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Fisiopatologia do ave É um déficit neurológico repentino, que pode acontecer de duas maneiras: hemorrágica (intraparenquimentosa HIP e subaracnóidea HSA) e isquêmica – trombótico ou embólico - (85% dos casos); (mesma coisa de avc ou derrame). Fatores de risco: tabagismo, diabetes, colesterol elevado, doenças cardíacas, hipertensão arterial, obesidade, alcoolismo, sedentarismo (evitáveis). Não evitáveis: genética, sexo masculino, idade, afrodescendência, histórico familiar, anemia falciforme. Hemorrágica: rompimento de um vaso promove sangramento no cérebro. A hemorragia intraparenquimatosa é causada pela ruptura de pequenas artérias perfurantes, ocasionando sangramento dentro do parênquima cerebral, provocando um edema/inchaço nas estruturas locais que levará à lesão neurológica. O principal fator de risco associado aqui é a hipertensão arterial sistêmica. Já a hemorragia subaracnóidea, normalmente está muito relacionada à ruptura de aneurismas e malformações arteriovenosas e acarreta em sangramento no espaço subaracnóideo. Isquêmica: obstrução de um vaso interrompe o fluxo sanguíneo para o cérebro; 3 milhões de neurônios são perdidos por minuto. - No AVC trombótico, o trombo é formado na própria artéria envolvida no AVC. Já no embólico ele é proveniente de outra região e se desloca pela circulação até impactar na artéria cerebral. Existe uma área chamada zona de penumbra, onde a isquemia é incompleta, a lesão celular é reversível e é justamente o local de tratamento. Causa 6,5 milhões de morte por ano no mundo. Outro fator envolvido é o edema cerebral – vasogênico (liquido extravasa para o cérebro e ocorre alguns dias após o avc e pode causar herniação cerebral e até morte) citotóxico (reduz atp intracelular, as bombas param, não tem equilíbrio, a agua entra nas células). Fraqueza ou formigamento em face, braços ou pernas; Alterações na visão (uni ou bilateral); Confusão, alterações na fala e/ou compreensão; Alteração do equilíbrio e/ou coordenação; Tontura; Alterações na marcha; Cefaleia súbita e intensa (mais relacionada com AVCh). Artéria cerebral média – maioria - O quadro clássico da oclusão do tronco da ACM é caracterizado por fraqueza (déficit motor) e perda sensitiva, principalmente na face e no membro superior (déficits contralaterais à lesão – as fibras motoras e sensitivas se cruzam na decussação das pirâmides), hemianopsia do lado da fraqueza, rebaixamento da consciência e desvio do olhar para o lado da lesão. Além disso, em destros, a oclusão da ACM esquerda pode causar afasia global no paciente. Artéria Cerebral Anterior - déficit sensitivo cortical (negligência) ou motor com predomínio crural (membros inferiores contralaterais), além de distúrbios de comportamento Artéria Cerebral posterior – Disfunção cerebelar (ataxia, diadoconcinesia) Diagnóstico: FAST: Face (paralisia facial), Arm (fraqueza dos braços), Speech (fala), Time (tempo). NIH: 0 a 42, orientação, consciência, resposta, função motora. Exames de imagem, TC, ressonância. Segundo o MS, em 2015 cerca de 100 mil óbitos ocorreram no brasil. No Brasil, é a causa mais frequente de óbitos na população adulta (10% de todos os óbitos) e é responsável por 10% das internações nos hospitais públicos. Algumas sequelas: dificuldades de movimentação, fala, memória e visuais; perda de força e alterações comportamentais. Observar o horário de início dos sintomas, pois até em 4h30 pode ser utilizado tratamento medicamento que desfaz os coágulos e reduz o risco de sequelas. Teste SAMU: S ORRIA: verifique se há assimetria facial A BRACE: e note se há perda de força em um dos braços M ÚSICA: cante e observe se há dificuldade na fala U RGÊNCIA: ligar para o SAMU Portaria 473, de 2013 – prevenção do acidente vascular encefálico em pacientes com doença falciforme. – As hemácias em foice se grudam na parede dos vasos sanguíneos, principalmente nos pequenos vasos, causando a obstrução do fluxo do sangue.Complicações advindas da DF, como insuficiência renal, crise vasoclusiva, síndrome torácica aguda e acidente vascular encefálico acidente vascular encefálico (AVE), demonstraram resultar em redução de 25 a 30 anos da expectativa de vida das pessoas com a doença, em comparação com a população geral sem DF. – a prevalência de ave em pacientes com DF é 10%. Dopple transcraniano é um procedimento primário para o tratamento, transfusão de hemácias e quelação de ferro também. Reabilitação Neurológica - plasticidade neural é a capacidade que o SNC possui em modificar algumas de suas propriedades morfológicas e funcionais em resposta às alterações do ambiente. - na presença de lesões, o SNC utiliza-se dessa capacidade na tentativa de recuperar funções dibilitosas ou perdidas, principalmente fortalecendo funções similares relacionadas às originais - Está relacionada ao rearranjo funcional em áreas afetadas e adjacentes, mediada na proliferação das sinapses e brotamento axonal. - Brotamento ou sprooting – crescimento a partir de axônios - Ativação de sinapses latentes – após lesão de sinapses ativas, dormentes ou residuais podem se tornar eficientes - Supersensitividade de desnervação – célula pós sináptica torna-se quimicamente sensível devido a um desvio de supersensitividade (pré sináptica) causando acúmulo de acetilcolina na fenda sináptica. Bonus – Dor do membro fantasma acontece algo parecido, formando neuromas na região de amputação. Recuperação de AVE No AVCi, procura-se desobstruir as artérias, permitindo maior afluxo de sangue no cérebro, enquanto no AVCh, o tratamento é voltado para controlar a hemorragia. Equipe – enfermagem (mobilização, repouso, hidratação de pele, higienização), fisioterapia (começa no atendimento hospitalar e ao longo dos anos), fonoaudiólogo (recuperação AVE Pedro Arthur Rodrigues Medicina @arthurnamedicina AVE da fala, afasia – formulação da linguagem verbal – e disfagia – dificuldade ao engolir), Nutrição, medicina. A atuação da fisioterapia, estimulando os padrões normais de movimentos e inibindo os padrões anormais é capaz de aumentar e acelerar o processo de recuperação funcional cerebral. DT
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