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1 Prof. Dr. Caio Maurício Mendes de Cordova BIOQUÍMICA CLÍNICA I Programa: Módulo 1 1. Glicose, HbA1 e Diabetes Mellitus 2. Lipídeos e dislipidemias 3. Equilíbrio Ácido Base 4. Equilíbrio Hidroeletrolítico 5. Distúrbios ósseos: cálcio, fósforo e magnésio Prof. Dr. Caio Maurício Mendes de Cordova BIOQUÍMICA CLÍNICA Programa: Módulo 2 27/02/2010 • Sábado • 9:00 às 12:00h 6. Líquidos Extra-vasculares 7. Função Renal, compostos nitrogenados não protéicos 8. Enzimas I: Função pancreática 9. Enzimas II: Função hepática, bilirrubina, albumina, cirrose 10. Enzimas III: Função muscular e função cardíaca Prof. Dr. Caio Maurício Mendes de Cordova BIOQUÍMICA CLÍNICA Programa: Módulo 3 23/04/2010 • Sexta-feira • 18:30 às 21:30h 11. Hormônios I: Adrenais 12. Hormônios II: Gonadais 13. Hormônios III: Tireóide 15. O laboratório em geriatria 16. Gravidez e desenvolvimento fetal 17. Noções de avaliação de métodos analíticos Caio Cordova - cmcordova@furb.br 1. Carbohidratos Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 1.1 � Uma mulher de 37 anos de idade foi admitida no hospital com sintomas recorrentes de fraqueza, confusão e desorientação. Ela tinha uma longa história de problemas psiquiátricos, incluindo várias admissões hospitalares por causa de comportamento suicida e paranóia. Esquizofrenia crônica havia sido o diagnóstico prévio. Nas semanas anteriores à admissão hospitalar ela era observada cambaleando, como se estivesse embriagada. Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 1.1 - Resultados laboratoriais � Hematologia V. R. Hematócrito 40% 37-48 Hemoglobina 14 g/dL 12-16 Leucócitos 8.200/mm3 4.300-10.800 Plaquetas 215.000/mm3 150.000-350.000 Diferencial normal � Urinálise normal 2 Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 1.1 - Resultados laboratoriais � Bioquímica Glicose 35 mg/dl (70-110) Uréia 12 mg/dL (9-45) Cálcio 9,2 mg/dL (8,5-10,5) Fósforo 3,6 mg/dL (3,0-4,5) Bilirrubina Total 0,8 mg/dL (0,1-1,0) Proteínas totais 7,6 g/dL (6,0-8,4) Na+ 138 mmol/L (135-146) K+ 4,2 mmol/L (3,5-5,0) Cl- 104 mmol/L (108-118) HCO3- 24 mmol/L (21-28) Álcool no sangue:negativo Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 1.1 � Jejum: 65 mg/dL � 30 min. 120 mg/dL � 1 h. 118 mg/dL � 2 hs. 110 mg/dL � 3 hs. 106 mg/dL � 4 hs. 56 mg/dL � 5 hs. 53 mg/dL No segundo dia de internação, um teste de tolerância a glicose de 5 hs foi realizado com os seguintes resultados: Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 1.1 � Glicose: 32 mg/dL (70-110) � Insulina: 63 µU/mL (6-26) � Cortisol: 30 µg/dL (5-25) No terceiro dia de internação, um jejum de 24 hs. foi realizado e os níveis de glicose foram medidos novamente. Depois do jejum de 24 hs., glicose, insulina e cortisol foram dosados no sangue, com os seguintes resultados: A paciente apresentava confusão moderada e transpiração, que melhorou após infusão de glicose a 50%. Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 1.1 - Questões � A) Quais são as principais causas de hipoglicemia, qual o seu mecanismo fisiopatológico, quais testes laboratoriais podem contribuir no diagnóstico diferencial, e de que forma ? � B) Dê uma explicação plausível para os sintomas da paciente em questão, e por que o clinico solicitou o teste de tolerância à glicose de 5 hs. Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 1.1 - B HipoglicemiasHipoglicemias � Glicemia < 50 mg/dl (pode variar) � Hipoglicemia reativa � excesso de insulina ou hipoglicemiantes (hipoglicemia artificial) � Ingestão de etanol � Indivíduos com cirurgia gastrointestinal (hipoglicemia pós-prandial) � Hipoglicemia espontânea: �� InsulinomasInsulinomas � outros tumores � disfunção hepática � deficiência de glicocorticóides � sepse � Diagnóstico laboratorial � Glicemia em jejum (até 48 hs.), curva glicêmica após 5 hs., dosagem de insulina ou peptídeo C Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 1.1 - B Hipoglicemias – Cuidado !!! � Glicemia baixa por erro ou interferente: � Soro não separado do coágulo � Redução de ao menos 3% por hora (dependente da temperatura) � Plasma com NaF não refrigerado após 4 hs � Plasma heparinizado � Soro com EDTA � Paciente Diabético recém infundido com insulina � Lipemia importante � Icterícia importante 3 Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 1.1 - B Hipoglicemias – Cuidado !!! � Métodos de dosagem: � Glicose Oxidase – Trinder (H2O2) - colorimétrico � Específico para Beta-D-glicose � Vit. C (30’ – 37ºC) � Bilirrubina, ácido úrico (oxidáveis) � Hexoquinase (NADPH) - UV � Mais específico � Menos interferência � Glicose Desidrogenase (NADH) - UV � D-xilose � D-manose � Geralmente em níveis insignificantes � Melhor precisão e sensibilidade Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 1.1 - C Sintomas da paciente: � longa história de problemas psiquiátricos � várias admissões em hospitais psiquiátricos � comportamento suicida � paranóia � Diagnóstico ? Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 1.2 � Um indivíduo com 45 anos de idade procurou seu médico para fazer exames de rotina. O paciente apresentava 112 kg e 1,88 de altura, com acúmulo de gordura principalmente na região abdominal. Relatou ser ex-atleta, jogador de basquete amador por cerca de 15 anos. Sedentário nos últimos anos, ultimamente reclamava de muita sede, tendo que ingerir até 2 litros de líquido durante a noite. Nos exames laboratoriais, apresentou os seguintes resultados séricos: glicose 323 mg/dL, uréia 41 mg/dL; creatinina 1,25 mg/dL; e no exame parcial de urina apresentou glicosúria (+++). O paciente foi diagnosticado pelo médico como tendo Diabetes Mellitus tipo II. Ele foi aconselhado a uma re-educação alimentar, com dieta restrita em açúcares refinados, e a voltar a praticar exercícios físicos com regularidade, após avaliação por um médico cardiologista. Na consulta de retorno, após 30 dias, com nova requisição de exames laboratoriais, apresentou glicose sérica de 140 mg/dL. O paciente seguiu a dieta recomendada com exercícios físicos regulares, e após 60 dias da primeira consulta, apresentou glicose sérica de 132 mg/dL. Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 1.2 - Questões � A) Como são classificados os distúrbios que levam à hiperglicemia � B) Qual é o seu mecanismo fisiopatológico � C) Quais são os critérios laboratoriais para o diagnóstico Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 1.2 - A HiperglicemiasHiperglicemias: Diabetes Mellitus (7-8% prev.) � Classificação (National Diabetes Data Group): � Tipo I, Imuno-dependente (IDDM) � Deficiência absoluta na produção de insulina � Destruição das células beta � Fatores genéticos:HLA DR-3 ou DR-4 (95%), DR-3 + DR-4 (60%) � HLA B-8: 3x maior o risco de ter filho diabético � HLA B-8 + B-15: risco 10x maior (um pai diabético: risco é de 5%; os dois pais: 10-25%) � Outros genes ? (cadeias pesadas das imunoglobulinas, o gene da insulina) Caio Cordova - cmcordova@furb.br DM Tipo I (cont.) � Autoimunidade � Acs anti-citoplasma de cels. Beta � Acs anti-superfície das cels das ilhotas � Acs anti-insulina � Acs anti-receptor, etc. � Uso na deteção precoce? � Fatores ambientais � Infeccçõs virais: caxumba, coxsakie vírus 4 � Características: � Início abrupto dos sintomas � Normalmente inicia na juventude (Diabetes Juvenil) � Corresponde a cerca de 10% dos casos de Diabetes 4 Caio Cordova - cmcordova@furb.br Diabetes Mellitus (cont.) �Tipo II, Não-Imuno-dependente (NIDDM) � Secreção inadequada de insulina por defeito na célula beta � Resposta inicial escassa � Resposta tardia normal, diminuída ou aumentada � Resistência periférica à ação da insulina � Produção de insulinas anormais � Clivagem incompleta da pró-insulina � Antagonistas circulantes (cortisol, glucagon, Acs. Anti- insulina, Acs. Anti-receptores) � Defeitos no receptor � Defeitos pós-receptor � Heridetariedade: grande influência, fatores desconhecidos � Fatores ambientais: obesidade, dieta, sedentarismo, stress � Corresponde a ~90% dos casos Caio Cordova - cmcordova@furb.br Diabetes Mellitus(cont.) �Diabetes secundárias � Doenças pancreáticas ou endócrinas, uso de certos hormônios, drogas ou agentes químicos, síndromes genéticas, desnutrição �DM gestacional � Desenvolvimento de DM durante a gravidez � Níves normais após o parto: monitorar �Intolerância parcial à glicose � Níveis de glicose limítrofes � Risco de desenvolver DM Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 1.2 - C � Diagnóstico Laboratorial � Glicemia em jejum (10-16 hs.) � Normal: 70-110 mg/dl � > 126 mg/dl em 3 amostras: diagnóstico de DM (1997) � 2003: < 100 mg/dL normal � Glicosúria � Triagem � Controle da insulinoterapia ⇒ glicemia capilar � Glicemia pós-prandial � 2 hs. após refeição com cerca de 100 g de carboidratos � > 200 mg/dl : diagnóstico de DM � Difícil de controlar a dose, o tempo para consumir a refeição e a absorção Caio Cordova - cmcordova@furb.br Diagnóstico Laboratorial (cont.) �Glicemia pós-sobrecarga � 2 hs. após ingesta de 75 ou 100 g. (gestante) de glicose � Gestante: 1 h. após 50 g. (2 etapas) � > 200 mg/dl : diagnóstico de DM � Entre 126-200 mg/dl: duvidoso �Curva glicêmica, Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG) � Atividade física não limitada e dieta com 150 g. de carboidratos por dia � Jejum de 10-16 hs. ⇒ dose de 75 g. de glicose (adultos), 100 g. (gestantes), 1,75g/Kg de peso (crianças) � Glicemia em T0, 30, 60, 90 e 120 min. � Gestante: T0, 60, 90, 120 e 180 min. � > 200 mg/dl em 60 min. e em outra amostra anterior: diagnóstico de DM �Teste de tolerância à glicose intravenosa: � 0,5 g/Kg de peso Caio Cordova - cmcordova@furb.br Glicemia capilar x glicosímetro Cordova et al 2009, J. Bras Patol. Med. Labol.45(5) Glicemia capilar – glicosímetroG lic em ia v en os a (s an gu e to ta l) – gl ic os ím et ro Caio Cordova - cmcordova@furb.br Glicemia capilar x glicosímetro Cordova et al 2009, J. Bras Patol. Med. Labol.45(5) Glicemia venosa (sangue total) – glicosímetro G lic em ia v en os a (p la sm a) – en zi m át ic o 5 Caio Cordova - cmcordova@furb.br Glicemia capilar x glicosímetro Cordova et al 2009, J. Bras Patol. Med. Labol.45(5) Glicemia capilar – glicosímetro G lic em ia v en os a (p la sm a) – en zi m át ic o Caio Cordova - cmcordova@furb.br Glicemia capilar x glicosímetro � Observações � Pior correlação nos normoglicêmicos � Depende da marca do glicosímetro Cordova et al 2009, J. Bras Patol. Med. Labol.45(5) Caio Cordova - cmcordova@furb.br HOMA � Homeostasis Model Assessment � Estima, na forma de % da população de referência: � 1. Função das células beta (%B) � HOMA-B = [20 x insulinemia (mU/mL)] / [glicemia mg/mL X 0.05551) - 3,5] � 2. Sensibilidade à insulina (%S) � Normal: até 3,5 em homens e 3,9 nas mulheres � 3. HOMA-IR = [Insulina (mU/mL) x glicemia mg/dL X 0.05551)] / 22,5 Diabetologia 1985; 28(7): 412-9 Diabetes Care 1998; 21: 2191-92 – HOMA2 Caio Cordova - cmcordova@furb.br HOMA 1 DIABETES CARE, VOLUME 27, NUMBER 6, JUNE 2004 ↑ Glicose ↓ Insulina ↑ Glicose ↑ Insulina Caio Cordova - cmcordova@furb.br HOMA 2 DIABETES CARE, VOLUME 27, NUMBER 6, JUNE 2004 Caio Cordova - cmcordova@furb.br HOMA 2 HOMA-2 Calculator http://www.dtu.ox.ac.uk/index.php?maindoc=/HOMA/index.php 6 Caio Cordova - cmcordova@furb.br HOMA � Aplicações � Avaliação da função da célula Beta ao longo do tempo; � Normal � Intolerância a glicose � DM (tipo 2) � Início do tratamento: aumenta HOMA-%B por ação da droga; � HOMA-%B deve ser sempre avaliado junto com HOMA-IR Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 1.3 � Uma paciente com 65 anos de idade, diagnosticada com Diabetes Mellitus tipo II há 03 anos, vai ao endocrinologista para acompanhamento de rotina. Apos requisição dos exames laboratoriais, apresentou os seguintes resultados: glicemia em jejum = 132 mg/dL, HbA1c por HPCL = 8,20%. Relatava consumo moderado de doces, pois sempre que ia ao supermercado acabava comprando tortas e outras guloseimas para o filho mais novo, ainda morando com os pais. Seu filho mais velho, quando soube dos resultados laboratoriais, queixou-se com a mãe sobre seu comportamento, alertando-a sobre os riscos da falta de controle dos níveis séricos da glicose. No retorno ao médico, com novos exames após 30 dias após a consulta, a senhora em questão apresentou novos resultados laboratoriais: glicemia em jejum = 102 mg/dL, HbA1c por HPCL = 7,95%. Questionada pelo médico sobre seus hábitos alimentares nos últimos dias, acabou confessando que continuava a ingerir muitos doces, e apenas havia feito um “regime” nos três dias anteriores à consulta. Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 1.3 - Questões A) Quais são as complicações crônicas mais comuns no paciente diabético tipo II? B) Quais são os critérios laboratoriais atuais para o monitoramento do Diabetes Mellitus ? C) Dentre os métodos laboratoriais disponíveis para a determinação da Hemoglobina Glicada, quais são os recomendados, por quem e por quê, e quais os interferentes que podem influenciar os resultados em cada método? Caio Cordova - cmcordova@furb.br Complicações do D.M. � Nefropatia diabética � Neuroparia diabética � Pé diabético � Disfunção erétil � Retinopatia diabética Caio Cordova - cmcordova@furb.br HBA1c �Hemoglobina glicada (Glico-hemoglobina) � Sangue: ~97% de Hb A, 2,5% Hb A2, 0,5% Hb F � Hb A glicada: Hb A1a, Hb A1b, Hb A1c � Monitora os níveis de glicose dos últimos 2-3 meses � Frutosaminas: níveis das últimas 2-3 semanas Caio Cordova - cmcordova@furb.br HBA1c �Hemoglobina glicada (Glico-hemoglobina) � Hb A glicada: Hb A1a, Hb A1b, Hb A1c 7 Caio Cordova - cmcordova@furb.br HBA1c � Hemoglobina glicada : dosagem Caio Cordova - cmcordova@furb.br HBA1c � Hemoglobina glicada : dosagem Caio Cordova - cmcordova@furb.br HBA1c � Hemoglobina glicada : métodos � Cromatografia (troca iônica/afinidade) � V.R.: 6-8 % � Hemoblobina Glicada Total (não só HbA1c) � Temperatura (afinidade) � Hb carbamilada (uremia), ligada a drogas) � Não certificados pelo NGSP � Imunoturbidimetria � Interferências com HbS, HbC e HbF � HPLC � Método com melhor desempenho Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caio Cordova - cmcordova@furb.br HBA1c � Hemoglobina glicada (v.r.:4,0 – 6,0%): � Alvo terapêutico: 7,0 % � Métodos rastreáveis pelo National Glycohemoglobin Standardization Program – NGSP � Índices na faixa de 6,5%: � Reduz em 30% a incidência de nefropatia diabética � Uso no diagnóstico ? � THE INTERNATIONAL EXPERT COMMITTEE. International Expert Committee Report on the Role of the A1C Assay in the Diagnosis of Diabetes. Diabetes Care 32(7):1327-34, 2009. Caio Cordova - cmcordova@furb.br HBA1c �Hemoglobina glicada (v.r.:4,0 – 6,0% - NGSP) � Diagnóstico de DM pela HbA1c > 6,5% ? � Incidência baixíssima de retinopatia � < 6%: não há retinopatia � Melhor desempenho dos métodos (HPLC) � “doente” x “probabilidade de…” 8 Caio Cordova - cmcordova@furb.br eAG (Estimated Average Glucose) http://professional.diabetes.org/GlucoseCalculator.aspx 28.7 X A1C – 46.7 = eAG DIABETES CARE, VOLUME 31, NUMBER 8, 2008 Caio Cordova - cmcordova@furb.br HbA1c pode ser confuso � Alta adesão na determinação da HbA1c em pacientes diabéticos (> 90%). � Dentre os pacientes que testaram nos ultimos 6 meses: � 66% não sabiam o resultado � 25% souberam dizer o resultado corretamente +/- 1% � 9% não souberam dizer o resultado corretamente +/-1% Heisler, Diabetes Care 28:816,2005 Caio Cordova - cmcordova@furb.br Dilema HbA1c � HbA1c: � útil na pesquisa, predição de risco, alvo para terapia, até diagnóstico � Teste bem padronizado � Entretanto, difícil de explicar aos pacientes �� O O conceitoconceito de % de % nãonão éé intuitivointuitivo �� GlicoseGlicose éé maismais familiar familiar aosaos pacientespacientes Caio Cordova - cmcordova@furb.br ADAG Study: correlação da eAG com HbA1c A G ( m g /d l) HbA1c (%) AG (mg/dl) = 28.7 x HbA1c – 46.7 R2 = 0.84 P < 0.0001 CaioCordova - cmcordova@furb.br Consensus Statement (IFCC, EASD, IDF, Consensus Statement (IFCC, EASD, IDF, ADA, Set. 2007)ADA, Set. 2007) Diabetes Care and Diabetologia, 2007 � HbA1c padronizado segundo a IFCC (diferente do NGSP) e expresso como: � % como usual (NGSP); e � Unidades IFCC em mmol HBA1c/mol HbA � eAG em mmol/l ou mg/dL Caio Cordova - cmcordova@furb.br O O queque nãonão mudamuda……e o e o queque hháá de novode novo � Para o clínico, não há diferença no teste de HbA1c � Para o analista clínico, existe um novo padrão (IFCC) � Ferramenta educacional para o paciente mais eficiente 9 Caio Cordova - cmcordova@furb.br Sensor de glicemia sub-cutâneo Caio Cordova - cmcordova@furb.br LipLipíídeosdeos Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 2.1 Caso 2.1 � Um executivo com 53 anos de idade foi ao médico para realizar uma avaliação de rotina. Ao exame físico, apresentou PA de 148/90 mmHg, obesidade central, consumo diário de álcool, relatando sedentarismo e consumo de 3 maços diários de cigarro. Os resultados laboratoriais apresentaram colesterol sérico de 482 mg/dL, triglicerídeos de 370 mg/dL, HDL- c de 36 mg/dL, LDL-c 328 mg/dL. O paciente foi orientado a fazer exercícios físicos após uma avaliação cardiológica, deixar de fumar, reduzir o consumo de álcool e retornar em 90 dias para nova avaliação. Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 2.1 Caso 2.1 -- QuestõesQuestões � A) Como é feito o metabolismo lipídico, e em que momentos são sintetizadas as lipoproteínas HDL, VLDL, LDL, IDL e os Quilomícrons ? � B) Quais são as partículas lipídicas consideradas aterogênicas, e em que condições ? � C) Quais são os métodos laboratoriais mais adequados para determinar as concentrações séricas de cada lipoproteína ? � D) Quais são as limitações da Fórmula de Friedewald para estimar as concentrações séricas do LDL-c ? � E) Atualmente, se considera necessário jejum para a dosagem do Colesterol Total? E para a dosagem dos triglicerídeos e das diferentes lipoproteínas, como o LDL ? Absorção do colesterol e dos triglicerídeos emulsificaemulsificaççããoo ••Lipase Lipase pancrepancreááticatica ••triglicertrigliceríídeosdeos ••ColesterolColesterol esteraseesterase ••FosfolipaseFosfolipase AA QM Regeneração dos triglicerídeos Lipase lipoproteica Ácidos graxos livres Tecido adiposo, músculo Via exógena ApoE B-100 IDL LCAT plasmática (lecitina-colesterol acil-transferase HDL ApoA-I A-II Colesterol ingerido Colesterol endógeno Via endógena LDL VLDL ApoE, C-II B-100 ApoE B-48 Lipase lipoproteica Ácidos graxos livres Tecido adiposo, músculo Remanescente s Quilomicrons ApoB -100 TecidoTecido extraextra-- hephepááticotico LDL-R FFíígadogado Gordura da dieta LDL-R Receptor Acidos biliares e Colesterol ApoE, C-II B-48 IntestinoIntestino Apo C, triglicerídeos HDL Lipase hepática 10 Caio Cordova - cmcordova@furb.br LDLLDL--ColesterolColesterol alto alto éé o o fatorfator de de riscorisco maismais importanteimportante de de DoenDoenççaa CardiovascularCardiovascular Caio Cordova - cmcordova@furb.br EtiologiaEtiologia dada DoenDoenççaa Arterial Arterial CoronarianaCoronariana � Injúria inicial do endotélio � Mecânica � Química (cigarro) � Infecciosa ? � Alteração das características das células endoteliais e dos leucócitos circulantes � Aumento da adesão dos monócitos no endotélio � Ativação dos monócitos em macrófagos Caio Cordova - cmcordova@furb.br EtiologiaEtiologia dada DoenDoenççaa Arterial Arterial CoronarianaCoronariana �� PCRPCR--HSHS (ultra(ultra--senssensíívelvel) ) � É a mesma Proteína C Reativa (v.r.: < 6 mg/L) � Curva de calibração com valores mais baixos � (v.r.: < 3 mg/L) – cuidar com mg/L x mg/dL ! � Critérios a serem observados: � fumantes ou em uso de anti-inflamatórios � portadores de osteoartrose � mulheres em reposição hormonal � obesos e diabéticos � Arq Bras Cardiol, volume 80 (nº 4), 452-6, 2003 � Homocisteína, fibrinogênio, proteína amiloide A, citocinas ? Caio Cordova - cmcordova@furb.br FormaFormaççãoão dada placaplaca aterolcleraterolcleróóticatica adesãoadesão Caio Cordova - cmcordova@furb.br PenetraPenetraççãoão FormaFormaççãoão dada placaplaca aterolcleraterolcleróóticatica Caio Cordova - cmcordova@furb.br FormaFormaççãoão dada placaplaca aterolcleraterolcleróóticatica VCAM-1 ICAM-1 • captação de LDL •Formação das células esponjosas 11 Caio Cordova - cmcordova@furb.br AteroscleroseAterosclerose éé umauma DoenDoenççaa InflamatInflamatóóriaria Ross R. N Engl J Med 1999;340:115-126. EndotEndotééliolio LumenLumen IntimaIntimaFoam CellFoam Cell CitocinasCitocinas FatoresFatores de de CrescimentoCrescimento MetaloproteinasesMetaloproteinases ProliferaProliferaççãoão celularcelular degradadegradaççãoão dada matrizmatriz MacrMacróófagofago MonMonóócitocito Caio Cordova - cmcordova@furb.br EndotEndotééliolio LumenLumen Steinberg D et al. N Engl J Med 1989;320:915-924. MacrMacróófagosfagos expressamexpressam receptoresreceptores parapara o LDL o LDL modificadomodificado LDLLDL LDLLDL LDL LDL modifmodif. . capturadocapturado pelopelo MacrMacróófagofago IntimaIntima MacrMacróófagofagoFoam CellFoam Cell MonMonóócitocito MCPMCP--11 MolMolééculasculas de de adesãoadesão •Radicais livres: •Oxidação dos lipídeos •Degradação da ApoB •Glicosilação da ApoB Caio Cordova - cmcordova@furb.br EndotEndotééliolio LumenLumen Os Os remanescentesremanescentes de de VLDLVLDL e e QuilomQuilomíícronscrons tambtambéémm sãosão prpróó--inflamatinflamatóóriosrios IntimaIntimaRemanescentesRemanescentes modificadosmodificados Doi H et al. Circulation 2000;102:670-676. RemanescenteRemanescente de de lipoprotelipoproteíínana remanescentesremanescentes MonMonóócitocito MCPMCP--11 macrmacróófagofago MolMolééculasculas de de adesãoadesão CitocinasCitocinas Foam CellFoam Cell ProliferaProliferaççãoão celularcelular degradadegradaççãoão dada matrizmatriz FatoresFatores de de crescimentocrescimento MetaloproteinasesMetaloproteinases Caio Cordova - cmcordova@furb.br SemSem sintomassintomas ++ sintomassintomas EsquemaEsquema do do cursocurso dada aterogêneseaterogênese humanahumana tempo (tempo (anosanos)) SintomasSintomas InicioInicio dada lesãolesão DoenDoenççaa cardcardííacaaca isquêmicaisquêmica DoenDoenççaa vascular vascular cerebralcerebral DoenDoenççaa vascularvascular perifperifééricarica Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caio Cordova - cmcordova@furb.br LDLLDL LDLLDL EndotEndotééliolio LumenLumenMonMonóócitocito MacrMacróófagofago MolMolééculasculas de de adesãoadesão MacrMacróófagosfagos e e Foam CellsFoam Cells expressamexpressam fatoresfatores de de crescimentocrescimento e e proteinasesproteinases Foam CellFoam Cell IntimaIntima LDL LDL modifmodif..CitocinasCitocinas ProliferaProliferaççãoão celularcelular DegradaDegradaççãoão dada matrizmatriz FatoresFatores de de crecimentocrecimento MetaloproteinasesMetaloproteinases Ross R. N Engl J Med 1999;340:115-126. MCPMCP--11 12 Caio Cordova - cmcordova@furb.br TromboseTrombose porpor um um ateromaateroma rompidorompido resultaresulta de:de: �� EnfraquecimentoEnfraquecimento dada ccáápsulapsula fibrosafibrosa � Trombogenicidade do core lipídico Illustração: Michael J. Davies, M.D. Caio Cordova - cmcordova@furb.br RupturaRuptura dada placaplaca com com trombosetrombose Trombo cápsula fibrosa 1 mm Core lipídico Ilustração: Frederick J. Schoen, M.D., Ph.D. Caio Cordova - cmcordova@furb.br EstratificaEstratificaççãoão de de riscorisco parapara DoenDoenççaa Arterial Arterial CoronarianaCoronariana � Um indivíduo de 45 anos foi realizar exames pré-admissionais para trabalhar em uma nova empresa. Relatava ser fumante ha 30 anos, consumindo cerca de 20 cigarros/dia. Ao exame físico apresentou pressão arterial de 140/90 mmHg, 89 kg de peso e 1,68 m. de altura. Os exames laboratorias demonstraram níveis de 242 mg/dL de colesterol total e 36 mg/dL deHDL-c. Caio Cordova - cmcordova@furb.br EscoreEscore de de RiscoRisco de Framinghamde Framingham � Passo 1: 8770-74 8665-69 8560-64 7455-59 6350-54 3245-49 0140-44 -4035-39 -9-130-34 mulherHomemIdade Caio Cordova - cmcordova@furb.br EscoreEscore de de RiscoRisco de Framinghamde Framingham � Passo 2: Subtotal: 2 + 2 = 4 33≥ 280 12240 – 279 11200 – 239 00160 – 199 -2-3< 160 mulherHomemColesterol total Caio Cordova - cmcordova@furb.br EscoreEscore de de RiscoRisco de Framinghamde Framingham � Passo 3: Subtotal: 4 + 1 = 5 -3-1≥ 60 0050 – 59 1045 – 49 2135 – 44 22< 35 mulherHomemColesterol HDL 13 Caio Cordova - cmcordova@furb.br EscoreEscore de de RiscoRisco de Framinghamde Framingham � Passo 4: Subtotal: 5 + 2 = 7 33≥ 100≥ 160 2290 – 99140 – 159 0185 – 89130 – 139 0080 – 84120 – 129 -3080< 120 mulherhomemPADPAS Caio Cordova - cmcordova@furb.br EscoreEscore de de RiscoRisco de Framinghamde Framingham � Passo 5 e 6: Subtotal: 7 + 2 = 9 00Não 22Sim Fumo 0ONão 42Sim mulherHomemDiabetes Caio Cordova - cmcordova@furb.br EscoreEscore de de RiscoRisco de Framinghamde Framingham > 27 %17 24 %16 20 %15 18 %14 15 %1353 %>14 13 %1245 %13 11 %1137 %12 10 %1031 %11 8 %925 %10 7 %820 %9 6 %716 %8 5 %613 %7 4 %510 % 6 4 %48 %5 3 %37 %4 3 %25 %3 2 %14 %2 2 %03 %1 2 %-13 %0 1 %-22 %< -1 Risco de DAC em 10 anos MulherRisco de DAC em 10 anos Homem Caio Cordova - cmcordova@furb.br DosagemDosagem dos dos liplipíídeosdeos � Jejum de 12-14 hs. (observar, perguntar !) � Manter estado metabólico, dieta e peso ao menos nas 2 semanas anteriores ! � Cirurgia: altera perfil lipídico � Aguardar ao menos 8 semanas � Não fazer atividade física nas 24 hs. anteriores � Dosagens seriadas sempre no mesmo lab. � Não ingerir álcool nas 72 hs. anteriores Caio Cordova - cmcordova@furb.br DeterminaDeterminaççãoão do HDLdo HDL � Ultracentrifugação é o método mais exato � Densidade do HDL= 1.063 – 1.21 g/mL � Metodos rotineiros precipitam a Apo B com um cátion poliânion/divalente (dextran sulfato ou heparina) � Inclui VLDL, IDL, Lp(a), LDL, e quilomicrons HDL, IDL, LDL, VLDL HDL + (IDL, LDL, VLDL)↓ Dextran sulfato ou heparina Mg++ • Métodos modernos usam anticorpos anti Apo B, inativando o LDL, IDL e o VLDL, deixando somente o HDL-C livre para a dosagem Caio Cordova - cmcordova@furb.br LDL LDL indiretoindireto � A Fórmula de Friedewald assume que todo o colesterol está no VLDL, LDL, e HDL � Os Quilomicrons estão normalmente baixos em jejum, e a IDL e Lp(a) são normalmente insignificantes na dosagem do colesterol total � Sendo que VLDL é 55% TG e 12% Col.: [LDL Col] = [Col Tot ] – [HDL Col] – [TG]/5 14 Caio Cordova - cmcordova@furb.br LDLLDL--ColesterolColesterol Direto Direto � Métodos antigos para LDL envolvem precipitação com heparina ou polivinil sulfato � Alguns métodos envolvem precipitação do VLDL, IDL, e HDL com anticorpos anti- Apo A e Apo E � LDL é quase que exclusivamente formado por Apo B-100 � Métodos novos utilizam detergentes que solubilizam o HDL, IDL e o VLDL para a dosagem, e outro detergente que solubiliza o HDL para uma segunda dosagem Caio Cordova - cmcordova@furb.br LDL LDL DiretoDireto vs. LDL vs. LDL IndiretoIndireto � A equação de Friedewald assume que quilomicrons, IDL, e Lp(a) não são significantes � Amostras sem jejum podem ter quilomicrons � TG > 400 mg/dL indica a presença de quilomicrons (ou remanescentes) � Dislipidemia (F-III) é caracterizada por β-VLDL ↑, que tem uma relação TG:C de 3:1 � Pacientes diabéticos, doentes hepáticos, renais e outras doenças metabólicas � Extremos de Triglicerídeos (mesmo <400 mg/dL) � Recomendações do National Cholesterol Education Program-NCEP: dosagens do LDL-C com imprecisão ≤ 4% Valores de referência III Diretrizes Brasileiras sobre dislipidemias • Colesterol total: • < 200 mg/dL ótimo • 200-239 limítrofe • > 239 alto • LDL-C: • < 100 mg/dL ótimo • 100-129 desejável • 130-159 limítrofe • 160-189 alto • >189 muito alto Arq. Bras. Cardiol. 77(Suppl. III), 2002. www.cardiol.com.br Valores de referência III Diretrizes Brasileiras sobre dislipidemias • HDL-C: • < 40 mg/dL baixo • > 60 alto • Triglicerídeos: • < 150 mg/dL ótimo • 150-200 limítrofe • 200-499 alto • > 499 muito alto IV Diretrizes - Arquivos Brasileiros de Cardiologia - Volume 88, Suplemento I, Abril 2007 Caio Cordova - cmcordova@furb.br LDL LDL DiretoDireto vs. LDL vs. LDL IndiretoIndireto � Friedewald > LDL direto (depende do método !) 160-189 →→→→ alto >189 →→→→ muito alto Arq Bras Cardiol 83(6): 476-81, 2004. R= 0,7822R= 0,7822 Caio Cordova - cmcordova@furb.br LDL LDL indiretoindireto �� OutrasOutras FFóórmulasrmulas ?? � Hattori (1998) � LDL = 0.94*TC - 0.94*HDL - 0.19*TG � Anandajara (2005) � LDL = 0.9*TC - 0.9*TG/5 - 28 � Teerakanchana (2007) � LDL = 0.910*TC - 0.634*HDL - 0.111*TG - 6.755 � Ahmadi (2008) – pacientes com ↓ triglicerídeos � LDL = TC/1.19 - HDL/1.1 + TG/1.9 - 38 15 Caio Cordova - cmcordova@furb.br LDL LDL DiretoDireto vs. LDL vs. LDL IndiretoIndireto � Friedewald > LDL direto (depende do método !) 160-189 →→→→ alto >189 →→→→ muito alto Arq Bras Cardiol 83(6): 476-81, 2004. R= 0,7822R= 0,7822 R= 0,9426R= 0,9426 Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 2.1 Caso 2.1 -- EE � Atualmente, se considera necessário jejum para a dosagem do Colesterol Total? � ColT e HDL � JAMA. 2009;302(18):1993-2000 � E para a dosagem dos triglicerídeos e das diferentes lipoproteínas, como o LDL ? Caio Cordova - cmcordova@furb.br SubSub--frafraççõesões do LDLdo LDL Lipoprotein(a) and LDL Particle Size Are Related to the Severity of Coronary Artery Disease. Cardiology 2007;108:282-289. Caio Cordova - cmcordova@furb.br LDL LDL smallsmall--densedense ((sdsd LDL)LDL) Caio Cordova - cmcordova@furb.br LDL LDL smallsmall--densedense ((sdsd LDL)LDL) Caio Cordova - cmcordova@furb.br LDL LDL oxidadooxidado 16 EquilEquilííbrio brio ÁÁcidocido--BaseBase Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 3.1 Caso 3.1 �� Um paciente internado na UTI teve uma sUm paciente internado na UTI teve uma séérie de rie de exames realizados pelo bioquexames realizados pelo bioquíímico plantonista. mico plantonista. Dentre os resultados obtidos, destacamDentre os resultados obtidos, destacam--se:se: �� NaNa++:: 138 138 mEqmEq/L /L (135(135--146)146) �� KK++:: 5,5 5,5 mEqmEq/L/L (3,5(3,5--5,1)5,1) �� ClCl--:: 108 108 mmolmmol/L /L (108(108--110)110) �� HCOHCO33--:: 28 28 mmolmmol/L/L (22(22--32)32) �� pH:pH: 7,327,32 (7,35(7,35--7,45)7,45) �� pCOpCO22:: 56 56 mmHgmmHg (35(35--40)40) �� pOpO22:: 112 112 mmHgmmHg (95(95--100)100) �� Sat. Sat. HbHb:: 89%89% (95(95--99)99) �� UrUrééia:ia: 36 mg/dL 36 mg/dL (9(9--46)46) �� Creatinina: 0,98 mg/dLCreatinina: 0,98 mg/dL (0,4(0,4--1,2)1,2) Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 3.1 Caso 3.1 �� No Hemograma, o paciente apresentava:No Hemograma, o paciente apresentava: �� anemia com anemia com anisocitoseanisocitose e e poiquilocitosepoiquilocitose �� 120.000 leuc120.000 leucóócitoscitos �� 2% 2% mieloblastosmieloblastos �� 3% 3% prpróó--mielmielóócitoscitos �� 22% 22% mielmielóócitoscitos �� 9% 9% metamielmetamielóócitoscitos �� 43% neutr43% neutróófilosfilos �� 3% bas3% basóófilosfilos �� 2% 2% eosineosinóófilosfilos �� 1% mon1% monóócitoscitos �� 15% linf15% linfóócitoscitos Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 3.1 Caso 3.1 -- QuestõesQuestões �� A) Quais são os principais sistemas tampão na A) Quais são os principais sistemas tampão na regularegulaçção do equilão do equilííbrio brio áácidocido--base ? base ? �� B) Quais as principais causas de acidose ? B) Quais as principais causas de acidose ? �� C) Quais as principais causas de alcalose ? C) Quais as principais causas de alcalose ? �� D) Qual a condiD) Qual a condiçção clão clíínica mais provnica mais prováável que o vel que o paciente em questão apresenta, em relapaciente em questãoapresenta, em relaçção ao ão ao equilequilííbrio brio áácidocido--base ? base ? �� E) Quais são os cuidados necessE) Quais são os cuidados necessáários para a rios para a obtenobtençção e preparaão e preparaçção da amostra para a ão da amostra para a determinadeterminaçção da gasometria ? ão da gasometria ? Caio Cordova - cmcordova@furb.br 1. 1. TampTampãoão bicarbonatobicarbonato COCO22 + H+ H22O O ↔↔ HH22COCO33 ↔↔ HCOHCO33-- + H+ H++ pH = pH = pKpK + log [HCO+ log [HCO33--] / [H] / [H22COCO33], ], ouou:: pH = pH = pKpK + log [HCO+ log [HCO33--] / ] / αα pCOpCO22 pH = 7,35 pH = 7,35 –– 7,457,45 �� CompensaCompensaççãoão:: �� ↑↑ COCO22: : excreexcreççããoo pelospelos pulmpulmõõeses �� QuimioreceptoresQuimioreceptores do LCR (pH)do LCR (pH) �� ↑↑ HCOHCO33-- : : excreexcreççãoão renalrenal Caio Cordova - cmcordova@furb.br 2. 2. TampTampããoo hemoglobinahemoglobina HCO3 - O2 H2O HCO3 - CO2 HbK O2 O2 HbH CO2 eritrócitos Plasma H+ O2.Hb tecidos Cl- Cl- Anidrase carbônica �� GrupoGrupo carboaminocarboamino no no resresííduoduo de de histidinahistidina:: �� RR--NHNH22 + CO+ CO22 →→ RR--NHCOONHCOO-- + H+ H++ 17 Caio Cordova - cmcordova@furb.br AAçção ão tamponantetamponante da Hemoglobinada Hemoglobina HCO3 - H2CO3 CO2 H2O HCO3 - CO2 HHb HbO2HbO2 HHb HHb HCO3 - O2 H O2 H+ Pulmões eritrócitos Circulação venosa HbO2 Circulação arterial H2O CO2 Caio Cordova - cmcordova@furb.br ValoresValores de de referreferêênciancia 23 - 27 mmol/L22 - 26 mmol/LHCO3- 65 - 75%95 - 99%Sat. O2 22 - 26 mmol/L19 - 24 mmol/LCO2 total 35 - 40 mmHg95 - 100 mmHgpO2 40 - 45 mmHg35 - 40 mmHgpCO2 7,36 - 7,417,38 - 7,44pH Sangue venosoSangue arterial Caio Cordova - cmcordova@furb.br DistDistúúrbios do Equilrbios do Equilííbrio brio áácido cido -- basebase DistDistúúrbios metabrbios metabóólicoslicos •• AAlteralteraççõesões da [HCOda [HCO33] ou ] ou áácidos não volcidos não volááteisteis •• Acidose MetabAcidose Metabóólicalica: : ↓↓↓↓↓↓↓↓ pH, pH, ↓↓↓↓↓↓↓↓ [HCO[HCO33--], ], ↑↑↑↑↑↑↑↑[H[H++]], N pCO2 , N pCO2 •• CCausasausas:: •• cetoacidosecetoacidose diabdiabéética ou jejum prolongado: tica ou jejum prolongado: ocorre ocorre acacúúmulo de mulo de cetocetoáácidoscidos ((áácido cido acetoacacetoacééticotico, , áácido beta cido beta hidroxibuthidroxibutííricorico)) •• acidose lacidose láácticactica ((hiphipóóxiaxia, , doendoenççaa hephepááticatica)) •• ttóóxicxicaa: : etilenoglicoletilenoglicol, , áálcool metlcool metíílico, lico, salicilatossalicilatos ••AcidoseAcidose tubulartubular rrenalenal ((congcongêênitanita//adquiridaadquirida)): : •• ↑↑↑↑↑↑↑↑ retenretençção de Hão de H++, , ↓↓↓↓↓↓↓↓ NHNH33 •• ↑↑↑↑↑↑↑↑ perda de HCOperda de HCO33-- ((↑↑↑↑↑↑↑↑ClCl--, , âânionnion gap N)gap N) Caio Cordova - cmcordova@furb.br DistDistúúrbios do Equilrbios do Equilííbrio brio áácido cido -- basebase DistDistúúrbios metabrbios metabóólicoslicos ••Alcalose MetabAlcalose Metabóólicalica: : ↑↑↑↑↑↑↑↑ pH, pH, ↑↑↑↑↑↑↑↑ [HCO[HCO33--], ], ↓↓↓↓↓↓↓↓ [H[H++]], N pCO, N pCO22, , ↓↓↓↓↓↓↓↓ ClCl-- ••CCausasausas:: •• HiperemeseHiperemese (vômitos) perda de H(vômitos) perda de H++ e Cle Cl--, com reten, com retençção renal de ão renal de HCOHCO33-- •• terapia diurterapia diuréética tica -- perda de lperda de lííquidos sem perda de HCOquidos sem perda de HCO33-- •• distdistúúrbios da supra renalrbios da supra renal ((↑↑↑↑↑↑↑↑ aldosteronaaldosterona, , SindromeSindrome de de CushingCushing)) •• tratamento com corticostertratamento com corticosteróóidesides:: estimulam a retenestimulam a retençção de Naão de Na++ e HCOe HCO33-- e excree excreçção de Hão de H++ •• AdministraAdministraçção Não NaaHCOHCO33, , citratocitrato, anti, antiáácidoscidos Caio Cordova - cmcordova@furb.br DistDistúúrbios do Equilrbios do Equilííbrio brio áácido cido -- basebase DistDistúúrbios respiratrbios respiratóóriosrios AlteraAlteraçções da pCOões da pCO22 por dificuldade de trocas gasosas nos alvpor dificuldade de trocas gasosas nos alvééolosolos Acidose RespiratAcidose Respiratóóriaria: : ↑↑↑↑↑↑↑↑pCOpCO22, , ↓↓↓↓↓↓↓↓ pH, pH, ↑↑↑↑↑↑↑↑ ou N [HCOou N [HCO33--]] Causas:Causas: •• pneumopatiaspneumopatias crônicas com cianosecrônicas com cianose •• insuficiência respiratinsuficiência respiratóória aguda ou crônica devido a ria aguda ou crônica devido a obstruobstruççãoão •• insuficiênciainsuficiência cardcardííacaaca •• paralisia neuromuscular (anestparalisia neuromuscular (anestéésicos) que conduzem a sicos) que conduzem a uma uma hipoventilahipoventilaççãoão •• trauma no SNCtrauma no SNC Caio Cordova - cmcordova@furb.br DistDistúúrbios do Equilrbios do Equilííbrio brio áácido cido -- basebase DistDistúúrbios respiratrbios respiratóóriosrios Alcalose respiratAlcalose respiratóóriaria: : ↓↓↓↓↓↓↓↓ pCOpCO22, , ↑↑↑↑↑↑↑↑ pH, N ou pH, N ou ↓↓↓↓↓↓↓↓ [HCO[HCO33--]] CCausasausas:: •• estados de excitaestados de excitaçção, com aceleraão, com aceleraçção das trocas gasosas ão das trocas gasosas ((hiperventilahiperventilaççãoão)),, ansiedadeansiedade •• hiphipóóxiaxia •• embolia pulmonarembolia pulmonar •• fibrose pulmonarfibrose pulmonar •• septicemia por septicemia por gramgram –– •• pneumonia, pneumonia, asmaasma 18 Caio Cordova - cmcordova@furb.br DistDistúúrbios do Equilrbios do Equilííbrio brio áácidocido--basebase Distúrbios pH pCO2 [HCO3-] Acidose respiratória descompensada ↓ ↑ ↑ Acidose respiratória compensada (retenção renal de HCO3 - e excreção de H+ e Cl-) Ν ↑ ↑↑ Alcalose respiratória descompensada ↑ ↓ N ou ↓ Alcalose respiratória compensada (Diminuição da retenção renal de HCO3-) N ↓ ↓↓ Acidose metabólica descompensada ↓ N ↓ Acidose metabólica compensada (Hiperventilação e aumento de excreção renal de H+) N ↓ ↓↓ Alcalose metabólica descompensada ↑ N ↑ Alcalose metabólica compensada (Hipoventilação e retenção renal de H+) N ↑ ↑↑ Caio Cordova - cmcordova@furb.br DesordensDesordens mistasmistas �� 1. 1. AcidoseAcidose respiratrespiratóóriaria com com alcalosealcalose metabmetabóólicalica:: �� acidoseacidose respiratrespiratóóriaria crcrôônicanica �� usouso de de diurdiurééticosticos: : reduzreduz volemiavolemia, , retretéémm HCOHCO33-- �� pCOpCO22 ↑↑, K, K++ ↓↓ �� 2. 2. AlcaloseAlcalose respiratrespiratóóriaria com com acidoseacidose metabmetabóólicalica �� IntoxicaIntoxicaççããoo com com salicilatosalicilato �� ↓↓ pCOpCO22, pH normal, pH normal �� 3. 3. AcidoseAcidose respiratrespiratóóriaria e e metabmetabóólicalica �� pH pH ↓↓↓↓↓↓, , paradaparada cardiorespiratcardiorespiratóóriaria, , acidoseacidose lláácticactica �� 4. 4. AlcaloseAlcalose respiratrespiratóóriaria e e metabmetabóólicalica �� pH pH ↑↑↑↑↑↑, , respiradorrespirador artificial e artificial e diurdiurééticotico Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 3.1 Caso 3.1 -- DD �� Qual a condiQual a condiçção clão clíínica mais provnica mais prováável que o vel que o paciente em questão apresenta, em relapaciente em questão apresenta, em relaçção ão ao equilao equilííbrio brio áácidocido--base ?base ? �� acido metabacido metabóólicalica �� alcalose metabalcalose metabóólicalica �� acidose respiratacidose respiratóóriaria �� alcalose respiratalcalose respiratóóriaria �� desordem mista desordem mista �� nenhuma das alternativas nenhuma das alternativas Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 3.1 Caso 3.1 �� Um paciente internado na UTI teve uma sUm paciente internado na UTI teve uma séérie de rie de exames realizados pelo bioquexames realizados pelo bioquíímico plantonista. mico plantonista. Dentre os resultados obtidos, destacamDentre os resultados obtidos, destacam--se:se: �� NaNa++:: 138 138 mEqmEq/L /L (135(135--146)146) �� KK++:: 5,5 5,5 mEqmEq/L/L (3,5(3,5--5,1)5,1) �� ClCl--:: 108 108 mmolmmol/L /L (108(108--110)110) �� HCOHCO33--:: 28 28 mmolmmol/L/L (22(22--32)32) �� pH:pH: 7,327,32 (7,35(7,35--7,45)7,45) �� pCOpCO22:: 56 56 mmHgmmHg (35(35--40)40) �� pOpO22:: 112 112 mmHgmmHg (95(95--100)100) �� Sat. Sat. HbHb:: 89%89% (95(95--99)99) �� UrUrééia:ia:36 mg/dL 36 mg/dL (9(9--46)46) �� Creatinina: 0,98 mg/dLCreatinina: 0,98 mg/dL (0,4(0,4--1,2)1,2) Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 3.1 Caso 3.1 �� Resposta:Resposta: �� Acidose respiratAcidose respiratóória ?ria ? Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 3.1 Caso 3.1 �� No Hemograma, o paciente apresentava:No Hemograma, o paciente apresentava: �� anemia com anemia com anisocitoseanisocitose e e poiquilocitosepoiquilocitose �� 120.000 leuc120.000 leucóócitoscitos �� 2% 2% mieloblastosmieloblastos �� 3% 3% prpróó--mielmielóócitoscitos �� 22% 22% mielmielóócitoscitos �� 9% 9% metamielmetamielóócitoscitos �� 43% neutr43% neutróófilosfilos �� 3% bas3% basóófilosfilos �� 2% 2% eosineosinóófilosfilos �� 1% mon1% monóócitoscitos �� 15% linf15% linfóócitoscitos LMCLMC 19 Caio Cordova - cmcordova@furb.br GasometriaGasometria -- cuidadoscuidados �� AmostrasAmostras: : �� analisaranalisar emem 15 min. (resp. das 15 min. (resp. das celscels)) �� SangueSangue arterial (arterial (coletacoleta de de riscorisco): ): coletacoleta semsem vacuovacuo, , tubotubo adequadamenteadequadamente heparinizadoheparinizado, remover , remover bolhasbolhas e e tampartampar a a agulhaagulha �� VerificarVerificar a a presenpresenççaa de de cocoáágulosgulos �� sanguesangue venosovenoso: : retirarretirar logo o garrotelogo o garrote �� sanguesangue capilarcapilar: : prpréé--aqueceraquecer a a regiregiããoo Caio Cordova - cmcordova@furb.br pCO2 pH Hb EB HCO3-CO2 T NomogramaNomograma de de SiggaardSiggaard--AndersenAndersen Equilíbrio Hidroeletrolítico Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 4.1 � Uma mulher com 64 anos e história de paranóia e esquizofrenia, hipertensão, hiperlipidemia, e hipocalemia crônica a esclarecer se apresentou na clínica psiquiátrica para seguimento de rotina. Fazia uso de suplementação oral de Potássio (2,5 mmol 3x ao dia) e olanzapina (10 mg/dia). No exame clínico se apresentava bem, exceto pela hipertensão (188/105 mmHg). Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 4.1 � A avaliação laboratorial apresentou resultados séricos normais de sódio (142mmol/L), uréia (16 mg/dL), creatinina (0,6 mg/dL), magnésio (2,4 mg/dL), e glicose (94 mg/dL). � CO2 total estava elevado: 43 mmol/L (v.r.: 22– 32 mmol/L), e o potássio sérico estava diminuído: 1,9 mmol/L (v.r.: 3,7–5,2 mmol/L). � O laboratório avisou o médico sobre a hipocalemia, que transferiu a paciente para o serviço de emergência. Clinical Chemistry 55:12 (2009) Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 4.1 - Questões � A) Quais as principais causas de hipercalemia e hiponatremia ? � B) Quais as principais causas de hipocalemia e hipernatremia ? � C) Qual a condição clínica mais provável que a paciente em questão apresenta em relação ao equilíbrio hidroeletrolítico ? � D) Quais os métodos mais empregados para a dosagem dos eletrólitos ? � E) Quais os interferentes mais comuns na dosagem destes analitos ? 20 Caio Cordova - cmcordova@furb.br Sistema aldosterona-regina-angiotensina Excreção de K+ e H+absorção de H2O Em pé Hemorragia Diurético Restrição de sal Edema (pulmões) Vasoconstrição (regulação da pressão) Caio Cordova - cmcordova@furb.br ADH Caio Cordova - cmcordova@furb.br Hiponatremia (Na+) 1. Deplecional � A. Perdas renais � Diuréticos (inibem reabsorção de Na/Cl no néfron) � Hipoaldosteronismo � Primário (↓ síntese de aldosterona) � Secundário (dano no AJG, ↓ produção de renina, mais comumente doença autoimune) � Doença de Addison (destruição do tecido adrenal, autoimune) � B. Perdas não renais � Trato gastrointestinal � Diarréia � Vômito � Pele � Quemaduras � Trauma Caio Cordova - cmcordova@furb.br Hiponatremia (Na+) 2. Dilucional � A. Síndrome da produção inapropirada de ADH (SIADH): ↑ ADH mesmo com pressão N � Tumores malígnos com produção ectópica de ADH � Distúrbios no SNC � Danos nos osmoreceptores do hipotálamo � B. Edema generalizado: ↑ do Na+ total, deficiência na excreção da água � Insuficiência cardíaca congestiva � Cirrose � Síndrome nefrótica � C. Hiperglicemia Caio Cordova - cmcordova@furb.br Hiponatremia (Na+) 3. Artificial � A. Hiperlipidemia (trig. > 1.500 mg/dL) � B. Hiperproteinemia (mieloma multiplo) � Na+ fica confinado na fase aquosa � assintomático Caio Cordova - cmcordova@furb.br Hiponatremia (Na+) � Sintomas: � A partir de 125 mEq/L � Disfunção neurológica (edema dos neurônios) � < 125 mEq/L: � Náusea � Mal-estar � 110 - 120 mEq/L � Dor de cabeca � Letargia � Confusão mental � < 110 mEq/L � Ataques agudos e coma � Sempre proporcionais a velocidade da alteração 21 Caio Cordova - cmcordova@furb.br Hipernatremia (Na+) 1. Perda de água � A. Gastrointestinal � Vômito � Diarréia � B. Suor � Febre � Exercício � Diabetes insipidus (↓ ADH) � Hipotalâmica (dano nos osmoreceptores) � Nefrogênica (rins não respondem ao ADH) Caio Cordova - cmcordova@furb.br Hipernatremia (Na+) 2. Ganho de sódio � A. Ingestão, infusão � NaCl, NaHCO3 (acidose metabólica) � B. Hiperaldosteronismo � Primário: Síndrome de Conn � Superprodução de aldosterona � ↑ Na, ↓ K � Secundário (superprodução de renina, cirrose, edema) � Sintomas � Desidratação dos neurônios � Letargia, fraqueza muscular, ataques agudos, coma, morte Caio Cordova - cmcordova@furb.br Hipocalemia (K+) � 1. Aumento da captação celular � Excesso de insulina (hiperalimentação parenteral) � Alcalose � 2. Perda renal � Hiperaldosteronismo � Primário � Secundário � Diuréticos tiazídicos ou de alça � Ingestão de alcaçuz (Anis) � Pseudohiperaldosteronismo � Perda gastrointestinal excessiva � Diarréia � Vômito � Laxativos Caio Cordova - cmcordova@furb.br Hipocalemia (K+) � Sintomas � ↓ K+ � Função muscular � Função renal � Função cardíaca � Aumenta o potencial de membrana em repouso � Aumenta excitabilidade � Fraqueza � < 2,5 mEq/L: � Paralisia, tetania, insuficiência respiratória, morte � Depende do pH, Ca++, rapidez do declínio Caio Cordova - cmcordova@furb.br Hipercalemia (K+) � 1. Aumento da ingestão (raro) � 2. Aumento da lise celular (trauma, cirurgia) � 3. Captação celular alterada � Acidose � Deficiência de insulina � 4. Excreção renal diminuída � Insuficiência renal aguda (principal rota de excreção) � Hipoaldosteronismo � Hemólise � pseudohipercalemia � Leucocitose (> 100.000 mm3) � Trombocitose (> 500.000 mm3) � Dosar no soro e no plasma (dif. > 0,3 mEq/L) Caio Cordova - cmcordova@furb.br Hipercalemia (K+) � Sintomas � Fraqueza muscular � Disfunção cardíaca � > 7,0 mEq/L: emergência médica � ↓ o potencial de repouso das membranas das células � Fraqueza muscular � Paralisia � Arritmia � Parada cardíaca 22 Caio Cordova - cmcordova@furb.br Cloro � Ânion extracelular mais abundante � V.R.: 99-110 mEq/L � Metabolismo relacionado ao do Na+ � Funções: � Manutenção do balaço hídrico e da pressão osmótica � Alterações desproporcionais de Cl- em relação ao Na+: � Desequilíbrio ácido/base � Troca por HCO3- (shift de cloreto) Caio Cordova - cmcordova@furb.br Shift de cloreto Caio Cordova - cmcordova@furb.br Eletrólitos na urina � Valor limitado � Dieta, hidratação, estado hemodinâmico, postura, balanço ácido/base, drogas, doenças � Na+: 40-220 mmol/24 hs. � K+: 25-150 mmol/24 hs. � Na+: diagnóstico ≠al de hiponatremia � Conservação de Na+, perda renal � K+: hipocalemia sem razão aparente � Gradiente de K + transtubular: [(Osmplasma x K+urina) / (K+plasma x Osmurina)] não usar conservante ! Am J Kidney Dis 1990;15:309–15 Caio Cordova - cmcordova@furb.br Eletrólitos na urina � Na/K: atividade mineralocorticóide (N= 1:2) � Hiperaldosteronismo= 1:40 � Hipoaldosteronismo= 10:1 � ↓ Cl- x alcalose metabólica persistente � < 10 mmol/L: perda gástrica � > 10 mmol/L: perda renal Caio Cordova - cmcordova@furb.br Métodos � Na+ e K+ � Espectrofotometria de chama � Interferência com lipemia e hiperproteinemia � Na+ - heparina (↓) � Eletrodos íon seletivos � Amostra: soro, heparina-Li � Após3 hs.: liberação de K dos eritrócitos � Coleta difícil, atividade muscular � Tubos de coleta contaminados � Interferentes: � Heparina sódica ou potássica � Contaminação com EDTA-K / EDTA-Na (tubos a vacuo) � Vit. C (↑) Na+ e K+ Caio Cordova - cmcordova@furb.br Métodos � Cl- � Métodos colorimétricos 2Cl- + Hg(SCN)2 → HgCl2 + 2(SCN)- 3(SCN)- + Fe+++ → Fe(SCN)3 (525 nm) � Eletrodos � Não há eletrodo 100% seletivo � Interferentes: � Brometo � Iodeto � Nitrato � Tiocianato � Salicilato � Vit. C (↓) Cl- 23 Caio Cordova - cmcordova@furb.br Métodos � Osmolaridade � Ponto de congelamento � Ponto de ebulição Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 4.1 - C � Qual a condição clínica mais provável que a paciente em questão apresenta em relação ao equilíbrio hidroeletrolítico ? � No seguimento hospitalar: � Eletrocardiograma normal � Não relatou uso de diurético, laxante, jejum prolongado ou vômito � Potássio sérico = 1,2 mmol/L � Osmolaridade calculada = 301 mOsm/kg � Dosagens na urina revelaram creatinina = 10 mg/dL, sódio = 73 mmol/L, potássio = 21 mmol/L, osmolaridade = 226 mOsm/kg � Dosagens séricas revelaram aldosterona (< 0.06 nmol/L) e renina (<14.2 pmol/L por h) diminuídas Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 4.1 - C � Primeira hipótese: � Hipocalemia com alcalose metabólica � Perda renal de potássio � Não realizado K+/24 hs devido à necessidade de rápida suplementação de potássio � Cálculo do “Gradiente Tubular de Potássio”: � Confirmou perda renal � Hipocalemia induzida por hipomagnesemia ? � Magnésio sérico normal � Cetoacidose diabética ou acidose tubular renal ? � CO2 elevado descarta � Uso de diurético negado � Síndromes de Barter e Giltelman (canal de Na/K) � Pressão sanguínea normal à diminuída Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 4.1 - C � Hipóteses: � Hipocalemia com alcalose metabólica � Síndrome de Cushing ou Hiperaldosteronismo ? � Renina e Aldosterona diminuídos � Pseudohiperaldosteronismo ? � Em nova conversa, a paciente relatou fazer uso frequente de vários suplementos de ervas naturais, incluindo “extrato de adrenais de animais” e óleo de raiz de alcaçuz (Glycyrrhiza glabra) Clinical Chemistry 55:12 (2009) Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 4.1 � Ác. Glicirrízico / Glicirrizina � Saponina usada como adoçante � Efeito anti-inflamatório, anti-viral, anti-úlcera, e anti-desconforto abdominal � Uso não –regulado � Considerado como “seguro” � Após suplementação de Potássio e descontinuação do uso de alcaçuz, todos os parâmetros normalizaram e a hipertensão cedeu. Distúrbios Ósseos: cálcio, fósforo e magnésio 24 Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 5.1 Uma jovem mulher com 26 anos de idade foi trazida ao hospital pelo companheiro apresentando náusea, vômito, desidratação, confusão mental e fraqueza muscular, e com relato de poliúria. Os exames laboratoriais solicitados apresentaram os seguintes resultados séricos: � Na+ 152 mmol/L (135-146) � K+ 5,0 mmol/L (3,5-5,0) � Cl- 116 mmol/L (96-110) � Ca2+ 1,76 mmol/L (1,10-1,35) � HCO3- 24 mmol/L (22-26) � Uréia 46 mg/dL (19-40) � Creatinina 0,95 mg/dL (0,5-1,3) � Osmolaridade 306 mOsm/kg (275-295) � pH 7,40 (7,38-7,44) � pCO2 39 mm Hg (35-40) � Glicose 89 mg/dL (< 100) � Cetose - (-) Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 5.1 Diante destes resultados, em seguida foram solicitados os seguintes exames complementares no soro : � Albumina 4,2 g/dL (3,5-5,0) � Calcio total 13,12 mg/dL (8,5-10,1) � PTH intacto 1.203 pg/mL (10-65) � 1,25-dihidroxi-colecalciferol 186 pg/mL (16-60) Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 5.1 - Questões A) Os resultados laboratoriais estão compatíveis entre si e com a apresentação clínica ? B) Qual a diferença na interpretação do cálcio ionizado em relação ao cálcio total no soro ? C) Quais são os mecanismos de controle hormonal do metabolismo ósseo, e como eles funcionam ? D) Quais as principais causas de hipercalcemia ? E) Qual a patologia mais provável da paciente em questão, e por quê ? Caio Cordova - cmcordova@furb.br O Sistema Esquelético Regulação hormonal � PTH e Vit D : formação óssea (calciotrópicos) � Proliferação dos osteoblastos � Síntese de matriz óssea � Administração intermitente de PTH � Estimula formação óssea � Administração crônica de PTH � Favorece a reabsorção óssea � Hormônios tiroideanos � ~ ao PTH � Hormônio do crescimento (GH) � Formação óssea Caio Cordova - cmcordova@furb.br O Sistema Esquelético Regulação hormonal � Estradiol e progesterona � Estimula atividade osteoblástica � Formação óssea � Estrogênios � Estimulação de IGF-I e IGF-II (fator de crescimento produzido pelos osteoblastos) � Calcitonina � Liga-se em receptores nos osteoclastos � Inibe a reabsorção óssea Caio Cordova - cmcordova@furb.br Fisiologia mineral Cálcio e Fósforo � Cálcio � Elemento inorgânico mais abundante no corpo (99% nos ossos) � Adulto: 1,2 kg � R.N.: 28 g � Cálcio circulante • Contração muscular, neurotransmissão, transporte de membrana, reações enzimáticas, secreção hormonal, coagulação � 45% ionizado (livre): forma ativa � 45% ligado à albumina � 10% complexado à íons (fosfato, lactato, citrato) 25 Caio Cordova - cmcordova@furb.br Fisiologia mineral Cálcio e Fósforo � Fósforo � 80 – 85%: nos ossos � 9%: nos músculos � Restante: vísceras e fluído extracelular � Metabolismo � Absorção intestinal � Controlada pela Vit D � PTH � Deposição óssea do cálcio absorvido � Excreção renal Caio Cordova - cmcordova@furb.br Fisiologia mineral Magnésio � Quarto cátion mais abundante � Segundo cátion intracelular mais abundante � 50-56%: nos ossos (complexado à hidroxiapatita) � 20%: nos músculos � 20%: no compartimento intracelular � 1% no sangue � Alterações na [Mg] total: • Refletem principalmente a [Mg] óssea � Metabolismo � Absorção intestinal � Conservação de Mg pelos rins � PTH: ↑ Mg sérico (mobilização óssea) Caio Cordova - cmcordova@furb.br Fisiologia mineral Magnésio � Metabolismo � ↑↑↑ Mg: causa supressão da paratiroide � ↓↓↓ Mg: ↑ secreção de PTH � Deficiência crônica de Mg • ↓ da liberação do PTH (depende do Mg) • Resistência periférica ao PTH - Hipoparatiroidismo secundário - Hipocalcemia Caio Cordova - cmcordova@furb.br Magnésio Funções: catalisador de várias reações enzimáticas, ATP, metabolismo dos carbohidratos, gorduras, ácidos nucleicos e proteínas Regulação: � PTH (mobilização óssea) � Aldosterona (~ Na+) Caio Cordova - cmcordova@furb.br a) Hipomagnesemia 1. Ingestão ou absorção intestinal deficiente � Desnutrição (dificilmente sozinha) � Sindromes de mal absorção � Diarréia � Alcoolismo (nutrição inadequada) 2. Perda renal excessiva � Diuréticos � Hiperaldosteronismo � Hiperparatiroidismo primário (PTH inibe reabsorção nos túbulos renais) Caio Cordova - cmcordova@furb.br a) Hipomagnesemia Sintomas � Manifestações psiquiátricas e neurológicas � Depressão, confusão, alucinações, convulsões, fraqueza muscular, tetania � Cardiovasculares � Arritmias severas � Ataques isquêmicos � Infarto do miocárdio � Aterosclerose � Dislipidemias Magnésio: o íon esquecido 26 Caio Cordova - cmcordova@furb.br b) Hipermagnesemia 1. Insuficiência renal 2. Intoxicação � Antiácidos � Leite de magnésia > 4 mEq/L: sintomas � Efeitos tóxicos no SNC e coração � ↑ Mg: suprime liberação de acetilcolina, bloqueia transmissção neuromuscular � 5 –7 mEq/L: � sonolência, depresão do centro respiratório � 10-15 mEq/L: � Coma � 15-20 mEq/L: � parada cardíaca Caio Cordova - cmcordova@furb.br Fisiologia Hormonal Vit D � Inicialmente considerado uma vitamina � Suplemento oral � Hormônio � Fonte: exposição da pele à luz UV � 90% de Vit D: síntese endógena � Metabolismo da Vit D � Intestino: enzima desidrogenase mucosa � Colesterol → 7-dehidroxicolesterol � Pele: UV quebra pontes C9-C10 do 7-dehidroxicolesterol (pró-Vit D3) � 7-dehidroxicolesterol → pré-Vit D3 Caio Cordova - cmcordova@furb.br Fisiologia Hormonal Vit D � Metabolismoda Vit D � Fígado: isomerização, temperatura � Pré-Vit D3 → colecalciferol (Vit D3) � Colecalciferol → 25-dihidroxi-colecalciferol (calcidiol) � Rins: � calcidiol → 24,25-dihidroxi-colecalciferol (catabólito inativo) � calcidiol → 1,25-dihidroxi-colecalciferol (calcitriol) � Macanismo de ação do calcitriol: � Intestino: � Estimula a reabsorção de cálcio e fósforo � Estimula a produção de proteína ligadora de cálcio (calbindina D) Caio Cordova - cmcordova@furb.br Fisiologia Hormonal Vit D � Mecanismo de ação do calcitriol: � Ossos: � Junto com o PTH, estimula a atividade osteoclástica � ↑ concentração sérica de cálcio e magnésio � Facilita a mineralização da matriz recém-formada � Rins: � ↑ a reabsorção de cálcio (efeito pequeno) � 99% já é reabsorvido naturalmente Caio Cordova - cmcordova@furb.br Fisiologia Hormonal Regulação do Calcitriol ↓ Síntese de calcitriol ↓ Secreção de PTH Cálcio sérico ↑ Secreção de PTH ↑ Síntese de calcitriol ↑ Absorção intestinal e reabsorção óssea de cálcio ↓ Absorção intestinal e reabsorção óssea de cálcio aumentado diminuídoaumenta diminui Caio Cordova - cmcordova@furb.br Fisiologia Hormonal PTH PTH ↓ Ca i ↓ Mg2+ Ca sérico P sérico ⇑⇑⇑⇑ Ca ↑↑↑↑ P calcitriol ↑↑↑↑ Ca ↑↑↑↑ Ca ↑↑↑↑ P ⇓⇓⇓⇓ P Final: ⇑⇑⇑⇑ Ca ⇓⇓⇓⇓ P 27 Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 5.1 - D Quais as principais causas de hipercalcemia ? � Hiperparatireoidismo primário � Hiperparatireoidismo secundário � Insuficiência renal (início) � Osteoporose induzida por corticóides � Causa reabsorção óssea � Mecanismo ? � Hipertiroidismo (tirotoxicose) � ↑ reabsorção óssea � ↓ mineralização Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 5.1 - E Qual a patologia mais provável da paciente em questão, e por quê ? Caio Cordova - cmcordova@furb.br Fisiologia Hormonal PTH PTH ↓ Ca i ↓ Mg2+ Ca sérico P sérico ⇑⇑⇑⇑ Ca ↑↑↑↑ P calcitriol ↑↑↑↑ Ca ↑↑↑↑ Ca ↑↑↑↑ P ⇓⇓⇓⇓ P Final: ⇑⇑⇑⇑ Ca ⇓⇓⇓⇓ P Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 5.1 - E Qual a patologia mais provável da paciente em questão, e por quê ? � Provável: � ⇒ Hiperparatireoidismo primário Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 5.2 Um homem com 68 anos de idade foi admitido em um hospital com sintomas de confusão mental, perda da memória, delírio, e alucinações. Os exames laboratoriais iniciais apresentaram os seguintes resultados séricos : � Na+ 149 mmol/L (135-146) � K+ 4,50 mmol/L (3,5-5,0) � Cl- 112 mmol/L (96-110) � Ca2+ 0,74 mmol/L (1,10-1,35) � HCO3- 23 mmol/L (22-26) � Uréia 44 mg/dL (19-40) � Creatinina 0,83 mg/dL (0,5-1,3) � Osmolaridade 299 mOsm/kg (275-295) � pH 7,41 (7,38-7,44) � pCO2 38 mm Hg (35-40) � Glicose 72 mg/dL (< 100) � Cetose - (-) Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 5.1 Diante destes resultados, em seguida foram solicitados os seguintes exames complementares no soro : � Albumina 3,6 g/dL (3,5-5,0) � Calcio total 6,20 mg/dL (8,5-10,1) � Magnésio 1,12 mg/dL (1,6-2,4) � PTH intacto 83 pg/mL (10-65) � 1,25-dihidroxi-colecalciferol: 75 pg/mL (16-60) 28 Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 5.2 - Questões A) Os resultados laboratoriais estão compatíveis entre si e com a apresentação clínica ? B) Quais as principais causas de hipocalcemia ? C) Qual a patologia mais provável da paciente em questão ? Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 5.2 - A A) Os resultados laboratoriais estão compatíveis entre si e com a apresentação clínica ? Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 5.2 - B Quais as principais causas de hipocalcemia ? � Ingestão ou absorção intestinal deficiente � Desnutrição � Sindromes de mal absorção; Diarréia � Alcoolismo � Hipoparatireoidismo primário / secundário � Albumina diminuída � Cálcio total baixo � Insuficiência hepática � nefropatia • Cálcio iônico ? Caio Cordova - cmcordova@furb.br Fisiologia Hormonal PTH PTH ↓ Ca i ↓ Mg2+ Ca sérico P sérico ⇑⇑⇑⇑ Ca ↑↑↑↑ P calcitriol ↑↑↑↑ Ca ↑↑↑↑ Ca ↑↑↑↑ P ⇓⇓⇓⇓ P Final: ⇑⇑⇑⇑ Ca ⇓⇓⇓⇓ P Caio Cordova - cmcordova@furb.br Caso 5.2 - C Qual a patologia mais provável da paciente em questão ? � Provável: � Ingestão ou absorção intestinal deficiente � Desnutrição ? � Sindromes de mal absorção; Diarréia ? � Alcoolismo ? Caio Cordova - cmcordova@furb.br Determinação laboratorial Cálcio iônico e magnésio � Ionóforos diferentes com desempenho diferente � Heparina (seringa mal heparinizada) � Li-heparina complexa com o Cálcio e Magnésio � Heparina líquida � Diminui mais magnésio do que cálcio (mas é significativo) � Já em desuso � Usar de preferência: � Heparina liofilizada quelada (balanceda) com cálcio � Zn -heparina ↑ magnésio � Interferência do Ca2+ no Mg2+: � Medir os dois e corrigir, considerando o pH Clinica Chimica Acta 411 (2010) 309–317 29 Caio Cordova - cmcordova@furb.br Determinação laboratorial Cálcio iônico e magnésio � Ativadores de coágulo e tampa de silicone � Podem ↑ magnésio � Os laboratórios devem validar os tubos de coleta antes da aquisição � Citrato (sangue de transfusão) � ↓ Ca2+ e Mg2+ (quelação) � ↑ pH � ↓ Ca2+ e Mg2+ � Aumenta a ligação com as proteínas � Sangue venoso: Coletar e centrifugar os tubos em anaerobiose para evitar a perda de CO2 � Tempo de garroteamento: ↓ pH � Atividade muscular: ↓ pH (lactato) Clinica Chimica Acta 411 (2010) 309–317 Caio Cordova - cmcordova@furb.br Determinação laboratorial PTH � Como todo imunoensaio � Anticorpos heterófilos (HAMA) � Fator reumatóide � Diferentes especificidades de diferentes kits (anticorpos) Caio Cordova - cmcordova@furb.br Determinação laboratorial Vitamina D � Diferentes formas � 25-hidroxi-Vitamina-D (25-hidroxi-colecalciferol) � Aceito como a melhor estimativa dos níveis de Vit. D � Imunoensaios para 25-OH-D3 � Podem não medir 25-OH-Vit.D2 (25-OH-ergocalciferol) • Comumente usado em muitos países na suplementação • Derivado de fungos e plantas � LC-MS/MS � Mais preciso � Tecnicamente mais exigente � Ausência de calibradores de referência � Alta variabilidade inter-laboratorial Clinical Chemistry (2009) 55:1247-8 J Clin Densitom. (2009) 12:417-27 Caio Cordova - cmcordova@furb.br Obrigado,Obrigado, e Boa Noite !e Boa Noite !
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