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Patologia dos Ovários 
 
♥ Tumores Benignos Do Ovario: 
Histologia -> epitélio ovariano – germinativo 
(pavimentoso a cilíndrico simples).; túnica albugínea; 
zona cortical – folículos ovarianos (cél germinativas e 
céls foliculares); zona medular (nervos, vasos e tec. 
conjuntivo frouxo).. 
Folículo Ovariano -> Células da Granulosa + Células da 
Teca; Ao centro: oócito. 
♥ Patologias Ovarianas: + comuns -> cistos 
funcionais, cistos benignos e TU ovarianos. 
Processos inflamatórios primários são raros 
♥ Cistos Ovarianos Benignos: comuns, de grande 
importância clínica; podem romper/sofrer torção, 
levando a peritonites e quados de abdome agudo; são 
o principal diagnóstico diferencial das neoplasias císticas 
ovarianas. 
• Cistos funcionais: cistos foliculares e cistos de 
corpo lúteo. Folículo ovariano não libera o óvulo; há 
aumento do folículo e formação cística.. 
Cistos foliculares: extremamente comuns 
(considerados variação normal do ciclo do folículo). De 
conteúdo líquido, claro e sem vegetações internas. 
<2cm e raramente chegam a 5cm. Podem causar 
hemorragias uterinas acíclicas ou disfuncionais, 
favorecem casos de torção ovariana. Costumam 
regredir em 2/3 meses. Revestidos por células da teca. 
Cistos de Corpo Lúteo: resultado de hemoragia e 
fechamento cicatricial do ponto de ovulação. Ao 
romper, causam peritonite e quadros de abdome 
agudo. São hemorrágicos, com áreas amareladas 
(ouro) na periferia. Revestidos por células da teca e 
granulosa luteinizadas. Em fase tardia podem simular 
cistos endometrióticos. 
• Cistos endometrióticos: formados quando há 
endométrio funcionante no óvario. Podem ser 
uni/bilaterais, únicos/múltiplos. Quadro Clínico -> dor 
crônica em baixo ventre, geralmente associadas ao 
ciclo menstrual; pode agudizar devido torção e 
sangramentos. 
Cisto de aspecto achocolatado (hemorragia) e 
presença de glândulas e estroma endometrial no 
ovário (o que o torna cístico e hemorrágico). 
- Cistos de parede fibrosa e conteúdo hemorrágico 
pastoso. 
♥ Doença dos Ovários Policísticos: ovário com 
múltiplos cistos foliculares ou folículos císticos. Clínica: 
anovulação persistente, obesidade, hisurtismo, 
oligomenorréia e virilismo (raro). 
1. ovários escleróticos; 2. Oligomenorréia e ciclos 
anovulatórios (leva à infertilidade); 3. Manifestações 
androgênicas (acne, hirsurtismo, alopécia) 
-> Aumento secreção LH e redução de FSH. 
Patogia: hipótese baseada no desequilíbrio do eixo 
hormonal às custas da produção aumentada de 
andrógeno (androstenediona), convertidos pelo tecido 
adiposo em estrona. 
 
	
Diferenças entre cistos ovarianos 
Benignos x Malignos 
Benignos Malignos 
Unilateral Bilateral 
Móvel Aderente 
Cápsula Intacta Rotura de Cápsula 
Superfície Lisa Superfície c/ 
saliencias 
Sem ascite Com ascite 
S/ implantes 
peritoneais 
Com implantes 
Cístico Sólido ou semi-
sólido 
Aparência uniforme Aparência variada 
Homogêneo Hemorragias e 
necrose no interior 
 
Dados importantes para o diagnóstico de lesões 
ovarianas: idade da paciente; lesão cística x lesão sólida 
(USG) e marcadores tumorais. 
 
Tumores do Ovario 
Podem ser malignos, benignos ou intermediários. 80% 
benignos (20-45 anos). Pelo diagnóstico tardio, possui alta 
letalidade, sendo que os de superfície epitelial possuem o 
pior prognóstico. 
Patogenia: teorias 1. Ovulação Incessante (trauma e 
renovação frequente do epitélio); 2. Excesso de 
gonadotrofinas (aumento do estímulo à proliferação e 
diferenciação; 3. Migração de carcinogênios externos (via 
ascendente). 
• Marcadores Tumorais: dosagem CA-125 
aumentado em tumores epiteliais. Util quando associado à 
exames como USG. Se >35U/ml é considerado elevado. 
Sem valor de rastreio se isolado (aumenta também em 
miomas, DIP e neoplasias de pleura e peritonio) 
♥ Tumores de Superfície Epitelial: derivados do 
epitélio celômico que recobre o ovário. TU mais comum 
do ovário (65-70%). 
• Tipos histológicos: 
- Mucinoso: cistoadenoma (neoplasia epitelial cística benigna 
do ovário; costumam ser grandes; abdome volumoso, 
obstrução intestinal e incontinência urinária) e 
cistadenocarcinoma. (padrão sólido/cístico; glandulas 
neoplásticas de padrão mucinoso infiltrando o estroma 
ovariano 80% benignos. De maiores volumes. Marcadores 
sorológicos: CEA e CA 19-9. 
- Seroso: Cistoadenoma Seroso: homogêneo, cápsula 
delgada, conteúdo viscoso, revestido de células serosas 
sem atipia. Marcador: CA-125. Histologia: Corpos 
Psamomatosos. 
- Endometrioide (20%). 
- Células Claras (6%): raro; sempre CA e associado à Sd 
Paraneoplásica. 
- de Brenner: TU sólido benigno de epitélio urotelial com 
ninhos. Pode ser maligno (raro). Nódulos sólidos 
branco/amarelados unilaterais. Núcleos em grão de café 
(fendas longitudinais). 
- Inclassificável 
• Fatores de risco -> Idade > 50 anos, história 
familiar, história pessoal de CA de mama/intestino, 
nuliparidade, exposição ao asbesto, não utilização de ACO, 
presença de BRCA 2 e 1, síndrome de Lynch-II (carcinoma 
colônico sem polipose – alterações em genes de reparo 
do DNA); Laqueadura tubária é fator protetivo para o CA 
de ovário. 
• Quadro Clínico: costuma evoluir sem sintomas; em 
casos avançados: desconforto e dor em baixo ventre, 
abaulamento parede abdominal. TU maiores: comprime 
estruturas adjacentes. Rotura, torção e distensão. Quando 
criança cursa com puberdade precoce; na menacme com 
sangramento vaginal (TU hormonalmente ativo) e, na 
menopausa, qualquer aumento em volume ovariano deve 
ser investigado. 
♥ Tumores de Células Germinativas: tumor de saco 
vitelíneo, tumores mistos. 
• Teratoma: formam estruturas (presença de tecidos 
maduros) das 3 camadas germinativas; TU de cél 
germinativas + comum. Formam cistos complexos e 
podem torcer. Teratoma maduro ou cisto dermóide 
(90%), imaturo é raro e indica malignidade. Struma 
Ovari – teratoma monodérmico composto por 
tecido tireoidiano, funcional ou não. 
• Disgerminoma: no testículo são seminomas; TU 
germinativo maligno + frequente. Marcador hCG. 
Muito radio-sensível (bom prognóstico); pode 
ocorrer na linha média do SNC. Massa sólida 
multilobulada, unilateral, com áreas de hemorragia; 
branco/amarelada. 
• Tumor de saco vitelínico: marcador sorológico alfa-
feto proteína; histologia com corpos de Schiller-
Duval. Pode acometer crianças e adultos jovens. 
♥ Tumores do Estroma Ovariano: TU estromal da 
granulosa (da granulosa – Boderlina -> corpúsculos 
de Call-Exner, podem produzir estrogenio, gerando 
puberdade precoce, e hemoperitonio; ou da teca – 
Tecoma -> amarelo, com lipídeos, pequenos, >60 
anos e produz estrogenio - raro); TU de Sertoli-
Leydig – Virilização; lembram as células do testículo 
e Fibromas. (sólido de aspecto fibroso e brancaento). 
♥ Tumores Metastáticos (5% dos TU de ovário): 
bilaterais; disseminação celômica (pelo peritônio); sítio 
primário que da + metástase p/ ovários é a MAMA. 
– TU de Krukenberg (neoplasia ep maligna 
metastática p/ ovário. Geralmente adenocarcinoma 
composto por cél em anel de sinete (90% de 
origem gastrointestinal). 
OBS: ao u l t rassom, s ina is de ma l ign idade -> 
cápsu la espessa , b i l a tera l , >8cm, conteúdo 
h iperecó ico , mu l t i lobu lar , m is to (heterogêneo) 
com vegetação/septação/asc i te .

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