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Lara Honório – Acadêmica de Medicina Membrana plasmática: Separa o meio intra do extracelular e controla o que sai e entra da célula. Faz manutenção da constância do meio intracelular, reconhece outras células e diversos tipos de moléculas, fornece o suporte físico para a atividade ordenada das enzimas que nelas se encontram. Forma pequenas vesículas transportadoras e participa do processo de pinocitose (engloba a molécula) e na exocitose (elimina a molécula). Mosaico fluído: característica mais importante da membrana, pois é a responsável por todas as funções já citadas. Lipídios: Maior parte é composta por fosfolipídios. Ex.: esfingomielina, glicolipídio, fosfatilcolina, colesterol, fosfatidilcerina, fosfatidilinositol, fosfatidiletanolamina, por exemplo. Obs.: Monocamada externa (para fora) e monocamada interna (para dentro). Os fosfolipídeos são a base universal da estrutura de membrana celular. Se organizam de formas diferentes no meio aquoso. Se em uma camada, forma micelas (cabeças para fora, pois são apolares). Se em duas camadas, bicamada lipídica com caudas viradas para o meio interno que é de solução aquosa. Os lipossomos possuem camada externa apolar e também um “núcleo” apolar (bola grande na imagem abaixo). Bicamada lipídica: Os fosfolipídios se movimentam dentro da bicamada por sua fluidez permitindo a função e integridade. Lara Honório – Acadêmica de Medicina Fazem movimentos que podem ser dependentes de temperatura como o Flip Flop/ difusão transversa, a rotação e a difusão lateral, enquanto o quarto movimento independe de temperatura, a flexão que é o movimento de uma cauda. Rotação: Movimento do fosfolipídio em torno do próprio eixo. Difusão lateral: Quando o fosfolipídio troca de lugar com outro fosfolipídio dentro da mesma monocamada. Ou seja, se estiver na monocamada interna, troca com o da monocamada interna. Difusão transversa ou Flip Flop: O fosfolipídio troca de lugar com outro fosfolipídio de uma outra camada. Isso é, e está na monocamada interna e troca de lugar com outro fosfolipídio da monocamada externa. A fluidez da bicamada lipídica promove rápida difusão das proteínas de membrana do plano da bicamada, faz interação com outras proteínas por sinalização celular, difusão de lipídios e proteínas dos locais da membrana nos quais são inseridos logo após sua síntese, fusão de membranas diferentes (pinocitose e exocitose). Assegura que moléculas da membrana sejam distribuídas igualmente na divisão celular. Lipídios esteroides: Menor proporção na membrana, em células animais. É representado pelo colesterol e interfere na fluidez da membrana plasmática, deixando-a menos fluída. Dificulta o movimento entre os fosfolipídios, diminuindo a fluidez da membrana. O movimento dos lipídios pode ser influenciado pela temperatura, pela porcentagem de colesterol (quanto mais colesterol menos fluída a membrana), a saturação doa ácidos graxos (os saturados compactam o lipídio dificultando a locomoção e os insaturados são mais afastados e se movimentam melhor). Obs.: pode-se observar a cauda fletida na imagem. Proteína: Transporta nutrientes , metabólitos e íons, ancora (elos) macromoléculas à membrana, atua como receptor para sinais químicos. Att.: Em amarelo os transportadores, em azul marinho os elos, em azul claro os receptores e em verde escuro as enzimas. Existem dois tipos de proteínas: as integrais, que estão inteiramente inseridas na bicamada lipídica, na monocamada interna e externa; e as Lara Honório – Acadêmica de Medicina proteínas periféricas, que estão afastadas, estão ou na monocamada interna ou na monocamada externa. Proteína de membrana: As proteínas transmembranas são proteínas integrais que atravessam a membrana. A bicamada lipídica, pode ser unipasso (passa uma única vez) ou multipasso (passa mais que uma vez) no que diz respeito a passagem de substâncias ou até mesmo fármacos, por exemplo e é isso que define se ação vai demorar poucos ou muitos segundos ou até mais que segundos. Também é válido ressaltar que possuem regiões hidrofóbicas e hidrofílicas. As proteínas alfa-helice estão inteiramente no citosol, está ligada na monocamada interna e é periférica. As proteínas ligadas por meio de lipídios: são proteínas periféricas ligadas ao fosfolipídio, externa a bicamada lipídica, mas também pode estar na monocamada interna, ligada por um ou mais grupos lipídicos. Proteínas ligadas por meio de proteínas: ligadas por meio de proteínas, indiretamente a uma das faces da membrana e mantidas por interações com outras proteínas de membrana na camada interna ou na camada externa. Carboidratos da membrana: Protege e lubrifica a célula, reconhece e faz adesão entre células. Variam conforme o tipo celular, a atividade funcional da célula e segundo a localização da membrana na célula, podendo ter mais ou menos carboidratos. Glicocálice: Superfície externa da membrana, rica em hidratos de carbonos ligados a proteínas ou lipídios. São constituídos por porções glicídicas de glicolipídios, glicoproteínas integrais e proteoglicanas. Não são carboidratos de membrana! Tem como função proteger, lubrificar a superfície da célula, determinar os limites entre as células, inibindo a sua proliferação por contato, faz reconhecimento célula a célula e adesão celular. As funções do glicocálice: Lara Honório – Acadêmica de Medicina - Altera a superfície de células cancerígenas; - Faz ligação de toxinas, vírus e bactérias; - Tem propriedades enzimáticas (glicosidases/peptidases); - Tem a ver com a especificidade do sistema ABO. Transporte através de membrana: A membrana celular é muito permeável a água. Em solução hipotônica aumenta de volume (tem mais água), em solução hipertônica diminui de volume (tem mais soluto e menos água, a célula é que tem mais água e perde ela pro meio) e em solução isotônica o volume e a forma não se alteram (mas pode existir troca só que equivalente, entra e sai a mesma coisa). Se trata do transporte do solvente e não do soluto. Osmose: Difusão passiva (refere-se ao soluto): O soluto penetra quando sua concentração é menor no interior da célula. Sai quando sua concentração é maior no interior da célula e não há gasto de energia. Ex.: Fibrose cística, que é uma doença autossômica recessiva e que afeta glândulas exócrinas produtoras de muco. A proteína afetada é responsável pela passagem de cloro (Cl-) e de sódio (Na+) pela membrana. Quando o Cl- sai, a água vai por osmose. Difusão facilitada: Não há gasto energético, a velocidade é maior em relação a difusão passiva. Está a favor de um gradiente (glicose e alguns AA), combinada a uma molécula transportadora, a permeasse. Por se tratar de grandes moléculas, precisam das proteínas integrais para facilitar essa passagem, podendo ser um canal iônico ou uma Lara Honório – Acadêmica de Medicina protease a depender do tipo de molécula. Transporte ativo: Há gasto energético, transportado contra um gradiente de concentração. O Na tem menor concentração no citoplasma então vai ter facilidade em entrar na célula, e o K tem maior concentração no meio intracelular então vai ser mais fácil sair da célula. Fagocitose: Formação de pseudopodos, e evaginação para englobar partículas sólidas. Forma o fagossomo. Pinocitose: Engloba líquidos e forma pequenas vesículas. Forma o pinossomo. Exocitose: Transporte de grandes quantidades de material do meio intracelular para o extracelular. Permite que a célula excrete produtos do seu metabolismo, como da digestão intracelular (clasmocitose). Especializaçãoda membrana plasmática: Superfície apical da célula: relacionada ao aumento da absorção e o movimento. 1. Microvilosidade; 2. Cílios/Flagelos; 3. Estereocílios; Lara Honório – Acadêmica de Medicina Superfície baso-lateral da célula: 1. Junções celulares (união): junções célula-célula, junções célula-matriz extracelular. Microvilosidades: são projeções cilíndricas do citoplasma envolvidas por membrana que se projetam da superfície apical da célula. Esses prolongamentos citoplasmáticos contendo um núcleo de filamentos de actina são ligados pela vilina e a fimbrina, que são citoesqueleto. Estereocílios: parecidos com as microvilosidades, mas são mais longos e ramificados, são encontrados no epidídimo e nas células pilosas do ouvido interno. Aumentam a área de superfície das células e tem filamentos de actina mais discretos que nas microvilosidades porque é mais longo e mais ramificado, porém e mais fino. Aqui, no lugar da vilosina tem a erzina com a fibrina. Cílios: Prolongamentos longos e móveis presentes em muitas células epiteliais. São envolvidos pela membrana plasmática e contém 2 microtúbulos centrais cercados de 9 pares periféricos unidos entre si. Estão ligados em corpúsculos basais (centro de organização de microtúbulos) situados no ápice das células. Os cílios apresentam uma modificação, que é o flagelo. Especializações da membrana: Acontece exatamente na sequência da imagem, porém em quantidades diferentes. Zônula de oclusão: Protege do que vem de fora, é uma vedação do espaço intercelular. Limitam o movimento da água e outras moléculas através do espaço intercelular que mantém a separação físico-química entre compartimentos teciduais (rota paracelular). Tem relação com as mutações no gene que codifica a claudina 14 e está ligada a surdez hereditária, por causar permeabilidade na zônula de oclusão de Corti (receptor de audição). Em Lara Honório – Acadêmica de Medicina alta resolução aparece como uma série de fusões focais com fileiras de PTNS transmembranares, que são: a ocludina, a claudina e a molécula de adesão juncional. Zônula de adesão: Une células adjacentes e tem função de resistência ao atrito. Ocorre como uma faixa contínua ao redor da célula abaixo da zônula de oclusão. Se liga através das proteínas dependentes de cálcio as cadeínas. Suas moléculas de adesão interagem com a rede de filamentos de actina no interior da célula. Desmossomos: Faz a união entre células adjacentes. O que o difere das zônulas de adesão. Localizada no domínio lateral da célula e propicia uma ligação forte entre células epit adjacentes. As moléculas de adesão são as caderinas e as desmogleínas e desmocolinas que fazem ligação na porção extracelular e na porção citoplasmáticas interagindo com placoglobinas e outras. Hemi-desmossomos: Ligam a membrana plasmática de uma célula à lâmina basal adjacente, por meio de filamentos de queratina que estão ligados à proteína de ancoramento plectina e também possuem integrinas. Isso é, tem um filamento intermediário ligado a laminina e colágeno. Junções comunicantes (GAP): Comunicação células adjacentes. Permite a passagem direta de moléculas sinalizadoras entre células adjacentes epiteliais, musculares lisa e cardíaca ou nervosa. É o acúmulo de canais ou poros transmembranas (conexon – conexinas). Cada célula tem seu próprio conexon, que se unem formando um túnel. Permite a troca de íons, moléculas reguladoras e pequenos metabolitos. Junções de fixação: Fornece estabilidade mecânica as células epiteliais, liga o citoesqueleto de uma célula ao citoesqueleto da célula adjacente criando e mantendo a unidade estrutural. Interage com filamentos de actina (zona de aderência/aderência). Atividade: (não precisa entregar, é só para estudar). Lara Honório – Acadêmica de Medicina
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