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Icterícia: Causas e Diagnóstico

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Vict�ria K. L. Card�so
Icterícia
Introdução
Apresenta coloração amarelada em pele e
escleras, por aumento de bilirrubina no plasma e
nos tecidos.
Icterícia subclínica: alteração laboratorial mas
sem expressão clínica.
Icterícia clínica: icterícia visível no exame �ísico.
● Locais de aparecimento:
1. Esclera → bilirrubina total >
2,5 e 3,0.
2. Parte de baixo da língua.
3. Pele → bilirrubina > 5,0.
Coloração amarelada na pele sempre é icterícia[
● Não, existem outras causas para a
coloração da PELE (não das mucosas)
amarelada. Exemplo:
○ Afrodescendentes podem ter
acúmulo de gordura na conjuntiva,
deixando uma tonalidade mais
amarelada para a esclerótica.
Fisiopatologia
Origem da bilirrubina:
● Comumente provém da degradação de
hemácias senis.
Lembrando: a bilirrubina indireta vem da
protoporfirina do grupo heme da hemoglobina.
● Essa bilirrubina indireta, juntamente com
a albumina, se direciona para os
hepatócitos (no �ígado).
○ Captação: capta a bilirrubina para
os hepatócitos.
○ Conjugação: transformação da
bilirrubina indireta em direta, pela
enzima glicuronil transferase, ou
seja, “devolve” a albumina para o
corpo.
○ Excreção: direciona a bilirrubina
direta para fora dos hepatócitos,
através dos canalículos biliares
para os ductos hepáticos.
■ Excreção pela urina:
urobilina → é o que fornece
a coloração amarelada da
urina.
■ Excreção pelas fezes:
estercobilina → responsável
pela coloração
amarronzada das fezes.
Vict�ria K. L. Card�so
Etiologia e investigação da icterícia
Primeiros exames a se pedir para um paciente
ictérico:
● Bilirrubina total e frações.
O que investigar:
● Tempo de duração da coloração
amarelada.
● Intensidade da coloração.
● Evolução do quadro clínico.
● Instalação súbita ou gradativa.
● Se há aumento progres:sivo da tonalidade
e se há flutuação da intensidade.
● Cor da urina, fezes e prurido.
Como visualizar a icterícia:
● Ter uma boa iluminação no local.
● Verificar a mucosa conjuntival e o freio da
língua.
Causas de aumento da bilirrubina indireta:
● Superprodução de bilirrubina indireta e
seguinte hemólise delas.
● Diminuição da captação da bilirrubina,
por medicamentos (como a rifampicina),
jejum prolongado ou infecções.
● Diminuição da conjugação, como, por
exemplo, por síndromes genéticas que não
produzem a glucoronil transferase.
Causas de aumento da bilirrubina direta:
● Obstrução biliar:
○ Aumento de enzimas canaliculares:
fosfatase alcalina, gama GT e
5-nucleotidase.
■ A fosfatase alcalina pode
estar presente em lesão
óssea, ou seja, para
confirmação de obstrução
biliar é necessário pedir a
avaliação de Gama-GT, que
é mais específica.
■ Caso a fosfatase alcalina
esteja 4X o valor de
referência, é indicativo de
síndrome colestática.
○ Pequeno aumento (ou talvez até
níveis normais) de transaminases:
TGO e TGP.
■ O aumento de
transaminases ou pequeno
aumento de enzimas
canaliculares indica lesão
hepatocelular.
■ Se as transaminases
estiverem 10X o valor de
referência indica lesão
hepatocelular e se elas
estiverem 1000X maior ou
TGP > TGO, é indicativo de
hepatite viral aguda.
Obs: se houver lesão hepática (hepatites) há,
necessariamente, aumento de bilirrubina direta.
Vict�ria K. L. Card�so
Síndrome colestática:
● Presença de icterícia, colúria (excesso de
bilirrubina direta), acolia fecal (fezes
claras ou esbranquiçadas) e prurido
(impregnação dos sais biliares na pele).
Hepatites: TGP > TGO.
● Hepatite alcoólica: TGO > 2X TGP.
Valores de referência:
● TGO: 35.
● TGP: 45.
● Fosfatase alcalina e gama GT: 120.
Exame de imagem topográfico:
● Avalia o nível de obstrução a partir de
sinais indiretos, como a dilatação.
● 1* exame: USG de abdome.
● 2* exame: ressonância magnética.
● Caso haja obstrução baixa, todo o
colédoco estará dilatado.
Graus da icterícia
Icterícia flutuante: geralmente ocorre por cálculo,
é uma icterícia leve e que “vai e vem” com a
tonalidade da pele.
● Pede-se endoscopia, exames de
transaminases e fosfatases alcalinas.
Icterícia progressiva: é sugestivo de neoplasias, o
paciente relata que não há melhora e pode cursar
com piora do caso clínico.
● Pede-se tomografia.
Icterícia flavínica: é o amarelo pálido; está
relacionado com a hiperbilirrubinemia indireta
por hemólise.
Icterícia rubínica: é o tom alaranjado da pele;
causada por hiperbilirrubinemia direta e certo
grau de vasodilatação por leptospirose ou cirrose.
Icterícia verdínica: é o tom amarelo esverdeado;
está associado com a hiperbilirrubinemia direta,
geralmente por colestase.
Causas frequentes
Vict�ria K. L. Card�so
Fígado:
● Hepatite infecciosa.
● Hepatite alcoólica.
● Anomalias genéticas.
● Cirrose hepática.
● Hepatopatia por medicamentos.
Vias biliares:
● Coledocolitíase.
● Colangite.
● Cirrose biliar.
● Neoplasias das vias biliares.
Doenças parasitárias:
● Leptospirose.
● Malária.
● Septicemia.
Pâncreas:
● Neoplasias do pâncreas.
● Pancreatite crônica.
Outros:
● Anemias hemolíticas.
Hiperbilirrubinemia não conjugada
X Hiperbilirrubinemia conjugada
Aumento da produção:
● Hemólise imune.
● Hemólise não-imune hereditária:
esferocitose e anemia falciforme.
● Hemólise não-imune adquirida: deficiência
de B12-intramedular.

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