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1. Classificação internacional das cefaléias • ✓ Divisão do diagnostico principal em subdivisões. ✓ Não é só um único diagnostico, existe o subdiagnostico do principal. • ✓ Nem sempre o paciente apresentará um único tipo de dor. ✓ Por isso, deve-se caracterizar de forma impecável a dor do paciente, para fazer as correlações corretas. Como caracterizar? Tipo de dor, localização, intensidade (usa-se escalas), incapacitação, irradiação, duração, fatores de melhora e piora, sintomas associados. • ✓ Primária: dores de cabeça onde não se encontra uma causa (doença, alteração anatômica, procedimento invasivos.) em exames físicos, complementares que sejam RESPONSÁVEIS pela dor. Ex: estresse, alimentação. ✓ Secundária: aquela que ocorre por causa de uma alteração anatômica (tumor, cistos...) e até procedimentos invasivos como punção cerebral. Ex: trauma automobilístico. Tipos de cefaleia 1. Migrânea (enxaqueca) • Cefaléia primária. • 2ª de maior prevalência. • Pode envolver genética. • Pode ou não ter AURA. • Necessita do critério obrigatório associado a pelo menos 2 sintomas/sinais. • Necessita de pelo menos 1 dos sintomas associados para fechar diagnóstico. • Necessita de 5 episódios para diferenciar dos episódios esporádicos. ✓ Duração: 4 a 72h. (critério obrigatório) ✓ Tipo de dor: cefaleia latejante ou pulsátil. ✓ Intensidade: moderada ou grave. ✓ Localização: unilateral (hemicraniana) ✓ Incapacitação: incapacitante ✓ Irradiação: não. ✓ Fatores de melhora e piora: agrava com atividade de rotina (subir escadas, caminhar) ✓ Sintomas associados: náuseas e/ou vômitos, associado a fotofobia e fonofobia. A.U.R.A ✓ Sintoma unilateral, geralmente ocorrendo do mesmo lado da dor. ✓ Duração: 5 a 60 minutos obrigatoriamente. ✓ Aura mista, aura só visual, etc. ✓ Normalmente precede a cefaleia em até 60 minutos. Em outros casos, junto com a dor, depois da dor e até sem a dor. ✓ Esse sintoma causa alterações: ▪ Visual ✓ Escotomas cintilantes – aparecem como manchas ou pontos brilhantes que flutuam no campo visual. Apresentam-se de diferentes formas e tamanhos: ondulados, lineares, etc. ✓ Espectro de fortificação (zigue-zague) ✓ Macro ou micropsias (percepção de tamanho) ✓ Hemianopsia (campo visual alterado) ▪ Sensitivo ✓ Paresias (formigamentos) ▪ Linguagem ✓ Afasias (não fala) MUITO RARO. ▪ Motora ✓ Hemiplégica (fraqueza motora) ✓ Familiar (fraqueza hemiplégica familiar) MUITO RARO. Tratamento medicamentoso ▪ Abortivo (retirar o paciente da crise) ✓ Administrar nos primeiros minutos de início da cefaléia. ✓ Analgésicos comuns - dipirona, paracetamol ✓ Anti-inflamatórios - naproxeno, ibuprofeno ✓ Triptanos: sumatriptano, naratriptano, rizatriptano (vasoconstritores) – medicamentos caros e efeitos adversos (idosos, cardiopatas) ✓ Ergotamínicos: cefaliv, cafeli (eficácia baixa) ✓ Antieméticos: plasil ✓ Aspirina ✓ A prescrição vai de acordo com a relação remédio-paciente. ➢ O que não prescrever? ✓ Obviamente não vou prescrever dipirona se o paciente toma todos os dias pois já há uma resistência medicamentosa e até piora a dor. ➢ O que prescrever? ✓ EM TERMOS DE EFICACIA: naproxeno 500MG. ✓ Paciente renal crônico e gastrite não faz anti- inflamatório. ▪ Profilático ➢ Qual a intenção? ✓ Reduzir a intensidade e frequência da dor. ➢ Quando iniciar? ✓ Quando o paciente possui 3 episódios ao mês ou 8 dias ao mês. ✓ Uma crise ou 2, porém MUITO incapacitantes. ✓ Aura muito desconfortável. ✓ História de infarto migranoso. ✓ Migrânea hemiplégica. ➢ Medicamentos ✓ Antidepressivos tricíclicos (amitriptilina 25mg, nortriptilina 25mg). – Antes de dormir. ✓ Betabloqueador propranolol. 40mg 12/12h – cuidado com os asmáticos, ✓ Anticonvulsante topiramato 25mg – perda de peso e déficit cognitivo. (Esse fármaco influencia vários processos químicos no cérebro, reduzindo a hiperexcitabilidade de células nervosas, que pode causar crises epilépticas e crises de enxaqueca.) ➢ E se ocorrer refratariedade? ✓ Invasivo: Bloqueio os nervos periféricos cefálicos e pontos miofasciais, botox. Tratamento não medicamentoso ✓ Alimentação (jejum prolongado, tipos de alimentos ricos em sódio, fritura, fast foods, chocolate.) ✓ Atividade física ✓ Higiene do sono (tudo confortável) Quando a enxaqueca cronifica? > 3 meses consecutivos de dor, por mais de 15 dias ao mês, com 8 dias obrigatoriamente com sinais e sintomas migranosos. TRATAMENTO DA ENXAQUECA NÃO É SÓ MEDICAMENTOSA!! • •
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