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HSTMED - Redação Crítica

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Departamento de História
Curso de História Medieval
Cavaleiros Templários: criação de um sistema bancário na Europa medieval dos séculos
XII e XIII
Izabella Áurea Luiz Silva
Belo Horizonte
2021
São muitas as contribuições seculares herdadas do Medievo. O Carnaval, a cultura
livresca1 e belas artes, por exemplo, se expressam e são cultuadas ainda nos dias atuais.
Dentre esses bens, destaca-se a maior eficiência dos sistemas bancários modernos,
proveniente, em tese, da reformulação das trocas comerciais e do comércio no Mediterrâneo
europeu nos séculos XII e XIII, através, sobretudo, das atividades e influência da famigerada
Ordem dos Templários. Sob a égide da Igreja Católica e o incentivo e participação da
nobreza, a Ordem dos Templários estabelece uma rede conectiva de trocas, transações e
sistemas comerciais e financeiros em seu contexto que alicerçam as estruturas e operações
dos bancos contemporâneos. Para tanto, através da análise historiográfica da tese proposta,
observa-se que a ação da Ordem para tamanho influxo em um espaço geograficamente
disputado e socialmente cristão provém, especialmente, de privilégios religiosos e destaques
sociais atribuídos a este grupo. Nesse sentido, a compreensão do processo histórico que torna
os Templários precursores do sistema bancário contemporâneo nos permite analisar,
paralelamente, as movimentações e intenções da Igreja e da nobreza da época na conjuntura
em debate.
A Idade Média Central é marcada por significativas transformações no espaço e na
sociedade da Europa do Mediterrâneo. Nos limiares do século XI, a complexidade das
relações sociais e o desenvolvimento dos expoentes sócio-políticos, como os laços de
vassalagem e a aristocracia dos senhorios; juntamente ao contato europeu com outras
comunidades, como o Islã e o Império Bizantino, acompanham o crescimento populacional
da Europa, levando a sociedade a novas demandas. O clima mais ameno do que na Alta Idade
Média2, a diminuição das guerras, a profusão de recursos naturais3 e o aprimoramento de
técnicas organizacionais e agrícolas na estrutura produtiva, elevam as unidades de produção
e as capacidades de plantio. Por efeito, o comércio e as trocas comerciais incitam o
“deslocamento de parte da mão-de-obra agrícola para os setores secundário e terciário”
(JÚNIOR, 1984:107), favorecendo o desenvolvimento de pólos urbanos e um crescimento
econômico que contribuem para a desenvoltura da expansão demográfica.
A Igreja Católica, atuante em todo o período medieval, exerce sua influência em
grande medida na sociedade latina da época, principalmente através de seu projeto reformista.
Magda R. R. A. Duarte (2012:2) corretamente pontua que: “O rosto da Igreja Romana no
3 Ibid., p. 25.
2 JUNIOR, Hilário Franco. A Idade Média: nascimento do Ocidente. São Paulo: Brasiliense, 2006, p. 26-27.
1 VAZ, Angela Omati Aguiar; PRATES, Eliane Guimarães de Campos. A influência da Idade Média em
nossos dias: cultura, representações e festividades. Revista Eletrônica de Divulgação Científica da Faculdade
Don Domênico 8ª Edição – Junho de 2016. p. 3.
século XI [...] era o reflexo da própria cidade de Deus.” Nesse sentido, o fundamento de
autoridade espiritual argumentado pela Igreja, produz uma cristandade ocidental fundamental
para o curso dos processos históricos do século seguinte, que se iniciam já nos fins do século
XI. Gregório VII, papa nos anos de 1073-1085, busca estabelecer a Igreja latino-romana
como uma instituição e sua autoridade moral e soberania política em confronto aos poderes
temporais, através do poderio do papado, por meio da obra Dictatus Papae (1095). Sob esse
viés, a autonomia do papado compreenderia causas eclesiásticas ou temporais (BASCHET,
2006:129). Assim, o pontífice é diligente ao legitimar e sacralizar a atividade da guerra como
uma alternativa para a solução de conflitos europeus, tendo a figura do cavaleiro como um
instrumento sacralizado, já legítimo por excelência da guerra (BARTHÉLEMY,
2010:290-293) e defensor da moral cristã.
Pouco mais tarde, em 1095, no Concílio de Clermont-Ferrand, no sul da França
medieval, o então papa e precursor dos ideais reformistas de Gregório VII, Urbano II
(1088-1099), discursa de forma ensaiada4, digna de confiabilidade e, como um poder
sublime, aparenta ser a voz de Deus aos auditores5, convocando fiéis à tomada do Santo
Sepulcro de Jerusalém, a Terra Santa cristã, que nesta conjuntura encontrava-se sob o
domínio dos árabes islamizados. Em seu discurso, a santidade apoia a guerra armada contra
os infiéis ao cristianismo, a auto qualificando como justa, e relembra a parte Oriental do
mundo cristão, Constantinopla, como um ponto de fé no ambiente inimigo que necessita do
auxílio e intervenção do Ocidente, atribuindo, portanto, um sentido sacro à guerra; e reforça,
ainda, cavaleiros como protetores ideais do cristianismo.
O ideal do cavaleiro medieval como exemplo benfeitor, honrado, dotado de virtudes
morais e naturais e modelo a ser seguido, precede o século XI e não provém do meio
religioso. Entretanto, a Igreja Católica, à sua maneira, formula este conceito sob suas
prerrogativas, buscando aproximar gradativamente os cavaleiros aos valores cristãos. Prova
disto, é a sacralização do ritual cavaleiresco de adubamento pela Igreja6. Nesse sentido,
ocorre um processo de cristianização do título de cavaleiro (chamados em seu tempo por
“milites”), que esforça-se para torná-los guerreiros servidores e defensores dos dogmas e
interesses cristãos e da Igreja.
6 CRUZ, Paulo Christian Martins Marques da. Algumas questões sobre a sacralização da cavalaria no
Ocidente medieval. XVII Encontro Latino Americano de Iniciação Científica, XIII Encontro Latino Americano
de PósGraduação e III Encontro de Iniciação à Docência – Universidade do Vale do Paraíba. pg. 2.
5 TIRO, Guilherme de. Historie rerum in patribus transmarinis gestarum. RHC, Hist. Occ., v. I. p. 43..
4 DEMURGER, Alain. Croisades et croisés au Moyen Âge. Paris: Flammarion, 2006. p. 16.
Não obstante, o discurso de Urbano II incita a fé de seus ouvintes por meio do sentido
missionário atribuído às Cruzadas, posto que Jesus, na crença católica, também peregrinou à
Terra Santa de Jerusalém; além de que, morrer por Cristo seria a verdadeira luta contra o
paganismo. Logo, mencionava-se àqueles que se comprometessem a participar a remissão de
seus pecados, suspensão de dívidas por juros, tutela eclesiástica aos seus bens e famílias e
salvação eterna da alma. A exortação de Urbano II é dispersada e, leigos, senhores7 e nobres,
pouco tempo depois, partem em direção a Jerusalém, dando início à Primeira Cruzada (1096).
Na passagem para o século XII, ordens monástico-militares começaram a agir e a
serem criadas com o intuito primário de suprir as necessidades de proteção e administração
da recém bem-sucedida Cruzada, como homens aptos para as batalhas, posto que os castelos
europeus também necessitavam de proteção; ou ainda tratamentos medicinais, que advém,
principalmente, da Ordem dos Hospitalários, precedente à Primeira Cruzada. J. M.
Upton-Ward (2001:13) em The Rule of the Templars, esclarece acerca dos imprevistos aos
quais os peregrinos estavam sujeitos na longa rota rumo a Jerusalém, desde os perigos
naturais aos riscos humanos. Assim, neste contexto, entre 1118 e 1120 constitui-se na França
os Frates militiae Templi ou Pauperes commilitones Christi Templique Salomonis (SERRÃO,
1971:144), como se nomeiam em seus documentos. Nove nobres homens de criação
cavaleiresca, dirigidos por Hugo de Payns, dão origem à Ordem dos Pobres Cavaleiros de
Cristo e do Templo de Salomão. Sob a anuência do patriarca de Jerusalém, o rei e bispos, o
Templo se incumbe da função principal de assegurar a segurança daqueles que viajavam à
Jerusalém, através de armamentos, tornando-se, portanto, soldados pela luta da Igreja,
guerreiros de fé e ofício (CASTILHO,2016:97).
Guilherme de Tiro, arcebispo ecronista medieval, relata em sua obra inacabada
Historie rerum in patribus transmarinis gestarum a função inicial dos Templários ao dizer
que:
“O principal dever dessa ordem [...] foi que, até onde sua força permitisse, eles
deveriam manter as estradas livres da ameaça de ladrões e salteadores, com atenção
especial à proteção dos peregrinos. (BURMAN, 2011, p. 21)”
Fiel ao cristianismo e à Igreja, “el templario vive para servir al Soberano Rey: Al Señor
Jesús, al cual nada es más grato que la obediencia.” (BASTOS:6-7). Assim, os cavaleiros
realizam votos monacais de pobreza, castidade e obediência, o que os conceituaram enquanto
um combatente legítimo aos infiéis do Oriente, de forma que, sendo cavaleiros, são dotados
7 CHAVES, Thiago de Souza Ribeiro. Urbano II em Clermont-Ferrand: A pregação da Primeira Cruzada,
2015. p. 33.
de conhecimentos da cavalaria secular e, sendo também cristãos, possuem a fé necessária
para o confronto com o inimigo pagão.
Bernardo de Claraval, abade, muito disserta em seu texto De Laude Novae Militiae
acerca das ações da Ordem que vão contra os preceitos do cristianismo, como assassinar. O
cisterciense argumenta que, devido à fé dos Templários, eles estariam fazendo um bem à
Igreja e à santidade, ainda que por meio da violência, posto a religiosidade atribuída à guerra.
Assim, o então rei de Jerusalém, Balduíno II, perante aos ataques sarracenos, recorre à defesa
da força militar prevalecente no contexto: a cavalaria. Como discorrido, a melhor opção de
escolha para o monarca seria a Ordem do Templo, posto que ele também era cristão. Além
disso, segundo A. S. Castilho (2016:97),
“Balduíno II [...] via na estruturação de uma Ordem a oportunidade de conseguir
mais apoio para defesa do reino e a presença naquele espaço de um exército
relativamente independente de relações feudais laicas.”
Dessa forma, em janeiro de 1128 ou 11298, no Concílio de Troyes, ainda na França, na
presença de prelados, abades e os cavaleiros, a Ordem é consagrada pela Igreja,
institucionalizando-se em sua estrutura. Como grande resultado dos debates em Troyes, o
Templo recebe uma normatização, a Norma Latina ou Regra Primária. Henri de Curzon, em
sua obra La Régle du Temple (Paris, 1886), publica uma versão editada de manuscritos que
contêm vestígios da Regra Primitiva da Ordem. O francês ressalta que são cópias não
homogêneas, entretanto, é uma boa tradução para observar os fundamentos primários do
Templo, pois são eles que, posteriormente, favorecem que sejam os Templários a estruturar
um novo sistema bancário. A Norma Latina, altamente monástica e finalizada em 1130,
continha as descrições para a vida regular e conventual do Templo, com ênfase em sua
organização, regulamentos, hierarquia e práticas. Dentre os 72 artigos9 da Regra, destaca-se
aqueles que atribuem à Ordem direitos outrora não conferidos e que, por isso, são essenciais
para a rápida ascensão econômica e social do Templo, posto o caráter santificado atribuído
aos cavaleiros e às suas atividades, descritas na Norma.
Destarte, destaca-se o artigo 51 da Regra que, de acordo com a ordem de Curzon
(1886), reforça a qualificação dos Templários enquanto homens de fé e militares contra o
paganismo, e trata acerca da posse de terras e homens, permitindo-os ao domínio da Ordem10,
10 “[...] Jure igitur judicamus cum milites Templi dicamini vos ipsos, ob insigne meritum et spéciale probitatis
domum terram et homines habere et agricolas possidere, et juste eos regere, et institutum debitum vobis
specialiter debetur impendi.” (CURZON,1886:58-59).
9 “C'est d'abord une traduction, en soixante-douze articles, de la Règle latine annexée au procès-verbal du
concile de Troyes [...].” CURZON, Henri de. La Règle du Temple. Paris: Librairie Renouard, 1886. p. I
8 Upton-Ward (2000:261), na nota nº 7, salienta que desde o início do século XII muitas áreas francesas
iniciavam o ano em 25 de março; nesse sentido, janeiro de 1128 poderia ser janeiro de 1129.
o que torna-os dignitários de títulos de propriedade. Inobstante, sendo os cavaleiros, até
então, destituídos de posses e bens, a Igreja incentiva à fiéis e participa de doações ao
Templo, visando auxiliá-los financeiramente,. Dessa forma, “Os benfeitores eram tanto da
alta nobreza, como príncipes e reis, quanto indivíduos que buscavam apoiar a nova Ordem.”
(CASTILHO, 2016:131). Consequentemente, a curto prazo, os Pobres Cavaleiros de Cristo
enriquecem e, atuando nas fronteiras contra o Islã, seu potencial de combate “foi rapidamente
notado.” (CASTILHO, 2016:131)
De fato, a prova maior de tal circunstância constitui-se na materialização da bula
papal Omne Datum Optimum, emitida pelo papa Inocêncio II em 1139 e que submete o
Templo apenas à autoridade da Santa Sé. Republicada 12 vezes entre 1154 e 1194
(DEMURGER, 2007:118), a bula não só concede vasta autonomia às atividades dos
Templários, como isenta-os de impostos e dízimos contra seu interesse, uma vez que não
tinham a obrigação de arcar com a jurisdição episcopal11 e legitima-se que, por defenderem as
causas da Igreja, segundo a bula, seria justo serem providos por ela. Além disso, sanciona-se
ao Templo a liberdade de receber ou afastar membros, de edificar locais de culto concedidos
aos Templários, de dispor de seus próprios padres e permite que sacerdotes se tornem
membros, sem que gozem dos privilégios cavaleirescos, proibindo a entrada de leigos na
Ordem.
Dessa forma, por volta do ano de 1147, os privilégios conferidos à Ordem já
“[...] abrangem os direitos a terras e outros direitos, tais como mercados e feiras,
rendimentos, casas, prebendas, dízimos, aluguéis, anuidades, servos feudais, servos
com família [...].” (BURMAN, 2007:42).
Assim, dada a subvenção da Igreja e dos doadores em seus primeiros anos de atividade, os
Templários se estabelecem como “importantes senhores de terras. Eles começaram a
organizar e cultivar suas propriedades.” (BARBER, 1970:237). Paralelamente, a fama dos
cavaleiros enquanto eficientes ao serviço da fé e das guerras cresce e, novamente, a Igreja
concede mais privilégios ao Templo através da publicação de outras duas bulas papais. A
primeira, Milites Templi, emitida pelo pontífice Celestino II, em 1144, brevemente encoraja
doações à Ordem pelos fiéis e autoriza ao Templo o direito de recolher dízimos de igrejas. A
segunda, Militia Dei, é emitida pelo papa Eugênio III, no ano de 1145, e permite a Ordem a
construção de cemitérios e igrejas onde tivessem terras e a retenção das taxas nesse espaço, o
que, por consequência, aumenta a força popular da Ordem, dado que “poderia representar
11BASTOS, Javier. Los Templarios - Monjes-soldados: protagonistas de la reconquista española. pg. 6.
uma força religiosa paralela à secular ou regular em determinados locais” (CASTILHO,
2016:144); e a possibilita uma arrecadação contínua ao Templo, ainda que no fracasso da
Segunda Cruzada.
Dessa forma, em 1150, a Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo somam terras, bens,
posses monetárias e já possuem uma ampla rede, geográfica12 e social, de relações e
influência. Frale (2005) aponta que, sendo os Templários socialmente considerados homens
de honestidade e pobreza, fortunas privadas, de monarcas e de soberanos foram postas sob o
resguardo da Ordem. Diante da nova realidade, já no século XII, a estrutura interna
religiosa-bélica do Templo é modificada, configurando-se também enquanto uma instituição
financeira e de negócios13. Em pouco tempo, suas atividades comerciais foram requeridas nas
precisões das Cruzadas tanto por peregrinos, que iam à Jerusalém, quanto por reis da época
que, de alguma forma, custeavam as altas demandas das batalhas. Assim, é neste contexto em
que se desenvolve o embrião dos bancos monetários atuais.
Posto a distância entre a Europa e Jerusalém e as ameaças, já mencionadas, no trajeto
a Terra Santa, era inseguro viajar com altas quantias de dinheiro, ou ainda inviável de se
manter no Oriente sem recursos. Frente essas dificuldades,a Ordem passa a conceder e a
prestar serviços de empréstimos14, cauções, custódia de bens e valores, transporte de fundos,
pagamentos à distância15 e criam, ainda, uma espécie de vale, similar ao feiquan16 chinês ou
aos cheques modernos. Dispondo de várias localidades no Ocidente e também na região de
Jerusalém, o Templo torna estes espaços também unidades de depósitos e câmbios
monetários, de forma que “através de uma taxa um peregrino poderia fazer um depósito em
Paris, receber a carta de pagamento e sacar o dinheiro na Terra Santa.” (JÚNIOR;
CARVALHO, 2016:114). Tamanho feito o exercício da Ordem, que revoluciona o comércio
europeu e as trocas comerciais públicas na conjuntura do Mediterrâneo, de modo que, reis,
nobres, religiosos do baixo clero à Santa Sé17, monarquias recém-formadas, seculares e civis
estabelecem relações com a Ordem do Templo no século XIII.
17 Ibid. RODRÍGUEZ, MP. pg. 53.
16 Segundo o economista Tim Harford (2017), durante a dinastia Tang na China, o governo imperial utilizava “o
"feiquan" ("dinheiro voador”), um documento de duas vias que permitia a comerciantes depositarem seus lucros
em um escritório regional e depois pegarem o dinheiro de novo na capital.”
15 RODRÍGUEZ, Marta Palacios. Contabilidad y Finanzas del Temple de París (1221-1295), 2017. p.47-53
14 BURMAN, Edward. Templários: Os Cavaleiros de Deus. Rio de Janeiro: Record, 1994. p.101
13 Segundo Michael Haag em Os Templários: História e mito (2009:150), tamanho os recursos financeiros da
Ordem já neste tempo, que o rei francês Luís VII (1137 - 1180), buscando sustentar-se na terceira Cruzada,
recorre auxílio aos cofres do Templo.
12 (MAPA) “Comendas e castelos templários até 1150”. BARBER, Malcolm. The new knighthood, 2009. p.22.
Reis como Henrique III e João, da Inglaterra, recorrem ao Templo auxílio financeiro
em diversas situações,18 assim como o rei e a nobreza de Barcelona, o papa Honório III19 e
monarcas e nobres de Jerusalém. Através desses fatos, observa-se a dinâmica econômica do
continente europeu paralelamente às suas relações financeiras com o Oriente cristão. Nesse
sentido, pode-se inferir que é, em grande medida, devido à atuação eficiente, e abalizada pela
Igreja, dos Templários, que tal movimentação comercial encontra formas para suceder-se
como tal. Pouco provável seria, posto que a cavalaria secular é antecedente à criação da
Ordem e já se inseria, a partir da estruturação das relações de vassalagem, em um meio
análogo ao que aqueles cavaleiros encontraram; que outra força o fizesse, nem mesmo a
Igreja. Afinal, como demonstrado, são a Regra Primitiva do Templo e as concessões papais
que concebem a autonomia e o status aos cavaleiros para realizarem o notável fato.
Sendo arcebispo, os relatos de Guilherme de Tiro, ainda no século XII, elucidam o
incômodo de grande parte dos eclesiásticos ao poder do Templo já neste tempo. O cronista
afirmava que as possessões já concedidas em seu tempo desafiavam a autoridade de bispos e
reis20. Outros membros da Igreja, tal como Guilherme, se voltam contra a Ordem aliados a
reis inconformados em algum aspecto com o Templo. Neste processo, destaca-se o rei,
paradoxalmente francês, Filipe IV (1268-1314) que, mesmo em conflito com o papado de seu
tempo, move forças para levar os Templários à julgamento da Inquisição. Sem saídas, a
Ordem do Templo é punida com pena de morte em 1314, indicando seu fim. Entretanto, suas
atividades foram essenciais para a formação dos percursos econômicos dos séculos seguintes,
não deixando de serem praticadas após seu extermínio. A maior evidência disso é a existência
mundial de sistemas bancários semelhantes ao estabelecido pela Ordem, ainda que
digitalizados. Portanto, é inegável a grande contribuição dos Templários para a estruturação
deste modelo comercial amplamente utilizado ainda nos dias atuais.
20 NICHOLSON, H. Templars, Hospitaliers and Teutonic Knights: Images of the military orders, 1128-1291.
Leicester University Press Nicholson, 1993. p.10
19 DESLILE, L(1889): Mémoire sur les opérations financières des templiers. Genève, Ed. Slatkine Magriotis
Reprints, 1975. p.21
18 Ibid. BURMAN, E. p.101
Referências
BARBER, Malcolm. Origins of the Order of the Temple. In: Studia Monastica, 12.
Barcelona: Abadia de Montserrat, 1970, p. 219-240.
BARTHÉLEMY, Dominique. A Cavalaria: Da Germânia antiga à França do século XII.
Campinas-SP: Unicamp, 2010. p.290-293.
BASCHET, Jérôme. A civilização Feudal: do ano 1000 à colonização da América. São
Paulo: Editora Globo. 2006, p. 26.
BASTOS, Javier. Los Templarios; Monjes-soldados: protagonistas de la reconquista
española. Disponível em:
<https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/63873060/Los_Templarios._Monjes_soldados__prota
gonistas_de_la_reconquista20200709-19285-nv1spq.pdf?1594301762=&response-content-di
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BnZqtlgFlxeVL8CgVBD-GrOoQ__&Key-Pair-Id=APKAJLOHF5GGSLRBV4ZA> Acesso
em: 14 mar. 2021.
BURMAN, Edward. Templários: os cavaleiros de Deus. 8. ed. Rio de Janeiro: Record, 2011.
p. 21.
________. Templários: os cavaleiros de Deus. Rio de Janeiro: Nova Era, 2007. p.42
CASTILHO, André Sarkis. A Criação da Ordem do Templo e a Sacralização da Guerra
(1114-1139). Tese (Mestrado em História) - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas,
Universidade Estadual de Campinas. Campinas, p.120-158, 2016. Disponível em:
<http://www.repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/321806/1/Castilho_AndreSarkis_M.
pdf>. Acesso em: 17 mar. 2021.
CURZON, Henri de. La Règle du Temple. Paris: Librairie Renouard, 1886.
DUARTE, Magda Rita Ribeiro de Almeida. Algumas representações da Igreja romana no
contexto da Reforma no século XI: uma abordagem. Anais do XXI Encontro Estadual de
História –ANPUH-SP - Campinas, setembro, 2012. Disponível em:
https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/63873060/Los_Templarios._Monjes_soldados__protagonistas_de_la_reconquista20200709-19285-nv1spq.pdf?1594301762=&response-content-disposition=inline%3B+filename%3DLos_Templarios_Monjes_soldados_protagoni.pdf&Expires=1615937302&Signature=JmNRjdHXy6Z5dGw5QqeIAHpXHPHlyYyOVlxawsdpZi-RJpFr4vw8rpkvXMh3WaLBmHaPCEZE0Xu65vKAlZiH1cMhg6qNdPXCW8k5b9V8LNiSz0MIrKNYrw0cjZEztfOrsyLfdzcBjW36ZNuWiPguLsVZiFh3-j0BfmScYJ8ujIMQuKYA2~zIV2sIEoahQctOH2xfZZK~c0vyl3-75c5l4HNGYy4UQCdxFwpwXqWFyMVgxRDg9EgfpskYoYDMZ8qkxgw8luF~kEqu6IZk0T6UMIRRHuZZRxgrxc1S7lBBp57aeRZGTYAuqPOyuTBOqBnZqtlgFlxeVL8CgVBD-GrOoQ__&Key-Pair-Id=APKAJLOHF5GGSLRBV4ZA
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