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OTORRINOLARINGOLOGIA Talita B. Valente ATM 2023ª ANEL LINFÁTICO DE WALDEYER • É um tecido linfoide que atua de maneira coletiva como primeira linha de defesa do trato aero-digestivo contra agentes externos. • É composto de: adenoide, tonsila de Gerlach’s/tubária, amídala palatina, amídala lingual e folículos linfoides isolados. • É fundamental para o desenvolvimento pois representa a primeira linha de defesa. • Induz a imunidade secretória (IgA). • Maior função imunológica de 4-10 anos de idade, com diminuição após a puberdade. • Hipertrofia adenotonsilar é maior entre as idades de 3-6 anos. • Na maioria das crianças, as tonsilas começam a involuir. Adenóide: Amídala palatina Amídala lingual Tecido linfoide faríngeo Flecha central: tecido linfoide aumentado. Flecha lateral: terceiro pilar, aumento do tecido junto ao tecido linfoide. OTORRINOLARINGOLOGIA Talita B. Valente ATM 2023ª ALTERAÇÕES NO ANEL LINFÁTICO: • Inflamações agudas • Inflamações crônicas ou recorrentes • Hiperplasia obstrutiva • Neoplasia AMIDALITE PALATINA • Acomete as amídalas palatinas. • Infecção aguda do parênquima das amídalas/tonsilas palatinas. • A distinção clínica entre amidalite e faringite é difícil, mas para o leigo, é referida como uma dor de garganta. Epidemiologia: • A amidalite aguda é mais comum entre os 5 aos 15 anos. • Ocorre mais no inverno e no começo da primavera. Etiologia: • Poder viral ou bacteriana. • Viral: o É mais frequente. o Maiores causadores: rinovírus, seguido de coronavírus e adenovírus. o Outros causadores: influenza vírus, parainfluenza vírus, enterovírus, herpes vírus e Epstein-Barr vírus (quando associada a mononucleose infecciosa). • Bacteriana: o O principal grupo bacteriano causador de amidalite são os Estrepctococos beta-hemolíticos do grupo A. o 15-30% dos casos em crianças e 5-10% em adultos. Fisiopatologia: • Inflamação local resulta em edema orofaríngeo, eritema e dor. • Raramente o edema pode progredir para o palato mole, úvula (uvulite), ou inferiormente à região da supraglote (epiglotite). Classificação: • Feita com base no patógeno: o Amidalite viral o Amidalite bacteriana • É importante fazer a classificação entre ambos para tratar. • A maioria é viral! Prevenção primária: • Não existem estratégias bem aceitas para prevenção primária. • Limitar a exposição a portadores ou pacientes com amidalite estreptocócica beta-hemolítica do grupo A pode prevenir a infecção, visto que a taxa de transmissão para contatos é de cerca de 35%. • No caso de epidemias, o tratamento com penicilina negativa culturas na maioria dos casos. Não devemos fazer nada até o começo do desenvolvimento da patologia. • Devemos avaliar sintomas dos contatos domésticos e orientar pacientes e contatos para evitar contato direto prolongado durante os primeiros dias de dor de garganta. Prevenção secundária: • Pacientes que já tiveram episódio de febre reumática devem receber antibióticos profiláticos para prevenos a faringite estreptocócica beta-hemolítica do grupo A recorrente, o que pode resultar em febre reumática recorrente. Diagnóstico: • Pode ocorrer de forma isolada ou como parte de uma faringite generalizada. OTORRINOLARINGOLOGIA Talita B. Valente ATM 2023ª • História clínica: o É importante estabelecer se o paciente tem tonsilite e não outra causa de dor de garganta potencialmente perigosa, como abcesso retrofaringeo, epiglotite aguda, HIV ou mononucleose infecciosa. o Histórico de contato com pessoas infectadas, particularmente em instituições ou espaços fechados (creches, escolar, prisões). • Amidalite estreptocócica aguda: o Paciente com amidalite estreptocócica aguda podem relatar dor de garganta com início súbito e dor na deglutição, febre > 38ºC, dor de cabeça, dor abdominal, náuseas e vômitos. o A ausência de tosse ou corrimento nasal torna mais provável uma infecção bacteriana. o Oroscopia: Exsudato tonsilar, aumento e eritema das amígdalas. o Pode haver linfadenopatia cervical anterior. • Escore de Centor - É uma ferramenta validada para a indicação de profilaxia para amidalite estreptocócica aguda. Tem valor preditivo. o Presença de 3 ou 4 dos critérios de Centor = Positivo = 40-60% o Ausência de 3 ou dos 4 critérios de Centor = Negativo = 80% o Menos de 2 critérios é altamente improvável que um paciente tenha amigdalite estreptocócica • Fatores diagnósticos: o Principais: § Exsudato amidaliano (comum) - Estreptococcus do grupo A beta-hemolítico geralmente apresentam exsudato purulento na superfície da amídala. • Exsudatos amidalianos também são frequentes na mononucleose infecciosa. § Tosse ou corrimento nasal (comum) - Sugere infecção viral das vias aéreas superiores. Ausência de tosse é um dos critérios de Centor. § Dor ao deglutir (comum) o Outros: § Início repentino de dor de garganta (comum) - Sugestivo de um processo infeccioso. § Dor de cabeça (comum) - Sintoma inespecífico do processo infeccioso agudo. § Dor abdominal (comum) - Pode levar ocasionalmente ao falso diagnóstico de gastroenterite e raramente pode mimetizar um abdômen agudo. § Náusea e vômitos (comum) - Sintoma inespecífico, mas pode levar a um diagnóstico falso de gastroenterite, se muito intenso. § Presença de tosse ou secreção nasal (comum) o Sinais: § Eritema amidaliano (comum) § Aumento da amidala (comum) § Aumento de linfonodos cervicais anteriores (comum) • Testes diagnósticos: o Se os achados clínicos e epidemiológicos sugerirem alta probabilidade de infecção pro estreptococo, testes são indicados tanto em crianças (teste rápido de antígeno estreptocócico juntamente com cultura de secreção faríngea) como em adultos (teste rápido de antígeno estreptocócico). TESTE RESULTADO Cultura de orofaringe - Teste padrão para o diagnóstico definitivo de amidalite bacteriana, geralmente, mais de 48h de evolução limitam sua utilidade como primeiro teste. Cultura do patógeno. Teste rápido de antígeno estreptocócico - Tem menos sensibilidade que a cultura, mas com resultado imediato. - Indicado para crianças com mais de 3 anos e adultos com alta probabilidade de infecção por EBHGA. Identificação de estreptococos beta-hemolíticos do grupo A (EBHGA) Escore de Centor: o História de febre > 38ºC o Exsudato amigdaliano o Ausência de tosse o Linfadenopatia cervical anterior dolorosa OTORRINOLARINGOLOGIA Talita B. Valente ATM 2023ª Outros testes com indicações específicas: Evolução: • Na vasta maioria dos pacientes, a tonsilite é uma condição auto-limitada que requer somente tratamento sintomático e não demanda maior investigação. Nesses pacientes, o diagnóstico é clínico. MONONUCLEOSE INFECCIOSA • Embora a mononucleose seja uma infecção viral, ela merece sua própria categoria devido ao seu diagnóstico. • Causada pelo vírus Epstein-Barr. • Quadro clínico: o Mal-estar, dor de cabeça e febre antes do desenvolvimento de faringite exsudativa que não se resolve após 1 semanas. o A linfadenopatia da cadeia cervical posterior também é típica o Hepato ou esplenomegalia. o Pacientes tratados erroneamente para faringite bacteriana com amoxicilina ou ampicilina podem desenvolver erupção máculo papular pruriginosa característica. • Teste: Monoteste. o Tem melhor sensibilidadeapós a primeira semana de sintomas. • A infecção citomegalovírus (CMV) é frequentemente clinicamente idêntica a mononucleose, e pacientes com monoteste negativo com uma constelação semelhante se sintomas são frequentemente infectados por CMV. EPIGLOTITE • Infecção bacteriana da epiglote e dos tecidos adjacentes, que pode ocasionar obstrução respiratória súbita e morte. • É uma celulite das estruturas supraglóticas, incluindo a epiglote e a úvula. • Causado pelo Haemophilus influenzae streptococcus do grupo A. • Quadro clínico: o Início grave e súbito de dor de garganta e febre. o Ocorre troca notável da qualidade da voz para uma textura abafada. o Voz abafada e estridor respiratório. o Saliva escorrendo pela boca. o Postura de tripé (imagem ao lado) - Classicamente, pacientes acometidos apresentam-se na posição “tripé” com a língua saliente e babando. o Febre alta e odinofagia grave. • Crianças geralmente tem um curso mais fulminante e um maior risco de comprometimento das vias aéreas. • É necessário acompanhamento com monitoramento rigoroso das vias aéreas, com tudo endotraqueal e cricotirotomia imediatamente disponíveis se necessário. • O tratamento inclui antibióticos, esteroide e epinefrina nebulizada. TESTE INDICAÇÃO SE SUSPEITA DE RESULTADO Testes sorológicos para estreptococos ALSO Febre reumática Referência: 12 - 166 U/L. Pico máximo 2-4 s. Normalizado de 6-12m. Hemograma completo Mononucleose infecciosa Imunocomprometidos Infecção grave ou sepse Neutrofilia: infecção bacteriana Linfocitose: infecção viral Linfócitos atípicos: mononucleose Monoteste Mononucleose infecciosa Reagente / Não reagente Suabe oral para gonococo ou clamídia Adolescentes sexualmente ativos em sexo oral/genital Cultura positiva Teste para carga viral do HIV Pacientes de alto risco com infecção persistente e sintomas constitucionais graves (mal-estar, cansaço, perda de peso, linfadenopatia generalizada) Pode mostrar >= 10.ooo cópias/mL VDRL Sífilis Reagente / Não reagente OTORRINOLARINGOLOGIA Talita B. Valente ATM 2023ª ABCESSO PERIAMIDALIANO • Coleção de material purulento entre a cápsula amidaliana e os músculos da faringe posterior. • Ocorre infecções polimicrobianas. • Principalmente em adultos jovens. • Associado a má dentição e trabagismo. • Quadro clínico: voz abafada, trismo, úvula deslocada, tonsila aumentada e deslocada, inchaço da região peritonsilar. • As opções de tratamento incluem aspiração por agulha, incisão e drenagem e, ocasionalmente, tonsilectomia emergente. ABCESSO RETROFARÍNGEO • Ocorre no espaço entra a parede posterior da faringe e a fáscia pré-vertebral. • Acomete mais crianças que adultos. • Geralmente ocorre após uma infecção respiratória superior discreta, mas também podem ser secundário a traumatismo acidental da faringe posterior. • Quadro clínico: odinofagia, voz abafada e trismo. o O exame físico pode revelar edema da parede posterior da faringe, mas isso costuma ser difícil de ser apreciado, especialmente em pacientes pediátricos com trismo grave. • Tradicionalmente, as radiografia laterais do pescoço tem sido usadas para procurar o alargamento do tecido anterior as vértebras cervicais, atualmente tomografia do pesocço é preferida. UVULITE • Inflamação da úvula. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DAS ANGINAS • Denomina-se angina a todo processo inflamatório e infeccioso de ordem local ou geral que acomete a mucosa da faringe. ESCARLATINA • Síndrome caracterizada por faringite exsudativa, febre e exantema vermelho-vivo. • Exotoxinas pirogênicas estreptocócicas (SPEs) tipo A, B e C produzidas por Estreptococos beta-hemolíticos do grupo A (GABHS) são encontradas em secreções do nariz, orlehas, garganta e pele. • Pode ocorrer após infecções ou queimaduras com ferida estreptocócica, bem como infecções do trato respiratório superior. • A transmissão ocorre através do contato com saliva ou secreção nasal de crian;cas entre 3-15 anos de idade. • O período de incubação é 2-5 dias. • Quadro clínico: o Início abrupto. o Febre alta e cefaleia. OTORRINOLARINGOLOGIA Talita B. Valente ATM 2023ª o 2 dias após a instalação desse quadro, surge o exantema micropapular dando aspecto áspero a pele, sendo esta chama de “pele em lixa”. o 6-9 dias depois ocorre descamação lamelas nas regiões plantares e palmares. o Sinal de FIlatov - Presença de palidez em região perioral. o Língua em framboesa. (Também ocorre em Kawasaki, a diferença é que não tem sinal de Filatov) o Sinal de Pastia: linhas pigmentadas em superfícies flexoras. • Diagnóstico: cultura, testes sorológicos e leucograma. • Tratamento: Penicilina DIFTERIA • Doença aguda causada pelo Corynebacterium diphteriae • Transmissão: contato direto com gotículas ou secreção da nasofaringe, • Ocorre sangramento com a remoção da membrana presente na faringe. ANGINA DE VINCENT • É uma infecção que oferece risco de vida, causada por espiroquetas, bactérias fusiformes e espécies de bacterioides. • Levemente contagiosa das membranas mucosas orais. • Ocorre em adultos jovens e em crianças durante sua primeira dentição. • Associado a má higiene bucal, tabagismo, estresse emocional, consumo de álcool e desnutrição. • Tratamento com agentes microbianos de amplo espectro. • Pode-se observar úlcera vermelha e irregular nas amídalas e nas membranas mucosas circundantes, com uma base bastante firme e cheia de tecido necrótico solto (pseudomembrana). ESTOMATIME DE VINCENT (GUNA) • Infecção bacteriana das gengivas. • “Boca de trincheira” → Terceira Guerra Mundial (Soldados em situação de guerra estavam expostos a muito estresse, condições precárias de alimentação, de higiene e baixa imunidade). • Ocorre principalmente em adolescente e adultos jovens. • Ligada a má higiene oral, tabagismo, estresse emocional, má nutrição, falta de descanso e sono, déficit imunológico. • Quadro clínico: o As gengivas ficam vermelhas e inchadas, com sangramento. o Halitose. o Febre, fadiga e linfadenectomia cervical. o As úlceras bucais se desenvolvem nas gengivas entre os dentes e ao longo das linhas gengivais. Ocorre o aparecimento de uma camada de filme cinza de tecido de goma necrótica decomposto que cobre as gengivas. SÍNDROME DE LEMIERRE • É uma doença rara que começa com uma infecção orofaríngea bacteriana que se espalha para o espaço retrofaringeal culminando em tromboflebite da veia jugular interna, levando a bacteremia e embôlo séptico. • Na síndrome de Lemierre ocorre tromboflebite da veia jugular interna e bacteremia causada por orgnaismos primariamente anaeróbicos (F. necrophorum), após infecção orofaríngea recente. • Quadro clínico: Pacientes jovens e saudáveis com sintomas prolongados de faringite, seguidos por sintomas de septicemia ou pneumonia ou dor cervical atípica. OTORRINOLARINGOLOGIA Talita B. Valente ATM 2023ª • Se houver suspeita, deve ser feita tomografia com contraste IV para avaliar evidências de trombose da veiaj jugular interna. • Tratamento: penicilina + metronidazol ou monoterapia com clindamicina. ANGINA DE LUDWIG • É uma infecção do tecido mole submandibular de rápida disseminação e necrosante. • A causa mais comum é doença dental. • Quadro clínico: o Dor na boca e no pescoço, dor de garganta e odinofagia. o Paciente tóxico (visivelmente doente) e ansioso. o A região submandibular está inchada e tensa, a pele sob o queixo e a mucosa do assoalho da boca é eritematosa e sensível,e a própria língua pode estar inchada. o Importante atentar para obstrução respiratória. • A tomografia computadorizada pode ser útil no diagnóstico para caracterizar a extensão da infecção. • Pacientes com suspeita de Angina de Ludwig devem ser avaliados por um otorrinolaringologista, internados na UTI para observação e tratados com antibióticos de amplo espectro visando bactérias gram-positivas, gram-negativas e anaeróbicas. DOENÇA DE KAWASAKI • É uma vasculite aguda de etiologia desconhecida. • Atinge principalmente crianças menores de 5 anos. • 15-25% das crianças não tratadas desenvolvem aneurismas da artéria coronária que podem levar a doença cardíaca isquêmica ou morte súbita. • Quadro clínico: o A faringite não é um dos primeiros sintomas, sintomas como conjuntivite e aumento de linfonodo cervical podem confundir com uma infecção viral. o A doença é acarterizada por febre com pelo menos 5 dias de duração associada a: § Conjuntivite (sem secreção) § Linfadenopatia cervical § Eritema dos lábios e mucosa bucal (Língua de framboesa + Eritema dos lábios) § Erupção cutânea • Se suspeita da doença, o tratamento deve ser feito com dose alta de aspirina e IVIG (terapia com imunoglobulina). DOENÇA MÃO-PÉ-BOCA • Infecção viral comum na infância, causada mais comumente por um Coxsackie vírus. • Quadro clínico: o Febre baixa. o Úlceras orais dolorosas o Vesículas nas mãos e nos pés. OTORRINOLARINGOLOGIA Talita B. Valente ATM 2023ª HERPANGINA • Infecção da boca causada por vírus Coxsackie. • Ocorre mais em crianças. • Quadro clínico: o Assintomática ou associada a febre alta e dor de garganta. o Pequeno número (2-6) lesões no palato mole, úvula e nos pilares anteriores. o As lesões progridem inicialmente de máculas vermelhas para vesículas e então para ulcerações que podem ter de 2-4 mm de tamanho. o As lesões curam em 7-10 dias. o A linfadenopatia cervical está presente e úlceras também são vistas no palato mole. o A erupção geralmente não ocorre. o Diagnóstico clínico. HERPES SIMPLES • Quadro clínico: febre alta (> 38ºC), gengivite aguda e ulceração oral generalizada. o Pele: Vesículas pequenas e ovais, em base eritematosa e agrupadas. o Geralmente não há erupção nas palmas das mãos e solas dos pés, embora as crianças pequenas que chupam os dedos das mãos ou dos pés possam ter lesões em 1 ou 2 dígitos. AMIGDALITE SIFILÍTICA • Só há um tipo de amidalite ulcerosa aguda: a úlcera inicial da sífilis, o cancro sifilítico da amídala. CUIDADOS DE SUPORTE • Analgésicos e anestésicos locais podem ser utilizados para gargarejos. • Corticosteroides se queixas intensas. o Maior probabilidade de resolução completa da dor em 24 horas quando são administrados com terapia antibiótica. TRATAMENTO Amidalite aguda não relacionada a infecção por Streptococcus grupo A beta-hemolítico ou febre reumática. • Analgésicos. • Terapia tardia ou sem antibioticoterapia. OTORRINOLARINGOLOGIA Talita B. Valente ATM 2023ª • Com mononucleose infeciosa: + hidratação, descanso • Com infecção por cândida: + terapia antifúngica • Contra difteria: + anti toxina da difteria • Com gonococo ou clamídia: + ATB Com Streptococcus confirmado do grupo A ou história de febre reumática: • Analgésicos. • Antibiótico terapia. o Primeira linha: § Penicilina V potássica • Crianças <= 27 kg - 250 mg VO 2-3x/dia. • Crianças > 27 kg e adultos - 500 mg VO 2-3x/dia. § Penicilina G benzatina • Crianças <= 27 kg 600.000 U IM dose única • Crianças > 27 kg e adultos 1.200.000 U IM dose única § Amoxicilina (doses referentes abaixo)/Clavulanato • Neonatos e crianças < 3 meses: 30 mg/kg/dia VO, 2x dia por 10 dias. • Crianças > 3 meses até < 40 kg: 25-45 mg/dia/dia VO, 2x dia por 10 dias, ou 20-40 mg/kg/dia VO de 8-8h por 10 dias. • Crianças > 40 kg e adultos: 500-875 mg VO 2x dia por 10 dias. o Segunda linha: Azitormicina (por 5 dias), Clatiromicina (por 10 dias), Eritromicina (por 10 dias), Cefalexina (por 10 dias), Cefadroxil (por 10 dias), Clindamicina (por 10 dias). o Doxiciclina e trimetopril/sulfametoxazol não são recomendados para o tratamento. o A antibioterapia na farigoamidalite por Streptococcus do grupo A reduz a intensidade e duração dos sintomas, também evita a febre reumática. • Corticoesteroides (se queixas intensas). o Primeira escolha: Dexametadosa 10 mg IM ou IV dose única ou Prednisona 1-2 mg/kg VO dose única Episódios recorrentes de faringoamidalites: • Amidalectomia. • Antibiótico terapia - É recomendada em pacientes selecionados. o Com amoxicilina/clavulanato ou clindamicina. EVOLUÇÃO • A amidalite aguda é autolimitada e a resolução dos sintomas pode ocorrer em 1 até 7-10 dias. • Os indivíduos infectados não são imunes a reinfecção. • As complicações da farigoamidalite viral são extremamente incomuns. • Muito raramente faringoamidalites agudas podem estar associadas a complicações supurativas, febre reumática ou glomerulonefrite aguda. ADENOIDITE • Inflamação da adenoide. • Pode ser: aguda, aguda recorrente ou crônica. • Tratamento: o Antibioticoterapia: Efetivo contra bactérias produtoras de beralactamase. o Esteroides nasais (?) o Cirúrgico AMIGDALITE LINGUAL • Infecção das amídalas linguais que ficam na base da língua. • Existem cerca de 30-100 folículos linfoides no 1/3 posterior da língua, que se apresentam como nódulos linfoides se processo inflamatório/alérgico ou infeccioso. • Ocorre dor e aumento se processo inflamatório/alérgico ou infeccioso. • Pode ocorrer como mecanismo compensatório após adenoidectomia e amidalectomia. • Se for unilateral deve ser realizada biópsia por risco de linfoma ou Ca epidermoide. • Queixa clínica: dor sobre o hioide, uni ou bilateral. o Outros sinais e sintomas: febre, disfagia, linfadenopatia e voz abafada. • Exame físico: hipertrofi e exsudato na amidala lingual. OTORRINOLARINGOLOGIA Talita B. Valente ATM 2023ª • Tratamento: o Geralmente é de causa bacteriana, deve-se realizar suabe com cultura e antibiograma. o Iniciar tratamento com ATB, se exames negativos, suspender. o Se viral tratamento sintomático. o Cirúrgico: Obstrução da via aérea e apneia obstrutiva do sono, infecções crônicas e recorrentes, neoplasia. PONTOS IMPORTANTES • Pode ser difícil distingui clinicamente a faringite viral da bacteriana. • A maioria dos pacientes acaba por nem procurar ajuda médica e a maioria dos casos se resolve espontaneamente sem requerer o uso de antibióticos. • Os antibióticos são usados para tratar a infecção por Estreptococcos beta-hemolíticos do grupo A. • As diretrizes da sociedade de doenças infecciosas não recomendam mais antibióticos empíricos para o tratamento de Estreptococcos em pacientes sem um teste de antígeno rápido positivo ou cultura da garganta. • Os sintomas de tosse, conjuntivite, coriza e diarreia são mais comuns na faringite viral do que nas causas bacterianas de faringite. • A linfadenopatia da cadeia cervical posterior é típica da mononucleose. • Devido as sequelas potencialmente devastadoras, é importante que o médico da emergência mantenha alto índice de suspeita de doença de Kawasaki em uma criança com menos 5 anos com 5 dias ou mais de febre. • Exames de US no posto de atendimento podem ajudar distinguir o abcesso peritonsilar da amidalite simples. • Trismo, voz abafada e diminuição da amplitude de movimento do pescoço devem levara consideração das infecções do espaço profundo do pescoço e a realização da TC deve ser considerada. • Criança de aparência tóxica na posição de tripé deve ser levada em consideração para epiglotite. • Existem algumas evidências de que a amidalectomia pode ser eficaz em crianças selecionadas com tonsilites agudas graves recorrentes.
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