em áreas de grande produção sebácea (áreas centrais do corpo, como testa, queixo, tronco, costas);
 - Pacientes que possuem cabelo oleosos e/ou tendência para caspa, costuma apresentar maior probabilidade de ter pitiríase versicolor, já que o fungo se alimenta dessa secreção da glândula sebácea.
• Podem ser lesões hipopigmentadas, eritematosas ou acastanhadas (depende da tonalidade da criança);
 - É mais comum hipopigmentada.
• Característica principal: prurido e descamação.
• TRATAMENTO:
- Antifúngico tópico 2x ao dia por 2-3 semanas;
 ○ Cetoconazol;
 ○ Miconazol;
 ○ Itraconazol.
- Em caso de múltiplas lesões, fazer tratamento sistêmico;
- O tratamento precisa ser feito por, pelo menos, 14 dias, porque o fungo é um agente mais difícil de tratar, porque geralmente ele reativa;
- O prurido e a descamação passarão, mas a hipopigmentação pode continuar até que o paciente vá pegando sol e a cor vá voltando ao normal.
 Candidíase cutânea
• Mais comum em lactentes jovens (que usam fraldas) e em áreas quentes e úmidas;
• As regiões mais comuns é na região das fraldas e no pescoço;
• Eritema intenso, apresentando placas com bordas bem nítidas;
 - As placas podem confluir.
• Apresenta uma descamação branca nas bordas;
• Apresenta lesões satélites nas pontas das placas confluentes, facilitando o diagnóstico;
• Aparência de pele macerada, como se a pele tivesse sido mastigada e está bem friável.
• TRATAMENTO:
- Manter a região bem aerada (trocar fralda sempre; limpar e secar bem as dobrinhas da criança);
- Antifúngico tópico 2x ao dia por 2-3 semanas: 
 ○ Nistatina (é o mais específico para cândida);
 ○ Cetoconazol;
 ○ Miconazol.
OBS: Em situações em que a infecção está bem avançada e há uma grande inflamação da área afetada (como na foto abaixo), pode ser prescrito um corticoide por 3-5 dias para diminuir a inflamação do local e depois continua apenas com o antifúngico tópico.
DERMATOSES PARASITÁRIAS
 Escabiose
• O ácaro parasitário é o Sarcoptes scabiei;
• Popularmente conhecido como “sarna”;
• A lesão é micropápulas eritematosas (pontinhos vermelhos) e bastante pruriginosas;
 - Pode ter uma lesão “em túnel”, onde a fêmea cava para colocar os ovos.
• A localização principalmente em interdigitais, axilares e periumbilical;
• Em lactentes, pode ser encontrado em palmas e plantas.
• TRATAMENTO:
 - Lactentes jovens (<6 meses): creme de enxofre a 10% + pasta d’água por 3 noites consecutivas;
 - Permetrina (1 noite);
 - Deltametrina (5 noites);
 - Ivermectina em tratamento oral – apenas em crianças acima de 15kg.
 Pediculose
• Conhecido como “piolho”;
• É causado pelo Pediculus humanus;
• Mais comum em escolares;
• Prurido capilar intenso;
• Visualização direta do parasita.
• TRATAMENTO:
 - Permetrina (1 noite);
 - Deltametrina (5 noites);
 - Ivermectina em tratamento oral – apenas em crianças acima de 15kg;
 - Lavar o cabelo e depois passar com vinagre e colocar uma touca;
 - Remoção direta das lêndeas.
Referências:
• Aula da faculdade.

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